You Changed My Life - Katniss e Peeta escrita por Lih


Capítulo 31
Renovações


Notas iniciais do capítulo

SURPRESA! Nossa alice, você aqui mais cedo? :O
SIIIIIIM, eu mais cedo o/, estou aqui mais cedo porque estou feliz? Não.
Então pessoas, é o seguinte: Descobri que sou melhor para escrever na madrugada, ou seja, CAPÍTULOS ADIANTADOS *-*
MAS... Onde vocês estão? Eu ganho leitores novos, mas perco os antigos... Porque não comentam gente? É desanimador saber que nem 10% dos meus leitores se manifestam. É algum problema comigo? Com a fic? Com as datas de postagem? Com o que? Me ajudem para que eu possa ajudar vocês e arrumar o problema. =/
Me enchi de esperança quando li o comentário da Gabriella Oiveira, por ela e pelos leitores que sei que estão gostando ha história, eu não abandonarei. Eu revejo os comentários anteriores, revejo as pessoas que favoritaram, as quais sou muito agradecida, revejo as recomendações e me motivo a continuar.
Saibam que, mesmo sendo poucos os manifestantes, sou muito grata a vocês por darem atenção esse meu primeiro trabalho.
Muito obrigada :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464203/chapter/31

–--(Katniss)---

Lentamente, consigo reconhecer o barulho que me desenterra do sono. É o choro de Prim, minha filha. Mas não é um choro como o qual eu ouço em meus pesadelos, e sei que não estou presa em um pois não há imagens atormentando minha mente. É um choro comum, apenas o choro de uma criança que acaba de acordar com fome.

Abro os olhos e não encontro Peeta em seu lado da cama. Instantaneamente me lembro de como me refugiei em seus braços quando um dos meus piores pontos fracos me atormentaram na madrugada da noite anterior. O calor e a segurança que Peeta me forneceu, conseguiram fazer com que eu adormecesse novamente e tivesse um resto de noite mais tranquilo. Não gosto muito quando acordo sem ele junto a mim, sem seus dedos tocando meu rosto e sua voz me dizendo "bom dia", mas imagino que esteja acudindo Prim.

Esfrego meus olhos tentando desmanchar o efeito embaçado que o sono deixou neles. Assim que consigo, olho para o relógio em cima da cômoda. Com o visor mostrando 8:50, decido levantar e ajudar Peeta com Prim, afinal, não posso deixar que meus atormentos acabem com minha vida. Não posso.

Sento-me na cama e passo as mãos por meu cabelo, juntando-os em um coque. Mal faço a menção de levantar e Peeta aparece empurrando a porta entreaberta com as costas, segurando Prim em seus braços. Seu choro estridente denuncia sua possível fome.

Peeta sorri ao me ver e se senta ao meu lado, passando Prim para mim.

–Ela estava chorando e eu não queria te acordar. Estava com a fralda cheia então eu a troquei, mas parece que está com fome. -diz com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso inocente, o que me arranca uma pequena risada. Reparo que Prim tenta mastigar os próprios dedinhos, confirmando minha suspeita de sua fome.

–Tudo bem. Ah, e bom dia para você também! -provoco-o em brincadeira.

–Ahhhnn, desculpa meu amor! -diz se aproximando e beijando meus lábios demoradamente, logo passando para minha bochecha enquanto aninho uma Prim inquieta em meus braços. -Bom dia! Muito.Bom.Dia.Meu.Amor! -continua oscilando as palavras com beijos quando alcança meu pescoço, me fazendo lançar-lhe um sorriso.

–Melhorou... -não evito emitir um sorrisinho.

As vezes tenho reparado alguns pequenos distanciamentos entre mim e Peeta. Eu não nos culpo por isso. A Dra. Emilly afirmou que isso seria totalmente normal, já que ambos estariamos com a atenção voltada para nossa filha recém-nascida. Também disse que por mais que o tempo em que passariamos juntos como um casal mesmo fosse diminuir, nossa filha ia nos unir de outro jeito e é exatamente o que acontece. Ela é grande parte de nossa felicidade. E mesmo assim, Peeta nunca perde o carinho por mim. Sempre está me beijando espontaneamente, ou me elogiando de um jeito encantador, ou sorrindo para mim de um jeito irresistível, sempre demonstrando o quanto me ama. E eu adoro essas qualidades que ele possui.

