You Changed My Life - Katniss e Peeta escrita por Lih


Capítulo 19
Uma Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores >.< Como prometi não demorar muito, apressei o capítulo e vim postar para vocês mesmo com minha vida revirada aqui, até porque escrever me distrai.
Quero agradecer a maravilhosa recomendação da Rafaela Helorrana, que por sinal é uma nova leitora, me deixou muito feliz *-*. Também meu muito obrigada as leitoras novas que apareceram recentemente como a Mockingjay e a Gilraen Ancalínon! E a vocês que sempre comentam em todos os capítulos e sei quem são quando vejo mais uma vez seus comentários e fico muito contente!
Sem demorar mais, Boa leitura para vocês e leiam as notas finais!



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–--(Katniss)---

Mais de uma semana se passou mas não foi preciso tudo isso para eu descobrir que minha vida virou um inferno. Não tive uma noite sequer que os variados pesadelos não me atormentassem e que as dores que se espalhavam pelo meu corpo inteiro me deixassem em paz.

Quando eu acordava aos gritos com o coração acelerado e não encontrava Peeta ao meu lado na cama, as batidas por minuto aumentavam mais. Era horrível perceber que ele não estava ali para me acalmar com seus braços e o calor de seu corpo mas pior ainda era lembrar todo dia que eu o perdi. Sempre que eu pensava em estar brava com ele por me fazer passar por isso, por ter me deixado, eu volto a lembrar que fui eu quem fiz isso tudo. Eu me deixei assim. Eu estava com tanto medo de perde-lo de um jeito que acabei perdendo de outro e isso eu lamentava todo dia.

Boa noite, Anjo. Eu te amo, nunca se esqueça disso.

Todas as manhas isso se repetia em minha cabeça como se fosse minha única esperança de que ele vai voltar. E é. Seria impossível esquecer suas palavras.

Thor me segue até o banheiro como estava fazendo todos os dias. Diferente de Buttercup, que não era surpresa que continuou o mesmo gato folgado de quase sempre, Thor estava me ajudando muito. Parece que ele sabe que estou tão ruim e fica do meu lado até demais. Mas eu gosto. Mesmo depois de um banho, meu mal estar não melhorou muito.

–Filha? -minha mãe chama batendo na porta. -Venha almoçar.

Olho para o relógio vendo que já passa do meio dia, mas mesmo assim meu estômago não reconhece isso e não sente falta nenhuma de alimento.

–Ah, já vou. -digo mesmo sabendo que não conseguiria colocar nada na boca. Visto uma roupa e calço meus chinelos para descer.

–Bom dia, está melhor? -ela me fazia essa pergunta era feita pra mim todas as manhãs e sempre a resposta era a esperada.

–Quem sabe amanhã.. -digo e me sento a mesa enquanto observava minha mãe se servir.

–Paylor ligou hoje de manhã. -diz enquanto põe seu prato. Não sei como ,mas de algum modo Paylor sabe que estou aqui. -Haverá um jantar na Capital para todos os Vitoriosos assim como no ano passado.

Novamente um jantar na Capital. Isso significa que eu encontraria Peeta pela primeira vez desde que demos um tempo e teríamos que fingir que estava tudo normal para que ninguém desconfie e nos encha de perguntas e olhares de pena, os quais odeio. Teria que suportar a ideia de estar a um metro dele e não poder fazer nada. Seria difícil tanto quanto parece.

Espero ela continuar enquanto pega seus talheres na gaveta da pia.

–No sábado dia 12. -ela diz.

–12?! Em que dia estamos?

–10. Porquê?

Já estou de pé quando ouço sua resposta. A caminho do quarto faço algumas contas em minha cabeça já temendo do tamanho problema que minha mente está montando. A contagem dos dias me advertiu de um atraso. Volto os pensamentos na noite anterior em que Peeta e eu brigamos e na manhã em que nos separamos. Sinto um gelo seguido de um arrepio atravessar meu corpo e meu estômago afundar quando lembro que naquela manhã eu não tomei um dos anticoncepcionais da Capital que eu tinha em casa para tomar após todas as nossas noites.

"Eu posso estar grávida"

Cubro minha mão com a boca contendo um grito.

