Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 23
Sopre em mim novamente a vida


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao capitulo vinte e três, eu nunca pensei que essa fanfic seria tão longa, desde 2014 estou tentando terminá-la, eu merecia o Oscar... Okay não é para tanto, quem deveria ter ganhado nesses últimos três anos deveria ser os filmes da Dreamworks, ou pelo menos concorrido, principalmente Como treinar o seu dragão, amo Big Hero 6 , mas preferia o Soluço, aquele lindo boy magia o primeiro. Tudo bem isso não tem haver com a fanfic, voltando... Depois do que aconteceu com a Ti, eu adoraria que ela reconciliasse com Po, mas será previsto para o fim da fanfic, pois terei uma surpresinha para vocês. Boa leitura.



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Cada vez que Tigresa falava naquele tom, o primata e ave sabiam que algo estava acontecendo, aprenderam a não questioná-la, ainda que tivessem aquela típica curiosidade. Assim havia feito todos os anos, pensavam em conversar com ela, mas sempre desistiam talvez o medo por levar um ponta pé no traseiro.
Agora ali, vigiando atrás da hospedaria, conversam sobre a mestra do estilo tigre. Está bastante escuro, a lua esconde-se atrás das nuvens.
— O que acha que aconteceu com ela? Será que tem haver com aquele guepardo?
Não foi a pergunta, mas a forma como Macaco fez que incomodou a ave, como se sugerisse algo. É difícil explicar, mas deu conta que não era uma simples pergunta, certamente pensa que ele sabe de alguma coisa.
— Acho que não, ele não é o tipo da Tigresa. — responde, mantendo a mirada a floresta.
Ainda que parecesse forçada a resposta, concorda, no entanto continua a balbuciar.
— Se ele não é o tipo dela, quem é? — Teve um riso curto ao final, tem ideia de quem seja, porém prefere jogar com Garça, sabendo que o mestre tinha uma quedinha pela felina antes.
— O Po.
Surpreso pela resposta, sua fisionomia muda, não esperava tal afirmação, de repente o silêncio torna-se o amigo do momento e assim continua por instantes.
— Então... Como acha que essa tal de Mirume é? — indaga após o silêncio.
— Um tigre. — responde de maneira direta.
— Igual à Tigresa?
— Talvez.
Ele revira os olhos, a próxima vez pedirá à felina que esteja com outro parceiro, um que o entenda.
O urso panda está com os olhos ao guepardo, o detalha da pontinha do pé a cabeça, é um tipo de felino encantador, não que o interessa, possuí um porte atlético diferente de Tai Lung ou de qualquer outro que já viu; nada de impressionante ou exagerado, mas ainda assim atraente a qualquer fêmea. O Iris é de cor azul, compare-se a pedra safira, há um tipo de brilho nelas, o jeito que falou igual a um cavalheiro, suas roupas são simples, capa da mesma cor dos olhos, com exceção de ser escura, a calça negra, parecida com a de Tigresa, uma espada em seu cinto e escondido pelo manto uma adaga.
De certa forma sente-se tímido comparando consigo a esse guepardo, teve um relance sobre si mesmo, mesmo sendo quase impossível analisar ou enxergar sua figura, suspira derrotado ao tentar, volta-se ao sujeito, questiona-o sobre a amada, como a conhecia e se tinha algo com ela, essas perguntas chegam ao tímpano do rapaz com suavidade e incerteza, atreve-se a balançar a cabeça e sorrir para o panda, esse aliviado por saber que não terá concorrência, embora não compare Tigresa a um prêmio a ser ganho.
A face então muda, a tristeza o persegue, está em um abismo de dor, o beijo de Song de imediato o atinge, recorda a maneira que ela o fez, de como pareceu à líder dos cinco furiosos, calmo e lento, mas com o lado selvagem e instintivo devido a mordido ao lábio. Amaldiçoa-se por ter correspondido, ainda que fosse por breves segundos, jamais deveria ter feito, a desculpa de ser macho e ter necessidades é balela, gostaria de ter as sementes que controlam o tempo para voltar e concertar tudo, a ama de mais para vê-la com raiva, se sentido enganada.