Coloco Prim em meu seio sem me preocupar muito com os olhos de Peeta sobre mim, e assim ela se acalma enquanto é alimentada pelo leite. Vê-la assim, tão junto à mim, calma, tranquila, serena, compensa todo o terror que passou pela minha cabeça durante a madrugada. Ela estando em meus braços, me tráz uma calma indescritível e saber que posso protegê-la do menor perigo que for, é reconfortante. Mal sabe o efeito que tem sobre mim estando bem sob meus olhos, assim como Peeta mal sabe o efeito que tem sobre mim em qualquer coisa que ele faça. Imagino o quão nossa filha vai se assemelhar cada dia mais com ele, herdando suas qualidades.

Peeta deita a cabeça em meu ombro enquanto observo as pálpebras de Prim se fecharem levemente, escondendo suas íris azuis.

–Você se sente melhor? -Peeta pergunta baixinho, me surpreendendo um pouco. -Conseguiu dormir mais?

Penso um pouco antes de responder. De fato, eu dormi bem melhor quando seus braços estavam me protegendo e agora me sinto bem, ainda mais tendo Prim em meus braços. Mas não posso negar que as imagens torturantes não deixaram minha mente completamente. Porém, também não posso dizer isso a ele.

–Me sinto melhor sim... Graças a você, consegui voltar a dormir. -respondo, porém sem a coragem de olhar em seus olhos. Mas é claro que ele olha nos meus, impossibilitando qualquer sentimento passar despercebido.
Sinto seus lábios em meu braço, sua mão também o acariciando.

–Porque não me contou? -questiona em um tom calmo.

–O que não lhe contei? -pergunto mantendo a voz baixa e receando que seja o que estou pensando.

–Que os pesadelos estão voltando. Que foram eles que tiraram seu sono na noite retrasada. Porque não me disse? -pergunta ainda mantendo seu tom. Se tem uma coisa que Peeta não é, é bobo. Ele sempre nota algo errado em mim quando há e isso ainda me impressiona.

–Eu não queria preocupar você. -acabo respondendo a verdade.

–Me preocupou mais ainda parecendo cansada por não conseguir dormir e com o olhar assustado algumas vezes durante o dia... -retruca me deixando sem resposta. Talvez tivesse sido melhor contar a ele mesmo. Mas eu fiz de tudo para me distrair durante o dia, porém parece não ter sido o bastante. -Você sabe que, qualquer pesadelo que tenha importunado você, ou que ainda impertune um dia, não é real, não é? E que nunca será, pois não há nada com que possa fazer ser. Não precisa se preocupar com isso. -diz em uma voz tão calma, e eu ainda me impressiono como ele consegue. Ele passa os braços por mim, me abraçando do melhor jeito possível por eu estar amamentando Prim. Depois beija minha bochecha demoradamente.

–Obrigada. -sussurro em um tom muito mais baixo do que eu gostaria.

–E você pode me contar tudo, seja o que for. Eu estarei sempre com você. Sempre.

–Sempre. -repito. Um sorriso adorna meus lábios.

Quando Prim acaba de mamar e está prestes a adormecer, continuo com ela em meus braços até que isso aconteça. Fico concentrada em seus detalhes, em suas bochechas levemente rosadas, em seus pequenos dedinhos, na pulseira de ouro em seu bracinho com seu nome gravado, presente dado por Effie e Haymitch. Pensando bem, é a cara de Effie dar presentes luxuosos e deslumbrantes.

–Ei! -chamo Peeta baixinho, fazendo-o levantar a cabeça de meu ombro. -Você devia levá-la até o berço. -digo sorrindo. Posso julgar que também há um sorriso em seu rosto antes mesmo de olhá-lo. Passo Prim para ele cuidadosamente para evitar que acorde.

Peeta não só adora crianças como todos sabem, mas ele certamente tem aptidão para ser pai. Seu jeito, sua cautela, seu carinho, sua atenção... Tudo é tão evidente que não parece que ele está vivenciando isso pela primeira vez. É totalmente incrível.

Me levanto junto a Peeta em direção ao quarto. Ele beija Prim e a coloca no berço com todo o cuidado, a ajeita delicadamente no pequeno travesseiro assim como arruma suas cobertinhas.

–Você é um ótimo pai, sabia? Sempre tive certeza de que seria e agora você realmente demonstra isso. -sussurro chegando mais perto e enlaço seu quadril com meus braços em um abraço. -É incrível.

Seus braços retribuem meu aperto assim como sinto seu rosto enterrado em meio aos meus cabelos.

–E você é uma mãe maravilhosa! Não sei porque estava tão insegura. -sussurra contra meu pescoço.
–Eu nunca havia passado por isso antes, Peeta...
–Bom, nem eu. Mas para tudo tem a primeira vez, não é? -diz, só que agora olhando em meus olhos, me fazendo avermelhar demais para conseguir fazer o mesmo. -Posso ir para o banho primeiro?

Eu assinto antes de ser surpreendida com um beijo.

