–bom... a senhora pode me dar um prazo pra pagar?

–claro. De quanto tempo?

–bom... é uma semana,pode ser?

–ok. Uma semana. -Stella saiu da sala da diretora e foi pro refeitório, onde estavam as meninas.

–que cara é essa, Stell?! Você tá branca!!

–larga de ser tonta, Jess! A Stella é branca.

–não sei qual de vocês é a mais burra. -Stella disse, se sentando ao lado delas.

–e aí? O que a bruaca da diretora queria? -Linds perguntou, curiosa.

–me dizer que meu pai não pagou a faculdade esse mês. Eu devia ter imaginado que ele não ia mais pagar.

–Stell, se você quiser, eu peço pro meu pai pagar.

–obrigado, Jess. Mas, não precisa, eu vou dar um jeito.

(...)

Após a aula, Stella, como prometido foi até a empresa de Sinclair. Chegando lá, rapidamente foi chamada a sala dele.

–que bom que você veio, Stella!

–olá, senhor.

–vamos parar com as formalidades. Me chame somente de Sinclair.

–ok.

–sente-se. ela se sentou e ele também.

–eu vim pra avisar o senhor, quer dizer, você, que eu não posso mais aceitar esse emprego.

–ora, como assim?

–é que aconteceu um imprevisto. Eu descobri que estou grávida. -Sinclair se levantou da cadeira, imediatamente.

–grávida? Não! Não pode ser... a história está se repetindo novamente!

–como assim novamente? Do que está falando?

–eu? Ora, de nada!

–eu acho melhor eu ir embora. -falou, se levantando da cadeira.

–não! Espere. Sente-se por favor. -ela voltou a se sentar. -ainda falta bastante tempo pro seu bebê nascer... aceite trabalhar comigo, Stella.

–o senhor vai me aceitar grávida mesmo?

–claro. Agora mais do que nunca você precisa trabalhar. E, eu quero te ajudar.

–nossa, eu não sei nem como te agradecer.

–agradeça dizendo sim. Eu quero muito o seu bem, Stella. Nunca esqueça disso.

Enquanto isso...

Jess e Don estavam em uma lanchonete, almoçando:

–será que a Stella conseguiu o emprego, Don?

–nem consigo imaginar. Stella trabalhando! Pra quem era uma patricinha...

–ora! Eu também sou uma patricinha!

–é, mas você é a patricinha mais linda desse mundo! disse, dando um beijo nela.

–eu estou preocupada porque o pai dela não quer mais pagar a faculdade dela e, ela não quis que eu tentasse ajuda-la a pagar.

–voce vai ver, vai dar tudo certo, amor. E a gente? Como vai ficar? Seu pai não me aceita e... eu não quero ficar longe de você.

–eu também não quero e não vou ficar longe de você. Se for necessário, eu faço que nem a Stella fez. Vou embora de casa, se for pra ficar com você.

–voce faria isso por mim? Fugiria comigo?

–sim. eles se beijaram.

–eu te amo, Jess!

–eu também te amo, Don!

Xxxxxx

Voltando a casa de Stella...

Quando Stella chegou no prédio, teve uma surpresa:

–pai? O que faz aqui?!

–oi, filha. Eu quero conversar com você. Eu posso entrar na sua... casa. -Stella ficou parada e pensou um pouco.

–tudo bem, entre.-eles pegaram o elevador e subiram até a casa dela.

–então é aqui que você está morando. -Sid falou, olhando a sala. -pequeno, não?

–nem tanto. Não é do tamanho da sua mansão.

–sabe que aquela casa é sua também. Filha, eu sei que está chateada porque eu cancelei seus cartões, não paguei a sua faculdade, mas... quero que saiba que fiz isso pro seu bem.

–ah, claro! Foi pro meu bem!

–eu só quero que você perceba que esse aqui não é o seu mundo e volte pra casa.

–pai, tenta entender. Eu amo o Mac. Não é fogo de palha, não é pirraça, é amor! É claro que eu amava os luxos que eu tinha naquela casa, eu era, eu ainda sou mimada. Só que naquela casa não tinha amor.

–voce sabe que eu amo você, Stella.

–eu sei sim. Mas o senhor nunca demonstrou. Sempre estava mais preocupado com as suas campanhas politicas, com as empresas...-ela começou a chorar e ele também.

–filha, eu só estava pensando no nosso futuro.

–eu sei que a perda da mamãe foi muito difícil pro senhor, pra mim também foi. E eu não estou te culpando por nada. É que... eu preciso tanto do seu apoio pai, do seu carinho, ainda mais nesse momento.

–momento? Que momento?

–eu não sei se devia te contar.

–agora que começou, continue.

–pai, eu... eu to grávida.

–grávida? Tem certeza?

–praticamente. -Sid ficou parado, imóvel. Parecia em choque. Stella fechou os olhos. -pode brigar comigo pai, me xingar, dizer que sou irresponsável. Mas, por mais que eu tenha levado um baita susto na hora, eu fiquei, eu estou feliz. -Sid continuou quieto. Olhou para ela, se aproximou e a abraçou. -papai!

–filha! -ele sorriu. -eu vou ser avô!!!!