–--(Katniss)---

Quando desço do carro piso no tapete branco meu coração congela. Todas aquelas pessoas me observando de um modo me assustam. Dou o braço para Haymitch e foco meus olhos em Peeta. Ele olha diretamente em meus olhos o que me faz ficar acelerada mas depois me tranquiliza. Está vestido com um lindo e branquíssimo terno. Seu olhar desce para meu vestido já que é a primeira vez que ele o vê. Meus olhos se fixam nos seus eu sorrio. Por um momento eu queria que meu pai estivesse presenciando esse momento. Quando chegamos la na frente, Haymitch aperta a mão de Peeta e depois me da um beijo na testa. Fico ao lado de Peeta e de frente para o juiz. Depois de algumas palavras o juiz o chama.

–Peeta Mellark, seus votos.

Peeta se vira para mim fixando seu olhos azuis nos meus e diz após colocar a aliança em meu dedo

–Katniss Everdeen. Você sabe que sou apaixonado por você desde criança. Eu te observava voltar para casa imaginando se um dia teria você olharia para mim, se me veria do mesmo jeito que eu te via. Passamos por muitas coisas juntos todos sabem e sempre estarei ao seu lado para tudo que vier pela frente. Eu não gostaria de estar aqui, hoje, com mais ninguém que não fosse você. Eu te amo.

Nossos sorrisos são trocados até eu ser ''chamada''.

–Katniss Everdeen, seus votos. -aquele silêncio me deixa nervosa. Peeta sempre foi mais habilidoso com as palavras.

–Peeta Mellark. Desde o dia que você me salvou, preferiu apanhar do que me deixar passando fome, isso nunca saiu da minha cabeça. Quando nos aproximamos por conta dos ... -prefiro não mencionar os jogos -Viramos parceiros. Você me salvou várias vezes desde então e disso eu nunca irei esquecer. E seu presente -mostro a ele a pérola que está em minha manga -Foi a única lembrança sua que eu tive enquanto você não estava comigo. Mesmo tendo nossas lembranças modificadas você voltou a me amar. Você me impressiona cada dia mais. Eu te amo.

Coloco a aliança em seu dedo e nos beijamos antes mesmo das palavras finais.

Depois de cumprimentar todo mundo la dentro, saímos todos lá fora para a festa. Uma festa a céu aberto com tudo que se possa imaginar. Musica, comida, os amigos e a família. Decido colocar um vestido branco de renda mais leve e troco meu salto por um par de sapatilhas e guardo a pérola muito bem guardada com meu vestido.

Ver todo mundo junto se divertindo me faz pensar como valeu a pena tudo que todos nós passamos. Vejo Gale dançando junto a Delly, Effie conversando com minha equipe de preparação, Haymitch com minha mãe trocando uma ideia com Paylor e Annie segurando seu filho, o pequeno John e conversando com Johanna. Aproveito um momento que todos estão distraídos inclusive Peeta e o puxo de lado.

–Vem cá! -pego sua mão e começo a subir a colina que segue o campo. Quando chegamos lá em cima me sento na grama e ele se senta ao meu lado e o puxo para um beijo. -Eu não poderia estar mais feliz. -sussurro com um sorriso em seu ouvido.

–Eu digo o mesmo. -ele pega minha mão, entrelaça na sua e a beija. Observo nossas alianças e um sorriso se forma em meus lábios.

–Olha que céu lindo, olha que paz. -digo observando atentamente.

–As vezes faz bem fugir do mundo, mesmo que seja por pouco tempo. -diz mais atento que eu.

–Pena que seja por pouco tempo mesmo, daqui a pouco dão nossa falta. -encaro seus olhos. Incrível ver aquele azul refletir as estrelas. Adoro encara-lo.

Me aproximo para um beijo quando ele pega minha cintura e me deita na grama. Fecho os olhos e sinto sua aproximação. Sua boca toca a minha de leve e prossegue pra mais forte.

