As duas voltaram para a sala.

–e então? O que decidiu?

–eu mudei de ideia. Eu... Aceito sim. –ele sorriu.

–pode ter certeza que essa foi a melhor decisão que você tomou.

–eu acho que sim. –ele se aproximou dela e entregou-lhe um cartão.

–esteja nesse endereço amanhã sem falta, depois do meio-dia, ok?

–sim senhor.

–bom, agora eu já vou. Tenho muito a fazer. –Stella foi em direção da porta e a abriu. –até amanhã, Stella. Até mais, Lindsay.

–até! –elas responderam juntas e ele foi embora. Stella fechou a porta.

–tá vendo, Stella? Agora você já conseguiu um emprego!

–pois é...

–que foi? Não está feliz?

–não, eu fiquei feliz, é que...

–é que...?

–eu não gosto do jeito que ele olha pra mim.

–que bobagem, Stella! Nada a ver isso!

–é, eu acho que você está certa.

–amiga, tem alguma coisa legal pra gente comer? Estou morrendo de fome.

–olha lá na geladeira.

–ora, olha você! Você é que é a dona da casa!

–sim, mas quem está com fome é você, então se vira! –Lindsay foi até a cozinha e abriu a geladeira. Pegou um iogurte e voltou para a sala.

–Stella, que cara é essa? –Stella pos a mão na boca e saiu correndo até o banheiro. Lindsay foi atrás. –o que você tem?

–quer que eu responda?! –Stella disse, lavando a boca na pia. Depois ela pegou uma toalha e se secou.

–está enjoada... você está bem?

–acho que sim. Deve ser a comida de ontem que não me fez bem.

–Stella, há alguns dias, você vem tendo desejos estranhos... Agora você está enjoada. Há quanto tempo suas regras estão atrasadas?

–sei lá! Pensando bem, já era pra ter vindo esse mês.

–eu acho que você está gravida.

–grávida? Eu? Não, não pode ser.

–claro que pode! Você e o Mac estão se protegendo quando tem relações?

–não... Eu realmente ando tendo desejos estranhos, enjoos frequentes... eu até cheguei a desmaiar hoje de manhã! Ai, será que eu estou grávida mesmo?

–só há um jeito de descobrir.

–qual?

–marcando consulta com a ginecologista.

–se for esperar até eu conseguir ter uma consulta com ela, se eu estiver mesmo grávida, eu só vou conseguir a consulta daqui há meses.

–tá, então vamos comprar um teste de farmácia. –Stella ficou parada, imóvel. –Vamos, Stella! –falou, puxando-a pelo braço. As duas foram até a farmácia, que ficava na mesma rua do prédio, compraram o teste e, voltaram para casa.

–e agora? O que eu faço, Lindsay?

–ora, vá fazer o teste, criatura!

Alguns minutos depois...

–e aí? Deu positivo?

–não sei.

–COMO NÃO SABE?!

–não tive coragem de olhar.

–me dá isso vai! –Lindsay pegou o teste das mãos de Stella. –sim! Deu positivo!

–não...

–sim!

–não...!

–sim!

–não!

–está sim, Stella! Que coisa!

–não pode ser... eu não posso estar grávida!

–claro que pode e, está! há, eu serei madrinha, viu? Nada de deixar que a Jess seja a madrinha. Nem pense!

–Lindsay, será que você não percebe a gravidade do que você me disse? Eu, eu não estou pronta para ser mãe!

–calma, Stella!

–calma? Como me pede calma? Estou uma pilha de nervos!! Não, não, não... como isso pode acontecer?

–voce quer mesmo que eu explique? O Mac veio e plantou a sementinha em você e...

–cala boca, Lindsay! Não é hora para brincadeira! O assunto é sério!

–desculpe. Mas e aí? O que pretende fazer?

–como é que eu vou falar isso pro Mac? A gente não planejava isso! Pelo menos não agora!

–contando, ora! Eu acho que ele vai ficar feliz em saber que vai ser pai.

–será? Será que o Mac vai ficar feliz em saber que... –naquele momento, Mac apareceu.

–estão falando de mim? O que eu tenho que saber?