Quando Tudo Aconteceu escrita por Mi Freire


Capítulo 9
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo... Bonitinho. Coisas boas vão acontecer.



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― Ah. Oi. – ele sorri sem graça ao se aproximar, o que só o deixa ainda mais encantador. Às vezes eu acho que ele faz de propósito. Se ele ao menos soubesse o efeito que o seu sorriso tem sobre mim. ― Que bom te ver aqui.

Ele parece sincero no que diz, e quase sem querer, deixo um sorriso escapar como retribuição pela sua educação comigo. Pois, enquanto adentrava aquela casa onde nunca estive antes, depois de muita insistência da Marina, eu estava começando a me arrepender de ter aceitado ao seu convite para o aniversário do seu namorado.

Primeiro que, eu sabia que não seria tão bem vinda. Além de não conhecer quase ninguém, e pra variar, me sinto muito desconfortável nesses lugares onde as pessoas podem prestar mais atenção em mim.

Segundo que, por ela ser amiga do Bernardo e o próprio namorado dela também, eu já imaginava que o encontraria por ali. Ainda não estava preparada para encara-lo de frente, não depois que ele me agarrou e me deu aquele beijo. Nós ainda não conversamos sobre aquilo, nem sei se teríamos exatamente o que conversar. Eu nem saberia por onde começar, ia pular essa parte, e agredi-lo por ser tão ousado.

― Você quer beber alguma coisa? Eu vou buscar...

― Não. Obrigada. Ainda não quero nada.

Acenei de longe para as pessoas tentando dar o meu melhor sorriso, enquanto ignorava a surpresa de muitos em me ver, já que não fui exatamente convidada. A Marina me ligou a tarde, o que foi uma surpresa. Nós mal nos falamos desde o dia em que dormi na casa dela. Ela disse que queria muito que eu viesse a tal festa do namorado dela, pois ela iria se sentir muito sozinha, já que poucas garotas da sua idade foram convidadas e o resto eram adultos.

Eu tentei dizer a ela que meu pai não permitiria, mesmo assim, ela fez questão de ligar pra ele, inventar a desculpa de que precisava da minha ajuda para um trabalho da escola, perguntou se eu poderia novamente dormir na casa dela, e até pediu pra mãe dela falar com ele. O Vicente não disse nada, e me deixou sair de casa. Antes fez uma série de recomendações, entre elas: não abusar das pessoas, não chegar muito tarde em casa no dia seguinte e nada de farra fora da casa da anfitriã. Mas agora ali, percebo que a Marina me enganou, ou está muito ocupada para me dar atenção naquele momento, servindo as pessoas em volta.

Então só me resta... Estar ao lado do Bernardo.

― Clarissa! Que bom que você veio. – alguns minutos depois, eu já estava me sentindo entediada ouvindo a conversa dos meninos, sem abrir o bico, quando a Marina resolve se aproximar, me dando uma forte abraço. ― Quer um refrigerante ou alguma coisa? Quero que você se sinta muito à vontade, como se fosse de casa.

Ela pisca antes de sair para buscar algo pra eu beber.

― Aqui estar seu refrigerante. – ela me entrega um copo descartável. ― Bernardo – ela se vira pra ele, ainda ao meu lado. Ele não falou muito comigo desde que cheguei, apenas me fez sentir um pouquinho mais confortável entre os desconhecidos por simplesmente me fazer companhia. ― acho que a Liz está com fome.

― Ela está chorando? – ele olha atentamente por todos os lados, parece a procura de algo. ― Mari, você traz ela pra mim, por favor? Acho que está na hora de dar a ela a mamadeira.

Fico apenas observando eles agirem rapidamente.

Marina volta com uma bebê linda nos braços e entrega ao Bernardo muito cuidadosamente. A bebê está chorando, mas não faz necessariamente um escândalo. Todos no colégio e na cidade sabem que o relacionamento do Bernardo com a loura corpuda resultou em um gravidez precoce, por isso, deduzi que aquela deve ser a sua filha. Eu nunca tinha visto tão de perto.

― Eu coloquei a bolsa dela lá dentro. – ela avisa, olhando.

― Tudo bem se eu for lá pra dentro dar a mamadeira dela?

― Não tem problema, Bê. Vai lá. A casa é sua!

O Bernardo vai em direção a casa. A Marina sai de perto de mim assim que alguém, uma mulher adulta, grita por seu nome do outro lado da piscina onde muitos outros adultos estão conversando sentados. Agora estou sozinha. Olho em direção ao Bernardo, e antes dele entrar na grande e luxuosa casa do seu amigo, ele olha pra trás. Pra mim.

― Quer vir comigo? – o som está alto, mas deu pra entender.