“Muito bem dragão guerreiro.” — pensa ele.
— Não foi sua culpa Po. — A serpente até o momento calada tenta animá-lo, tirar o peso de sua consciência.
— “Claro que não foi” — responde com sarcasmo, levantando as patas para o alto dando ênfase na fala. — Sou um completo idiota, por minha causa quase a Ti e eu destruímos a hospedaria, o equilíbrio do yin yang seria desfeito! — Cansado senta-se ao chão com as pernas esticadas.
Não sabe o que dizer para consolá-lo, dói vê-lo assim, decide deixá-lo ali refletindo, ao contrário do guepardo, cujo senta-se a seu lado em posição de lótus.
Desvia a visão para o urso, conhece esse semblante por experiência própria, quando se está culpado a si mesmo.
— Se culpar por algo é abraçar a dor, a mágoa e o medo. — Delicadamente fala com aquela elegância em vestir as palavras. — Talvez perdoar a ti mesmo é um começo, lidar com o que fez e curar.
— Perdoar? — ele ri um riso de pura incredulidade. — Se Tigresa não me perdoa, por que eu deveria a mim mesmo?
— Não estou aqui para dizer que Harume irá perdoá-lo. Talvez ela não queira ou não possa. — reponde num tom de voz que chama sua atenção, fazendo-o erguer o olhar. — Eu já me senti como vossemecê, eu já amei algum tempo atrás, ela era linda e formidável de seu modo, cada vez que a via é como se fosse a primeira vez. Ainda me culpava pelo o que fiz, de como poderia a ter salvo do que estava se tornando... — suspira, reprimindo as palavras. — Eu a amava muito, talvez isso me tornasses cego, ainda que eu me julgue, aprendi a conviver com isso, a perdoar a mim mesmo.

— É?... — Embora não estenda exatamente o que o guepardo está falando, continuou a escutá-lo. — O que você fez? — questiona com curiosidade.
Os seus olhos fitam-no longamente, para além do que é dado suportar, e desvia o olhar.
— Eu a amei com minha vida.
Como não pretendia deixá-lo perceber que reparar no seu estado emocional, devido tais lembranças, sorri.
— Esse foi seu erro? Amar?
— Não! — apressa-se a negar. — Isso nunca é um erro, se for vivido intensamente, os erros foram minhas escolhas e decisões.
— Ainda não entendo você. Fala como Oogway... — Franze a testa, massageando as têmporas com os dedos indicadores. — Tudo que está acontecendo está me deixando confuso... Na verdade eu diria... Que tenho medo.
— Admitir é um bom começo. — Lhe dá mais um sorriso. Encara-o por breves segundos, causando incomodo ao panda.
— Por que me olha assim?
— Tu és bem diferente eu admito.
— Hã?
— Quer dizer, vossemecê não é nada igual as histórias que escutava.
— Sério? — pergunta com entusiasmo. — Que tipos de histórias? — Aquele semblante, cujo tinha no começo da conversa desaparecera.
— Alguns diziam que tu eras um guerreiro de mais de três metros, de uma força tão grande que acabou com Tai Lung e Lorde Shen apenas com o dedo mindinho.
— Uau... — Sua fisionomia se ilumina como um vitral ao sol. — Se realmente eu fizesse isso, deveria mudar meu nome para... Sei lá, “o incrível dragão guerreiro” ou quem sabe algo que soe mais misterioso... “O guerreiro das sombras”... Claro se eu mudasse, teria que mudar a roupa também, um tipo que caia bem em mim, que tenha uma capa parecida com a sua; talvez até usasse um cajado, ou uma espada.
O brilho cintilante dos seus olhos dera lugar a um olhar sonhador, que dá a impressão de fixar além deste mundo, Daisuki bem podia acreditar que tais palavras é um desespero forçado para livra-se da culpa, contudo são ditas com tal ênfase que reconsidera essa possibilidade.
