O Sangue do Olimpo escrita por Belona


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oe! Gente, a fic bateu trinta mil palavras, e eu só tenho a agradecer a vocês! Eu nunca tinha escrito tanto em minha longa vida (treze anos). Obrigada a todo mundo, mesmo você, seu leitorzinho fantasma, que nunca se manifesta! Eu gosto de reviews, tá bom? Mas não vou ficar aqui pedindo comentários, porque o que importa pra mim é que você leia e goste (ou não). Como dizem: "Se tem um louco pra escrever, há um louco para ler.". :)



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O sol estava se pondo quando todos os sete sentaram à mesa para comer e conversar.

– Então. – Leo deu uma garfada em seu espaguete. – Reunião?

– Reunião. – Jason concordou. – Primeiro: o que aconteceu nesses dias? Porque eu acho que ninguém aqui sabe completamente de tudo.

– Bem... Quando entrei naquele vórtice. – Frank engoliu em seco. – Com você... Deu algo errado. Eu fiquei preso em um salão cheio de monstros. Eles não me atacavam, e isso era o pior de tudo. Eu tinha que conseguir transformá-los como faço comigo mesmo, ou não sairia dali. Ares me visitou várias vezes. Ares e Marte, ao mesmo tempo, e me ensinou.

– Eu fui para o Mundo Inferior. – Hazel tamborilou as mãos na mesa. – Aprender magia com Hécate e ver como a morte funciona.

– Eu... Eu falei com Júpiter. – Jason tomou um gole de refrigerante. – Ele falou que...

– Não fale. – Hazel o interrompeu. – É melhor não contar. Se Zeus o chamou em particular, provavelmente é porque ele não quer que outros saibam.

– É... Tem razão. – O garoto aquiesceu. – Você falou com Poseidon?

Percy assentiu lentamente, olhando para lugar algum.

– Aham. – Ele disse com a voz rouca.

– Eu fui para... – Leo encarava seu garfo. – Ogígia.

– Ogígia? O que é isso? – Hazel franziu as sobrancelhas.

– Não é uma ilha...? – Frank perguntou. – Acho que eu ouvi umas histórias.

Apenas Piper notou como Percy continuava olhando para o nada, o corpo retesado, e como Annabeth começava a ficar vermelha.

– É aquela ilha que uma deusa-ninfa cuidava, não era? – Jason recordou. – O nome dela era... Calise?

– Calipso. – Leo corrigiu. – Acho que Annabeth poderia explicar melhor... Ai!

Piper o havia acotovelado nas costelas. Ela fuzilou-o com o olhar.

– O quê? – Leo botou a mão no peito e fez uma cara dramática. – Você também sabe dessa história?

– Que história? – Frank, Hazel e Jason perguntaram ao mesmo tempo.

– Calipso é uma ninfa, filha de Atlas, condenada a ficar para sempre em Ogígia, sua ilha, sozinha, nem nunca poder sair. – Piper explicou. – De tempos em tempos, os deuses mandam-lhe companhia. Homens por quais ela não pode evitar se apaixonar. Mas eles sempre foram embora.

Frank e Jason sorriram sugestivamente para o amigo. Dessa vez Hazel também notou a tensão e ela deu uma arregalada nos olhos.

– Annabeth. – Ela pigarreou. – O que você fez?

– Fui para Atenas. – Annabeth respondeu. – Apareci no Parthenon. O Tempo estava lá... E eu tive que controlá-lo.

Só existe uma pessoa inteligente para fazer isso... – Hazel recitou.

Annabeth arqueou as sobrancelhas.

– Foi o que meu pai disse. – Ela encolheu os ombros e sorriu. – Parece que você se superou novamente.

Dessa vez todos sorriram.

– Mas o que você fez em Ogígia? – Percy indagou a Leo, porém olhava fixamente para o seu copo.

– Armaduras. – Ele retrucou. – Aquelas do porão.

– Que eu abençoei. – Hazel completou.

– Agora vem a parte difícil de entender. – Jason cruzou os braços. – Pra que abençoar armaduras?

– Física. – Annabeth torceu as mãos. – O plano era que Leo construísse as armaduras. Ele conseguiu. Abençoá-las para depois convertê-las em força.

Ninguém se pronunciou, porque ninguém sabia ou entendia.

