Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 22
Se me amas...


Notas iniciais do capítulo

Prepare a pipoca e avisa para Ludmila que é hoje, porque terá uma treta com o famoso Triângulo amoroso, ou seja: Po, Tigresa e Song, e quem quiser acrescentar Daisuki, fique a vontade, pois a treta não tem limites. Boa leitura.



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Os olhos da soberana se fixam a direção do soldado tigre, de vez em tempo desviando para qualquer ponto, enquanto ele fala de maneira lenta e calma noticias sobre os seus súditos, embora ainda a mesma não dê atenção.
Espera pacientemente as ultimas palavras do felino, feito isso descruza as pernas e levanta-se, a capa do vestido azul marinho acompanha a ação, acenando com a pata ordena ao tigre que se vá, após uma reverência obedece à rainha, ela massageia as têmporas bem devagar, esperando que isso a ajude manter a postura.
Segue andando pelo enorme salão a fim de chegar ao outro lado, atravessa uma das grandes portas do lugar e continua a caminhada, por fim chegando a uma sala, onde há uma grande mesa retangular coberta por tecido branco, e sobre variedades de alimentos. A criada notando a presença da alteza rapidamente puxa uma das cadeiras, Mirume senta-se logo em seguida.
— Pode me servir. — ordena. Num movimento delicado, pega o guardanapo colocando-o sobre o colo.
A felina aparentando menos de dezesseis anos, serve primeiramente alguns aperitivos em cima de uma bandeja, depois a outra com água morna, para assim a majestade limpar na ponta do lenço os dedos avermelhados do doce.
— Majestade. Tenho a sua palavra?
Ela não responde. Escutou com expressão séria, no momento em que concede à jovem, essa a agradece e começa a falar.
— Eu gostaria de pedir a vossa majestade algumas moedas de ouro. — pausa a voz, derramando o vinho sobre a taça de cristal.
— O que lhe dera não foste suficiente? — questiona, apertando os lábios sobre orifício da taça e bebendo o líquido roxo.
— Oh sim si alteza, mas ele está doente, pensei em comprar alguns remédios. — recomeça ela num tom manso. Apressa-se: — Se não for incomodo claro.
— Darei o necessário. — Aperta o guardanapo contra a boca.
Fez-se um silêncio, visto que não durou por muito tempo.
— Pensando melhor estou sem fome. — diz. Um gesto com a pata impede da criada de servir o jantar. A tigresa fêmea joga o pano branco sobre a mesa, empurrando a cadeira bruscamente. — Ninguém me incomode, irei para meus aposentos.
Apressando-se, antes que ela deixe a presença pergunta:
— O que faço com esses alimentos?
— Faço o quiser.
Sozinha, a jovem respira profundamente, com isso começa a retirar a mesa, é quando do mesmo lugar de onde a rainha saiu, um filhote de tigre corre a sua direção, assusta-se de imediato, quer perguntar o motivo dele estar ali, entretanto suas palavras são empurradas por um abraço caloroso do mesmo, fazendo-a derreter por completo, retribuí da mesma maneira abaixando-se a altura dele.
— O que faz aqui pequeno? — indaga com preocupação nítida. — Se a rainha o ver na certa irá me matar. — acrescenta.
— Não se preocupe Ju — fala o filhote, de olhos azuis e sorriso infantil. — Aquela bruxa nem me viu.
— Ei, não chame a rainha de monstro.
— Ela é. — Cruza os braços, fazendo beicinho.
— Se realmente fosse... Seria assustadora. — ri, apertando levemente a bochecha esquerda dele, no qual dá uma gargalhada. — Devemos ser gratos a ela.
O menino revira os olhos, e antes de respondê-la um espirro o impede.
— O que eu disse sobre brincar com água? — questiona com a postura séria, ele dá um sorriso curto. — Eu vou lhe levar para a casa. — Pega ao colo.
A criança agita-se, choramingando. Ju, assim chamada, aperta-o mais contra o peito.
— O que ele faz aqui? — Outra criada, na qual acaba de entrar, preparando-se para retirar a mesa indaga.
Levanta a cabeça com energia. O queixo a altura da leoparda, o olhar tinha a expressão doce e calma.
— Nada, já estou levando-o. — O filhote se mexe ao colo do tigre a fim de ver a outra felina.
— Então o leve. Não queremos confusão por aqui. — o tom de voz tem aquela autoridade, cuja Ju conhece. — Está crescendo, em breve servirá para o exercito. — Acrescenta passando o polegar sobre a bochecha dele, no qual tenta morder, mas não consegue.