–Katniss? -a voz de minha mão se mistura com as batidas das patinhas de Thor na porta. -Está tudo bem?

Eu já tinha lágrimas escorrendo pela bochecha e não queria me explicar, pelo menos não agora. Eu precisava pensar. Engulo meu desespero apenas para conseguir responde-la.

–Sim, está sim mãe! -digo o mais natural possível. -Já te encontro la embaixo de novo.

–Bom, tudo bem... -assim que ouço seus passos se distanciando pelo corredor, consigo relaxar um pouco o corpo e desabar na cama.

Eu posso mesmo estar grávida e isso me deixa mais do que assustada, me deixa apavorada. Meu coração se mantém acelerado como se fosse explodir a qualquer momento só de pensar como seria daqui pra frente. Eu, grávida, um filho sem Peeta, um filho sem pai. Eu não tenho a mínima coragem de voltar a falar com Peeta, eu estou muito envergonhada pra isso e se estou com medo de contar pra minha mãe sobre uma possível gravidez, contar para Peeta será muito mais angustiante.

Crio coragem e decido contar para minha mãe com esperança de ela tenha uma solução então limpo meu rosto e desço até a sala de estar. Enquanto explico tudo para ela desde o começo, eu não conseguia evitar chorar. As lágrimas escorrem livremente pelas minhas bochechas. Controlar minhas emoções misturadas parecia impossível. Ela me ouve com atenção e depois pondera, provavelmente pensando em uma ideia.

–Se apronte, nós vamos ao hospital. -diz se levantando.

–O que?

–Você precisa fazer os exames para saber se está grávida, filha!

–Mãe! Eu não... Eu não quero descobrir esse filho sem Peet.. -quando percebo o que falo já estou apoiada na parede enquanto uma lágrima escorria.

–Filha. -ela sussurra enquanto passa a mão em meu braço -Eu vou com você. Você tem que ir.

Descolo meu braço da parede revezando o peso do corpo entre as pernas e tentando harmonizar a respiração, mas em vão.

–Preciso passar lá em casa pra trocar de roupa. Não tenho roupa aqui para sair, achei que não fosse precisar... -falo no caminho da porta.

–Você vai sozinha?

–Vou, me encontre lá daqui a pouco.

Sigo até a porta já temendo tanto o resultado do exame que farei quanto as lágrimas e o que sentirei quando entrar em nossa antiga casa. Meu coração descompassado só dificulta minha respiração.

Abro a porta e vem uma saudade indescritível daquele local e quando subo as escadas rapidamente e entro no quarto a situação piora. Busco as roupas no guarda-roupa e acabo vestindo uma calça jeans, uma blusa amarela e minhas botas.

–Katniss! -ouço minha mãe chamar de trás da porta. Meus olhos automaticamente se desviam para o relógio e percebo que demorei mais do que pareceu.

–Já estou indo!

Sento-me na cama abrindo a última gaveta da cômoda encontrando o que poderia me ajudar a me sentir um pouco melhor agora. Com a pulseira e a aliança em meus dedos acompanho minha mãe escada abaixo.

–--

Não consigo manter meu pé quieto. Minha bochecha dói de tanto meus dentes a morderem e meus olhos acompanham o ponteiro do relógio da sala de espera. Eu estou nesse hospital só faz meros vinte minutos mas para mim parecia muito mais. O 12 já tem seu próprio hospital faz quase um ano. Minha mãe já havia feito meu registro e estava do meu lado fazendo de tudo para me acalmar até ser chamada pelo médico mas nada funcionava.

Katniss Mellark!

Meu nome ecoa na sala quando sai da boca do médico que acabara de sair de uma das salas e um medo gela em meu estômago ao ouvir meu sobrenome. Ainda somos casados. O médico me espera com uma prancheta na mão enquanto minha mãe me acompanha até a sala em passos mais rápidos que os meus. Fico com certa preocupação de que não entre comigo mas depois que cumprimentamos o médico, que se apresentou como Dr. Joseph, ela se senta na poltrona ao meu lado.

–Então Sra. Mellark, aqui diz que marcou um exame de gravidez...

Troco um olhar com minha mãe antes de assentir. Parecia que o médico observava meu comportamento de forma preocupante. Não era pra menos, ele devia ter percebido a ausência de Peeta.