Ele olha-o com alegria, mas a expressão cuja se desenhava ao rosto do urso, assim como nos lábios, transforma-se em preocupação, reencontrando com a pergunta:
— O exercito de Mirume não está vindo para cá?
— Sim devemos ir agora. — Levanta-se e já em pé estende a pata para ajudar o panda. — Vamos, podemos ficar de guarda junto com a princesa. — Dispunha a sair, mas é impedido por ele.
— Vá você, eu fico melhor sozinho.
— Querer fugir dela não irá adiantar dragão guerreiro.
— Não estou fugindo, apenas quero privá-la da dor de olhar para mim e lembrar-se o que fiz.
— A princesa está magoada sim, talvez vá lhe socar a cara se vê-lo. — Po levanta uma das sobrancelhas com um “jura?” estampado a face. — Mas ela precisa de você, não como namorado e sim como um amigo. — Sorri por fim, e saí de sua presença.
Quando a serpente chega à recepção da hospedaria, a cena que presencia é de caos total, vários hospedes falam ao mesmo tempo, alguns gritam e outros brigam, enquanto crianças choram. Uma verdadeira poluição sonora. Arraste sob as pernas dos animais, de vez em tempo um ou dois pisam acidentalmente a ponta de sua cauda, embora não doa é incomodo, encontra na multidão Louva-a-deus e Rosetta em cima da bancada junto com a dona do lugar, na qual está atrás, tentando acalmar todos os presentes, em vão, pois sua voz é silenciada.
Esguia-se até estar perto do mestre verde, que suspira aliviado por sua presença e apressa a dizer:
— Está uma confusão aqui, tentei ajudar à senhora acalmá-los, mas nada.
— Nem mesmo eu conseguiria ajudar vocês. — aumenta o tom de voz para ser ouvida, não chega a gritar.
— Todos estão perguntando o que aconteceu para o tremor, estão assustados. O que devemos fazer?
— Eu não sei, geralmente é a Tigresa que decide isso por nós.
Atendendo as preces de Víbora, a felina aparece na única entrada, os dois a miram de longe, sua roupa destaca-se na multidão, devido à cor vibrante.
Segue a mirada por vários pontos do lugar, respira penosamente pelas narinas, soltando o ar em seguida pela boca, se não bastasse o conflito interno consigo mesma, ainda deveria cuidar desses animais. Pede a todos que fiquem quietos primeiramente, ninguém faz questão de ouvi-la, repete a ação novamente, e como se estivesse à beira de um ataque assume postura e ruge de tal maneira, que o silêncio se faz presente, embora o choro de uma criança ecoasse por breves segundos.
— O que está acontecendo aqui? — indaga, a voz transmite impaciência e autoridade.
— Quem é você? — pergunta um bode, com ar de durão.
— É alguém que irá lhe quebrar todos os ossos do seu corpo se não responder minha pergunta. — o ameaça, fazendo-o recuar.
— Queremos ir embora. — fala outro bode. — Mas essa senhora — aponta para a idosa. — não nos deixa ir.
— Por quê?
— Não viu o tremor? E se tiver outro? Não queremos morrer.
— Não terá outro.
— Como pode garantir? São nossas vidas que estão em risco aqui.
— Eu garanto a todos vocês como mestre do palácio de jade é meu dever zelar por suas vidas, sendo assim nada de ruim irá acontecer a vocês. — diz num tom manso. Apressa-se. — É minha palavra.
— Você é a mestra Tigresa? — pergunta um ganso, com entusiasmo na voz. Ela acena com a cabeça. — Então você conhece o dragão guerreiro?
A guerreira não pode responder, pois outro animal a interrompe.
— Aquele que derrotou Tai Lung e Lorde Shen?
— Esse cara é uma lenda. — afirma um pato.
— Ele é show de bola! — grita outro.
É nessa altura que, se a felina falasse mais alguma coisa ninguém a escutaria, teve a obrigação de fazer esforço para manter a calma. Não é possível que todos ali continuassem a comentar sobre o “grande dragão guerreiro”, por bem-dispostos que estejam. Contudo mantiveram-se deste modo.