Assim que Peeta sai do quarto em direção ao banheiro, decido voltar para a sala e procurar algo para assistir na televisão até que ele acabe. Os programas exibidos pela Capital, como noticiários, entrevistas com diversas pessoas, tanto moradores quanto trabalhadores, e programas de fofoca, nunca me interessaram, mas com Peeta no banho e Prim dormindo, é o que me resta fazer.
Desço as escadas mas não antes de deixar a porta do quarto de Prim somente encostada. É provável que ela não acorde nas próximas três ou quatro horas, então não preciso me preocupar muito. E considerando que a casa está silenciosa, eu a ouvirei caso isso aconteça.

Chego ao pé da escada já percebendo algo que me incomoda. Apesar de termos lavado toda a louça, os ingredientes que usamos no café da manhã, como o achocolatado e a manteiga, não guardamos. Nunca fui considerada uma das pessoas mais organizadas, mas depois que eu e Peeta noa casamos, peguei o costume de pelo menos deixar tudo o mais arrumado possível.

Vou até a mesa e guardo o achocolatado no armário assim como coloco a manteiga na geladeira. Thor me segue a cada passo, como se fosse obrigado a cumprir um caminho. Mas, considerando que ele pode estar se sentindo um pouco sozinho por Peeta e eu estarmos dedicando todo nosso tempo à nossa filha, faz sentido.

Me abaixo até a altura e Thor e acaricio o espaço entre suas orelhas, fazendo-o balançar o rabo contra o chão.

–Desculpa, meu lindo, se não estamos muito com você. -digo mesmo estando ciente de que ele não entenderá nenhuma das minhas palavras. -Estamos em um momento importante, mas você nunca será esquecido.

Lembro-me de quando Peeta me presenteou com Thor quando ele ainda era um pequeno filhote. Desde então, nossa casa se tornou um ambiente mais animado, pois um bicho de estimação muda tudo.

Instintivamente, aproveito que estou na cozinha e penso em tomar um copo de água, lembrando de uma das recomendações da Dra. em todas as minhas consultas durante a gravidez. Lembro-me dela me dizendo o quão importante era eu tomar água tanto durante, como depois, assim também ajudaria o meu corpo e minha pele se recuperarem mais rápido.

Encho o copo de água e o levo até a boca, mas antes que eu possa tomar um gole, meus olhos se fixam em algo que chama minha atenção. A porta do porão. Entro tão pouco nesse cômodo que mal me lembro da última vez em que estive nele, mas sei o que ele guarda.

Quando Peeta se mudou aqui para minha casa, algumas coisas precisaram ir para o porão, para que houvesse espaço para os objetos dele, entre elas, suas telas. Telas as quais algumas nunca vi, mas sei que existem. Também sei que lá se encontra as roupas feitas por Cinna para mim, além de uma coleção inteira de vestidos de casamento e meu traje de tordo, os quais eu não tive coragem alguma de me desfazer. E nem poderia, pois são as últimas lembranças que me restaram dele.

Mas tem algo que ainda tenho dúvida sobre seu estado, mas quase certeza de que também se encontra lá. E minha curiosidade é tanta, que decido saciá-la.

Thor me segue até o pé da escada, suas patinhas descendo os degraus freneticamente. A primeira coisa que noto quando abro a porta após descer o lance de degraus, é a poeira acumulada. "Eu e Peeta vamos gastar umas belas horas aqui" penso, pois assim que eu estiver liberada para esforços maiores, esse local vai precisar de uma limpeza.

Instantes após eu me acostumar com a poluição do ambiente, meus olhos passeiam por ele todo. A maioria das coisas está coberta por panos brancos que já estão à altura de serem considerados encardidos pelo pó. Mas quando meus olhos pousam sobre algo maior, percebo que encontrei exatamente o que procurava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parece não terminado? Pois é, está mesmo ahaha
Como tinha ficado um pouco grande de novo, eu dividi... A outra parte está 80% pronta... Alguém se arrisca a dizer o que Katniss encontrou? Hm hm hm..
Então é isso meus amores. Pensei no que em falei, não custa se manifestar mais, não cai a mão, não tira nota de escola, não acaba com a comida da sua geladeira, não mata.
Agradeço mais uma vez aqueles que sempre estou vendo nos reviews, são lindos os comentários que vocês mandam, eles sempre acendem uma chama no meu coração!
Me perdoem qualquer erro, tanto de enredo quando de gramática, caso houver, me avisem, obrigada!
Quase certeza de que postarei o próx cap, que é a segunda parte desse, antes de completar uma semana...
Beijos para TODOS :*:*:* até para os fantasmas =)
Bye o/