Ele se deita ao meu lado e ficamos um tempinho observando aquele lindo céu estrelado. Acho que com Peeta eu estava aprendendo muitas coisas, estava descobrindo um lado meu que não conhecia. O lado doce.

–Queria poder congelar esse momento mas igual eu quis congelar tantos outros e não pude, não vou poder congelar esse também. -ele diz em tom de lamento.

–Pense pelo lado bom, podemos sempre ter momentos como esse. Juntos. -levanto-me e o observo. Ele se levanta também e nossos lábios ficam próximos. Em meio ao beijo que damos me vem a sensação de que vão dar nossa falta logo.

–Acho melhor voltarmos. -digo com decepção.

–Tudo bem. -ele sorri e me da vários beijos leves e se levanta estende do as mãos para mim. Quando agarro-as ele me puxa e não solto suas mãos.

Descemos a colina e voltamos a aproveitar o resto da festa. Toda a Panem ficou sabendo do casamento mas o fechamos só para os amigos e família. Seria injusto alguns irem e outros não pois é muita gente e era um evento pessoal. Mesmo assim havia umas cem pessoas. Brindamos de novo mas dessa vez é pra valer. Agora somos oficialmente casados.

–--(Peeta)---

Ela pula em meu colo assim que entramos em casa. -Vamos subir? -sua voz roça em meu ouvido que até chego a arrepiar. Subo as escadas com carregando-a.

–Katniss isso faz cócegas! -digo em meio aos risos enquanto ela passa lentamente os lábios em meu pescoço e vai descendo para meu peito com mordidas, tirando minha camisa.

Quando desce de meu colo, me puxa para a cama com rapidez. Desço lentamente o zíper de seu vestido em meio aos beijos. Meu queixo cai quando vejo sua langerie que é em um tom de rosa claro e antes de qualquer outra reação minha, sou puxado novamente até sua boca.

Vou levando várias mordidas com pressões de língua na região de meu pescoço e um de seus chupões me deixa uma marca. Suas mãos puxam meu cinto e o jogam no chão logo seguido de minha calça. Ligeiramente minhas mãos sobem por sua cintura e param em seu sutiã e enquanto o tiro deixo vários beijos.

Quando nos despimos totalmente percebo que Katniss ainda fica um pouco vermelha e contenho um gemido quando ela morde meu pescoço e suas mãos me apertam com certa intensidade. Deslizo minhas mãos pelo seus corpo passando por seus seios e descendo até suas coxas, o que a faz gemer um pouco alto demais.

Posso sentir seu coração acelerado colado em meu peito quando a junto mais a mim entrando dentro dela. Ela sobe para minha boca e minhas mãos quase desfazem seu coque. Ouço sua voz pronunciar meu nome diversas vezes enquanto nossas bocas não estão coladas e que aumentam quando desço para seus seios novamente. Ela pede mais então aumento o ritmo e um gemido alto sai de sua boca.

–Peeta, Peeta eu.. -quando sua mão aperta meu braço com devida força, abafo seu ultimo gemido beijando-a.

Ela não solta meus lábios até o ultimo segundo. Me deito ao seu lado nos cobrindo e vejo que Katniss me olha com um sorriso tímido e mordendo seu lábio inferior. Ela se aproxima e me da um beijo.

–Que ótimo jeito de se começar a fase depois do casamento. -ela diz ainda sorrindo timidamente e ambos rimos. -Boa noite.

–Boa noite. -beijo sua boca de leve e a encaixo em meus braços. Logo adormecemos.

Abro os olhos e vejo Katniss enrolada em meus braços. Tomo muito cuidado ao sair da cama para não acorda-la e caminho em direção ao banheiro. Ligo o chuveiro deixando a água quente escorrer pelo meu corpo e quando saio, troco de roupa e vejo que ela ainda dorme na mesma posição que a deixei.