O semblante dela mantém a seriedade, mas os mestres verdes a conhecem de tal modo, que a semelham a um vulcão prestes a entrar erupção, fosse o motivo de falarem sobre Po, ou por que a tornaram invisível, como se sua presença fosse desnecessária.
Os minutos seguintes continuam com os comentários aleatórios. Dessa maneira irritando mais a felina, no entanto quando Daisuki e Po adentram ao lugar o silêncio se fez novamente, sendo desfeito por um javali, cujo com júbilo ao ter a vista seu grande ídolo exclama: “É o dragão guerreiro!” Assim cada presente rodeia o urso, dizendo palavras, que o mesmo não entende.
Ela fica ali imóvel o observando, de imediato lembra-se de Song, gostaria de não recordar, pois cada vez que a imagem vem-lhe a mente é como se o urso acertasse seu coração com uma adaga, o arrancasse e bebido do sangue. Talvez seja exagero de sua parte sofrer apenas por vê-lo beijar outra, visto que ambos concordaram em apenas serem amigos, o que causa mais mágoa é por ter sido com Song entre todas as fêmeas da China.
O guerreiro preto e branco teve um sorriso tímido, ao notar os olhos ambarinos aos seus. Mas assim que a felina desvia o olhar, sua fisionomia fica novamente pesada, detém um suspiro e com o engolir de sua própria saliva, em seguida pede que todos se afastem, os quais obedecem. Feito isso, toma fôlego para assim começar a falar, antes de estar ali, escutou Tigresa conversar com os hospedes.
— Pessoal, como a mestra Tigresa tinha dito. — pausa a voz para vê-la. Essa está com a vista ao chão, a fim de recusar a olhar para o mesmo. — Garantimos que não acontecerá outro tremor, apenas voltem para seus quartos, àqueles que quiserem ir vão, mas não recomendo, pois está escuro lá fora, propenso a bandidos.
— O dragão guerreiro está dizendo está certo então. — comenta um ganso, os outros concordam.
— Ótimo.
Assim cada animal antes enfurecido vai deixando a recepção, até que por mim só fique os mestres de kung fu e a dona da hospedaria.
— Vossemecê é hábil com as palavras dragão guerreiro. — afirma Daisuki.
— Ah, sim... — Ri frouxamente, sem alegria. — Poderia me chamar de Po? É que sou mais acostumando com os outros me chamando pelo meu nome.
— Po?... Como o senhor quiser.
— Senhor também não é...
— Se os dois acabaram com os apelidos carinhosos... — interrompe Tigresa, mirando ambos. — Fiquem de guarda, com certeza o exercito está próximo e o que menos queremos agora é um ataque aqui. — acrescenta dando-lhes as costas.
Balança os quadris de maneira lasciva, calmo, sem ser ciente do que faz, daquela maneira que só ela sabe fazer, nesse curto tempo o panda dá duas olhadelas, de vez em tempo desviando para a nuca laranja, não faz de propósito, sente-se hipnotizado, da mesma maneira quando estavam na cadeia de Gongmen City.
— Quem é você? — indaga Louva-a-deus a o guepardo depois de um breve silêncio.
***
Lia um livro de romance, sentada sobre a poltrona, uma coberta cobre metade de seu corpo ajudando-a aquecê-la, pois a noite é fria, até mesmo a lua atreve-se a pedir refugio para nuvens.
Recosta a cabeça, relaxa os músculos. Se pudesse dormir ao menos aquela noite. Boceja, distendo as pernas, deixando o livro ao colo, corre com olhar ao redor do quarto escuro, o silêncio é seu companheiro. Levanta-se tirando o manto que cobre, dá alguns passos até a penteadeira, ainda com o livro entre os dedos, abre uma gaveta o guardado, do mesmo lugar pega uma vela e uma caixa de fósforos, risca a cabeça de um, acende a vela, colocando-a perto do espelho de formato redondo, fixando a parede. A luminosidade devido à chama a faz enxergar sua figura.
