Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 4
Sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, antes de mais nada quero agradecer a todos que estão acompanhado e favoritando essa humilde estoria, fiquem com esse capitulo e até lá em baixo.



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Dois filhotes brincam juntos distante dos adultos, a beleza do lugar que os cercam é esplendida, é como um paraíso perdido.

Um dos filhotes carrega consigo um bicho de pelúcia, um panda, assemelhando-se a ele, o outro, uma fêmea da espécie Tigre do sul da China, corre atrás do amigo medindo cada passo, pois o pandinha engatinha com dificuldade, eles transmitem alegria pelos risos e sorrisos que dão, seus pais observam de longe.

— Você tem que aprender andar. — comenta a amiga sentando-se ao lado do panda que sorri e rola na grama aparada sentindo o cheiro diferente. — Tá legal, presta atenção. — O panda para, senta-se abraçando o ursinho de pelúcia, a felina sorri. — Lembra que eu estava lhe ensinando a falar? — Afirma balançando a cabeça. — Okay, a lição de hoje é dizer: tomate. Repita comigo, tomate.

— Mama-te. — gagueja o pequeno panda.

— Não, to-ma-te.

— Mama-te.

— É melhor aprendemos olhando as nuvens. — diz deitando-se na grama.

°°°

— Po acorda.

A voz lhe chamando o desperta de seu sono causando-o um mínimo susto. Olha em volta a procura de quem o chamou, ao vê quem é suspira de alivio.

— Tigresa o que faz aqui?

A mestra o encara com confusão, certamente Po esquecera que ela dormiu em seu quarto.

— Eu dormi aqui, lembra-se?

— É mesmo. — suspira levando os dedos indicadores as têmporas massageando-as. — Desculpa.

A guerreira arqueia a sobrancelha esquerda num misto de estranheza.

 Você está bem?

O panda apoia as patas na cama para assim levantar-se, quando faz evita olhar nos olhos da mestra de kung fu, sabia se fizesse não conseguiria mentir, como em Gongmen City, os olhos cor de âmbar dela são como duas esferas hipnotizantes que o força a falar a verdade.

— Estou. — Dá pausa na voz para formular uma mentira convincente. — Só não dormi direito.

A felina estreita para olha-lo, mas esse está de costas impedindo qualquer contanto visual.

— Por que não me olha nos olhos?

Seu corpo paralisa de imediato, não pensaria que Tigresa diria isso, com certeza percebera algo de errado. Para esquivar-se da pergunta incomoda o guerreiro a responde com outra, a questionando se o seu quarto foi um bom lugar para dormir, a felina bufa com sua atitude, o panda percebe o desagrado que causou.

— Dá para dizer o que aconteceu?

Não a responde fazendo-a perder um pouco a paciência.

Tigresa dá a volta pela cama ficando a sua frente, o vê de cabeça baixa e olhar distante, vagarosamente aproxima sua pata esticando o braço até a sua testa para assim checar sua temperatura, talvez estivesse doente.

O panda estremece surpreendendo-se com o contato, levanta a cabeça fazendo a pata da felina deslizar suaviza mente contornando sua bochecha, ele a fita, seus olhos cor de jade a miram intensamente, estar perto dela causa-lhe quentura.

Sonhara em estar perto de Tigresa desde criança, em conhecer mais sobre a guerreira que é, mas agora com esse sonho realizando questionava-se o que sentia por ela, se é admiração ou algo a mais, e especialmente se o que sabia sobre ela era só o que via.

— É que eu...

— Você está doente?

Tigresa continuou com a pata no rosto de Po, a temperatura de seu corpo subira; isso a fez pensar que ele estaria doente, ao contrário do que deduziu não era isso.

— Não é que...

Seu tom de voz saiu falho, desvia o olhar por milésimos de segundos aos lábios da felina, o que sua mente pensou em seguida o fez acordar do transe e a besteira que poderia vim acontecer, rapidamente retira a pata da amiga do rosto e vira-se, a felina não entende sua reação.

— É melhor irmos.

A felina suspira e concorda com amigo.

°°°

Os dois fazem o café da manhã um silêncio absoluto e chato, nenhum de seus amigos atreve-se a questiona-los.

Tigresa que até o momento comia sua sopa de macarrão desvia o olhar para o panda, esse está com a cabeça baixa usando como apoio o cotovelo, fazendo da sopa de macarrão um redemoinho com ajuda de uma colher de madeira.

Víbora observa tudo, quando a felina a fita ela disfarça, mas isso faz que os olhos da amiga permaneçam nela.

Mestre Shifu entra pela porta chamando atenção de todos ali presente.

— Vocês tem uma missão. — pausa na voz. — Quero que ouçam tudo que eu disser. — Acenam com a cabeça concordando, exceto Po que está perdido em seus pensamentos. — Já lhes contei sobre o Vale da luz e Vale da Sombra, da aliança que os dois vales fizeram e sobre as figuras que os representa, o sol e a lua...

— Mestre. — Tigresa o interrompe. — Não me lembro de o senhor ter dito qualquer coisa parecida.

— É por que você não estava aqui quando ele contou. — fala Macaco. — Lembra você e Po estavam naquela missão... De trazer a estatua de Oogway com o rubi.

— Entendi.

A felina lembrava-se perfeitamente dessa missão, nesse dia Po fizera de tudo para aproximar-se, comprou pulseirinhas da amizade, perguntas como: qual eram sua cor e cogumelo favorito, se ela conhecia algum doente.

Como queria mata-lo nesse dia, prometeu assim mesma que faria um mês de voto de silêncio, mas nada adiantou, quando Po a questionou sobre a escolha de Oogway, dizer a verdade poderia fazê-lo desistir de ser seu amigo, seria ótimo, entretanto não era o que queria, resolveu não dizer.

Grão mestre continuou a falar sobre a missão, detalhou o que todos deveriam fazer e como chegariam ao vale da luz.

Tigresa ouvia cada palavra atentamente, não poderia ser esquecer-se de nada, seria uma missão perigosa e importante qualquer erro não seria tolerado, para Po não fazia diferença, pois não estava prestando atenção em nada que Shifu dizia, só quando sentiu um afrouxar em seu pulso pode perceber, o mestre havia tirando as algemas.

— Parece que você vais se livrar das algemas panda. — fala irônico recebendo um sorriso mínimo do panda. — Está tudo bem com você? — diz enquanto retira um das algemas de Tigresa com ajuda de uma chave.

— Está só não dormi direito. — Levanta-se passando a pata no lugar onde estava algema. — Vou arrumar minhas coisas.

Tigresa e Shifu o veem deixando-os a sós por alguns segundos, até a felina pedir licença curvando-se e seguir para a porta.

O grão mestre sente seus pensamentos invadir a cabeça, deveria perguntar para Tigresa o que acontecera com amigo, ou melhor, com eles? Pois nunca viu o panda agir de maneira tão estranha, quer dizer algumas vezes, entretanto não desse modo, rezava para não ser o que estava pensando, já seria um risco mandar Tigresa para essa missão, mas o que lhe tranquilizava era o fato de Po não possuir o colocar da lua, o yang.

— Devo falar com ela...


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Notas finais do capítulo

Lembrando: estou editando os capítulos, se acharem estranho qualquer coisa me avisem.