Quando Tudo Aconteceu escrita por Mi Freire


Capítulo 50
Capítulo XLVIII


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial em comemoração ao meu aniversário de dezoito anos! :)



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Estava muito triste e frustrada, porque eu nunca consigo satisfazer as pessoas com o meu jeito de ser. Sempre é muito ou pouco demais. Eu não devo ser normal. Eu devo ser um problema. Não pode ser! O que mais eu tenho que fazer para ser aceita, assim, do jeito que sou? Não consigo mais encontrar saídas, eu juro que tentei todos os métodos.

Mal acabei de conhecer a mãe do Artur que por sinal foi uma megera comigo no primeiro instante e continua sendo, com muita insistência, como seu fosse capaz de rouba-lhe seu precioso filhinho e ela só falta jogar na minha cara que eu não presto, que eu não sou nada, que eu não deveria estar em sua casa, entre seus filhos, porque eu não os mereço e nem chego perto de estar à altura deles.

Por Deus, que mulherzinha, que eu ainda tenho que aturar pacientemente todos os dias. Mas pelo Artur que qualquer outra coisa. Porque se dependesse de mim, eu jamais voltaria a olhar pra ela.

Desde que nos conhecemos essa mulher vem infernizando a minha vida e eu fico me perguntando quando é que ela vai voltar a viajar e passar dias, meses, longe de casa outra vez. O pior não é isso, o pior é que ela sempre me trata mal quando somos só nós duas, diante dos outros, especialmente dos filhos, ela é outra pessoa. Não melhor, apenas mais esforçada. Como se fizesse um grande sacrífico para me aceitar em nome do amor pela sua família. Mas quando somos só nós duas, ela não faz nenhum esfocinho e aproveita a ausência dos demais para me atirar pedras. Ela é uma bruxa. Uma cascavel das mais venenosas.

Eu bem que tento evitar ficando entrando em sua casa todo o tempo, mas o Artur, como o bom garoto que é, e não sabe de nada que sua mãezinha faz comigo, é muito insistente. Coitada de mim que não posso dizer nada a ele do que ela faz comigo, ou se não me passaria pela "nora" ingrata que detesta a sogra e quer arrancar seu lindo filhinho.

Não acho justo, fazer o papel de nora que joga o filho contra a própria mãe. Ele vai perceber, no momento certo, que sua mãe não é exatamente como ele imagina que seja. E eu, sinceramente, espero que isso aconteça logo. Mas sem a minha ajuda. Um assunto que os dois precisavam resolver e logo, ou eu não respondo mais por mim.

Eu a suportaria melhor se ela não perdesse o seu tempo tentando me jogar contra o seu filho, da maneira que pode. Ela sempre encontra um jeitinho de apontar um defeito meu para ver ser o Artur passa a gostar menos de mim. Porque tudo que ela quer mesmo sem precisar dizer isso diretamente, é que ele me deixe e termine o nosso namoro.

Apesar de ainda não ama-lo, eu não posso ficar sem ele. Pois o Artur é tudo que eu tenho nesse momento e sem ele eu não sou nada.

― Eu já vou indo, Artur. – levantei-me do sofá, de saco cheio. Naquele domingo havia acordado de pavio curto para tolerar aquela mulher criticando o meu cabelo.

Ele levantou-se também, meio sem entender porque eu havia mudado de ideia assim tão de repente quando na verdade havíamos combinado de passar o dia juntos. Artur me acompanhou até a porta e paramos um de frente para o outro no Hall, como sempre fazemos para nos despedir antes de cada um ir para o seu lado.

― Obrigada por me defender. – ironizei, revirando os olhos.

Artur sempre fica muito calado enquanto sua mãe joga pedras em mim. Mais parece que ele tem medo da reação dela caso ele resolver tomar alguma atitude.

― Você não pode me culpar por isso. – ele disse, olhando-me seriamente. ― Ela é a minha mãe, Clarissa!

