Yin Yang escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 10
Mel


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo novamente a Frosty Girl por ter comentando, e claro a vocês também, esse capitulo tem uma surpresinha no final, mas não se preocupem ninguém vai morrer não. :)



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A Luminosidade noturna da lua os escolta á medida que ambos afastam-se da floresta.

Os passos são lentos, é como se quisessem estar mais tempo juntos, o panda tem a pata da mestra entrelaçada, o sangue que pinga na pelagem negra do local, não é significativa a ele, o foco de sua mente é de curar a amiga, na qual a medida que ambos aproximam da hospedaria, atreve-se a dar curtos sorrisos ao guerreiro, que de vez em quanto a presenteia da mesma maneira,  cuja concorda para si mesma, o sorriso do panda é o mais  gracioso e expressivo.

— Po, você pode soltar minha pata. — Apesar de tais palavras, não quer deixar o aperto confortante do palmo, mas se vem à obrigação a pedi-lo que solte, pois poderia ser desconfortante a ele, pensa.

— Para você fugir e ir socar mais arvores? — a questiona, sem deixar de andar. — Não mesmo. — acrescenta, suscitando um sorriso do tigre fêmea.

Dadas essas palavras, o silêncio os invade, entretanto é algo bom, cujo se estende até a chegada a enorme casa de madeira de mais de três andares, o panda vira-se a ela, e pede para esperar sentada nos cinco degraus da entrada da hospedaria, sem contrariá-lo assenta, antes de vê-lo entrar concede outro sorriso, para em seguida ter a vista nas arvores da floresta, suspirando por fim.

Olhos âmbar rubi atentam nas patas cobertas de sangue e arranhões, com os dedos alisa delicadamente a palma da esquerda apertando-as depois, pergunta-se como seria sentir dor novamente nessa zona, há vinte anos desobedecendo às ordens de Shifu, as fez insensíveis. Não se orgulha desse feito.

Socar arvore pau de ferros, até suas patas estarem em carne viva, foi para camuflar a dor de não receber o carinho do mestre Shifu, de não ser a melhor aluna cujo se orgulharia.

Curtos flashbacks de treinamentos incansáveis chocam-se nas lembranças de criança, até a idade adulta, exerce pressão das garras nos joelhos, o coração comparece de um animal sendo enforcado, perfura o tecido preto nas regiões, formando cinco buracos, odeia recordar a infância, admite momentos bons, como: quando Shifu lhe ensinou damas, contudo não é comparado às vezes, das quais chorou sozinha, se sentido melancólica.

— Ti, voltei.

Ao escutar a voz do amigo volta à postura normal.

— Trouxe gases, remédios e mel.                                                                 

A felina arrasta o corpo para a direita, deixando espaço ao guerreiro, no qual se senta.

— Mel? — pergunta.

— É bom para curar feridas, lembra quando estávamos na missão de levar a estatua com a pedra rubi de Oogway? — Confirma acenando com a cabeça, mesmo com a dúvida do questionamento. — Então, eu tinha achado mel dentro de uma arvore; você me disse que abelhas consomem mais do que produzem e depois disso tivemos aquela pequena “discussãozinha”.

— Aonde quer chegar com essa lembrança? Eu lhe perdi desculpas nesse dia. — fala, incomodada.

— Eu sei, e eu lher perdoei, mas o ponto é: depois de retornamos ao palácio de jade, resolvi pesquisar nos livros da biblioteca sobre abelhas, achei o máximo você saber tanto de insetos, sendo minha guerreira favorita, perguntei-me por que não... — pausa a voz, analisa quais palavras podem ser mais adequadas a usar, não as obtendo continua de outro ponto. — Descobri que o mel é bom para feridas.

Observando-o com atenção, sem comentar suas palavras, o vê pôr dois dedos na vasilha de cerâmica branca, com detalhes de flores azuis, que trouxe, arqueia a sobrancelha direita, por breves segundos o urso roda os dedos sobre o mel, como se fosse macarrão, ao termino os levanta a altura do queixo, deixando fios de mel cair de volta recipiente.

— Isso vai ajudar. — afirma, ele.

— Não, não, você não vai lambuzar minhas patas com isso — fala, com breve irritação. —, vai grudar em meus pêlos, e depois vai ser difícil para tirar. — justifica-se, logo depois de notar o semblante de sarcasmo do amigo.

— Vou espalhar só nas pontas dos dedos e na palma, são os lugares mais sensíveis.

— Tudo bem. — concorda, sua voz saí com melancolia.

Tigresa estende as patas a ele, no qual aplica sobre as regiões de pele, nesse curto tempo, percebem o ambiente tenso, cujo forma-se devido suas palavras anteriores. Ofende-se mentalmente, esqueceu que a amiga não possuí mais sensibilidade a onde passa o mel, e isso pode ter a lembrando de momentos ruins da juventude, também poderia ficar triste, se recordasse, algo parecido.

No momento em que termina, a tigresa fêmea desvia a mirada a qualquer outro ponto, ele por outro lado, a mira, suspira na ocasião de tentar consertar o que fez; a chama, recebendo olhos vermelhos com a mistura de laranjas aos seus verdes, morde o lábio inferior nervoso, brinca com dois dedos, batendo-os um no outro, para a felídea é um gesto airoso.

