Quando Tudo Aconteceu escrita por Mi Freire


Capítulo 10
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Não gostei tanto desse capítulo. Achei que ficou faltando alguma coisinha. Mas como não tive ideia melhor, achei melhor postar mesmo assim. Pois além de escrever, eu gosto muito de ler. E sinceramente, não gosto quando demoram muito pra postar o próximo capítulo e imagino que vocês também não gostem. Então, ai vai mais um.



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Depois daquele momento terrivelmente prazeroso, tendo por alguns segundos Clarissa em meus braços outra vez, e ao mesmo tempo assustador, por eu nem ter precisado agir para obter exatamente o que eu queria, mas tinha tanto receio; ela não olhava pra mim, não conseguia olhar, mesmo depois da Marina ter nos deixado a sós novamente após ter interrompido aquele momento.

― Eu sinto muito pelo que aconteceu. Pode confiar na Mari, ela não vai contar nada do que viu a ninguém. Ela é uma boa amiga.

― Eu não estou preocupada com isso. – ela se senta, parece desolada. ― Sei que ela é uma boa pessoa. Eu gosto dela.

Franzi o cenho. Estou muito confuso.

― E então – dei um passo à frente. ― porque você está com essa cara? Porque está tão preocupada?

Levou um tempo até ela finalmente olhar pra mim outra vez.

― Bernardo – ela me olhava de uma maneira tão natural e ao mesmo tempo tão assustadora. Eu tive medo do que ela pudesse dizer a seguir. ― isso, o que aconteceu entre nós aqui, agora, não poder se repetir. Nunca mais. Você me entende?

Não e sim.

― Entendo. – suspirei, tentando sorrir. ― Tudo bem. Eu já imaginava. – ajoelhei-me diante dela, colocando minhas mãos sobre o seu joelho. ― Se depende de mim, isso não vai acontecer outra vez. Eu posso responder por mim – eu não tinha tanta certeza, mas precisava faze-la se sentir no mínimo melhor. ― mas não posso responder por você. Já que, dessa vez, foi você quem me atacou.

Fechei os olhos, arrependido por ter dito essa última frase, até prendi a respiração, já estava esperando outra tapa, mas pra minha surpresa, ela riu, me dando um leve soco no braço.

― Idiota! Eu não vou te atacar outra vez. Pode ter certeza.

― Porque? – olhei nos olhos dela. ― Você não gostou?

― Essa é uma respostas que você não vai ter.

Outra vez ela me surpreendeu com um simples gesto... Beijando suavemente a minha bochecha. Levantamo-nos, olhei para a Liz que ainda dormia como um anjo, e voltei a olhar para a Clarissa.

― Eu já vou. – peguei o celular no bolso do jeans. ― Vou levar a Liz pra casa. Está ficando tarde.

Liguei para o meu pai e ele garantiu que chegaria em cinco minutos.

Peguei a Liz no colo, tomando cuidado para não acorda-la, Clarissa me ajudou com a bolsa dela e descemos, para eu me despedir das pessoas enquanto meu pai não chegava.

― Fica tranquila. – com a mão livre toquei o rosto da Clarissa, dessa vez, sem receios. ― Isso não vai voltar a acontecer.

Ela sorriu pra mim em resposta, quebrando o encanto daquele momento ao me passar a bolsa da Liz e colocando sobre meu ombro.

― Seu pai chegou, Bernardo – o pai do Gustavo, Danilo, me avisou. ― Está te esperando lá fora.

Pensei duas vezes e cheguei à conclusão de que não deveria me despedir da Clarissa com um beijo no rosto, mesmo depois de tudo que aconteceu entre nós no quarto do Gustavo. Acho que ela não iria gostar nenhum pouco, mesmo que um beijinho inocente, porém diante de todos.

Não quero contraria-la, não agora que posso dizer que as coisas entre nós estão se encaminhando para o lado positivo.

