You Changed My Life - Katniss e Peeta escrita por Lih


Capítulo 29
Is Now


Notas iniciais do capítulo

Hey! Estou aqui postando mais um capítulo, porém atrasada rs. Achei que teria mais tempo mas foi exatamente ao contrário :/
Em compensação do último ter sido somente uma transição, esse aqui é cheio de... Bom, vocês vão ver >:)
Mas antes, a fic chegou às 11 mil visualizações e eu estou vibrando! Tuts tuts tuts. E não bastando isso, ontem foi o "aniversário" de 5 meses da mesma. E amanhã o meu hauahaua. Então estou jorrando felicidade =D
Quero agradecer à FabiEverdeen, minha mais nova leitora, assim como a nathnightwish e a karoline, que deixaram de ser fantasminhas e comentaram pela primeira vez! Sigam o exemplo hauahauha e Boa leitura!



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–--(Katniss)---

Acordo angustiada por perceber que Peeta não está ao meu lado na cama.

"-Muito bem, Katniss! Tanto você quanto o bebê estão saudáveis e parece que essa é sua última consulta mensal antes do nascimento. Aconselho a você e Peeta deixarem prontas as malas do hospital, pois daqui uma semana ela pode nascer a qualquer momento!"

Foi o que a Dra. Emilly disse em minha última consulta, que foi há quase uma semana atrás, o que significa que estamos perto da hora. Desde então, essa frase tem aparecido em meus sonhos várias vezes, me assustando um pouco todos os dias. Ao pensar que minha bolsa pode estorar a qualquer momento e que Peeta pode estar longe de mim quando isso acontecer, tenho medo de não conseguir chama-lo. Mas por outro lado, sei que Peeta tem consciência do que sinto em relação ao medo. Sei que ele nunca estará longe de mim.

O sol entra pela cortina entreaberta, formando um raio de luz no piso escuro do quarto. Estamos no fim do verão e os ventos do outono já estão dando sinal, assim como as folhas que já começaram a secar.

Passo a mão pelo lado da cama de Peeta e percebo que não está tão gelado, o que significa que não faz muito tempo que ele se levantou. Procuro meus chinelos antes de fazer um leve esforço para me sentar na cama e outro para levantar e ir até o banheiro. Escovo os dentes e refaço minhas trança, me preparando para descer, mas antes, dou uma olhada no espelho. Meu cabelo agora encontra-se no meio de minhas costas. Levanto minha blusa apenas o suficiente para perceber a renovação da minha pele e das minhas cicatrizes com a ajuda dos cremes da Capital. Agora agradeço por ter sido obrigada a usá-los.

Antes de chegar à porta entreaberta do quarto, sinto um cheiro delicioso vindo de lá de baixo. Peeta deve estar fazendo o café, então decido descer até a cozinha, mas não sem antes passar em um lugar importante.

Um sorriso automaticamente se forma em meus lábios quando chego à porta do quarto de Prim. Está organizado e prontamente arrumado para sua chegada. Meus olhos passam por todos os detalhes me lembrando dos momentos em que me apaixonei por cada acessório escolhido para esse quarto junto a Effie. Só percebo a falta de algo importante, mas vejo que já há um lugar reservado para ele. O presente de Johanna.

Decido pegar a dádiva para coloca-la sob o prego em cima do berço mas meus olhos prendem em algo que me chama a atenção antes que eu saia do quarto. "Isso é um quadro?". Observo algo meio escondido no canto do quarto, atrás do guarda-roupa, que parece ser uma tela em um suporte coberta por um pano branco. "A pintura que Peeta estava fazendo!" imagino. Minha vontade e curiosidade de vê-la são enormes mas se está ali, escondida de coberta, é porque não devo ver ainda. Por outro lado, se está aqui é porque está pronta. Porém, não devo estragar a surpresa de Peeta.

Meus pensamentos são interrompidos por passos vindos da escada. Escuto as patinhas de Thor batendo no chão e um pedido sussurrado de Peeta para que ele não suba os degraus.

Instantaneamente lembro de Buttercup e do quanto aquele maldito gato, não mais tão maldito assim pois nem convive mais em minha rotina, era desobediente e preguiçoso, no mínimo comigo. Eu era ciente de que ele passou a me odiar desde o dia em que tentei afogá-lo, mas Prim gostava muito dele e com o passar do tempo tivemos que cooperar um com o outro. Depois de todos os ocorridos, eu podia muito bem dar um fim em Buttercup, mas coragem me faltou. Eu não podia simplesmente acabar com o último pedaço que restava de minha irmã.