Desço para a cozinha e preparo um café da manhã para nós dois. Torradas com queijo derretido, chocolate quente, pequenos pães de queijo e morangos com calda de chocolate. Olho para o relógio, vejo que já são 9:35 e percebo que demorei mais do que esperava. Quando subo de novo, Katniss está saindo do banho mas já vestida.

–Bom dia. Tenho uma surpresa para nosso dia. -digo enquanto tiro uma mecha de cabelo de seu rosto e ponho as mãos em sua cintura. -Bom dia Peeta. Que surpresa? -ela diz sorrindo e me dando mais um beijo.

–Você vai saber. Mas vamos tomar um café da manhã bem delicioso antes? -quando digo, ela faz que sim com a cabeça. -Já está pronto.

Descemos e começamos a comer.

–Parece que o dia começou bem -ela diz quando vê a mesa.

–Se você acha.. Você vai precisar arrumar uma mochila. -quando digo ela sorri.

–Hm então vamos sair.. Conheço esse lugar?

–Não. -nego divertidamente.

–Aaah quero uma pista! -ela tenta fazer cara de emburrada mas não consegue.

–Sem pistas! -ela me olha frustrada e começamos a comer. Quando subimos Katniss vai trocar de roupa pois depois do banho havia colocado uma roupa de ficar em casa. O estranho é ela trocar de roupa na minha frente.

–Desde quando perdeu tal vergonha? -pergunto com um riso leve escapando de minha boca.

–Ah não sei. -ela diz ironicamente e não deixa de rir. -O tempo ajudou mas você fez a maior parte. -ela veste uma calça jeans com botas escuras, uma blusa com uma jaqueta por cima.

Quando saímos de casa pego sua mão, guiando-a. Depois de andarmos uns 20 minutos floresta adentro ela comenta

–Não conhecia essa parte da floresta. Não vai me contar mesmo o que vamos fazer? -sua curiosidade dura pouco.

–Vou vou sim, chegamos. -ela parece impressionada quando vê o sobrado de madeira.

–Peeta esse lugar é maravilhoso! -ela se vira para mim -Que lugar é esse? Como você conseguiu..

–É uma casa escondida que foi construída a muito tempo para servir de esconderijo. Ninguém a conhecia mas Paylor a achou quando o 12 estava iniciando suas reformas e a reformou. Ela disse que podemos vir quando quisermos.

–Caramba isso é muito bom!

–Vem, vamos entrar. -pego sua mão e corremos até a porta.

–--(Katniss)---

Peeta pega uma chave na mochila e abre a porta. Fico impressionada com o tamanho do lugar. Uma casa gigante que entra uma boa quantidade de sol com uma varanda enorme e toda de madeira.

–A gente vai ficar aqui quanto tempo? -quem dera poder morar aqui.

–Ah de primeira o tempo que você quiser. A gente vai vendo.. -ah meu Deus esse sorriso lindo que ele da.. Quando ele deixa as mochilas no sofá, pulo em seu colo.

–Então vamos aproveitar. -agora sou eu quem dou beijos leves em sua boca.

–E essa provocação aprendeu comigo também é? -começo a rir.

–Sim, estou me vingando. -ambos rimos.

–Sabe o que eu trouxe? Coisas para desenhos e.. O desenho. -o desenho que Peeta estava fazendo no trem.

–Hm então ele está pronto e você vai me mostrar, certo? -Quase certo.. Está quase pronto e sim vou te mostrar. -diz arqueando as sobrancelhas.

–Vai me ensinar a desenhar e pintar Peeta?

–Se você quiser..

Com certeza, eu quero. -trocamos um sorriso.

Passamos a tarde toda no chão da enorme sala, desenhando e pintando. Eu tentava fazer alguma coisa que prestasse enquanto Peeta terminava o desenho.

–Pronto! -ele coloca o desenho em minha frente.

Vejo quase um futuro, uma coisa possível. Eu no colo de Peeta no chão e uma criança entre nós.