Não penso duas vezes e vou acompanha-lo. Qualquer coisa seria melhor do que ficar abandonada entre desconhecidos que eu mal converso.

Ele sobe as escadas de madeira escura até o segundo andar com sua filhinha ainda chorando nos braços e a bolsa cor-de-rosa pendurada no ombro. Eu estou logo atrás. A casa está vazia e ali dentro quase não dá pra ouvir o som vindo lá de fora. O corredor lá em cima é imenso, há muitas portas. Bernardo vai até a terceira e com muita dificuldade consegue abrir a porta. Nós entramos. Olho em volta, pelo que parece, pela decoração masculina, tons azuis e cinza, aquele provavelmente deve ser o quarto do tal Gustavo. O todo engraçadinho. Dono da festa e da casa.

― Fecha a porta pra mim, por favor. – ele pede, antes de se sentar a cama e colocar a bolsa da filha ao lado.

Fecho a porta, viro-me pra ele, ainda observando, e completamente parada no mesmo lugar desde que entrei, próxima a porta que acabo de fechar. Eu nunca antes estivesse dentro de um cômodo sozinha com um garoto.

― Você pode me ajudar? – ele finalmente volta os olhos pra mim, chamando minha atenção. ― Pega aqui dentro dessa bolsa, no bolso lateral, a mamadeira da Liz.

Faço o que ele pede. Estou parecendo um robô.

Entrego a mamadeira pra ele. O Bernardo, parecendo bem familiarizado com aquela situação, muda a posição da filha nos braços, deitando a levemente, meio sentada, meio deitada e dar a ela a mamadeira morna, logo após experimentar o leite e sentir a temperatura.

Ainda estou observando aquela cena muito atentamente. Admirada por ele ser tão novo e tão... Experiente com essas coisas com bebês, diferente de muitos pais que deixam tudo nas mãos da mulher, no caso, as mães. Ele parece já ter nascido pra aquilo. Ao contrário de mim, parece levar o maior jeito. Vendo-o de perto, tratando a filha com tanto caminho e amor enquanto lhe dar a mamadeira, passando a mão de leve na cabecinha dela, que está bem mais calma agora, as coisas realmente parecem fáceis. Mas eu sei que não são, nenhum pouco.

Acabo me sentando próxima a eles.

― Sua filha é linda! – comento, meio sem querer. As palavras simplesmente saíram da minha boa. ― Os olhos dela são os seus olhos.

Ele me olha, dando-me um breve sorriso. Que já é o suficiente.

― Ela estava agitada. Eram muitas pessoas querendo pega-la no colo, dar-lhe beijinhos, fazendo-lhe dar risada... Acho que ela acabou se estressando com toda essa agitação. – ele soltou um riso. Sorrio também.

Não resisti ao impulso de tocar a bebê, fazendo-lhe um carinho de leve nos bracinhos exposto, sentindo aquela pele tão macia e perfumada.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, enquanto a Liz acabava de tomar sua mamadeira. Quando ela finalmente terminou, guardei a mamadeira de volta na bolsa dela, para facilitar para o Bernardo enquanto ele tentava faze-la arrotar.

― Quer pega-la um pouquinho? Ela está bem mais calminha agora de barriga cheia. – ele nem me dar tempo de responder, de dizer que nunca antes, em dezesseis anos, peguei um bebê no colo. Bernardo a coloca em meus braços e ela nem protesta, apenas fica me olhando, com aqueles olhinhos azuis claro e as bochechas rosadas que dão vontade de morder ou apertar. ― Acho que ela gostou de você.

Sorrio com a ideia. Seria possível uma bebê que acabo de conhecer já gostar de mim só por eu ter a pegado no colo?

― Acho que ela está começando a ficar com sono. – digo, sem tirar meus olhos dela. A Liz boceja, fechando os olhinhos devagar.

Em questão de minutos ela adormece nos meus braços, mal posso acreditar. Eu nem fiz nada e ela simplesmente dormiu.

― Vou coloca-la pra dormir. – ele a pega nos braços, tocando acidentalmente sua pele na minha. Bernardo a coloca esticada sobre a cama, ela nem se move, e continua a dormir.

― Bom, então é isso. – cochicho e levanto-me imediatamente. Mas sem fazer muito barulho para não acorda-la. ― Eu vou descer.

O céu lá fora já está escuro e ganha suas primeiras estrelas, e eu nem percebi. Há quanto tempo estamos ali dentro daquele quarto desconhecido?

― Ei, não vai. Fica aqui. – ele me pede, com os olhos azuis brilhando a pouco luz. O abajur ao lado da cama é a única coisa que nos ilumina. O vento noturno adentra pela janela aberta. ― Eu preferia ficar aqui de olho nela. Lá em baixo está muito barulho, tenho medo que ela acorde. E se eu descer, ela pode acordar, chorar e eu nem vou ouvir.