― Que por sinal me odeia. – observei, encarando-o de volta. ― Você não pode nem dizer que não tentei ser amiga dela.

A velha conseguiu, estávamos brigando por causa dela.

Dei um rápido beijo no Artur e entrei em casa, suspirando forte.

― Você esqueceu o celular em casa. – Isabel que estava sentada no sofá comendo um pedaço da torta de frango que eu havia preparado na noite anterior, ergueu o aparelho. ― A Marina tá te ligando a horas.

Peguei meu celular de volta, lembrando-me que deixei em casa sem querer antes de sair. Fui até o quarto e fechei a porta.

Fazia três dias em que eu não telefonava para a minha amiga. Já estava cheia de saudades. E queria conversar com ela em paz, longe da curiosidade de Isabel.

― Clarissa! Quanto tempo! – ela atendeu após o segundo toque, como se já estivesse com o celular em mãos só esperando por mim.

Começamos a conversar normalmente, como sempre fazemos: fazendo perguntas uma a outra, contanto as novidades, relembrando alguns momentos, fazendo fofoca, dando muita risada. Mas havia algo de diferente no tom de voz da Marina. Como se ela estivesse passando por alguma coisa mas não quisesse falar a respeito.

― Tá, já pode parar de me enrolar. – disse, aproveitando a deixa de alguns segundos que ficamos mudas. ― O que você tem? Brigou com o Miguel? Tirou nota baixa nas trimestrais? O que houve?

― Não é isso. É outra coisa. – ela estava realmente muito desconfortável. Dava pra sentir em seu tom de voz. Parecia meio apreensiva, com receio, medo, não sei. Não estava normal. E amigas sentem esse tipo de coisa mesmo com pequenos sinais. ― Eu sei que você não quer falar sobre isso de jeito nenhum, que você proibiu que certo nome fosse mencionado novamente entre nós, sei que você quer distância e até mesmo esquecer, sei que sou uma péssima amiga nesse momento e que estou indo contra todos os princípios da nossa amizade, mas existe uma pessoa do meu lado nesse momento que quer muito falar com você e eu prometi a ele que ajudaria. Você sabe Clary, eu odeio quebrar promessas. Então, por favor, me perdoe.

Naquele momento ouve um chiado do outro lado, ouvi vozes bem distante como se discutissem com urgência. Meu coração muito frágil começou a bater mais depressa sem nem saber porque.

― Clarissa? Oi. Sou eu, o Bernardo. – houve uma pausa. ― Como você está? Que saudades.

Senti que minha cabeça rodava só de ouvir aquela voz, senti que meu coração batia tão rápido que poderia parar a qualquer momento, senti que meu corpo todo estava tremendo e minha mão ficando escorregadia por causa do suor. Não era só o calor de uma tarde de domingo qualquer abafando o quarto, era muito mais que aquilo. Era aquela típica sensação de estranheza que alguém que você ama muito causa em você.

Bernardo? – consegui finalmente dizer, ainda podendo sentir a voz presa na garganta. ― Porque você está me ligando?

― Hum, bem, er... Não é nada. Eu só... Como eu poderia dizer isso? Eu só, hum, queria conversar com você. Ouvir sua voz.

Ficamos calados.

Eu ainda sem conseguir acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo.

Ele não tinha esse direito. Ele não tinha pra que e nem porque querer me telefonar assim, depois de todo esse tempo tentando esquece-lo. De repente, tudo foi vão. Por água abaixo. Eu estava começando a sentir raiva dele. Raiva com uma mistura de tristeza, uma dorzinha no peito, daquelas afiadas, que te faz se contorcer.

