POV Blásio

Após todo o ocorrido com o Draco quase morrendo e a Granger cuidando dele, resolvi que seria bom uma caminhada pra aliviar. Enquanto andava, alheio a tudo, dei de cara com a fêmea Weasley e a Di-lua, elas me olhavam querendo exlicações, como se eu devesse algo a elas.

– O que querem? - perguntei

– Você sabe, o que esta acontecendo com o Malfoy? - perguntou a Weasley

– O que interessa a vida do Draco pra vocês? Pelo que sei, vocês nos odeiam. - disse rispido

– Olha, eu sei que NOS odiamos, mas tem alguma coisa haver com a Mione e por isso queremos saber. Nós vimos você escondido, vendo se o Malfoy estava melhorando após a Mi o ajudar - A Di-lua disse de uma forma acolhedora, o que quase me fez contar tudo na hora se não fosse....

– E A MÃE DELE AGRADECENDO A HERMIONE... H-E-R-M-I-O-N-E.. A SANGUE-RUIM. ISSO NÃO É NORMAL - a Weasley gritou no meu ouvido, menina insuportável.

– Gina, calma, não é assim que vamos resolver as coisas - disse de novo a loira, acalmando assim a ruiva louca.

– Ok, desculpe. É que essa situação esta terrível, fora de controle. Mione deu mais carinho ao Malfoy hoje do que em meses namorando meu irmão. - disse a Weasley.

"Menina louca... eu em... Opa, espera ai... Será que..."– pensei

– Vocês, vocês podiam me ajudar então. - pedi suplicante, se existia uma possibilidade eu iria agarrar.

– Ajudar você? Porque e pra que? - disse a Lovengood

– Ok eu conto, mas terão que guardar esse segredo, não poderão contar a ninguém. Estão me entendendo? - perguntei e ambas apenas afirmaram com a cabeça. - Então vamos a um lugar mais reservado. - e assim fomos para perto da casa dos gritos, lá sempre esta vazio.

– É o seguinte... o Draco esta, digamos que com os dias contados e a Granger é a única que pode salva-lo. No entanto ele não quer, jamais que ela saiba. - falei

– Mas o que ele tem especificamente e porque a Hermione é a única que pode salva-lo? - perguntou a Weasley

– Aiiii MEU MERLIN NÃO PODE SER!! - disse a Lovengood, fazendo nós dois a fitarmos - É obvio, como não percebi... As mudanças, o corpo perfeito, a forma como ele passou mal apenas ao ver a Mi de mãos dadas com o Rony... Não acredito nisso. É mesmo o que eu estou pensando Zabine? - me perguntou

"Que menina inteligente"– pensei

– Sim Lovengood. É isso mesmo o Draco é um veela e a Granger é sua companheira. - respondi a ela

– MEU MERLIN... COMO ISSO PODE SER POSSÍVEL? ELES SE ODEIAM! - disse a Weasley - Não pode ser, eu não consigo acreditar nisso. É informação demais, muita coisa... Muita coisa. - disse ficando sem ar.

Me levantei na mesma hora do meu lugar e a abracei, fazendo ela olhar pra mim e demonstrando que ela devia tentar respirar. Assim ela obedeceu e melhorou, me agradecendo logo em seguida. Ficamos todos em um silêncio perturbador, não sabia como tinha contado tudo a elas, mas agora que já havia feito deveria arcar com as consequências.

– O que iremos fazer Gina? Talvez o Malfoy seja o único que possa fazer nossa Mione sorrir novamente, como antes, se lembra? - a Lovengood quebrou o silêncio.

– Como lembro Luna. Ela vivia tão feliz, mesmo antes da guerra ela mudou, algo que ela nunca quis nos contar, fez ela ficar chorando todos os dias pelo canto. Eu mesma já peguei ela assim uma vez. - a Weasley disse e me olhou - Iremos ajudar, mas é o seguinte, vamos fazer a Mione se tornar amiga do Malfoy e só isso, vai depender dele o resto. Combinado?

– Combinado Weasley e Lovengood. - disse feliz

– Não, pode nos chamar de Gina e Luna. - a Luna disse e ambas me olharam sorrindo, a Weas.. Gina me olhou com um olhar maroto, o mesmo que o meu quando vou aprontar. Isso será muito interessante.

– Agora que resolvemos sobre isso, vamos ao plano, mas antes tenho que contar que Draco esta com regras diferentes da nossa, ele terá que entrar cinco minutos depois do professor e sair cinco minutos antes. Suas refeições serão no apartamento que ele e a Granger vão dividir, e sim, antes que perguntem, ele e a Granger serão os novos monitores-chefes. Eu posso ir fazer minha refeições com ele, se quiserem nos acompanhar algumas vezes, sintam-se a vontade. Entenderam? - disse olhando as duas, elas me olhavam com uma cara de tristeza. - Por que essas caras? - perguntei

– Essa vida parece tão triste, viver sozinho e trancado o tempo todo. - disse a Luna e a Gina apenas concordou.

– É por isso que não posso deixa-lo. Ele tem até o aniversário dele de 18 anos para a conquistar e ela o aceitar. Isso significa que temos menos de 12 meses para agir. - disse por fim

Assim fizemos um plano para junta-los, não será fácil, mas pelo menos eu e ele não estaremos sozinhos nisso.