Volto a atenção para Peeta que agora caminha até mim, sorrindo.

–Bom dia meus amores. -diz beijando meus lábios depois minha barriga.

–Bom dia!

–Dormiu bem?

–Bom.. Na medida do possível. -respondo sincera. Ele abre um pequeno sorriso com o olhar baixo.

–Logo você vai conseguir dormir melhor...

–Ou não... -dou de ombros sorrindo para ele.

–Estão com fome?

–Uhuum.

–Bom, então vamos tomar café...

–Peeta espera. -digo não contendo a curiosidade. -Eu quero ver o quadro.

Tendo decifrar sua expressão mas parece impossível. Instantes depois ele abre um sorriso e pega minha mão, me levando até onde vi o quadro.

–Acho que já é hora mesmo... -diz pegando a tela e a colocando ao lado da mesinha. Quando ele puxa o tecido branco revelando a pintura, fico boquiaberta.

Bem no fundo da campina, embaixo do salgueiro

Um leito da grama, um macio e verde travesseiro
deite a cabeça e feche esses olhos cansados
E quando eles se abrirem, o sol estará alto nos prados
Aqui é seguro, aqui é um abrigo
Aqui as margaridas lhe protegem de todo o perigo

Aqui seus sonhos são doces e amanhã serão lei
Aqui é o lugar onde eu sempre lhe amarei

A música vem automaticamente em minha mente quando vejo a disposição das cores formando as árvores da floresta iluminada pela luz alaranjada do por do sol, e eu, sentada em um tronco, com uma criança de cabelos castanhos claros em minha frente. Nossa filha. Há uma prímula em sua mão, e ela está me entregando.

–Peeta... -não consigo terminar a frase mas sinto meus lábios se abrirem em um sorriso. -Eu adorei! É lindo!

Ele me abraça da melhor forma possível e eu afundo o rosto na curva de eu pescoço, tentando não derrubar as lágrimas que sinto chegando.

–--

Me delicio com os waffles e o chocolate quente enquanto o café prossegue calmo, apenas circundado pelo canto dos pássaros que vez ou outra, pousam no parapeito da janela. A canção me traz saudades de momentos, não só os quais passei na floresta, mas também com meu pai.

Permanecemos mais um tempo conversando enquanto Thor rodeia nossos pés pedindo por qualquer alimento disposto em nossa mesa. Peeta se levanta para encher sua tigela de ração.

–Peeta, será que você pode... Fazer uma torta de frango? -pergunto já prevendo suas próximas palavras.

–Kat! Você não acabou de tomar café da manhã? -diz o que eu já esperada. Dou uma risadinha sem graça, fazendo-o sorrir para mim, e tenho certeza de que minha pele avermelhou. -Para sua sorte, temos os ingredientes necessários. -diz vasculhando os armários, retirando o que usaremos.

Peeta começa a preparar a massa misturando os ingredientes e dando forma à mistura. Observo os detalhes do seu corpo enquanto suas mãos e braços trabalham apertando a massa contra a mesa e seus músculos de seu físico forte e saudável se contraírem. Consigo ver algumas cicatrizes que permaneceram nele, cicatrizes que marcam tudo que ele passou.

Ele amadureceu muito, assim como todos nós. Não é mais o garoto que conheci na 74º edição dos Jogos Vorazes, ele é um homem. Mas apesar de tudo, sempre continuará sendo meu Garoto do Pão.

Pego um pedaço da massa e começo a modelar em meus dedos, fazendo formas variadas. Inicio tentando fazer uma pequena flor, mas desisto quando não a considero boa. Peeta diz que estava perfeita, mas como o considero suspeito para dizer isso, apenas junto todos os pedaços da massa e tento passar para outras coisas.

Depois de algumas forminhas feitas, eu as coloco sobre a torta e Peeta a leva para assar. Continuo modelando a massa em meus dedos quando sinto algo. Respiro fundo duas vezes antes de sentir novamente, com um pouco mais de força.

–Peeta... -sussurro quase que inaudível aos meus próprios ouvidos. Respiro mais uma vez e desvio o olhar para minhas roupas, confirmando o que senti. Estão molhadas.

–Peeta! -chamo com mais urgência, porém tentando parecer tranquila.

Ele vira-se para mim e percebo uma expressão assustada quando seus olhos encontram os meus.