Já em casa, enquanto a Liz ainda dorme em um sono profundo no seu berço, fecho os olhos e começo a vagar nas lembranças perdidas em meus pensamentos. Mesmo sem querer, tudo está direcionada a Clarissa, e a sensação prazerosa que sinto quando ela estar por perto.

Antes de pegar no sono me assusto com o celular vibrando sobre a cabeceira da cama. Olho no visor e vejo o nome da Marina, é uma mensagem de texto: “Nem pense que vai escapar de mim. Vamos falar sobre isso o quanto antes, seu espertinho. E antes que você se preocupe, pois eu sei que você quer saber mais que tudo, a Clarissa está aqui comigo, em casa. Ela já está se preparando para dormir. E nem se empolgue, ela nem tocou no assunto e eu nem vou perguntar, tenho medo que ela me morda. Beijão! Até segunda-feira, provavelmente. Vê se dorme e para de pensar por um segundo nela.”

Não tem como escapar, amigos quando te conhecem de verdade, não deixam nada passar despercebido.

Aproveitei meu domingo com a Liz antes de ter que leva-la embora pra casa da Lorena. Depois do almoço, depois de já ter dado a mamadeira pra ela, ela acaba caindo no sono, o que é muito normal, já que bebês dormem na maior parte do dia e só acordam pra comer. No tempo livre, passo o resto da tarde assistindo filmes com a minha mãe.

A Lorena me liga as 18h30min avisando que chegou da praia e já está em casa, portanto, eu já poderia levar a Liz, se quisesse. Chegando lá, encontro-a desfazendo a mochila, tirando as roupas e jogando sobre a cama para colocá-las de volta ao guarda-roupa em breve. Mas ela não está sozinha. Ela e a Brenda tem muito o que conversar. E olha que as duas viajaram juntas! Cumprimento-as, reparando que as duas se bronzearam bem e não falam em outra coisa. Me despeço da minha filhinha com um beijo na cabeça dela, e depois vou embora, o quanto antes. Para deixa-las mais à vontade para falar sobre os “garotos de sunga”.

Na segunda-feira de manhã, a primeira coisa que eu reparo antes de entrar na sala de aula é no quadro de avisos, onde em letras garrafais está escrito que dali um mês teremos um Sarau no colégio. A ideia me deixa empolgado, eu sempre participo desses eventos, apesar da maioria do colégio não se interessar muito pela cultura do nosso pais.

― Porque você não se inscreve para participar da organização? – o Edu sugere ajeitando os óculos de grau no rosto pequeno após eu ter comentado durante a aula sobre o Sarau no mês que vem.

Pensando melhor... É, eu adoraria participar mais de perto desse evento que nem sempre é grande coisa, mas esse ano poderia ser diferente. Mas pra isso, eu preciso falar com a minha mãe, que sendo a professora de Língua Portuguesa, deve saber direitinho como me ajudar.

― Bernardo, Eduardo e Miguel. – o professor de inglês chama nossa atenção. Estávamos conversando durante a aula. Pensei que passaríamos despercebidos, já que não somos os únicos. ― Estou atrapalhando a conversa de vocês? Não querem compartilhar conosco também? – estão todos olhando em nossa direção.

Lá na frente a Clarissa parece não conseguir prender o riso. O que antes eu interpretaria como um afrontamento, mas hoje – pode até ser que eu esteja enganado – mas agora vejo isso como um desafio, daqueles entre amigos, da mesma forma como o Gustavo estar louco para rir de nós e ainda assim prefere prender o riso.

― A gente estava falando sobre a matéria, professor. – o Miguel é o primeiro a dizer alguma coisa. Aquela velha desculpinha...

― Ah é? Sobre a matéria? – o professor está de braços cruzados diante de nós, e está sendo bem irônico. O resto da sala também está voltado para nós, como se fizéssemos parte de um espetáculo. Eu também não sei se dou risada ou saio correndo. ― Então sobre o que exatamente eu estava falando?

― Como todos os anos – o Gustavo revira os olhos, enchendo a sala com o som da sua voz. ― sobre o Verbo “To Be”. Claro.