–Bom então vamos para a sala de exames. -diz se levantando e fazendo um gesto para que eu e minha mãe o seguirmos.

Acompanhando-o passamos por uns três corredores cheios de portas e um elevador até chegar a uma sala de porta dupla onde provavelmente farei o exame. Uma das sensações que eu mais odiava estava o tempo todo e ainda está predominante em meu corpo. O medo. Tal medo que sempre gelava meu corpo a cada palavra que eu escutava naquele lugar. Porém com Peeta era diferente. Ele conseguia me acalmar. Quando estava com ele, parte do medo era consumida por tranquilidade mas agora isso já não era mais possível. Peeta simplesmente não está comigo.

Depois de prontos, retornamos a sala inicial e eu já estou inquieta. Enquanto observo impacientemente o médico passar anotações dos exames para sua prancheta, meu pé bate frustradamente no chão.

–É... -ele finalmente começa. -Meus parabéns, sua gravidez está confirmada!

Meu estômago gelou inteiro. Involuntariamente minha cabeça cai sobre meu braço que se apoiava na mesa mas mesmo assim consego ver o Dr. Joseph entregar o resultado à minha mãe. Ela tenta me acalmar dizendo que ia ficar tudo bem e me abraçando mas ambas sabemos que não será assim.

Eu tento segurar as lágrimas em meus olhos e tento desviar meus pensamentos do que perturba minha mente. A ausência de Peeta. Ele sempre esperou muito por esse momento, pelo seu primeiro filho, nosso primeiro filho, e agora ele não estava aqui. Deveria ser um dos melhores momentos da minha vida e eu não queria admitir para mim mesma que não estou feliz, mas eu não estou. E muito menos preparada. A única coisa em que minha mente se concentra era em Peeta e no fato de que eu não contarei para ele por um motivo simples. Eu não tenho coragem de fazer isso e também não quero que ele soubesse por ninguém a não ser eu, mas o que mais me assusta era que uma hora ou outra ele teria que saber.

Levanto a cabeça tentando driblar minha boca com um pequeno sorriso para demonstrar que está tudo bem. Minha mãe se levanta comigo, trocando algumas palavras com o médico nas quais não consigo prestar atenção até o caminho da saída.

A porta se abre e a segunda pessoa que eu menos esperava estava ali de costas conversando com uma enfermeira, mas me encho de uma certa esperança.

–Gale? -uso o máximo de voz que consigo.

Ele se vira parecendo que já sabe o que está acontecendo e quando meus olhos focam nos seus ele vem em minha direção e me abraça. Naquele momento não me preocupo como ele sabia que eu estava aqui ou o que havia acontecido, apenas me encaixo em seus braços sentindo aquele abraço.

Foi inevitável não imaginar por um segundo Peeta ali, me apertando com seus braços no lugar de Gale. Quando achei que eu estava abusando demais, me afasto um pouco para observa-lo. Seu olhar se desvia um instante para minha mãe que permanecia ao meu lado e depois volta pra o meu. Parece que seus olhos refletiam os meus quando nos por olhamos muito tempo.

–Não fica assim, Catnip! -ele diz enquanto seus dedos limpavam meu rosto levemente -Pode me contar comigo pra tudo.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo hehe. Ao contrário do último capítulo, esse teve algo mais agitadinho, não?
Esperem até o 20. Porém, não prometo que conseguirei adianta-lo muito porque não tenho muito tempo e não é uma coisa que quero fazer correndo.
Quero pedir que continuem a comentar, please, a opinião de vocês é muito importante! Recomendem também =D não dói, mas se doesse seria menos do que a vacina que tomei hoje :c Façam uma leitora feliz!
PS: Pessoa, eu sei e como muitos sabem, no epílogo cita que ela demorou anos para aceitar engravidar mas eu tive essa ideia (e a leitora Everdeen leu minha mente quando comentou essa ideia a uns capítulos atrás hehe) faz um tempo e achei que seria uma boa. Afinal, isso é uma fic onde tudo pode acontecer =D
Enfim, comentem suas opiniões, RECOMENDEM também haha, e muito obrigada pelo carinho de todos vocês!
Beijos da Lih :* :* :*