Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 40
Vinte Um Anos


Notas iniciais do capítulo

Fiquei sabendo por meio do grupo do Nyah! que as notas inicias e as finais não existiram mais com atualização do site, devido a isso não sei como irei se comunicar com os leitores, mas antes que isso aconteça eu quero agradecer aqueles que estão lendo, muito obrigada.



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As sombras giram e correm diante da luz que avança, enquanto a figura de um desconhecida traspunha em silêncio a porta que abria, gira a maçaneta da porta e segura bem alto a lamparina, de modo que a luminosidade inude a casa, os passos lentos pelo solo de barro, o olhar atento a seu redor, vai até um dos quartos, encontra a figura de um guepardo deitando na cama, coloca o objeto sobre o banco, faz uma pequena caminhada ao banheiro, equilibra em uma das patas uma vasilha de metal e na outra um pano branco, inclinar-se lentamente, após umedecer o tecido, o deposita na testa do felino, escuta um gemido de dor, contorce o pano e repete a ação várias vezes, vislumbrando as íris azuis, retira a fonte de claridade so banco e o segura, sentado-se no lugar.

— Quanto tempo dormi? — Chego-lhe a voz dele cansado a ela. Sem respostas se senta com dificuldade na cama, a vê abaixar o capuz negro e ajeitar os travesseiros atrás de sua cabeça, agradece.

Embora a escuridão mal iluminada, o rosto da adulta é visível para ele, uma tigresa de aparência agradável, a vê ir até à cozinha e depois retornar com um prato de sopa, sentada na beirada do colchão feito de palha, ela ergue a colher de madeira, abre a boca, engole o líquido quente causando uma sensação estranha na garganta, o gosto é horrível, deixa nítido ao fazer uma careta.

— Está comendo minha comida faz uma semana e não se acostumou? — pergunta de forma amável.

— Desta vez você se superou vossa alteza. — comenta, rindo ligeiramente, todavia tossindo logo depois.

No intervalo de completo silêncio, ouve-se o sussuro do vento, os galhos de árvores batendo em uma das janelas do quarto, indicando a chegada da chuva, o felino bebe a refeição relutante, considera perguntar sobre o reino do Vale da Sombra, contudo, é a voz doce e calma que interrompe seus pensamentos.

— Amanhã de manhã iremos sair, ficara muito tempo acamado, seus músculos não atrofiaram por causa dos exercícios e massagens que fiz, és um milagre, poderia ter tido uma infecção pulmonar.

Quando a felidea termina de lher dar a refeição, ela usa uma toalha para limpar seus lábios gentilmente, qual murmura de olhos fechados, o que a faz interpretar como um bom sinal.

— Vinte um anos em coma, posso sobreviver por mais tempo deitado. — responde, erguendo a mirada e encontra os dela, vermelhos e bondosos, nota a expressão afetuosa, recusa-se acreditar, mas ela é a mãe de Mirume. — Majestade, obrigada por me salvar, estou eternamente grato, se há algo qual posso fazer…

— Sua gratidão és suficiente. — pousa a pata na testa, confere sua temperatura. — Sem formalidades, por favor, meu nome não é um palavrão.

O guepardo abre um sorriso com uma expressão resignada e recebe de volta um olhar de compaixão, o riso da rainha soa bem, encanta-se, assemelha o de Mirume, antes de seu espírito corromper-se, reflete sobre, durante a ocasião qual Akame o deixa, sozinho naquele aposento, vaga o olhar distraído pelas paredes de barro, o teto de palha e a outra cama, tudo reflete a humildade, imaginou a vida dela ali, havia lhe contado, antes de ser rainha era uma camponesa de uma família de três irmãos, morreram devido à peste, causou-se aos quinze anos em um casamento arranjando, de modo a dar uma vida melhor aos seus pais, quando eles morreram fugiu, até chegar no Vale da Sombra, lá conhecera o rei.

Tenta levantar uma perna, depois a outra, em vão, suspira irritado, suas orelhas contraem ligeiramente, a voz da soberana o faz olhar na direção da cozinha, vê a silhueta através da porta aberta, ela lava dois pratos e utecilios, enquanto canta uma canção lenta, demora alguns minutos.

— Tem notícias do reino? — indaga.

A soberana acomoda-se novamente em sua cama, deteve-se, perguntado-se qual seria a melhor maneira de colocar os acontecimentos.

— Dishi será coroado amanhã, ouvi as conversas, o próprio imperador estará para um banquete, seu filho está lindado com as responsabilidades de forma inabalável, é um ótimo príncipe e agora será um excelente rei.

Os olhos azuis e grandes de Daisuki encarando-a com admiração, percebe a felicidade em seu semblante, sorri levemente, entrelaça a pata na dele, qual retribuí o sorriso e o gesto, contente e impressionado com a fala.

— Queria estar com ele, apoia-lo.

A névoa da tristeza consegue penetrar brevemente pelo seu ser.

— Quando estiver melhor poderá recombrar o tempo perdido, mas até esse momento ficará em observação, o médico virá amanhã checar sua saúde.

— É tipo de romendação que minha mãe diria. — Lança um sorriso de admiração, recordando-se do tempo de filhote.