Só de ouvir a voz dele, eu soube que falhara durante esses quatro meses desde que partir. Quando eu achei que tinha superado, na verdade, eu não tinha superado coisa nenhuma. Eu ainda morria de amores por ele e queria que ele estivesse ali comigo, pessoalmente, e não por telefone. Queria ver se ele havia mudado alguma coisa desde que deixei tudo pra trás para vir morar em BH, queria sentir aquelas cócegas na barriga só de ouvi-lo tão de perto, queria sorrir automaticamente porque ele estava sorrindo pra mim, queria que ele pudesse segurar a minha mão e mostrar que ainda era real, que ainda era o meu Bernardo e nada mudou.

― Você está bem? – ele insistiu na pergunta, agindo naturalmente. Agindo normalmente.

― Não! Eu não estou nada bem. Eu estava até você resolver ligar pra falar comigo. – levantei-me da cama, alterada. Deixando a raiva me consumir. Ou se não, a tristeza venceria e eu começaria a chorar. ― Eu pensei que você fosse mais esperto, Bernardo. Pensei que você tinha entendido o recado. Eu não quero falar com você. Nunca mais! Escutou? – eu já estava gritando feito uma descontrolada. ― Não volte a ligar pra mim e não use a Marina para conseguir o que quer. Eu odeio você! Deixa eu seguir a minha vida em paz e siga a sua também.

Talvez eu tenha sido dura demais.

Talvez não. Eu fui dura demais.

Mas precisa ser assim. Ou não seria nada fácil.

Desliguei o celular naquele momento, jogando-o com raiva sobre a cama. Passei a mão pelos cabelos, zanzando de um lado para o outro, ainda perdida, ainda nervosa, ainda triste, ainda acelerada. Eu queria esmagar o Bernardo! Como ele consegue ser tão estupido? Ele simplesmente estragou tudo! Eu não teria sido tão cruel com ele se ele não tivesse resolvido me ligar.

― Olha Clary, eu detesto ficar mal com você e por isso... – ele não terminou a frase, parando pelo caminho. Eu nem se quer tinha percebido que o Artur havia entrado no meu quarto naquele momento. ― Ei, o que foi? Porque está com essa carinho meu amor?

Artur me puxou para um abraço, apoiando seu queixo no alto da minha cabeça enquanto alisava as minhas costas.

Ficamos assim por um momento. O sol entrando pela porta.

― Você está triste. – ele sentou-se segurando as minhas duas mãos, me fazendo sentar também. ― Me conta o que aconteceu.

Então eu disse a ele o que tinha acabado de acontecer entre eu e o Bernardo. Porque se eu não conversasse com o Artur não tinha mais ninguém com que conversar. E não queria suportar aquilo sozinha.

― Não quero te ver tristinha. – ele beijou a minha testa, voltando a sorrir. ― Eu conversei com a minha mãe depois que você saiu, e bom, ela acabou se convencendo de que tem errado com você. Ela nos convidou para jantar fora, o que você acha? Podemos entrar em um acordo.

Eu não tinha muitas opções, eu tinha que tentar. E também não queria ficar em casa me lamentando pelo Bernardo. Chega de tristeza!

A mãe do Artur foi bastante simpática durante todo o jantar, mas eu sabia que aquilo duraria pouco, pois atrás daquela máscara de simpática ela escondia sua verdadeira face de cascavel. Também não pude deixar de notar que ela parecia estar me avaliando todo o tempo esperando por qualquer deslize meu para me atacar e que não suportava o fato do Artur ser um verdadeiro cavalheiro comigo.

― Me fala um pouco do seus pais, Clarissa. Você nunca falou sobre eles. – ela comentou, durante a sobremesa. ― Eu nunca vejo a sua mãe, o que aconteceu com ela?

Um golpe certeiro.

Falar sobre meus pais era o meu ponto fraco.

Eu ainda não havia superado muito bem o fato de que passei a vida toda esperando para conhece-los, quando por fim descobri que eles queriam me usar só para ganhar dinheiro as minhas custas.

A única coisa boa nessa história, foi que eu e o Vicente nos tornamos imbatíveis depois desse ocorrido lá em São Paulo. Agora em BH vivemos os nossos melhores dias de pai e filha. E pelo que eu saiba, meus pais verdadeiro nunca mais voltaram a me procurar. Ou eles ainda procuram, mas não sabem onde me encontrar.