— Ele ainda é novo e pequeno, acabas de dizer bobagem. — diz irritada, e no outro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Além do mais jamais o deixaria se suicidar pela rainha.
Dispunha a sair. Quer ficar só naquela noite, sem lembranças, sem dor. Mas já ameaçam a envolver. Consegue evitá-los até aquele instante. Mas agora não tem forças para rompê-los. Recua, recordando da comida sobre a mesa, sentou-se em uma das cadeiras com o menino ao colo, e rindo levemente pergunta:
— Quer comer querido? — Ele acena afirmando, em seguida puxa uma bandeja de doce. — Devagar. — pede sorrindo, alegrando-se com a sua animação.
— O que faz ?
— Nada, apenas servindo-se. — responde, o sorriso alarga-se. — Está servida?
Espera antes de responder, como se analisasse a proposta.
— Sim.
E ao ouvir o som débil da resposta, sem saber por que, alegra-se.
Debruça-se na grade daquela varanda e respira penosamente, estende a pata. O gesto é discreto, mas no rápido abrir e fechar dos dedos há certo desespero. Uma folha seca pouca suave sobre a outra pata no gradil. Ela esmigalha-a entre os dedos, com uma lentidão premeditada, inclinando-se para trás, ela ri sem vontade, e fica séria, retira de dentro do seio um charuto, mira detalhadamente, depois o cheira e volta analisá-lo, um suspiro cansado é deferido de sua boca. Nunca teve a ideia de fumar, contudo nos últimos dias, com o estresse eminente...
— Nem pense nisso.
Vira-se bruscamente e quando vê a figura de Lía acalma-se.
— Vos não deverias se intrometer no que faço ou deixo de fazer, devo repetir quantas vezes? — indaga brandamente. É violenta a fricção do seu polegar contra a ponta do charuto.
— Se quer suicidar-se faça. — pausa a voz e continua. — Isso só a matará lentamente. — acrescenta.
Ela umedece os lábios. Seus olhos agora a direção da felina.
— Que seja então. Estou apenas fazendo cumprir o seu desejo e de meus amados pais.
— Seus pais te amavam, amavam tanto que preferiram... — Não consegue terminar a frase.
— Isso é passado agora.
Os olhos mirando a frente, a postura reta e séria, embora esteja com fatigada; caminha com passos lentos e precisos para fora da varanda, adentra a biblioteca, aproxima-se da lareira, a qual o fogo está quase se apagando, acende o charuto usando a chama do fogo, em seguida o leva aos lábios sem hesitar e por fim o traga soltando a fumaça logo depois.
— Durma bem alteza.
Se ela tivesse feito qualquer gesto, dito qualquer coisa, Mirume ainda estaria ali.
Uma nova onda de raiva e incerteza começa a se misturar em sua mente, bruscamente joga o charuto na lareira, e deita-se no sofá, de formato retangular e estampado lilás. Fica ali naquela posição em silêncio, com o vazio do lugar invadido sua alma; uma brisa fria passa por sua face e parte dela quis dormir e congelar até a morte, de tão cansada, mas não o fez.
Provavelmente havia se passado apenas alguns minutos quando uma onda de pensamentos surge de repente, enquanto tentava estabelecer algum equilíbrio interno.
Havia recebido a noticia que sua irmã está com dragão guerreiro, e ambos possuem o colar Yin Yang, de imediato a alegrou, pois não teria apenas o Chi da irmã, mas também o poder de equilibrar o bem e mal. Ordenou ao general de seu exercito a ir atrás dos dois, a informante só precisava cumprir com mais uma parte do acordo e assim poderia atacá-los, todavia não saberia se conseguiriam, principalmente contra o poderoso dragão guerreiro, cujo derrotou Lorde Shen, seria mais ousada uma emboscada, mas não tivera tempo para fazer uma, resolveu seguir com o plano que planejou desde o começo. Após concretizá-lo, a primeira coisa que fará é destruir aqueles os quais pisaram em seu caminho e por fim conquistar a China e talvez o mundo.
***
Song não tem a noção exata do tempo estando com Po, o sentimento de querer estar próxima, continuar com ele, é reconfortante, pois o urso possui a gentileza e graciosidade de uma criança, embora seja adulto. Lembra-se da última vez que o viu, era mais robusto e menor, agora o analisando, havia algo cuja atraiu, seria a personalidade ou o corpo? Tal resposta não possuiu alternativa, resume-se nele todo, principalmente os olhos; jamais viu olhar tão verde com brilho especial, compara a pedra preciosa esmeralda.