Erguer-se deixando visível o sorriso de lábios fechados como resposta, ajeita o cobertor sobre ele, pôs-se a sair, ouve su nome pronunciado, gira a cabeça.

— Obrigado. — agradece.

Prestes a respondê-lo, uma flecha cruza a porta do quarto, ela esquiva em um salto, ambos abismados entreolham-se, três crocodilos surgem, Akame desvia para o lado sendo pressionada contra a parede, o réptil empurra o bastão na garganta dela, no canto dos olhos vê Daisuki encurralado, agarra o objeto de madeira e impulsiona as pernas de modo a chutá-lo, estando livre, usa a ponta da arma para golpeá-lo no peito, em seguida na curva do pescoço, o animal caí no solo.

Akame defere um soco contra a parte exposta do crocodilo, no momento que ele gira a cauda quase acerta o guepardo, mas esse abaixa a cabeça, de maneira a girar para a fora da cama, antecipadamente bloqueia o punho fechado vindo a seu rosto, não pode mover-se agilmente, o crocodilo tira do cinto uma adaga e empurra contra seu pescoço, mantém as duas patas na lâmina afiada, apertando os dentes fortemente, recusa a ser atingido novamente por esta arma, de relance vê a majestade ocupada.

Ela lançar-lhe golpes contínuos, contudo, o desconhecido atingir-lhe através de uma katana a sua perna, sente a dor da ação apossar-se e cada vez a irritação, o oponente brande a espada prontra a ferir, mas no mesmo instante a felina, que se recompõe, afasta-se dele, recua três a cinco vezes, logo se pôs a encontrar meios para acertá-lo, agarra o bastão do chão, levando a altura do peito, sente o impacto contra o lado esquerdo do ombro como se houvera sido golpeada por rinoceronte, geme perdendo o equilíbrio, mas continua a proteger-se, recorda-se dos treinamentos do pai, soldado de guerra, lutara pela China, inúmeras vezes.

Salta em cabolhota para trás, utiliza a parede para dar a impulsão necessária, atinge o pé no centro do rosto do crocodilo, esmagando a cartilagem do nariz, sem demora golpeia a testa dele com o bastão, jorra sangue na região, os olhos tornam-se maiores, espera-o cair, suspira aliavada, ouve o murmúrio de Daisuki, apanha a enorme cauda verde, em toda a força o impede de acertar o felino, ela gira e chuta a adaga de sua pata, o encara por breves segundos, existe raiva na expressão do animal.

— Você é boa gata. — comenta, sorrindo.

Ambos movimentam-se em círculos, ela mantém a pose de luta.

— Não faz ideia como. — responde.

Ele agarra a espada do cinto e aponta em sua direção, Akame usa o pé para pegar o bastão, movimenta-o no ar, um sorriso desafiador em seus lábios.

O crocodilo avanca na direção da rainha, empurra a espada contra o pescoço, ela esquiva-se e bloqueia as tentativas por meio do bastão, conquanto é atingida no entebraço, derruba o objeto, leva a pata sobre o corte, tem a respiração ofegante, contorce a boca numa expressão de insatisfação, desvia repetidamente, até bater as costas contra a parede daquele quarto, sendo suspensa pela garganta, tosse duas vezes.

— Esperava mais.

Diante dessa fala, o réptil empunha a espada, enquanto permanece segurando-a pelo pescoço, na ocasião de atravessar a arma em seu peito, sente ser puxado pela perna, perdendo o equilíbrio caí de costas, a felina pega-lhe a espada, frexiona o joelho na sua barriga, a armadura lhe protege da dor.

Akame pressiona a espada no coração do crocodilo, no canto da boca dele, uma curva como um sorriso, ela contorce a testa em raiva, apertado a ponta do objeto cortante, atravessa a primeira camada da couraça de proteção, a segunda lhe faz grunhir de dor, ela aperta os lábios, suspira irritada, o golpeia com o cabo na testa, fazendo-o desmaiar, levanta-se, ajeitando o qpao vermelho, de imediato corre em direção a Daisuki.

— O que eles queriam? — pergunta ele, sendo erguido por ela.

— O colar Yin. — responde, levando o braço do guepardo em volta do pescoço.

— Pensei que estava com Harume. — Franze a testa, confuso, olha nos cantos dos olhos.

— Antes de a minha filha ser capturada por Mirume, conversei com Fala Macia, ela havia me revelado o que aconteceria, jamais deixaria acontecer. — O faz sentar na cama.

— Então subtraira o colar, para Mirume não possuir o poder de ambos. — completa pensativo. — Mas majestade, dessa maneira intervira no destino, poderá ter consequências.

— Vinte um anos se passaram, não se preocupe. — Desvia os olhos do felino, sabe que as palavras dele são verdadeiras, ainda assim consiste em deixar o assunto morrer. — Certamente esses bandidos traram reforços, temos que ir.

— Isso significa que…

— Vamos visitar o Vale da Sombra.

Um sorriso transparece, após tanto tempo veria seu filho, felicidade lhe atinge a fisionomia do rosto.


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic está quase terminando, provavelmente terá mais três capítulos.
Até o próximo.



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