You Changed My Life - Katniss e Peeta escrita por Lih


Capítulo 35
A Evolução da Nova Esperança


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus pessoal! Estou me sentindo culpada por estar postando mais de 24 horas atrasada. Eu tive alguns problemas que envolveram ter tido tido um simulado na quarta (vê se pode!) porque minhas aulas voltaram e um bloqueio. Não daqueles no qual você está sem ideia mas naqueles que você não sabe como escrever aquele momento e isso é completamente horrível! É uma confusão na minha cabeça, tem tanta coisa que eu ainda quero fazer nessa fic, tantos momentos para escrever que... ai caramba, espero que me desculpem. A culpa é totalmente minha de ter uma mente tão limitada (carinha chateada) :c
Bom, sobre esse capítulo é basicamente 100% família Peetniss, fofura e amor em passagens de tempo. Sei que muita gente não gosta do "mel" e que muitos adoram, mas é necessário e vocês vão entender porque. Não tem sóóó mel, mas é tranquilo, tem explicações e devo dizer que, apesar dos meus inúteis bloqueios em algumas partes, eu adorei escrever esse capítulo! Estava pensando nele desde o começo da fic, acho esses momentos da família muito fofos! Ahh e tem Pov Peeta!
Sei que falo demais hahaha, admiro que leiam tudo isso aqui mas eu falo o necessário! Por favor, leiam as notas finais e boa leitura.



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–--(Katniss)---

Três meses. Prim está com quase três meses e foram os oitenta e poucos dias mais agradáveis, agitados e intensos que já passei. Ainda é uma experiência com a qual tanto Peeta quanto eu estamos nos acostumando mas as sensações são incríveis. A Dra. Emilly é muito atenciosa e fez questão de preparar uma lista com tudo sobre os primeiros meses de um bebê, fazendo assim com que eu e Peeta não fiquemos tão perdidos.

Descobrimos, por exemplo, que mês passado Prim começou a dormir por mais tempo e que desde então seu sono vem se regulando. E que agora sua coordenação dos bracinhos e perninhas vão melhorar, mas isso não a impede de jogar água para todos os lados enquanto toma banho, como está fazendo agora.

–Prim! -exclamo quando ela bate o bracinho com força na água, fazendo com que não só isso chegue aos meus olhos mas também o sabão. -Já descobri que preciso dar banho em você antes de tomar o meu próprio... -digo limpando meus olhos com as costas da mão.

–Chegou o super papai para ajudar. -ouço Peeta atrás de mim e logo vejo-o ao meu lado enquanto Prim abre um pequeno sorriso sem dentes. -Pode ir se arrumar meu amor, eu continuo aqui.

–Huum.. Não acho uma boa idéia você fazer isso com essa camisa limpa e sequinha...

–Ah! Isso não é problema... -diz dando um passo para trás, e em um instante sua camisa já está disposta na grade do berço. A vontade de fitá-lo é irresistível.

–Apenas mais alguns dias não é? -pergunto tentando evitar morder meu lábio, mas não consigo.

–Sim, apenas mais um dias. -responde se aproximando e tomando Prim em suas mãos, que da um estrondo alto de uma risada. Vejo-o tratá-la com todo o cuidado e carinho do mundo enquanto dou alguns passos à caminho do meu quarto.

Quando a Dra. Emilly nos disse que eu deveria ficar de repouso por três meses, eu achei que fosse muito tempo, ainda mais para uma pessoa com minha "hiperatividade", e hoje eu realmente tenho certeza de que é. Mas decidi não discutir, afinal, ela é a medica.

Sigo para o banheiro e ligo o chuveiro na temperatura mais quente. O inverno já vem dando sinal e logo trará a neve consigo. Mas enquanto isso não acontece, Peeta e eu vamos aproveitar e passear pelo Distrito. Ele vai trabalhar na padaria no período da tarde e aproveitaremos e levaremos Prim para fazer mais uma visita aos seus amigos e funcionários.

–--

–--(Peeta)---

–Ela é tão linda! -diz Rosy com os grandes olhos verdes vidrados em Prim balançando seus bracinhos no carrinho.

–Vocês capricharam chefe. -exclama Henry.

Finalmente conseguimos trazer Prim para a padaria, mas somente após quase três meses esperando que as noticias se acalmassem.
Prim parece gostar da atenção que recebe de todos à sua volta mas fica um pouco assustada. Rosy ficou completamente apaixonada assim como todos, até meus funcionários. Todos dizem que ela é uma graça, muito linda, e eu só tenho a agradecer Katniss por tudo isso.


–--

–--(Katniss)---

Johanna disse que hoje vem visitar Prim que já está com três meses completos. Ela justificou-se sobre não vir antes dizendo que estava cada vez mais complicado ajustar seus horários com seu trabalho. Disse também que não viria sozinha mas por falta de detalhes não consigo conter minha curiosidade.