A pergunta nem foi pra ele, ele não estava fazendo parte da conversa naquele momento. Muito ocupado com o joguinho do seu celular. Mesmo assim, ele não perde uma oportunidade para fazer graça. Mesmo que seja só para complicar ainda mais a nossa situação ou na intensão de nos livrar de algo. No caso, um castigo.

Como ele tem toda a razão, todos caem na risada, deixando o professor seriamente contrariado. Por sorte, a aula termina e ele vai embora, sem ter terminado de explicar sobre o velho e conhecido verbo “To Be", que é tudo que aprendemos todos os anos na escola quando se trata de língua estrangeira. O velho e conhecido Inglês.

A próxima aula é da minha mãe, que aproveita para começar uma revisão para a prova que ela aplicará na semana que vem. Não é uma de suas melhores aulas, mas pelo menos consigo prestar a atenção em cada palavra que ela diz. E ai de mim se não prestasse atenção.

― Aproveitando esse quinze minutinhos que sobraram da aula, eu quero que, por ordem de chamada, vocês venham até aqui com seus cadernos para eu dar visto valendo pontinho de participação. – mamãe senta-se na mesa e espera o primeiro aula com seu diário aberto sobre a mesa dos professores.

Sou praticamente um dos primeiro: o número sete da chamada.

― Mãe, depois eu preciso falar com você. – digo, enquanto ela corrige meu caderno. O resto da sala está uma bagunça, não muito excessiva, já que a mamãe é tolerante até certo ponto. Mas como não tem nada pra fazer e ela está vendo os cadernos... O pessoal resolve conversar entre si ou circular pela sala. ― É sobre o Sarau.

― Tudo bem, Bernardo. Em casa conversaremos. – ela pisca pra mim, anotando em seu diário meus pontinhos merecidos por ter o caderno em dia. Caso o contrário, teríamos uma longa conversa em casa sobre isso. As vezes a mamãe sabe ser bem exigente como mãe-professora. ― Próximo, por favor. – ela anuncia.

Antes de eu voltar lá pro fundão, onde estão meus amigos e onde normalmente eu sento desde o ano passado – o primeiro ano – olho para a Clarissa, sentada muito perto da mesa dos professores que até então estava muito concentrada em um livro, mas que acabou erguendo o olhar para poder retribuir o meu. Acabo sorrindo pra ela, reconfortável por saber que estamos “bem” e ela quase que sorri pra mim de volta. Uma espécie de projeto de sorriso, que não é bem um sorriso.

Na hora da saída, posso admitir a mim mesmo que hoje o meu dia está muito bom. Até agora nada deu errado, apesar de ser só mais um dia comum de aula. Mas a grande verdade é que valeu a pena, por alguns segundos, quase ter visto a Clarissa sorrir pra mim, mesmo depois daquela confusão de beijos na festa do Gustavo no sábado.

― Oi, Bêzinho. – eis que quando estou me despedindo dos meus amigos para ir pra casa, do nada, surge a Brenda saltitante com seus cabelos louros soltos e um sorriso de orelha a orelha. Ela me pega de surpresa, beijando meu rosto e depois olhando pra mim.

― Oi, Brenda. – é tudo que consigo dizer, sem mostrar muita empolgação e sem conseguir disfarçar o meu espanto com aquela cena.

― Lorena! – ela grita, acenando para longe. Ainda sorrindo muito. Viro-me para trás e vejo a Lorena, ao lado de outras garotas saindo do prédio da escola e vindo em nossa direção enquanto se despede das outras. ― Amiga, onde você se meteu?

― Eu precisei matar a última aula. – elas se entreolharam, muito cúmplices. Coisas de amigas. De repente me sinto um intruso entre elas. E cadê meus amigos? Olho para os lados e não vejo nenhum deles. ― Oi, Bê. Tudo bom? – assinto, enquanto ela beija meu rosto. Lorena está encantadoramente bonita. Como sempre. ― O Rafa me ligou durante a última aula. – agora ela não está falando mais comigo, e sim com a Brenda. Não estava entendendo nada. ― E eu tive que atender.