– Entendam... Gaia não morre. – Ela continuou. – É imortal. Não importa o quão forte ou poderosos ou inteligentes nós sejamos... É impossível decepar a cabeça dela e acabar com tudo. Porque ela é tudo. Todos vocês... Todos nós... – Ela se corrigiu. – Fomos alertados, desde o começo dessa loucura, que iríamos nos reunir para deter Gaia. Matá-la é impossível.

Annabeth deixou as palavras pairarem no ar por um momento, então prosseguiu.

– O que estamos tentando fazer é interromper seu despertar. Ela está levantando, acordando, ainda não conseguiu por completo. O plano é não deixar que isso se conclua. Gaia tem uma forma física, o que deixa a situação um pouco mais fácil para nós.

– E as armaduras? – Frank perguntou.

Annabeth comprimiu os lábios.

– Elas servem para captar a força dos golpes e se alimenta do cansaço do corpo que a usa. Hazel as abençoou para isso, criando um feitiço que nunca foi feito. A força captada pelas armaduras irá para um recipiente...

Hazel enfiou a mão no bolso e tirou dali um frasquinho, como aqueles usados para amostra de perfume.

– Meu pai me deu isso. – Ela disse.

– E Orfeu deu isso ao seu pai. – Annabeth assentiu. – E Hipnos foi o fabricante.

– Dois deuses sonolentos? – Percy olhou-a.

Annabeth sorriu.

– Acho que agora já dá pra deduzir o fim.

– Convertemos a força em sono... – Leo hesitou.

– E damos à Gaia. – Piper completou. – Usamos as armaduras, captamos a força, que se transforma em uma espécie de poção, damos à Gaia convertida em sono. E ela dorme por mais alguns milênios.

Um silêncio se seguiu.

– É meio complicado, vocês não acham? – Leo entortou o nariz.

– É complicado. – Annabeth concordou. – Mas é a única chance e única forma.

– E como vamos dar isso à Gaia? – Percy indagou.

– Pelas veias. – Hazel respondeu.

– Hã? – Os outros seis falaram.

– Ela está se alimentando do sangue de dois semideuses. Não, espere. Ela vai se alimentar do sangue de dois semideuses... Como em uma doação de sangue. – Ela explicou. – Nico e Reyna. Eles vão morrer.

Todo mundo quis protestar.

– Já está feito. – Hazel sacudiu a cabeça. – Não podemos mudar isso.

– Oh, deuses... – Piper ficou pálida. – O treinador... A estátua.

– Eles vão conseguir entregar a estátua. Vai dar certo, só que Gaia vai matá-los. Eu os vi. Eles estão bem. Eles ficarão bem. – Hazel afirmou.

– Como? – Percy fixou os olhos nos dela. – Como pode tudo ficar bem se dois semideuses morreram?

– Percy, isso aqui vai ser pior do que a Batalha de Manhattan. – Annabeth disse. – Muitos vão morrer.

Percy suspirou.

– Tá, tá. – Ele resmungou.

– Então está feito. – Jason se levantou, arrastando a cadeira para trás. – O plano está traçado. Nós estamos juntos. Reunidos. Com força total. Agora há uma possibilidade.

– E só nos resta tentar não morrer. – Leo cogitou soturnamente.

– Tudo bem. – Percy contestou, fazendo Jason sentar-se de novo. – Somos em sete. Mas temos o quê? Umas... Mil armaduras?

– Vamos usar no exército de Piper. – Jason respondeu.

– Claro. – Percy cruzou os braços. – Que bobagem a minha. Pedir para trocentos monstros botarem armadura.

– É. – Piper sorriu complacentemente para ele. – Meu exército que Frank vai liderar. Não é mesmo, Frank?

– Só se você quiser, Piper. – Ele disse seriamente. – Eu nem sei o quanto você teve que se sacrificar para.... Hm, conseguir...

Piper sorriu novamente. Ela estava inteira, como Hazel prometera, e ainda mais bonita. Só que uma cicatriz cortava seu rosto de ponta à ponta. Joan soubera usar Katoptris.

– Eu quero que você lidere, porque você é o pretor. – Falou ela. – E, além disso, somos uma equipe, certo? Vamos colaborar, então.

Eles assentiram.

– Quem fica de guarda? – Leo perguntou.

Era mais uma noite comum no Argo II.


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Notas finais do capítulo

Espero que todo mundo que não tenha entendido os capítulos ou qualquer coisa do tipo, tenha compreendido. Tentei esclarecer ao máximo todos os "porque's" nesse capítulo.