Começo a dispor a mesa para quatro pessoas e Peeta verifica o jantar no fogo quando ouço Prim começar com um chorinho.

–Pode deixar, ela deve estar com fome.
Vou até o carrinho que estava disposto na sala e a pego no colo, logo conferindo se o problema é mesmo a fome e não a fralda. Sendo assim, volto para a cozinha e me sento em uma das cadeiras enquanto Prim agarra meu seio com pressa.

–Como está indo a janta? -pergunto.

–Quase pronta, quer porvar? -pergunta e eu respondo assentindo, então ele apanha uma colher e pega um pouco do conteúdo da panela que mesmo eu não sabendo do que se trata sei que está maravilhoso só pelo cheiro.

–O que é? -pergunto enquanto ele caminha em minha direção mas obtenho apenas um sorriso como resposta.

–Vê se você consegue adivinhar.
Eu abocanho a colher sentindo o gosto maravilhoso que invade minha boca. Inicialmente não consigo decifrar o que é mas logo algo me vem em mente.

–Isso é.... Cozido de carneiro? -pergunto e ele assente. -Está maravilhoso!

–Apenas fiz algumas alterações para deixa-lo menos gorduroso e mais saudável, afinal, você ainda está em uma dieta especial.

Só de lembrar do cuidado um pouco exagerado que Peeta está tendo comigo meus lábios formam um sorriso. Ao mesmo tempo que as vezes gode ser de tal maneira "irritante", é absolutamente incrível e agradável sua preocupação. Peeta é um exemplo nato de um marido e pai responsável.

Logo ouço duas batidas na porta nos interrompendo e sendo seguidas de Johanna gritando nossos nomes.

–Caramba Johanna! Não podia chegar cinco minutos mais tarde? -sussurro em pensamento alto e Peeta apenas ri enquanto caminha em direção à porta para abri-la. Pego o paninho de Prim no carrinho e cubro sua cabeça.

Em poucos instantes consigo ouvir a porta se abrindo e a movimentação sendo iniciada pelas vozes de Johanna e... a voz de um homem? Com certeza isso é a voz de um homem. Permaneço na cozinha imóvel, apenas esperando que eles cheguem ao alcançe da minha visão para confirmarem meus pensamentos.
E quando isso finalmente acontece preciso me segurar para não abrir a boca.

Johanna realmente está acompanhada de um homem. Um homem alto, cabelos curtos e escuros assim como os olhos e com um sorriso encantador.

–Prazer, sou o Carl. -diz me cumprimentando embora eu não possa cumprimentar-lo direito por estar com Prim nos braços. Então apenas sorrio para ele e me apresento. Peeta e Johanna adentram a cozinha logo depois.

–Katniss e sua vergonha de mostrar os peitos! -exclama Johanna depois de me cumprimentar. É impossível não me importar com o comentário mas é o jeito de Johanna.

–Bem ao contrário de você não é? -comento em brincadeira e eles riem e o assunto se inicia sendo aquele dia no elevador.

O jantar segue animado começa animado com risos e casos mas quando Prim adormece decido levá-la lá para cima.

–Eu vou com você. -diz Johanna então juntas subimos as escadas.

–Vocês estão de parabéns, ela é muito linda. -sussurra enquanto ajeito Prim no berço. Posso ver um sorriso em seus lábios.

–Obrigada. -digo sem saber ao certo se isso foi um elogio. -Peeta está totalmente apaixonado por ela. Ele é um pai incrível.

–Imagino. Esse sempre foi o sonho dele... Mas e você? Como está sendo tudo isso?

–Bom eu... Não sei te dizer. Eu achava essa ideia tão impossível e agora é tudo real. Pensei em como seria difícil mas é realmente incrível. Totalmente novo mas incrível. -digo entre um sorriso enquanto ainda observo Prim dormir.

–Meus conceitos de ter um filho estavam errados porque não há nada de ruim.

–Fico feliz por vocês.

–Mas e você? Não nos contou nada sobre seu namorado...

–Bom, não há muito o que dizer... Eu o conheci no trabalho já faz algum tempo então começamos a sair. Temos os mesmo interesses, os mesmos gostos e agora estamos juntos.

–Estou muito feliz por vocês. E os filhos? -pergunto entre uma risada.

–Isso eu deixo para vocês! Por enquanto fico só na prática mesmo... Mas aposto que vocês praticam bastante também...

–Johanna! -repreendo-a mas ela apenas ri.