–Peeta isso é ...-eu realmente estou impressionada com o que vejo.

–Sim eu sei que é cedo para esse futuro mas é só uma representação. -ele diz e encaro seus olhos claramente azuis.

–Eu achei lindo. Eu só ainda tenho medo. -deito em seu peito ainda observando o desenho.

–Mas medo.. De que? -a conversa me da tanto medo que tenho até medo de contar pra ele.

–De tudo. De alguma coisa acontecer e de que tudo de errado. Como você sabe, eu ainda tenho pesadelos. -pego sua mão. Sinto me mais segura.

–Tudo bem, não precisamos falar disso agora. -sinto um alívio. -Quer comer alguma coisa?

–Quero, quero sim. A tarde foi tão boa e passou tão rápido que não percebi que estava com fome -ambos rimos.

–Vem cã então.. -ele diz se levantando.

Ele pega algumas coisas que guardamos na geladeira e no armário quando chegamos e segue para a varanda. O sol irradia o espaço inteiro e o céu é de um laranja rosado.

–Você planeja tudo ou é sua sorte mesmo? -pergunto e um sorriso transparece em meu rosto. É incrível como as coisas dão certo pra ele.

–Eu só faço o básico, a natureza faz o resto. -ele observa o céu.

Nos sentamos na varanda e começamos a comer pães de queijo com suco de morango. Se passa um tempo, ele deita a cabeça em meu colo e começamos a conversar dos mais variados assuntos: as coisas a nossa volta, nossos possíveis sonhos, nossos futuros planos.

–Está ficando frio. -digo quando o vento se fortalece.

–Espere ai. -ele se levanta e entra para pegar alguma coisa. Volta com almofadas e um cobertor. Sorrio. -Você pensa em cada coisa.. -digo e ele me da um beijo que me faz não querer solta-lo.

Me sento de frente em seu colo cruzando minhas pernas atras de seu corpo e coloco o cobertor sobre nós. Encaro o azul dos seus olhos refletir a luz noturna. Meus lábios percorrem seu pescoço e descem para seu peito. Levo minha mão até seu pescoço e passo meus dedos em seus cabelos. Desço-as para suas costas sentindo sua pele quente e sinto meu rosto queimar quando ele começa a tirar minha blusa e sua mão sobe arrepiadamente por meu tronco. "Ja fiz isso antes. Mais de uma vez. Fiz isso ontem. Porque tenho quase certeza de que estou corada de vergonha? Qual meu problema?". Meu corpo endurece inteiro, me sinto travada. Seus olhos se fixam nos meus para descobrir o que aconteceu.

–Desculpa. -quando o encaro de novo tenho certeza de que estou vermelha.

–Podemos parar se você quiser..

–Não, de jeito nenhum.. -sussurro dando beijos leves em sua boca -Mas acho que devemos entrar. -agarro seu pescoço e junto-o mais a mim enquanto ele me carrega quarto adentro. Meus dentes cravam em seu pescoço mordendo-o com certa pressão e ouço-o sibilar meu nome mais que uma vez.

Suas mãos deslizam sobre minhas coxas fazendo-me arrepiar e desejar mais.

–Peeta.. -seu nome sai de minha boca como um grito quando ele as apertam.

Gemidos elevados escapam quando ele morde meu lábio inferior com certa força e quando descem pelo meu corpo. Sinto-o entrar dentro de mim.

–Peeta a... -seus lábios me impedem.

Cada toque de Peeta começa a me relaxar. Seus lábios em meus ombros. Sua língua em minha boca. Suas mãos em minha cintura. Seu corpo colado ao meu. Puxo-o para mais perto de modo que sua boca vem de encontro com meu pescoço descendo lentamente e depois volta para a minha. Sua velocidade aumenta fazendo-me gritar seu nome de novo várias vezes e assim me entrego a mais uma noite com Peeta. Mais uma noite deliciosamente inesquecível.