Agora escova os pêlos da face, testa e o topo da cabeça. Detém a escova no ar, tira um fio laranja e deixa-o cair. Dura apenas alguns minutos alisando os pêlos, para depois andar o mesmo caminho até a poltrona, desta vez com um pote de creme em uma das patas, e pousar uma das pernas nuas ao assento. A quantidade de machos que daria tudo só para ver aquelas pernas. Passa o creme sobre elas, nos pés. Descalça. Seminua e radiosa, a exuberância dos animais jovens. Quando termina aperta os dedos sobre o tapete e suspira.
Decide repousar-se, não tem uma boa noite de sono a dias, e sabe que demorará a ter uma, ainda assim continuava com suas escapadas noturnas, aventurando-se com machos de espécies diferentes cada dia, jamais cessaria a sede por eles, mesmo custando suas forças, ama ter alguém a seu lado, seja por uma noite e nada mais, afinal é bonita, poderosa e rica, para que tudo isso, se não desfrutar?
Embora esteja sozinha na cama, lembra-se dos momentos bons com alguns, havia sempre aqueles que superavam suas expectativas, outras nem tanto.
Recorda de dois em especial.
O primeiro não era jovem, tinha um rosto comum, curto e extremamente pálido. Não era feio, os olhos assemelhavam-se a fogo de tão vermelhos. O que chamou sua atenção foi essa imagem imóvel e soberana, com os olhos abertos e olhar vazio, mas de certo modo manipuladores. A voz sempre destilava um tom malicioso e irônico. Com este teve algumas noites, nas quais eram incríveis, ainda que ele tivesse o dobro de sua idade não se importava, ele também não. Seu erro foi amá-la de tal modo, que quase perdeu sua tirania, mas agora de nada servia esse amor, pois está morto.
O segundo. Ele era um só. Não havia outro e se quisesse compará-lo com alguma coisa, seria como a lua, misterioso, ainda assim confiável. Jovem, leal e cavalheiro. Sua beleza lhe surgiu inicialmente como admiração e depois desejo. Nas noites que o teve, não eram apenas suspiros e palavras de amor, existia mais do que contanto carnal. Quando ele a tocava, sentia-se nas nuvens, um sonho agonizante e perplexo. Começa a viver, como se tudo o que vivera houvesse sido um sonho, do qual jamais queria despertar. Os olhos dessa paixão a contemplavam de uma maneira muito especial, fazendo algo dentro de si agitar-se, uma emoção esquecida. Contudo ele escolheu outro caminho, e como os outros, mais uma lembrança.
Aperta os cobertores com as patas, suspira penosamente com o fim das lembranças. A cabeça apoiada ao travesseiro, o olhar ao teto, e assim devagar fecha as orbitas oculares, para dormir com Morfeo.
***
A leoparda das neves caminha adentro da floresta, com passos rápidos distancia-se da hospedaria, segue assim por uma hora, até cair exausta de joelhos ao chão, olha ao redor e a única coisa que vê é um lago, pergunta-se a onde está à lua para com sua luminosidade fazê-la enxergar melhor. Decide permanecer ali por alguns minutos antes de continuar, não tinha mais razão de estar com os mestres do palácio de jade, pois seu plano está concretizado, embora esteja com o pesar na consciência, principalmente por causa de Po. Esse era verdadeiramente seu amigo. Sabe que fez errado em enganá-lo, mesmo que a China toda se desmorone por sua culpa, ainda assim sem arrependimentos, sem lágrimas, apenas o coração afundando-se cada vez mais, comparando-se a uma ancora ao mar.
Levanta-se bruscamente, a fim de continuar, sem antes olhar para trás, o exercito de Mirume chegaria a poucos minutos; se a rainha cumprir com sua parte, seu irmão estará perto dali.