Descemos novamente e voltamos a nos sentar. A conversa volta a fluir pelos mais variados assuntos e assim eu e Peeta conseguimos conhecer melhor e novo namorado de Johanna. É muito bom que Johanna tenha encontrado alguém que a ama mas também é realmente importante que esse alguém seja uma boa pessoa, afinal, Johanna é uma grande amiga nossa.
Encerramos o jantar e convidamos nossos amigos para permanecerem em casa mas como eles dizer que já reservaram um hotel, apenas nos despedimos e levamo-os até a porta.

–Johanna Mason sempre será Johanna Mason... -indago assim que fechamos a porta.

–Essa daí nunca vai mudar...

Subo as escadas e caminho até o quarto de Prim mas não sem tirar da cabeça as palavras de Johanna. Encontro Prim com a respiração leve e ritmada, dormindo tranquilamente e espero que seja assim pelas próximas horas.

–Ela está dormindo bem recentemente. -Peeta sussurra adentrando o quarto.

–Está mesmo. Lembro-me da doutora dizendo que o sono começa a se regular agora nos três meses completos. E isso é muito bom, tanto para ela quanto para nós.

Sinto seus braços enlaçarem minha cintura por trás em um caloroso abraço enquanto seus lábios traçam uma linha quente de beijos em meu pescoço.

–Três meses é? -sussurra na base de meu ouvido e quase me distrai da pressão que seus braços fazem em minha cintura.

–É... -respondo quase inaudivelmente prestando mais atenção na sensação que seus lábios causam em minha pele.

Peeta interrompe-os e se aproxima do berço beijando o rostinho de Prim em um gesto de boa noite. Logo volta-se para mim e pega minha mão me levando em direção ao nosso quarto.

Meu coração acelera só de pensar em sentir o corpo de Peeta junto ao meu novamente, nossos corpos como um só, nossos olhares se encontrando com inúmeras expressões diferentes.

Antes que eu perceba já estou bagunçando seus cabelos com minhas mãos enquanto seus lábios tratam os meus com imenso carinho e ao mesmo tempo voracidade. Vagarosamente suas mãos delizam pelo meu corpo arrancando-me suspiros a cada roupa que deixa de tocar minha pele para alcançar o chão.

Em poucos instantes já estamos no colchão, suas mãos percorrendo meu corpo assim como as minhas o dele, meu interior implorando por mais aproximação, por nossa conectividade. E quando acontece é tão prazeroso e carinhoso que meu corpo ainda ansia pelo dele quando nos separamos.

–--

–--(Peeta)---

Aconteceu quando eu menos esperava, mas aconteceu. Katniss estava no banho enquanto eu rodava os canais da TV, esperando ela para jantarmos e Prim estava no tapete da sala brincando com seus mais novos brinquedos. Ela já tinha pouco mais de seis meses e meio, portanto já tinha a habilidade de se sustentar sentada. Eu estava um pouco distraído com a televisão mas pela minha visão periférica pude ver o que Prim fez. Ela, com um trenzinho colorido em sua mãozinha esquerda, se pôs apoiada em seus joelhos e em sua mão direita para fazer o trem andar e quase engatinhando junto!

Aquilo nunca havia acontecido, no máximo ela permanecia sentada e balançava para os lados de vez enquanto mas aquela foi a primeira vez que fez a posição de engatinhamento. Quando vi aquilo, corri para a geladeira onde estava preso por um imã o papel sobre a evolução do sexto para o sétimo mês. Ali estava escrito o que eu imaginei. "O início do engatinhamento".

Eu fiquei vidrado observando-a alguns minutos enquanto suas mãos se concentravam em mover o trenzinho. Tive certeza de que eu estava sorrindo e de que aquele sorriso não sumiria tão rápido. Pensei em correr até o quarto e pegar a câmera com a qual a Sra. Everdeen nos presenteou para fotografarmos esses mesmos momentos de Prim, mas não tive coragem de sair dali. Queria muito pegá-la e abraçá-la, minha filha estava sendo muito esperta! Mas me contive para não atrapalhar aquele momento que era novo até então.

Também queria que Katniss tivesse visto aquilo, era um gesto muito importante , mas Prim já havia voltado em sua posição sentada quando ela saiu do banho e apareceu na sala. Katniss ficou em uma mistura de frustação e chateação quando soube o que perdeu, mas eu disse a ela que provavelmente ela faria aquilo de novo em breve e que estavamos meio que empatados, já que quem ouviu Prim balbuciar os primeiros barulhos e "silabas", foi ela.

Foi também o momento em que seus primeiros dentinhos começaram a aparecer. Prim chorava noite após noite por causa da dor que os dentes que estavam nascendo causavam. Eu e Katniss nos revezávamos para tentar acalmá-la dando-lhe o mordedor e vez ou outra massageando sua gengiva, mas sabíamos que não havia muito o que fazer.