Fico paralisado, vendo-as se afastarem enquanto ainda conversam sobre esse tal Rafael e esse telefonema durante a aula. Elas soltam risinhos que ecoam pelo ar. O sol lá em cima está muito forte e faz muito calor. Decido que o melhor é ir pra casa antes que eu derreta tentando entender qual é a dessas meninas.

Espero minha mãe para o almoço, o papai não pode vir, pois ficou preso no colégio onde ele trabalha com alguns probleminhas entre dois alunos que brigaram. Aproveito o momento para falar com a minha mãe sobre o Sarau e ficar por dentro de tudo, já que ela também está coordenando o evento. Por fim, ela também acha uma boa ideia, já que estou tão interessado, que eu faça parte da organização.

Mal posso esperar para começar logo.

Depois do almoço, tomo um banho gelado, visto alto mais leve, faço o dever de casa e descanso por um momento. Acordo assustado um tempo depois com meu celular tocando desesperadamente. No identificar de chamadas está escrito: Gustavo.

― O que você quer? – atendo tentando parecer grosseiro enquanto me sento e procuro por meus chinelos.

― Ei, calma ai. – ele ri, do outro lado. Posso ouvir mais ao fundo o som de outras vozes. ― Vem aqui casa hoje à noite. Vamos pedir pizza e jogar umas partidas. E isso não é um convite, é uma ordem.

Já entendi. Desço até a sala de estar, a mamãe está vendo um daqueles filmes antigos românticos que ela tanto gosta. Antes de sair, pergunto se ela não quer algo, ela diz que não precisa, digo que vou a casa do Gustavo, ela pede pra eu levar a chave de casa, pois assim que o filme terminar, ela e o papai vão ao mercado.

― Não esqueça de trazer meu iogurte. – grito, já fora de casa. ― E minha bolacha preferida, aquela com recheio de chocolate. Ah, e as torradas também! Não esqueça do cereal.

O céu está escurecendo, e eu particularmente adoro caminhar no final do dia – caminhar, não exatamente correr – sentindo a brisa fresca da noite de encontro ao meu rosto, bagunçando meu cabelo. Gosto de ver as pessoas chegando do trabalho e entrando em suas casas com expressões de satisfação. Gosto de observar o céu ganhar as primeiras estrelas e gosto, ainda mais, de pensar na vida.

Chegando a casa do Gustavo, percebo assim que entro, quando um dos empregados abre o portão pra mim, que os pais dele não estão em casa. Estão sempre ocupados com o trabalho, mas o Gustavo não se importa, já que eles não deixam de serem presentes quando o assunto é família.

Mesmo lá em baixo já dá pra escutar os risos escandalosos dos meus amigos jogando videogame lá em cima. Subo às pressas, entrando e cumprimento a todos. Os meninos estão jogando, disputando entre si para ver quem paga a pizza mais tarde. Digo que sou o próximo, assim que alguém perder a partida.

A Mari, a única garota – já acostumada – está sentada de frente a escrivaninha com o Notebook. Ela está conversando com algumas pessoas pelo Facebook. Enquanto não é a minha vez de jogar, puxo um puff e me sento ao lado dela.

― Não pense que escapou de mim. – ela nem me olha, com os olhinhos vidrados na página do seu perfil. ― Pode me contar agora, em detalhes, o que foi aquilo entre você e a Clarissa no sábado.

― Um beijo. Um não. Dois talvez. – não consigo parar de sorrir, só de tocar no assunto me sinto tonto. ― Mas não vamos falar sobre isso agora, tudo bem? Uma outra hora eu te conto tudo. Mas nesse momento, os meninos podem ouvir. E você sabe, eles vão rir de mim para o resto da vida. – ela assente, sorrindo. Compreensiva.