— Obrigada. — agradece pelos os conselhos dados, em como é certo fazer o errado por aqueles que amamos.
Pousa a pata em seu ombro, e avança até ele, é a oportunidade perfeita, sabe que Tigresa está por perto, o cheiro dela é inconfundível, jasmim. Sorri com a tensão do guerreiro, no qual recua dois passos, de assalto, agarra sua pata, sente quente, macia. Endurece as pontas dos dedos, a fim de cravar levemente as garras naquele carne, de soslaio ele mira confuso, a leoparda inclina-se demorando mais do que o necessário para depositar as patas envoltas de seu pescoço; ri baixinho, e com leveza o beija na bochecha.
Como se olhasse para medusa, seu corpo se torna pedra, a respiração saí com dificuldade, reza que seja apenas um beijo de amigo, como nas outras vezes, entretanto é diferente, assemelha-se ao de Tigresa.
Volta-se a ele por breves segundos, e depois pousa os lábios sobre o dele, por instantes, o peito do urso palpita em silêncio, via-se que luta contra sentimentos de desejo, que só a muito custo controlava. Com a intenção de minimizar o seu embaraço, tenta recuar, Song aperta mais o agarre, visto que no começo luta contra o contato, não hesite ao ter o lábio inferior mordido, e o aquilo inocente se torna o combustível para algo mais intenso.
Brevemente aquecido, os lábios curva-se em um verdadeiro beijo, contudo é apenas quinze segundos, devido a consciência do panda, cujo empurra a felina bruscamente.
Atordoado e surpreso, pousa a pata sobre a boca, os olhos antes redondos, estão mais redondos, encara a felina que está sobre o chão, em seguida desvia para a porta, assusta-se vendo a figura de Tigresa e seus amigos, todos com os semblantes surpresos, Garça tem o bico amplamente aberto.
Segue-se em silêncio, Po simplesmente fica parado, permitindo que a cena antes vista por todos o fizesse sentir-se pequeno, é quando o constrangimento é movido pela culpa, tem os olhos dela aos seus, percebe a dor e raiva, o que faria agora? Pediria seu perdão? Certamente o que recusará. Ficar se debatendo em um dilema não iria ajudar, resolve pronunciar as primeiras palavras, contudo é impedido pela aquela sempre faz seu coração palpitar.
— Viemos informar que sairemos daqui a pouco. — começa ela, mantendo a postura séria, tentando o máximo ter as emoções controladas. — Alguns porcos viajantes me informaram que há felinos de armaduras se aproximando da hospedaria, certamente é o exercito de Mirume. — acrescenta com intensidade o fazendo escutar com atenção.
Diante disso, a mestra do estilo tigre dispunha a sair de sua presença.
Não podia abrir os olhos para continuar a vê-lo, mal podia mover outro músculo do corpo, até mesmo o esforço para levanta uma única pálpebra parece avassalador, uma onda de sentimentos, uma mistura de ira e tristeza, varre sua alma, aquela visão havia aturdido de tal maneira que não pode reagir, apenas decidiu sair dali.
— Tigresa espere!
Interrompe os passos, o guerreiro preto e branco está atrás de si, por um instante sucede o pensamento de matá-lo. Seu nome pronunciado por sua boca é a pior melodia, cuja gostaria de ouvir, de repente aperta os punhos, quer controlar aquilo que manteve durante anos escondido, suas emoções.
— Por favor, eu posso explicar, não é o que pensa.
Sorri, um sorriso debochado de incredulidade, devido suas mentiras. O viu correspondê-la.
— O que eu penso não é problema seu. — inicia com certa irritação. — Afinal eu e você somos apenas amigos, lembra-se?
Retoma a andar; os olhos fixos à frente, visto que antes de dar mais um passo, ele atravessa seu caminho.
— Por favor, me escute. — suplica.
Ela não faz questão de respondê-lo, na qual dispunha a sair, mas novamente é impedida, desta vez o pulso em seu agarre, rosna de irritação, encara o olhar verde jade com ódio.
— Me solta agora! — o tom de voz saiu com ira, não chega a gritar.
— Você tem que me deixar esclarecer, o que viu...
— Foi o quê panda? Não me diga que não a correspondeu que aquilo que presenciei foi um beijo teatral? Suas mentiras são mirabolantes eu lhe parabenizo por isso, deveria receber algum prêmio, talvez quando tudo isso acabar, eu lhe dou um presente.
