The A Team escrita por Bellabitch


Capítulo 1
Stuck In Her Daydream


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes ♥ Espero que gostem da nova fanfic!
Essa é minha terceira fic, mas a primeira de TMI, então estou nervosa mesmo assim rs.
Esse primeiro capítulo é POV narrador.
Boa Leitura!



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– Desistiu de tentar se intoxicar? – Aline, a “rainha” do Alicante High School, disse se aproximando com suas seguidoras, Camille Belcourt e Kaelie Seelie, da mesa onde Clary comia sozinha.

Quando Aline Penhallow se pronunciava naquele colégio, todos se calavam para assistir um espetáculo, ainda mais quando Clary estava do outro lado da história.

– E você desistiu de tentar aumentar o seu ego rebaixando os outros? – Clary rebateu sem nem retirar os olhos do prato.

A morena apenas grunhiu e se afastou da mesa de Fray, que continuou seu almoço tranquilamente.

E esse é mais um dia normal para Clarissa Fairchild Morgenstern Fray. Ser ignorada por todos, tirando olhares e comentários de uns e outros, ser humilhada por Aline e suas seguidoras, voltar para casa, ir para a livraria do bairro onde morava em Nova Iorque, o Brooklyn, para trabalhar e passar o resto do dia “admirando” sua vida. Se é que podia chamar aquela merda de vida.

Ela tem 16 anos, 17 na semana seguinte. Depois da morte de seu pai, adotivo, mas o único que a ruiva tinha, Clary passou a conviver com Sebastian Verlac, com quem veio a namorar. Sebastian não era uma das melhores companhias, mas ajudou Clary a superar a perda do pai. Como? Afundando as mágoas nas bebidas, drogas, baladas... Mas Sebastian não apenas usava drogas, mas traficava e quando o esquema foi descoberto, ele foi preso e condenado.

Depois da condenação de Sebastian, Clary só piorou. Ela frequentava cada vez mais esses becos e vielas onde se vendiam todo tipo de droga... Ela começou com o álcool, depois maconha e cocaína, depois que Sebastian se foi ela começou a usar o crack.

A situação só piorava, até que Clarissa conheceu os irmãos Isabelle e Alexander Lightwood, que com o tempo viraram Izzy e Alec para ela. Eles a ajudaram e conseguiram que ela parasse de se destruir com tantas substâncias. Mas, há algumas semanas os Lightwood viajaram de volta para Londres para receber um amigo da família a quem eles deviam algum favor. Depois da partida dos irmãos, Clary voltou a usar drogas, mas dessa vez com menos frequência e só cigarros.

A esse ponto você deve estar se perguntando “Onde está a mãe dessa menina?”. Pois bem. Jocelyn Fairchild Fray poucos dias depois da morte do marido, ela viajou para algum lugar em busca de alguma coisa, deixando apenas um bilhete para a filha.

"Clary, minha querida, tudo que eu menos queria agora era ter que te deixar com esse fardo, sozinha, mas vou atrás do que é seu por direito e nos tirar dessa situação.

Com muito amor de sua mãe, Jocelyn."

Clarissa nunca entendeu esse bilhete. O que era dela por direito? Tira-las dessa situação? Do jeito que a mãe falava parecia que iria atrás do trono da filha e que Clary era uma princesa, herdeira do trono de seu pai biológico.

Pode sonhar, Clary.

Hoje era só mais um dia onde Clary se iludira achando que podia sentar no refeitório, mas todos a olhavam como se ela fosse uma assassina e estivesse tramando um ataque àquela escola. Não que ela não estivesse, mas não pretendia colocar em prática. Ainda...

Aquilo não passava do preconceito. Só porque ela fumava, usava roupas pretas e tinha mechas azuis e brancas em algumas pontas do cabelo já obtinha seu rótulo. Senhorita Estranha. Aquela que todos ignoravam e quando não o faziam, apenas jogavam bolinhas de papel nela e faziam comentários cruéis pelas suas costas.

Clarissa estava, sem pressa alguma, terminando seu almoço, quando o garoto, alto, com óculos e com roupas que não seriam consideradas “da moda”, se aproximou da mesa dela.

– Posso? – ele apontou para cadeira, pedindo permissão para sentar.

– Claro.

– Você é a Clarissa?

– Sim.

– Eu vi que você foi a única desde que eu cheguei que bateu de frente com a Penhallow. Eu achei um máximo, porque parece que todos a idolatram por aqui.

– Ninguém aqui morre de amores por ela, a diferença é que eu não escondo isso de ninguém.

– Isso te faz uma garota especial.

– Por quê? – a ruiva perguntou, corando.

– Porque você é original, não simplesmente aceita todos esses rótulos da sociedade, não abaixa a cabeça e assente.

– Realmente, mas e você?

– Eu o que?

– Me fale sobre você. Ainda não sei nem seu nome.

– Oh! Que falta de educação a minha então. Simon Lewis. – ele estendeu a mão para ela, que a segurou. – Vim transferido de Nova Orleans para cá. Tenho 17 anos e estou no terceiro ano.

– Assim como eu. – Clary sorriu.

– Sério? Você parece bem mais nova.

– Todos dizem isso. Deixe-me ver seu horário.

Simon estendeu o papel com os horários das aulas dele para Clary. Ela lançou um rápido olhar ao relógio e foi se levantando.

– Vem comigo até o meu armário. Enquanto isso eu vou olhando o seu horário.

– Tá bom, vamos.

Enquanto eles andavam até o armário de Clary, o grupo de futebol do colégio passou pelos dois.

– Cuidado Lewis. Vai que esquisitice pega. – o capitão falou.

Clary nem tirou os olhos do papel, só estendeu o dedo do meio para o grupo.

– Sabe o que é isso, Santiago?

– O que, Fray?

– Falta de piroca, isso sim.

Quando o grupo saiu caçoando do Santiago, Simon perguntou a Clary:

– Quem era?

– Raphael Santiago, capitão do time de futebol e namorado de Camille, uma das seguidoras de Aline, mas ele trai a Camille com a própria Aline.

– Como sabe tudo isso?

– Sei da vida de cada um aqui. Às vezes, mais do que elas mesmas.

Simon calou-se. Sentiu um tom sombrio na voz de Clary, mas passou. Quando ele viu o armário de Clary, quase não acreditou.

– Esse é o seu armário?– ele apontou para o 7862.

– Sim. Por quê?

– O meu é o 7861. – Simon apontou para o armário exatamente a esquerda do de Clary.

Ela sorriu e abriu o seu armário.

– Veja só, fazemos quase todas as aulas juntos, menos literatura, geografia e francês. – ela disse devolvendo o papel a Simon.

– Nossa.

– Pois é. Fico feliz com isso.

– Sério?

– Sério. Você foi o único desde que meus melhores amigos viajaram que falou comigo.

– Por quê?

– Ah... Você sabe. Eu não tenho uma imagem muito boa por aqui.

– Pior que é verdade... – ele arrependeu-se logo depois de falar. – Me perdoe, não queria soar mal.

– Não... Tudo bem. Eu sei que sou vista como uma drogada antissocial.

– Clary...

– Tenho aula de francês agora e você de literatura. Depois a gente se fala Simon. – ela bateu o armário e saiu andando pelo corredor, logo sumindo do olhar do garoto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Não? Cometem! Preciso saber se devo ou não continuar.
Obrigada por lerem :)