–A bolsa estourou! -tento proferir entre um gemido. Ele me encara totalmente em transe por no mínimo quatro segundos, até que, em um solavanco, desperta e corre até o telefone quase esbarrando em tudo que está em seu caminho. Agradeço mentalmente por ter seguido os conselhos da Dra. Emilly, sendo um deles deixar todos os contatos necessários em forma de bilhete em cima da mesinha, fazendo com que a situação fosse mais fácil para Peeta.

Foco em me distrair o máximo possível enquanto as contrações se iniciam. Respiro uma, duas, três, dez vezes como a Dra. Emilly recomendou e tento não me desesperar enquanto um turbilhão de pensamentos atravessa minha mente. "Agora não é hora de pensar no que pode dar errado, Katniss!".

–Você está bem? Chamei o transporte do hospital e avisei a todos! Já estão a caminho! Vai ficar tudo bem! -Peeta suspira parando ao meu lado, recuperando o fôlego perdido. Toda a calma que ele possuía se esvai rapidamente e seu corpo inteiro parece ser domado pelo pânico.

–Calma Peeta, calma... -suspiro mordendo meu lábio por dentro evitando gritar de dor. -Eu estou bem! -ele me fita atônito enquanto ajuda-me a levantar da cadeira. -Pegue as... -não consigo terminar sem quase gritar novamente por conta de uma forte pontada que recebo na barriga. -As malas. Vou... Trocar de roupa.

Subir as escadas nessa situação seria como "pedir para morrer", então apanho uma das calças de moletom que encontro no varal do quintal enquanto Peeta sobe até o quarto para pegar as malas.

Quando ele já está no meio do caminho de volta das escadas, com as duas malas em seu ombro, ouço um barulho vindo de fora.

–O hospital! -Peeta corre para a porta com as chaves na mão e a abre para mim. Em meio a correria, lembro-me de algo que faz meu coração acelerar ainda mais.

–Peeta, você não desligou o fogo! -tento alerta-lo sem preocupa-lo com minha possível expressão, mas não contenho colocar as mãos cobrindo minha boca. Um gemido me escapa. Ele parece apavorado com meu pequeno grito, mas corre até o fogão e o desliga.

Tudo acontece tão rápido que quando percebo, já estou no carro do hospital. Vejo a mão de Peeta segurando a minha e não a solto, peo contrário, a aperto e foco a visão no pingente de Pérola que se encontra pendurado na pulseira em meu braço. Concentrada em uma das coisas que mais me deram esperança no passado, confio que me dará igualmente agora.

–--

Segura-la faz meu coração acelerar. Ela parece muito frágil e vulnerável, o que me traz um pouco de medo. Mas Peeta sempre está do meu lado me tranquilizando, me confortando.

–Ela é linda! -sussurra ele, encantado com a pequena que se encontra dormindo em meus braços. Consigo sentir o contentamento em sua voz. A dor que ainda permanece pulsando levemente em meu corpo não me impede de carrega-la e conforta-la em meus braços do melhor modo possível. Senti-la respirando tranquila junto a mim compensa tudo.

Uma das enfermeiras já deu-lhe banho e a vestiu confortavelmente seguindo o clima. O pouco cabelo que tem é de um fino castanho escuro, e Peeta diz que vai se parecer muito comigo, mas aposto que seus olhos serão idênticos aos dele.

Peeta beija minha bochecha entre meus cabelos e beija a testa de nossa filha. Estou prestes a entrega-la a ele para que possa apreciar esse momento tanto quanto eu, quando uma enfermeira sorridente com cabelos escuros assim como sua pele, aproxima-se. O ato de interrupção me assusta um pouco fazendo com que desvie minha atenção para ela que entrega alguns papéis à Peeta, referentes aos registros do nascimento. Isso me tranquilza, mas só até eu sentir Prim despertar e se movimentar em meus braços. Eu a observ boquiaberta entre um sorriso quando abre os olhos.

–Peeta... -sussurro alto o suficiente para que ele me ouça. -Olha isso...

Meu olhos se prendem no profundo azul que são os de Prim, assim como os de Peeta. Só percebo ele ao meu lado quando sinto sua respiração em meu rosto. Observo-o sorrir totalmente encantado e derretido por nossa criança. Concentro-me só em seus olhos, e quando esses encontram os meus, permito-me realizar nossas vontades sem me importar com quem se encontra na sala. Solto uma de minhas mãos e o puxo levemente pelo pescoço para beija-lo, sem me importar com quem está presente na sala. Seus lábios me retribuem calorosamente, mas somos interrompidos por Prim.