— Mentiras? — Bufa revirando os olhos, sem deixar de segurar o pulso da guerreira. — Eu não minto, possa ser que a beijei por breves segundos, mas percebi o errado, jamais estaria com alguém que não fosse você, a única coisa cuja viu: um desejo nutrido pelo momento.
Há verdade em seu olhar, todavia recusa-se a acreditar.
Tenta estar livre do aperto que recebe na região, porém mais pressão é feita, de repente é como se ambos estivesse em uma guerra, na qual os dois saíram feridos, flashbacks de momentos passos correm as suas mentes, não há tontura ou separação, os borrões se tornam nítidos. Na pata dele o brilho de cor branca e no pulso dela preto, a luz é intensa, iluminando todo o corredor, eles não se importam com isso, continuam com a vista um ao outro, as janelas de suas almas.
Os outros mestres de kung fu permaneceram naquele quarto, Víbora ordenou que ficassem ali e deixasse Po e Tigresa às sós, e apesar de vários questionamentos, principalmente de Louva-a-deus, a mestra serpente conseguiu mantê-los ali, exceto Song, essa havia saindo após o urso.
— Então pessoal o Po e a Song são namorados? — questiona Rosetta, na qual assim como o restante está sentada sobre a pequena cama de solteiro.
— Talvez. — responde Louva-a-deus.
— Mas o que a Tigresa tem haver com isso?
De súbito tal questionamento deixa a duvida no ar.
Cada presente ali possuí sua própria resposta, exceto Garça e Víbora, ambos sabem do envolvimento do tigre fêmea com o urso.
Um som peculiar interrompe os pensamentos de todos, de imediato olham para Macaco, esse se sentindo ofendido responde:
— Não fui eu.
Escutam novamente, desta vez mais intenso, agora as miradas acusadoras vão a Louva-a-deus.
— Nem olhem para mim, sou pequeno, não sou capaz de soltar um pum assim.
— Isso é diferente de um pum. — afirma Garça.
Como se o barulho afirmasse, soa novamente, junto com um leve tremor de terra, fazendo o primata cair da cama e dois quadros de paisagens pregadas na parede irem ao chão. Em seguida com mais força, causar uma rachadura no piso de madeira, e continuar em seguida, como um terremoto.
— Eu não quero morrer! — apavorasse Louva-a-deus.
— O que está acontecendo? — questiona a ave, tenta o máximo equilibra-se em uma penteadeira.
— Parece um terremoto. — diz Víbora, essa apavorada, como os demais.
A lanterna do som antes no teto, iluminado todo o ambiente, desprende-se e caí ao solo, apagando-se.
Com a confusão e medo nítidos nas faces de cada um, escutam a gritaria de hospedes do lugar, preocupam-se, mas devido às circunstâncias permanecem imóveis, esperando o tremor de terra esvaecer, no entanto passando dois minutos nada mudou, ao contrário parece ter ser tornado mais violento, de repente um vulto atravessa o corredor com grande velocidade, a serpente e ave entreolham-se, decidem que é hora de agir, atravessam a porta, seguidos pelos outros, exceto Louva-a-deus, sendo dramático insiste em ficar, apesar disso é pego a força por Macaco, esse mantendo o equilíbrio nas paredes.
O guepardo acaba de chegar ao corredor, teve algum tempo antes de correr de volta a hospedaria, devido o pressentimento de que algo estava acontecendo com Harume, à confirmação a vê-la ali: com o pulso agarrado pela pata do panda, energia fluindo nesse região e a redor de ambos. É isso que está causando o tremor, o desequilíbrio do yin yang.
Avança alguns passos, esgueirando-se pelas paredes, está atrás do urso.
— Harume pare! — grita, mas parece que ela não faz questão de ouvir.
O mundo parece ficar escuro, ambos permanecem ali encarando-se, como se gerada pela súbita percepção de raiva e dor, um martelar surdo começa a subir da espinha até a nuca dos dois guerreiros, o amor causa sensações inexplicáveis, às vezes agir por instinto é ação.
Os esforços para afastá-lo são exaustivos agora, de algum modo, tinha se tornado parte dele, com dificuldade tenebrosa que suga todas as suas forças, a tristeza apertando lentamente ao redor do peito e do coração, apesar de escutar a voz de Daisuki o que realmente a importa é o panda a sua frente, ainda que tente freneticamente se soltar de seu agarre, é inútil, quer vê-lo diretamente nos olhos, demonstrar a melancolia que sente, assim como o mesmo, ao contrário dela, sua melancolia é de arrependimento, o dela de raiva.