Resolve correr com quatro patas, no momento em que considera necessário, às vezes esbarrando em algum tronco de árvore, depois de alguns minutos, esgueira-se entre duas arvores, suas orelhas contraem-se, o som de uma voz nem muito grossa e fina é escutado aos tímpanos, tem a leve impressão que o dono conversa sozinho. Esconde-se por precaução atrás de um arbusto, aperta os olhos levemente, como se o ato ajude a enxergar o sujeito, no qual está amarrado com cordas, ao redor de um tronco de árvore, alegre-se ao perceber que é.
— Yoichi! — grita à felina, chamando atenção do individuo.
Rapidamente corre em direção a ele, tem um sorriso, cujo não lhe cabe ao rosto. Estando perto dele, abaixa-se a sua altura e o abraça, no qual mesmo amarrado retribuí encostado o queixo ao seu ombro, lágrimas por parte da dançarina, quase sem lhe tocar as bochechas caem, acompanhadas por soluços e respirações de alegria.
— Eu estava tão preocupada com você. — começa ela, ainda com o gesto de afeto. — Pensei que aquela idiota teria ter matado.
— Ei, maninha, calma... — pede. — Mirume é o tipo de animal que trata os prisioneiros muito bem... — pausa a voz, notando o tom e como as palavras foram ditas.
— O quê? — pergunta, ao tê-lo a vista.
— Quer dizer... Eu, ela...
Song tem um minuto para raciocina e quando faz supõe:
— Você ficou com ela! — afirma com o tom de voz elevado.
— Não. — desvia a mirada negando, contudo seu semblante o entrega.
— imbecil. Babaca... — A cada xingamento lhe presenteia com socos ao peito. — Canalha r Trouxa. Eu não acredito que fez isso, sabe o sacrifício que tive para lhe livrar da forca? Sabe o que arrisquei, sabe o que perdi por você! — De repente fica em pé, amaldiçoando-se si própria. — Mas não... Claro que não saberia você nunca sabe! Mamãe estava certa...
— Do que está falando? Eu só fiz o que foi necessário para sobreviver, ou acha que eu adorei acasalar com Mirume hen? — “Na verdade gostei.” — Se eu não fizesse isso eu morreria, gostaria ter perdeu sua única família, pois eu sou o único que a resta. — termina com irritação.
Ela gira aos calcanhares e cruza os braços, está irritada e zangada.
Yoichi é seu irmão mais velho, embora não admita é sua única família.
O leopardo de olhos violetas suspira penosamente, odeia vê-la desse jeito, a ama, afinal é sua irmã. Abaixa o olhar aos joelhos, morde o lábio inferior de constrangimento, gostaria de retroceder o que fez. Tentar roubar a coroa de Mirume parecia uma ideia boa, até o momento em que ele não foi preso e condenado, a forca.
— Desculpe... — o tom de voz é baixo. — Eu prometo que não farei mais.
— Você sempre promete, mas nunca cumpre.
— Desta vez é diferente.
Volta-se a ele, a testa franzida.
— Por quê?
— Eu não sei... Apenas confie em mim.
— Gostaria Yoichi, mas sei que continuará a fazer


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Notas finais do capítulo

Depois de tacar fogo em Song, senti até pena dela, fez o que fez pelo irmão... Queridos fariam o mesmo se estivessem no lugar dela? A família vale mais do que nosso caráter? Respondam se quiserem.
Garça tinha uma quedinha por Tigresa... Talvez tivesse de verdade, para quem assistiu kung fu panda dois, se notarem a fala dele depois que Tigresa abraça Po, hum... Possa ser que eu esteja imaginando coisas... Já que estamos falando de crush, quem seria um par para a ave? Um personagem original, Tigresa, Víbora ou Mei Ling (A gata montês dos segredos dos cinco furiosos).
Embora Mirume tenha tantos deveres de rainha, como dominar a China e talvez o mundo, o essencial é preocupar-se com a beleza...
Amizade com Po e Daisuki... Eu os faria como inimigos no começo, mas resolvi mudar.
O que acharam? Algo que gostariam que acontecesse. Duvidas amores?
Obrigada como sempre, amo vocês, beijocas.