Faz sentido. Mas não vejo o porquê de eu ficar ali com ele. Afinal, a filha é dele e não minha. Mas algo em sua expressão, na vibração dos seus olhos, me faz querer ficar também. A festa nem estava tão legal, eu nem conheço aquelas pessoas. Pelo menos ali, com ele, não preciso ficar fazendo esforço nenhum. Ele sabe como eu sou, ou como ajo.

Volto a me sentar ao seu lado.

― Eu queria aproveitar essa oportunidade – ele suspira forte, olhando para suas próprias mãos sobre o colo. ― para me desculpar sobre o beijo, aquele dia, no estacionamento da igreja.

Eu já temia que ele tocasse no assunto.

― Tudo bem. Nem tem porque se desculpar agora. Já passou. – também não consigo olhar diretamente pra ele. ― Você já recebeu o que merecia: o tapa que eu te dei. Doeu muito?

Olhamo-nos por um momento, e caímos na risada.

― Doeu. Doeu muito. – ele fez uma careta, o que aumentou ainda mais o meu sorriso no rosto. ― Mas eu só quero que as coisas fiquem bem entre a gente outra vez. Ou não exatamente.

Pensei sobre aquilo. Resolvi não dizer nada. A tranquilidade do ambiente, o silencio do quarto enquanto a festa ainda acontecia lá fora, a filhinha dele dormindo tranquilamente ao nosso lado, a tentativa dele de se desculpar pelo beijo, por um momento, me fez não querer ser tão cruel. Aquele momento merecia receber uma oportunidade.

― Quantos meses ela tem? Digo, a sua filha. – resolvi puxar conversar. Na tentativa de diminuir a tensão entre nós.

Só de tocar no assunto, o Bernardo começa a tagarelar sem parar sobre a filha. Sobre como tudo aconteceu, sobre o jeitinho dela, o tamanho do amor que ele sente por ela, das dificuldades dos primeiros dias desde que ela nasceu, sobre a saudade que ele sente quando estar distante dela, ou a tranquilidade que ela lhe passa só de olhar pra ele. Ele falou também das manias que ele já começava a notar nela, das preferências ou das tentativas em vão em tentar decifra-la, já que nunca sabe o que esperar dela, e ela também não podia dizer nada, já que ainda não fala.

E aquela ideia de garoto imaturo, inconsequente, irresponsável e infantil que a cidade inteira começou a dizer sobre ele logo após o nascimento da Liz, começou a não fazer nenhum sentido pra mim. Ele não estava apenas brincando de casinha, mamãe e papai. Aquilo tudo é real, e muito sério. Ele sofreu, a Lorena, a mãe da filha dele, sofreu ainda mais. As pessoas deveria ter pensado um pouquinho antes de sair falando bobagens por ai. Foi sim um ato mal pensado quando eles ainda namoravam, mas aconteceu, da mesma forma que acontece entre muitos outros casais ainda jovens. Eles superam com muita força, unidos, ao lado dos pais, e hoje, são felizes, por terem recebido esse presente, mesmo que não fizesse parte dos planos deles.

O mais engraçado é que ninguém pareceu sentir a nossa falta e continuamos a conversar por muito tempo. Eu estava muito satisfeita, de alguma forma, por sabe cada vez mais sobre ele. E diante de tantas revelações, admito, que muitos conceitos que eu tinha sobre ele mudaram a partir daquele momento.

Algumas vezes, enquanto ele ainda falava cheio de amores da filha que tanto ama, mais que qualquer outra coisa que pode existir, comecei a sentir meu coração amolecer, como quando ele me beijou. Ele falava e falava, baixinho, para não acordar a filha. E eu, já não escutava nada, apenas o observava, a boca movendo-se devagar, os olhos cintilando a pouca luz e o cabelo preto brilhando no escuro. E naquele momento nada parecia tão perfeito quanto olhar pra ele e agradável como escuta-lo, sem fazer exigência, sem pedir que eu respondesse a suas tantas perguntas e curiosidades sobre mim. Não era uma troca de favores, apenas um momento especial entre... Amigos.

Eu sabia de tanta coisa, e ainda assim, não sabia de nada.

O Bernardo é diferente. Ele não é só um garoto. Ele é um garoto que precisa agir, muitas vezes, como um homem. Ele me ouve falando tantas bobagens e é como se me entendesse. Ele fala como quem sabe exatamente o que dizer, como se já tivesse vivido muito mais do que aparenta viver. E as vezes, ele não diz nada, porque ele entende o silêncio. E faz dele algo bonito e agradável. Eu sei que poderíamos ser bons amigos, bons companheiros, parceiros ou bons inimigos. Mais que qualquer outra coisa, eu preferiria ser a garota dele. Como a Liz é, como a Lorena já foi e muitas outras. Mas eu queria ser a garota dele de uma forma diferente, como nenhuma outra foi, mesmo sento toda errada.