A lua formosa brilha no céu escuro, é de admirar, Tigresa a vê, recorda-se das vezes, enquanto ainda morava no orfanato Bau Gu, seu único amigo era o singelo astro, escondida em seu quarto, considerada monstro por todos, olhava-a por uma frente na parede, era o único escape de não estar sozinha, permitia-se apreciá-la por horas, até dormir e sonhar com um futuro melhor.

Manteve-se a mirá-la, Po sorri com o deslumbre da amiga, sua pelagem alaranjada iluminada pelo satélite natural é vistoso. Limpa os dedos na pelagem de seu peito, para em seguida aproximar-se de Tigresa, na qual não se importa com a aproximação, ambos segue em silêncio, a felina deposita a cabeça no ombro do urso, surpreso com gesto engole a própria saliva.

— Quando eu era pequena — começa ela, dando por fim o silêncio. —, a via como se fosse um amigo, me consideravam um monstro Po, doía muito, um dos motivos para socar arvores, não era apenas para ser radical, e sim para não sentir dor...

Sorri ao termino, é de alívio desabafar com alguém, considerando Po, que é especial para ela.

— Desculpa. — diz, ele.

— Não se desculpe, é minha culpa não ser sensível nas patas mais — pausa a voz, para depois continuar. —, podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a escolher o que plantamos.

— Bonitas palavras.

— É um provérbio chinês, mestre Shifu me disse uma vez.

— Eu também tenho um, quer ouvir?

— Claro.

— Para voltar a viver é preciso esquecer o passado e dar o primeiro passo.

— Acho que esse provérbio define minha vida.

Aparta o rosto do ombro dele, para pedir ao mesmo que limpe o mel das patas, ele concorda pegando gases, cujo trouxe e as limpa cuidadosamente, durante esse tempo a felídea o mira, é amplo o cuidado feito por ele, sente-se aquecida com o toque, sorri diversas vezes, pensa consigo os toques percorrendo ao seu corpo, sabe que é ruim ter ideias impuras, mas o ama, quer beijá-lo, com tudo e a paz interior que prometeu a si mesma? Não desistira de alcançar, mas se Po é a paz, na qual deseja? Aperta os lábios, lutando mentalmente a procura da resposta, quando volta à realidade o panda está presenteado-a com um sorriso.

— Terminei vossa alteza. — brinca.

— Bom trabalho vosso médico. — fala, deslumbrando as patas enfaixadas. — Pergunto: a onde tem tanta pratica com ferimentos?

— Quando se é perito em se machucar aprendemos tais coisas. — sorri novamente, mostrando a fileira dos dentes de cima, para depois pegar um pouco de mel no dedo e passar no focinho da amiga.

Com um sorriso de puro deboche mira a incredulidade da felina, na qual se vinga depois fazendo o mesmo gesto, o urso usa a língua para lamber o liquido que cai a sua boca.

— Mel é comida suponho. — afirma, sarcasticamente.

Prolongam-se os mesmos gestos de ambos, divertem-se com a brincadeira infantil, as risadas dos dois guerreiros demonstra a alegria de um ao outro, ao chegar ao fim dão as ultimas gargalhas, o resultado da pequena diversão é: patas e faces cobertas de mel

 — Seu rosto está coberto de mel. — ri Tigresa, afirmando.

— O seu também. — fala o panda.

— Vem cá deixa eu limpar para você.

O guerreiro acerca-se a ela, ambos estão de frente, da mesma forma, cujo amigo teve a destreza de limpar as suas patas, fez ao seu rosto, o viu fechar os olhos, quando começa a passar os gases sobre a pelagem, com dificuldade, pois o mel é grudento, reclama a ele, no qual admite: “vou ter que tomar um banho.” A amiga concorda, o urso ri, devido a consiga sentida por ele, pelos gases no focinho, a líder dos cinco furiosos aproxima o rosto ao dele, para assim enxergar pontos na pelagem, não limpados.

Sentindo o rosto tão perto, Po abre os olhos vagarosamente os conectado ao dela, na qual para de limpa-lo e o encara, espreita por breves segundos os lábios do urso, voltar-se a ele depois, segue ambos devorando-se com a visão, estreitam a distância, fecham os olhos na expectativa, os hálitos misturam-se no ar, o panda deposita a pata na bochecha do tigre.

— Me beija Po. ­­— pede, com a voz falha, sua racionalidade não é obtida no momento.

Com as palavras dela, o desejo de finalmente provar o doce dos lábios dela é atendido, apenas uma carícia, quase sem lhe tocar o lábio, porém para ele é mais do que pode imaginar, nesse exato instante confirma: “Ela me ama.”

Sem serem conscientes seus corpos emana energia, ela cor preta, o dele, cor branca.

Movido pelo desejo de contato mais profundo, Po move os lábios, com tudo é interrompido por uma onda de curtos flashbacks na sua mente, separa-se assustado, assim como ela, cuja teve o mesmo, a energia de seus corpos não são mais visíveis, diferente do que aconteceu minutos antes. Como na primeira vez, quando tiveram imagens barrosas, Tigresa levanta-se em silêncio e o deixa, o urso não protesta, em vez disso mira a lua consciente do “beijo” e agradece a ela, tendo ainda o pensamento, do por que das imagens da mente.


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Notas finais do capítulo

Eita, não disse que tinha surpresa, foi apenas uma beijinho, mas para eles... Comentem se gostaram , beijos.