–Stella! Stella! Fala comigo, por favor! ele falou, tocando nela, que continuou imóvel. Mac a pegou no colo, a levou para a sala e deitou-a com cuidado no sofá, apoiando sua cabeça em uma almofada. Pensou em chamar um médico, mas teve outra ideia. Foi até o armário do banheiro e pegou um vidro de álcool e um chumaço de algodão. Molhou-o no álcool e, voltou para a sala. Lá, aproximou o mesmo do nariz de Stella, que aos poucos, foi acordando. graças a Deus!
–Mac... ela sussurrou , um pouco tonta.
–estou aqui, meu amor. ele falou, colocando sua mão em cima da dela. voce está bem?
–estou sim... Só um pouco tonta. ele a abraçou.
–fiquei tão preocupado quando te encontrei desmaiada no chão... eu vou chamar um médico.
–não, não precisa. Eu já estou bem melhor. falou, se sentando no sofá.
–o que aconteceu?
–sei lá... eu tinha levantado pra pegar um copo de água, até que de repente tive uma vertigem e depois não me lembro de nada.
–voce está bem mesmo? Tem certeza que não quer ir ao médico?
–tenho sim. E eu odeio hospital!
–acho melhor você não ir pra faculdade hoje.
–é, eu não vou não.
–eu ia sair hoje pra uma entrevista de emprego, mas acho que não vou.
–imagina! Nada disso, você vai sim.
–não quero te deixar sozinha.
–Mac, pode ir, eu vou ficar bem. E depois eu vou chamar a Lindsay pra vir aqui, então eu não vou ficar muito tempo sozinha.
–tem certeza que não quer que eu fique?
–tenho sim. ela deu um selinho nele e sorriu. eu vou ficar bem.
–tá bom, então eu vou tomar um banho e me arrumar.
–tá. ele deu um beijo na testa dela e foi tomar banho. Enquanto isso, Stella pegou o celular e ligou para Lindsay.
Ligação On:
–oi, Lindsay.
–oi, Stella. Não dá pra você me ligar depois?
–por que?
–é que eu estou aqui, na sala da diretora.
–o que eu vou falar será bem rapidinho. É que eu queria saber se depois da aula, você pode vir aqui em casa.
–tá, mas eu não sei onde você mora.
–eu te passo meu endereço por torpedo. É que eu preciso da sua ajuda.
–minha ajuda?
–sim, é que eu quero arrumar um emprego.
–VOCE? TRABALHAR? TÁ DE BRINCADEIRA, NÉ?
–não. Estou falando super sério. É que a situação aqui não está muito boa... mas, eu te explico melhor quando você chegar aqui em casa, pode ser?
–claro, mais tarde eu passo aí.
–ok, tchau.
–tchau.
Ligação Off
Xxxxxxx
–então quer dizer que a Stella precisa de um emprego...
–sim, seu Sinclair. Mas, com todo o respeito, isso não é da sua conta... Aliás, nem da sua diretora. Agora digam: por que me chamaram aqui?
–bom, é que eu sei que você e a Stella são muito próximas, então eu acho que ela deve ter comentado com você que há algum tempo, ela me fez uma proposta que tinha haver com uma bolsa de estudos e...
–sim, ela comentou comigo.
–então, ela não voltou a tocar nesse assunto, aí eu queria saber se você sabe se essa proposta ainda está de pé.
–olha, eu acho que isso não vai mais rolar, a Stella está cheia de problemas e... Quer saber, eu não tenho nada pra falar. Com licença. Lindsay disse, se levantando da cadeira e, indo em direção a porta.
–Espere! Sinclair falou, em tom ameaçador. essa conversa ainda não terminou. Você precisa me ouvir. Sente-se. Lindsay voltou se sentar.
Xxxxxxx
–amor, você viu aonde eu coloquei minha jaqueta azul?
–não.
–onde será que eu deixei? estava na minha mão agora pouco...
–quer que eu te ajude a procurar?
–não precisa... ah, achei. ele foi até a sala, onde ela estava e, deu uma voltinha. e aí? Como estou?
–lindo, como sempre. ela respondeu sorrindo. ele deu um beijo nela.
–tem certeza que vai ficar bem?
–tenho sim.
–qualquer coisa você me liga que eu venho correndo cuidar de você, tá?
–tá bom, seu fofo. Boa sorte, tomara que você consiga o emprego. Vou ficar torcendo por você.
–obrigado. Tranca a porta, ok? ela fez que sim com a cabeça. te amo!
–também te amo! ele foi embora. Stella continuou sentada no sofá. Sentiu um pequeno desconforto no abdomen. Depois, se levantou, trancou a porta e foi para o quarto. Lá, pegou suas malas e abriu. ai, eu tenho tanta roupa... não vai caber tudo nesse guarda-roupa! Sem contar as peças que ficaram na casa do papai... ai, meu closet, que saudade de você! -ficou algum tempo arrumando suas roupas, até que a campainha tocou. deve ser a Lindsay. saiu do quarto, foi até a sala e abriu a porta, tendo uma grande surpresa: -Lindsay... seu Sinclair? O que faz aqui? ela olhou para Lindsay. Seu olhar pedia uma explicação.
–Stella, eu não tenho culpa, tá?
–será que podemos entrar? ele perguntou, de forma educada.
–é... claro. ela deu passagem para que os dois entrassem. desculpe a bagunça, é que me mudei para cá há pouco tempo. Ainda não me adaptei a casa.
–imagino... ele disse, em tom debochado.
–sentese. eles se sentaram. bom, agora podem me explicar o que está acontecendo? Não é por nada não, mas eu estava esperando a visita da Lindsay. Aí o senhor apareceu e...
–eu vou lhe explicar, Stella. É que fiquei sabendo que você está precisando trabalhar.
–sabendo? Sabendo como?
–ele ouviu a nossa conversa, Stella. Na hora que você me ligou.
–tá, mas eu ainda não entendi o que o senhor quer comigo.
–simples, eu estou precisando de uma secretária e você de um trabalho.
–está me oferecendo um emprego?
–sim.
–olha, eu agradeço muito, mas não posso aceitar.
–não entendo... Por que?
–é que... Meu pai não simpatiza nem um pouco com o senhor. Além disso, é seu inimigo político e... Lindsay a cortou:
–espere um minutinho senhor. ela puxou Stella pelo braço e levou-a até a cozinha.
Xxxxxxxxxx
Mac estava na entrevista de emprego até que...
–a vaga é sua.
–sério senhor? Mac disse, esboçando um pequeno sorriso.
–sim. O senhor será um dos seguranças da guarda pessoal do senhor Raufmann.
–muito obrigado! Eu prometo que vou dar o máximo de mim, que...
–tá, tá. Se conseguir todos os documentos necessários hoje, amanhã mesmo você começa.
–pode deixar. Vou tirar as cópias e lhe trago já, já.
Xxxxxxxx
–como assim não pode aceitar, Stella?
–eu já disse, meu pai não gosta dele.
–e daí, Stella? O Mac está desempregado e, o seu pai já falou que não vai te dar um tostão!
–é, acho que você está certa.