Mas porque mesmo eu estou pensando nessas bobagens?

Tento não pensar mais naquilo. Onde é que estou com a cabeça?

Tento outra vez me concentrar nele e em tudo que ele diz. Mas pra minha total surpresa, ele não está falando mais nada. E eu nem percebi, passei tanto tempo fora do ar.... O que foi que eu perdi? Ele está me olhando como se os olhos pudessem sorrir também. Olho pra ele de volta, me sentindo complemente envergonhada pelo mal jeito.

― No que você estava pensando? – ele pergunta, tocando meu queixo e o levantando para olhar pra ele.

― Eu? – pergunto de volta, assustada. Querendo que ele não toque em mim, e ao mesmo tempo querendo aquilo com todas as minhas forças. ― Eu estava pensando... Pensando... Em você.

Eu precisava fazer aquilo por mais louco que isso pareça. Precisava me certificar de algumas coisas. Da confusão que eu estava sentindo se transtornar dentro de mim. E eu o beijei. Eu mesma o beijei por vontade própria. E não foi por impulso dessa vez.

Tive medo que ele me rejeitasse depois do tapa que dei no rosto dele após ele ter me agarrado no domingo passado. Mas o Bernardo não é exatamente como eu, ele é melhor que isso, e retribuiu meu beijo, encaixando seus lábios nos meus e passando suas mãos bem devarzinho nas minhas costas.

O beijo não durou tanto quanto o primeiro. Quando me afastei dele, saltei da cama, e levantei-me depressa. Completamente assustada por eu ter agido daquela maneira sem ele nem precisar me forçar para isso. Meu coração batia acelerado e minhas mãos tremiam que nem disfarçavam. Eu o beijei porque senti vontade... E agora, não consigo decifrar meus sentimentos em relação a ele, como eu imaginei que seria quando o beijasse e voltasse a sentir toda aquela magia outra vez. Estou muito mais confusa que antes. Me sinto uma anormal.

― Ai. Me desculpa. – levei a mão até a testa. Me sentia tão envergonhada que nem conseguia olhar pra ele. ― Eu tenho que ir.

Coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta quando sinto-o atrás de mim tocando levemente meu ombro. Fecho os olhos e respiro fundo antes de me virar de frente pra ele outra vez. Seus olhos azuis parecem serenos e seu meio sorriso é acalentador.

― Não vai. – ele diz baixinho, fazendo os pelos do meu pescoço e braço se arrepiaram com o som da sua voz... Sedutora. ― Fica.

O que está acontecendo comigo?

Porque me sinto tão fora de mim?

Deixo-o me encostar na parede, enquanto ele segura minha cintura e sua boca está à procura da minha. Ele passa seus olhos por toda extensão do meu rosto e sinto um leve rubor. Outra vez sinto os pés fora do chão, o mundo lá fora parece insignificante, meu corpo parece bem mais leve, meu coração bate tão depressa que acho que ele é capaz de me escutar, minhas mãos nem sabem o que fazer ou onde ficar.

Beijamo-nos outra vez. Dessa vez a iniciativa foi dele.

― Eu não consigo ficar longe de você por muito tempo. – ele sussurra pausando aos poucos o nosso beijo. Mas não quero, por nada no mundo, que ele pare de me beijar. Nem quero ouvir o que ele tem a dizer, sinto que qualquer explicação para tamanha loucura, estragaria para sempre aquele momento tão precioso.

Volto a beija-lo, agora com mais desejo. Um desejo que eu nunca imaginei sentir por alguém. Um sentimento, que até então, antes de conhece-lo, era desconhecido pra mim.

― Bernar... Opa. Acho que estou interrompendo alguma coisa. – como se tivéssemos acabado de levar um choque, nos afastamos rapidamente, ouvindo uma risadinha que vem da porta.

― Mari... Oi? – Bernardo passa a mão na nuca, desconfortável. Abaixo o olhar e olho para os meus pés. ― O que você queria mesmo dizer? Antes de interromper o que você acha que viu, mas na verdade não viu nada. Você só se enganou.

Ela riu, em concordância.

― Desculpem... Eu não tive a intensão. Mas juro, eu não vi nada. – ela estava segurando o riso, pude sentir mesmo sem olhar pra ela. ― Vocês sumiram... Eu só queria saber como está a Liz. Mas pelo visto ela está ótima... Dormindo igual um anjinho.


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Notas finais do capítulo

Comentem. O próximo capítulo ainda não está completo, mas pretendo postar o quanto antes.



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