–Está na hora da amamentação. -diz uma das enfermeiras que estão me acompanhando. -Vou deixa-los a sós. -ela sorri e sai do quarto.

Agradeço mentalmente por não precisar amamenta-la na frente de todos, o que para mim seria constrangedor. Peeta se senta ao meu lado na cama

–Isso é lindo... -sussurra.

–Para vai...

–O que? -pergunta. Simplesmente não respondo e ouço-o pronunciar um risinho. -Você nunca vai mudar... -sinto minhas bochechas esquentarem ainda mais. Ele beija minha bochecha até que viro para encontrar seus lábios rapidamente, depois volto o olhar para Prim.

Quando ela acaba, aconchego-a melhor em meus braços até adormecer, assim entrego-a para Peeta, que a coloca no berço ao lado da minha cama.

–Isso é lindo mesmo. -agora sou em quem digo.

–Especificamente..? -pergunta.

–Tudo. Eu me sinto diferente. A sensação é tão boa que compensa todos os medos que eu já tive. É tudo muito novo, mas muito delicioso, que não quero que nada de errado. E quero você ao meu lado, sempre. -não desvio os olhos dos seus em nenhum momento.

–Sempre. -sussurra me beijando mais uma vez.

Escuto duas batidinhas e a porta do quarto se abre. Vejo a Dra. Emilly entrar com uma prancheta.

–Meus parabéns à vocês dois! -diz sorrindo. -Eu estava olhando a ficha da Prim. Ela nasceu muito saudável. Vou liberar a entrada dos parentes e amigos logo depois da sua refeição, mas antes preciso lhe fazer algumas recomendações.

Eu escuto atentamente ela dizendo sobre uma alimentação correta, sem gorduras, sem alimentos pesados, sobre não fazer nenhum tipo de esforço pelo menos nos próximos três meses, incluindo sem relações sexuais. Sei que Peeta deve estar rindo por dentro por causa da minha expressão. A Dra. continua e diz que vai liberar de dois em dois para a visita, assim que eu completar a refeição que vai me ser entregue.

Quando termino, minha mãe entra primeiro com Robert. Ela se emociona ao ver Prim dormindo tranquilamente e também diz que vai se parecer muito comigo, com exceção dos olhos, que conto a ela que são os de Peeta. Quando contei sobre o nome escolhido, tive medo de quais poderiam ser suas reações, mas ela achou a homenagem muito bonita. Porém, seus olhos denunciaram um pouco a falta que ela sente de Prim, assim como eu. Já imaginei muitas vezes esse momento, mas com ela ao meu lado, tão nova mas tão inteligentes, que me daria dicas que nem eu mesmo conheço.

Assim que eles saem, entra uma Effie completamente emocionada, acompanhada de um Haymitch que, por cauda dela, só anda sóbrio. Fico feliz em saber que com o tempo, Effie conseguiu mudá-lo para melhor, apesar de nunca ninguém conseguir acabar com sua ironia eterna.

Logo depois entra Greasy sozinha, mas diz que os filhos também querem nos ver. Sempre fui muito grata a ela, que me ajudou muito quando precisei e quando não tinha mais ninguém.

E assim que as visitas se encerram, Peeta senta-se ao meu lado após darmos mais uma olha em Prim, e assim esperamos os papéis da nossa liberação para voltar para casa.

–Você me fez o homem mais feliz do mundo hoje. -ele diz me fazendo sorrir.

–Você que me mostrou que a vida não é só destruição e agonia, que a superação é importante, e que tudo fica mais fácil quando estamos junto aos que amamos. Eu te amo. -o beijo antes de qualquer resposta sua.

–Eu também te amo meu amor. -diz assim que nos separamos. -Muito.


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Notas finais do capítulo

Se não conseguiram ver o quarto: http://www.quartodebebe.net/wp-content/uploads/2011/06/quarto-bebe-lilas.jpg
Estão bem? O que acharam?
Não sei qual o meu problema mas não estou acostumada a fazer capítulos tão grandes então me desculpem D=
Quero a opinião de TODO MUNDOOO!
Minhas aulas acabam na próxima semana e assim vou tentar adiantar a fic, e se possível finalizar hahaha. Acho que terá no máximo mais uns dez capítulos. Então... Não percam a chance de comentarem, de opinarem, favoritarem e RECOMENDAREM! HUAHAUAHA, conto com vocês.
E pra quem acha que está tudo indo às mil maravilhas, não perde por esperar >:)
Sempre estou aberta a sugestões em gente! É isso, beijoos :*:*