— Escute Harume. — começa o guepardo, a voz calma, apesar da situação. — É isso que desejas? Sua irmã quer destruí-la, acalma-se, só está fazendo o que ela quer.
Ela desvia a mirada por cima do ombro do panda, a fim de prestar atenção.
— Por favor. — pede dando dois passos à frente, a pata esticada.
Po não sabe o que fazer exatamente, questiona-se de quem é a voz do sujeito as suas costas e de onde conhece Tigresa, contudo a figura tem razão, resolve soltá-la, no entanto ela que faz primeiro, bruscamente, então percebe a aura se dissipando dela, de soslaio olha a almofada de sua pata, energia branca junto com preta, volta-se a ela, na qual suspira algumas vezes com o intuito de acalmar-se.
O tremor vai se reduzindo até finalmente desaparecer, Daisuki suspira aliviado, os outros mestres chegam após breves segundos, suas miradas vão de seus amigos a o misterioso guepardo.
— Está tudo bem? — pergunta Víbora diretamente a Tigresa.
— Sim. — responde.
Com passos medidos, o felino aproxima-se da guerreira, o urso panda, assim como todos os presentes observam. Estando próxima toca o ombro dela, cuja recua, mas insistido segura o seu rosto com as duas patas, gradual e intencionalmente, ele está a centímetros de sua face olhando no fundo de seus olhos. Harume acha que pode ver através dele. Então ele sorri, parecendo tirar um peso enorme de seus ombros, mais leve que o ar, quase como se não tocasse o chão.
— Ficarei aqui para ajudar. — diz ele sorrindo, esperando que ela responda, sendo que vem na forma de um curto sorriso.
Tira as patas do felídeo de suas bochechas, para em seguida olhar para cada um dos amigos.
—Quero todos em prontidão, se Mirume nos atacar estaremos preparados, — começa com a voz autoritária. — Macaco e Garça atrás da hospedaria, Víbora e Louva-a-deus vejam se todos estão protegidos, Rosetta pode ajudá-los se quiser, depois fique de guarda, o mesmo serve para você Daisuki.
— Milady está certa disso? Quer que eu ti ajude?
— Não será necessário. — pausa a voz antes de continuar. — Podem ir agora.
Após alguns segundos, processando as ordens da mestra, obedeceram.
A líder dos cincos furiosos mantém a postura séria e o corpo reto, nenhum momento olha em direção ao urso, e deixa a presença dele, e dos únicos mestres, cuja continuaram ali: Víbora e Daisuki.
— Então quem é você? — questiona Víbora, que está ao lado guepardo.
— Veja meus modos, desculpe. — Ele inclina-se de forma respeitosa para a serpente, na qual está surpresa pelo cavalheirismo. Po até o momento com a vista baixa toma conhecimento do gesto. — Sou Daisuki, e a senhorita deve ser a mestre Víbora a grande dançarina de fitas, é uma honra estar a sua presença. — Notando a falta de patas, decide beijar o topo da cabeça da serpente, essa tem um rubor leve nas maças do rosto.

— Oh, bom, quer dizer, é... O prazer é meu?... — responde depois que o felino volta à postura.
— E tu és Lótus, o filho do governador panda. — Dá dois passos a frente do guerreiro preto e branco e repete o gesto que fez antes. — É uma honra.
Ele pisca algumas vezes para processar o que vê, e antes de respondê-lo, o guepardo está aproximando-se dele.
— Ei, ei, eu estou bem, não precisa me beijar. — recua com as patas a frente do corpo.
—Só quero cumprimentá-lo. — diz risonho, estendendo a pata. Apesar da desconfiança o panda aceita.


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Notas finais do capítulo

Eu daria uma surra em Song, mas como sou apenas uma autora,cuja quer ver pegar fogo no barraco, deixarei ela intacta, por enquanto... Embora Tigresa poderia fazer a honra.
De todos os acontecimentos deste capitulo o que interessou mais a vocês? O fato da traição de Po, de Daisuki ser um lindo, corajoso, cavalheiro, lindo... Ajudar Tigresa num momento tão difícil? Do poder de Tigresa manifestar-se novamente, mas com Po a seu lado? Digam: o que gostariam na fanfic?
Obrigada por comentarem, lerem e favoritarem, amo vocês. Até mais.