Só espero que continue assim. Não quero vê-lo nunca mais.

Com a pergunta de sua mãe, o Artur olhou para sua mãe de maneira repreendedora, envergonhado. Eu já tinha conversado com ele sobre aquilo, não havia deixado nenhum detalhe da minha vida de fora e ele sabia muito bem como aquilo me feria.

― Com licença, eu preciso ir ao banheiro. – levantei-me da mesa e fui até o toalhete nos fundos daquele luxuoso restaurante de comida mexicana onde os garçons com seus bigodinhos compridos e improvisados nos serviam com seus sombrero.

Claro que não queria usar o banheiro, foi só uma desculpa para fugir do clima pesado que ficou naquela mesa. Olhei-me nos espelho, notando que meus olhos estavam repletos de lagrimas que eu não poderia deixar escapar ou borraria toda a minha maquiagem.

Apenas retoquei meu gloss, respirei fundo por um momento e saí, voltando em direção a mesa para poder encarar aquela situação de frente sem fraquejar. Como venho feito nos últimos meses.

― Vamos embora daqui. – Artur vem em minha direção antes mesmo de eu chegar a mesa. Ele pega a minha mão e me puxa pela direção contrária, rumo a saída.

― O quê? Mas porquê? – apenas sigo-o, confusa. ― Mas e sua mãe? Ei, pra onde vamos?

Saímos do restaurante.

Sinto a rajada de vento estremecer meu corpo.

― Está muito frio aqui fora. – nós paramos no meio da calçada. Artur tira seu casaco preto e coloca cuidadosamente sobre os meus ombros. Ele faz sinal para o táxi parar. ― Vou te levar a um lugar para compensar a noite desastrosa que tivemos hoje.

Artur levou-me a Praça do Papa, um dos lugares que eu queria muito conhecer em BH. A praça é linda, em um lugar alto com vista panorâmica da cidade e bastante verde. Mas o mais bonito, ainda mais a noite, com a lua cheia brilhando lá no alto, é o monumento de ferro construído bem no meio da praça em forma de cruz.

Uma simbologia religiosa.

Apesar de nunca te sido muito religiosa, ali, diante daquele monumento, de mãos dadas com o Artur, eu senti algo bom radiar dentro de mim, como uma chama que acabara de ser acessa.

― Não é lindo? – Artur sorria, olhando-me de lado. ― Eu nunca vim aqui antes. Queria que fosse especial, queria que fosse com você.

Virei-me para poder ficar de frente pra ele, tocando seu rosto.

― Eu amo você. – eu disse, enfim.

Pela sua reação, ele pareceu não acreditar.

― Eu amo você. – eu repeti, sorrindo.

Artur soltou a minha mão e com o dedo indicador calou meus lábios, dando-me um rápido beijo em seguida.

― Eu sei que você não me ama como eu te amo e nem espero que isso aconteça. Você só está dizendo isso agora porque está frágil e esse lugar, assim como acontece com qualquer outro, te faz sentir coisas que... Bom, er, eu não sei direito explicar. – ele soltou um risinho. ― Mas não é isso que você sente aqui dentro. – ele pousou a mão aberta sobre o meu peito, do lado onde bate o meu coração. ― Não ainda. E talvez nunca venha a sentir. Mesmo assim, eu só quero que você saiba que eu vou sempre te amar e estarei aqui, nesse mesmo lugar, para te ajudar no que for. Nem que pra isso eu tenha que abrir mão da minha própria felicidade para te ver sorrindo. Lembra do que eu disse aquela primeira noite em que nos beijamos? Eu disse que seria pra você o que você quisesse que eu fosse e isso não vai mudar nem amanhã e nem daqui há um milhão de anos. Eu serei sempre o que você precisar, Clary.