― Você já adicionou ela no seu Facebook? – ela pergunta, agora me olhando. Mas volta a olhar rapidamente para o computador. ― Você já viu as fotos dela? São poucas, mas ela é ainda mais bonita...

Se eu nem precisar pedir pra ver – pois eu realmente ainda não adicionei a Clarissa, e eu nem sei porque. Talvez porque eu não me interesse muito para essas redes sociais. ― a Mari começa a me mostrar foto por foto da Clarissa, curtindo todas elas e fazendo comentários como se fossem amigas de longa data. A propósito, as fotos são mesmo ótimas. Ela é bem fotogênica, diferente de tudo. Reparo que seu olhar, em todas as fotos, é uma mistura de mistério com algo muito envolvente e fascinante. Exatamente como ela é pessoalmente, assim, cara a cara.

― Eu tive uma ideia. – Marina me assusta, com aquele olhar de sapeca, prestes a aprontar. ― Porque não marcamos de ir amanhã ao Clube depois da aula? E então, assim, meio sem querer, eu chamaria a Clarissa pra ir conosco e você dava um jeitinho de falar com ela e....

― Quem é essa? É a Clarissa? – o Edu pousa sua mão no meu ombro olhando atentamente para a tela do Notebook. ― De quem vocês estão falando? - nem eu e nem a Mari tínhamos percebido sua aproximação. Constrangida com a situação a Mari fecha a pagina rapidamente e força um sorriso para o Edu. ― Vocês não precisam esconder nada de mim. Acham que eu sou bobo? Eu percebo tudo! E afinal, nós não somos todos amigos?

Não é uma pergunta exatamente. Nós três no entreolhamos.

― Vai lá, cara. – ele bate sua mão no meu ombro. ― É a sua vez. Eu acabei de perder pra esses manés.

Depois de uma série de partidas e rodadas, chances, confusão e discussão – não tão sérias – o Miguel e o Eduardo foram os que tiveram que pagar a pizza e comprar o refrigerante para o jantar. Quando percebi que estava ficando tarde demais, afinal, amanhã teríamos aula, chamei o Edu e o Miguel para ir embora e deixar a Marina alguns minutinhos a vontade com o Gustavo.

Apesar da noite divertida com os meus amigos e apesar de já ser bem tarde, eu não estava com sono. Aproveitei o silêncio da casa, peguei uma folha em branco do caderno, uma caneta e me sentei a escrivaninha. Parei pra pensar por um momento em tudo que eu estava sentindo e o que exatamente eu queria expor naquela folha.

Parecia uma missão realmente muito difícil.

Meu celular, novamente, interrompe meus pensamentos. É uma mensagem de texto da Marina: “Sobre aquela ideia... Eu estava falando sério. Estou mesmo disposta a ajudar você com a Clarissa. Acho que vocês formam um casal tão fofinho! Pense bem na minha proposta e amanhã durante a aula nós conversaremos a respeito.”

Pensando na Clarissa, pensando na proposta tentadora da Mari em nos unir, pensando nos últimos dias, nos últimos acontecidos, pensando no sorriso dela, pensando no nosso beijo, pensando no futuro, se por um momento, as coisas poderiam melhorar ainda mais, pensando na ideia de algum dia tê-la novamente só pra mim, pensando no quanto estou afetado por aquela garota e completamente apaixonado mesmo sabendo tão pouco dela, consegui escrever alguma coisinha.

Mas ela fugia.

Ela mentia.

Ela negava.

Ela se afastava.

Ela não permitia.

Ela se escondia.

E tudo que eu queria,

era que ela admitisse que,

por um momento,

também me quisesse.

Depois de muito tempo, um pouco mais de um mês, com a mente bloqueada para escrever, aquela estrofe foi tudo que eu consegui arrancar de mim. E ao me deitar, depois de guardar o que escrevi no fundo de uma gaveta, me perguntei se algum dia, o meu desejo se tornaria realidade ou era só mais uma bobagem da minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

E o que vocês acham: Essa história pode sim dar certo algum dia?



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