O Sangue do Olimpo escrita por Belona
Leo suspirou e analisou as sete armaduras.
– Tem certeza de que isso está certo? – Ele franziu as sobrancelhas. – Acho que um traje de Piper não caberia em Frank.
– Claro que não. – Calipso sorriu. – Um traje de Piper caberia em você.
Hefesto riu tanto que se curvou.
– Ah, Valdez...
– Eu não sei por que é tão divertido tirar com a minha cara. – Ele queixou-se.
– Porque você faz isso com todo mundo. – Calipso deu de ombros. – Mas enfim. Está tudo certo. Temos sete armaduras de bronze revestidas em couro por cima e por baixo, na medida certa. Fizemos calças do mesmo material, só que sem o bronze, mas acho que dá pra enfeitiçar também.
– Ótimo. – Hefesto mordeu a maçã que segurava, espirrando sumo pra tudo quanto é lado. – E o dos monstros? Se Frank realmente conseguir, e eu creio que consiga, vamos ter uma legião.
– Temos a reserva. – Leo indicou a caverna de Calipso (temporariamente fechada). – Acho que dá pra suprir... O quê? Uns cinco mil ciclopes...?
Calipso fez um gesto de dispensa com a mão.
– Isso não é problema. O trabalho está pronto e acabado. O que falta é a feiticeira.
– Hazel. – Leo comprimiu os lábios. – É, a menina da magia.
– Vocês só vão se reencontrar no navio. – Hefesto disse. – Ela não vem aqui.
– E as armaduras? – Leo exclamou. – Eu não vou dar uma de Tony Stark e abandonar meus bichinhos.
Seu pai revirou os olhos.
– Elas vão para o navio. Vão aparecer no porão. Lembre-se.
– Vou me lembrar. – O garoto assentiu.
– Bem, filho. – O deus coçou a barba. – Chegou a hora de voltar.
Leo sorriu. Depois, seu sorriso sumiu.
– E... Calipso? – Ele a fitou.
– Eu... Eu sou amaldiçoada. – A deusa-ninfa sacudiu a cabeça. – Não posso sair daqui.
– Eu disse que iria voltar. E voltei. – Leo retrucou. – E era impossível encontrar Ogígia novamente.
Ambos olharam para Hefesto.
– Eu não sei. – Ele falou sinceramente. – Você já tentou sair? Não. E coisas impossíveis estão acontecendo a todo momento. Talvez você consiga. E isso talvez tenha consequências. Talvez não.
– Ah, eu amo como os deuses são diretos. – Leo lamentou.
– E... Mesmo que você vá para o navio... – Hefesto engoliu em seco. – Vai ter que aprender a lutar.
– Eu sei lutar. – Ela defendeu-se.
O Senhor das Forjar entortou a boca.
– Provavelmente a filha de Atena vai comer sua cabeça antes mesmo que você possa provar isso. E, Leo... Vocês são em sete. Não em oito.
Leo recordou-se daquele seu maldito bordão. Você sempre vai ser a sétima vela.
– Não se preocupe. – Calipso segurou seu rosto entre as mãos. – Nós vamos nos reencontrar.
– Mais cedo do que você imagina. – Hefesto completou. – E minha hora chegou, também. Tenho que me concentrar... Vulcano também está aqui. – Ele esfregou o peito. – Er, vocês têm um minuto. Tchau, filho. Até a Batalha Final. – Ele sorriu com afeto e se dissolveu no vento em uma nuvem de chamas.
– Vai dar tudo certo. – Calipso o beijou e o abraçou.
– Mais devagar, senão eu literalmente pego fogo. – Leo disse e Calipso corou. – Eu voltei. Posso voltar de novo...
Ela colocou um dedo sob seus lábios.
– Você veio. Dessa vez, eu vou.
Leo sorriu.
– Essa é a minha garota.
Eles se abraçaram por um momento.
– Vá, meu herói. – Ela piscou. – Boa guerra pra você.
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