Dito isso, ele me abraçou bem forte.

E ficamos assim, como se tivéssemos pausado nossa parte preferida em um filme especial. Apenas saboreando o prazer do momento, sentindo-me protegida, sentindo-me bem melhor ,que é o que o Artur faz comigo desde que cheguei aqui: ele me renova todos os dias.

Fiz minhas primeiras provas no colégio na semana seguinte e me saí muito bem em todos os resultados. Eu passei muito tempo das minhas noites estudando, mesmo quando o que eu mais queria era ficar com o Artur, fazendo qualquer outra coisa divertida.

Ele não se saiu tão bem quanto eu. Não em todas as provas. Houve algumas em que ele tirou notas muito baixas. E isso além de ter resultado muita frustração nele, que nunca foi do tipo que gosta muito de passar horas e horas trancando no quarto estudando. Pra completar, sua mãe culpou-me por sua falta de desempenho e proibiu que nos vessemos com tanta frequência.

E mais uma vez, eu fiquei sozinha.

A semana passou lentamente sem o Artur ao meu lado, tudo era muito chato sem ele por perto. Mas aí, finalmente a quinta-feira chegou e para a alegria de todos era feriado prolongado.

Acordei na quinta-feira muito cedo pra quem não tem que ir para o colégio mais tarde. Eu só não consegui dormir mais, diferentemente da Isabel que se possível dormiria pelos próximos cem anos. Senti o cheirinho de café fresco vindo da cozinha. Vicente não fora trabalhar, claro. E estava com um ótimo bom humor. Um sorriso até um tanto exagerado.

Sentei-me na bancada, servindo-me de leite.

― Posso saber porque o senhor está tão feliz essa manhã? Não deve ser só por causa do feriadão. – eu brinquei, rindo.

― Você tem toda razão, Clarissa. – ele cortou um pedaço do bolo de fubá e entregou-me cuidadosamente. ― Em breve você saberá o porquê de toda essa animação. Não vai demorar muito.

Então, ele me deixou na cozinha sozinha tomando meu café da manhã enquanto foi em seu quarto arrumar suas coisas.

Ouvi a campainha tocar.

Queria muito que fosse o Artur me convidado para fazer um programa legal, divertido e diferente.

Corri para abrir a porta sem nem olhar pelo olho-magico quando dou de cara com as três últimas pessoas que eu menos esperava ver ali.

Marina de um lado, Aline no meio e Miguel do outro lado.

― Clarissa, quem é...? – paralisada olhando para eles, ouvi a voz do Vicente despertando-me, enquanto vinha do corredor em nossa direção.

Sua reação foi a mesma quando viu os três parados em nossa porta depois de tanto tempo, ele parecia não acreditar. Mas aí aconteceu algo ainda mais estranho: Aline passou depressa por mim , meio que correndo até o Vicente, jogou-se em seus braços e deram o maior beijão que eu já pude presenciar em toda a vida.

Feito um casal de adolescentes.

Não sabia se sentia nojo daquela cena entre meu pai e uma "amiga", se comemorava por eles finalmente terem se assumido, se abraçava a Marina a minha amiga ou se lamentava pelo Miguel ter ficado tão desapontado em ver sua mãe nos braços de outro caro, que no caso, é o meu pai.

Eu não sei.

Não sei se aquilo tudo é mesmo real, ou se estou apenas sonhando. Não sei se Aline e Vicente estão oficialmente namorando mesmo cada um morando em um estado diferente. E não sei o que isso representará no futuro. Não sei se a Marina está mesmo ali olhando-me pra mim com aquele sorriso fofo que ela tem, esperando pelo meu abraço. Não sei se o Miguel quer matar o meu pai por estar agarrando sua mãe ou quer ir logo embora dali.

Só sei que esse feriadão promete.


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Notas finais do capítulo

Gostaram das surpresinhas? Estou pensando em o próximo capítulo ser narrado pelo Miguel.