Quando fomos para Hogwarts a primeira coisa que decidi fazer era contar ao Draco que tínhamos mais uma dupla para nos ajudar, infelizmente isso não aconteceu. Quando cheguei em seu salão comunal para almoçar com ele, na porta dei de cara com a Gina e a Luna , ambas claramente me esperando, sabia que elas iriam fazer isso, durante esse tempo trocamos várias cartas e me tornei um bom "conhecido" delas. Já tinha tomado café-da-manhã com ele e vi que não estava muito bem, isso me deixou meio triste, mas mudando de assunto....

– Porque isso não me surpreende? - perguntei rindo

– Oras Blásio, você é muito esperto. - Gina disse rindo, eu e ela vivíamos nos zoando

– Então, vamos enfrentar a fera? - perguntou a Luna.

Assim viramos para o quadro de uma menina linda, ela se parecia muito com alguém que eu conheço. Só não me recordo agora a pessoa. Só havia notado isso agora, pois de manhã tive uma briga com a Granger.

– Nossa gente, ela se parece demais com o Malfoy e a Mione. - disse a Luna, muito observadora essa menina.

– Verdade! - dissemos eu e a Gina e assim caímos todos na gargalhada. - Acho que tem mais gente ajudando a juntar os pombinhos. - disse a Gina e assim piscou para mim e a Luna.

– Ola, meu nome é Angiel, poderiam me informar a senha? - disse a menina do quadro

– Olá Angiel! - dissemos os três babacas e assim caímos na gargalhada até a menina do quadro sorriu, quando de repente a porta se abre e a Granger sai pra fora me olhando querendo me matar. Fiquei estático na hora, mas como minha amizade com as meninas não era segredo e todos ontem no jantar já haviam descoberto eu me arrumei na minha posição para "enfrenta-la". Ela entrou novamente para dentro do quadro e pelo que percebi apenas avisou ao meu loiro que eu estava o esperando, nesse momento notei as meninas ao meu lado meio tensas e a Granger já havia se mandado após dar um oi para elas.

– Olha Blás, Malfoy. Podemos almoçar com vocês? - quem disse isso foi a Gina, olhando para mim e depois para o Draco, ele as encarou e cedeu, eu apenas sorri, elas eram muito espertas.

– Entrem. Imagino, como conheço meu amigo, que vocês ja sabem. Certo? - disse o Draco e as meninas apenas assentiram.

– Vamos te ajudar Draco. Estaremos do seu lado - quem respondeu dessa vez foi a Luna.

– Porque afinal? - Draco disse quando estávamos na cozinha já almoçando.

– Vamos conversar melhor a noite sim, era o que eu queria lhe dizer Draco, mas acho que elas queriam falar logo com você. Iremos mudar nossos planos um pouquinho.- respondi sorrindo e ele resolveu aceitar. Draco contou que ouviria umas histórias trouxas da menina do quadro e todos não pensamos duas vezes e resolvemos ouvir também. O almoço foi muito bom pra ele, se sentiu bem eu vi.

Almoçamos e fomos para fora do apartamento, como o mesmo fica numa torre afastada ninguém não autorizado poderia ficar lá, me lembrei de mais a tarde pedir a Mcgonagall para liberar Gina e Luna, todos se tratando pelos nomes agora. Encontramos Angiel já escolhendo a primeira história que iria contar, Draco avisou que teria mais ouvintes e ela simplesmente adorou. E assim começou a ler uma história chamada João e Maria.

" Era uma vez... Às margens de uma floresta existia, há muito tempo, uma cabana pobre feita de troncos de árvores, onde moravam um lenhador, sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria.
Na casa do lenhador, a vida sempre fora difícil, mas, naquela época, as coisas pioraram: não havia pão para todos.
— Mulher, o que será de nós? Acabaremos morrendo de fome. E as crianças serão as primeiras.
— Há uma solução... – disse a madrasta, que era muito malvada – amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos.
O lenhador não queria nem ouvir um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.
No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.
— E agora, João? Sozinhos na mata, vamos nos perder e morrer.

— Não chore — tranquilizou o irmão. — Tenho uma ideia.
Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da Lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças."

– Continua..... Irei continuar ela amanha ta bom, se não vão perder a aula, pois já estão atrasados, até você Draco. - Angiel disse e assim saímos correndo para a aula, como sempre com a grifinória, então todos deviam estar na mesma sala. Quando nos viram entrar todos juntos as pessoas olharam feia, incluindo Hermione , Cicatriz e o cenoura.

"Vixxeeeee já não bastava eu, agora até o Draco sendo amigo das meninas, sei não em... Vai dar merda!"– pensei rindo

A noite nos sentamos com o Draco para jantar, resolvi chamar as meninas, pois assim elas contariam o que sabiam para ele também. Após ouvir tudo sobre a relação de namoro da Granger com o cenoura, claro sem mencionar toques, caricias e a palavra namorado. Draco ficou calminho, ouviu com atenção e percebi que a esperança de que ela pudesse o amar e aceitar estava ali. Isso já significava muito avanço. Assim informamos o plano e tudo ficou esquematizado. Na próxima semana as coisas começariam a acontecer.