E agora Prim está perto de completar seus dez meses. Ela engatinha quase perfeitamente e quer fazer isso a todo instante. Não gosta de ficar parada, suponho que seja hiperativa igual a mãe. Também já tenta se equilibrar em pé segurando em alguns móveis, na maioria das vezes no sofá, mas ainda não os solta. Agora que seus dentinhos já estão se desenvolvendo, a Dra. Emilly liberou alguns alimentos sólidos especificos e nos ensinou como prepara-los e com que frequencia oferecê-los à nossa filha. Também nos alertou sobre possíveis recusas e estamos nos acostumando com tudo isso.

–PEETA! Vem aqui por favor... -ouço Katniss me chamar da cozinha. Largo o pincel imediatamente e subo correndo as escadas do porão.

–O que aconteceu? -indago assustado.

–Primrose! Olha essa sujeira toda! -exclama Katniss pegando sua colher que havia caído no chão.

Estamos em uma proposta. Como Prim está com maior controle de suas coordenadas, estamos dando liberdade à ela de praticar isso. Um exemplo é entregar a colher em sua mão durante a refeição e fazemos isso mesmo tendo consciencia que maior parte da comida pode ir parar no chão.

Tento segurar a risada mas Prim parece estar se divertindo com essa bagunça e Katniss me fuzila com o olhar.

–Calma meu amor. -digo me aproximando. Pego a colher e a lavo, logo entregando para Katniss novamente. -Tenha paciência.

Depois de mais algumas tentativas, Katniss desiste de deixar a colher no controle de Prim e a oferece mais algumas colheradas ela mesma depois lhe da o suco de laranja na mamadeira.

Em poucos minutos após o almoço, Prim está quase adormencendo em meus braços. Dormindo ela se parece mais ainda com Katniss, calma e tranquila. Assim que ela pega completamente no sono, levo-a para o berço e Katniss me acompanha até nosso quarto.

Abro a gaveta da cômoda buscando a câmera fotográfica mas acabo me deparando com outro objeto. O medalhão dourado, presente de Effie nos tempos dos jogos.

–Você guardou? -pergunto erguendo o medalhão enrolado em meus dedos. Ela o fita, um sorriso começa a surgir em seus lábios.

–Guardei. Era uma das únicas lembranças de você que eu tinha.

Sento-me ao seu lado na cama e continuo a examinar o medalhão em minhas mãos. Está quase intacto, a não ser pelo fraco escurecimento da peça que presumo ser pelo tempo. Eu o abro e encontro as mesmas fotos postas quando eu planejava entregar o cordão à ela.

–Devíamos trocar essas fotos. Somos uma nova família agora. -diz se levantando e eu apenas a observo ir até o guarda-roupas e voltar com um álbum de fotos em mãos e me entregar sem dizer uma palavra. Eu o abro e começo a observar as fotos. Fotos de quando nos casamos e de todos os momentos bons que passamos, incluindo as mais recentes que são de Prim.

Dentre tantas fotos significativas escolho uma de Katniss, uma de Prim e uma das duas juntas onde Prim está no coro de Katniss abrindo um sorriso sem dentes, foto tirada mês passado. Tiro as antigas do pingente do cordão e as entrego à Katniss que guarda no primeiro plástico do álbum.

–Para estarmos sempre juntos? -pergunta enquanto dispõe o cordão em meu pescoço. Levo minha mão até seu queixo, puxando-a para meus lábios.

–Sim. Sempre.


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Notas finais do capítulo

Eu não queria necessáriamente fazer desse jeito de passar tempos em tempos em um capítulo, mas eu não queria fazer vários capítulos um com cada tempo, se não vocês iam enjoar, e como agora realmente estamos perto da reta final, os capítulos estão +- contados. Também não revisei então qualquer erro, me desculpem e me avisem!
E, considerando esse último fator, ainda quero conhecer vocês meus queridos leitores fantasminhas! Vocês vão perder essa chance? :o
Quero dizer que também fiquei muito feliz com os reviews que recebi, eu estava realmente com medo de que vocês não achassem o casamento à altura. E que agradeço a cada um que está me acompanhando, tanto desde o início quanto do meio e chegou até aqui comigo.
Próximo capítulo por sugestão/pedido de uma leitora, vocês vão receber um pouco de pimenta! Hahahaha acho que eu tava devendo isso à vocês, então prometo fazer o meu melhor. E pretendo não demorar porque segundo meus pensamentos eu já sei o próximo capítulo inteirinho.
Hey gente, não tive tempo de responder aos últimos reviews então me desculpem novamente! Mas responderei até o fim da noite!
Bom, é isso! Continuem deixando suas opiniões, comentando, favoritando, acompanhando... Um beijo :* até.