Os Marotos - The Bodyguards escrita por Nina Black


Capítulo 9
Uma "Amiga"


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Eu sei que demorei muito para postar, mas aqui está.
P.S: O link abaixo são as capas que eu fiz dos personagens, ok?
enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463018/chapter/9

POV Marlene:

Acordei no meu quarto com uma dor de cabeça daquelas...

– Aii... – Eu gemi passando a mão na minha testa. Desde que aconteceu “aquilo”, eu não paro de ter essas crises...

– Srta. Mckinnon? – A empregada bateu no porta do quarto e eu a deixei entrar.

– Margareth, sabe onde tem remédio para dores de cabeça? – Eu perguntei procurando uma roupa decente no meu closet.

– Acho que no banheiro tem um kit de primeiros socorros. Eu vou pegar para a senhorita. – Ela se prontificou, mas eu não deixei.

– pode deixar. Já vou sair do quarto mesmo, aproveito e pego lá. – EU me despedi dela e fui procurar o bendito do remédio no banheiro.

Tomei meu remédio e fui tomar um banho. Coloquei a mesma roupa que tinha pegado antes, que era uma calça preto e uma blusa branca.

–Bom dia. – Falei assim que vi minha mãe e meu pai tomando café.

– Bom dia. – Os dois responderam meio sonolentos.

– Mãe... Acho que vou sair hoje, ok? Vou no haras. – Eu falei passando um pouco de geleia da minha torrada.

– Avise o Sirius, ele vai com você. – Meu pai disse e... Como é que é?

Ele é legal e tal... Mas eu não quero ir com alguém no meu encalço. Acho que quando eu falei que apenas eu iria já deu para entender.

– Mãe... Quero ir sozinha.

– E depois de tudo o que aconteceu?! Se esqueceu de que nenhum deles foi preso? E se te pegarem de novo?

Só sei que no final eu acabei concordando para minha mãe não ficar reclamando mais.

Para andar a cavalo eu troquei de roupa.

Fui pegar meu carro e encontrei Sirius no jardim, ele estava usando uma calça jeans preta e uma jaqueta de couro preta.

– Vou sair... Você vem? – Perguntei parando o carro do lado dele e ele entrou.

– Eu sei que não quer minha companhia. – Ele disse enquanto eu parava no sinal vermelho.

– Não é verdade. – Eu falei o encarando, mas ele não parecia nervoso.

– Você sempre quer ser livre, assim como eu. – Ele sorriu de canto para mim.

– Como sabe disso? – Perguntei.

– Vi as fotos das suas viagens. Você viajou o mundo todo, hum?

– Ah... Digamos que eu não gosto de ficar parada. – Falei voltando a acelerar o carro. – Mas e você? Já viajou?

– Quem me dera. – Ele suspirou.

– Quem sabe um dia você não posso viajar comigo, hum? Afinal, agora você é meu guarda costas. – Eu falei rindo e ele sorriu também.

Depois de dez minutos andando de carro, eu consegui entrar no haras dos meus pais e estacionei meu carro.

– Hoje, meu caro Sirius, você não vai apenas montar um cavalo, você vai andar comigo. – Eu falei sorridente.

– Qual cavalo? – Ele perguntou assim que entramos na área das baias.

– Vou querer aquele preto. – Eu apontei para o maior cavalo que eu vi e ele arregalou os olhos.

– Uau... Bem, acho que vou querer aquele branco, ali. – Ele foi retirar os cavalos das baias e depois os amarrou perto da onde fica as selas. – Vou te ensinar a selar um cavalo.

Gente. E eu achando que era fácil, mas... Que negócio pesado que era esse sela, meu Deus...

– Pode me ajudar? – Eu perguntei depois que vi que ele já tinha deixado seu cavalo pronto antes do meu.

Ele pegou a sela e a amarrou no cavalo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Mas no caso dele era, porque ele trabalhava aqui então...

– Sirius? – Uma mulher loiríssima o olhou.

– Oi, Emmeline. – Ele a abraçou e eu fiquei tipo: “O quê?” – Ah, Emmeline, essa é a Marlene.

Eu e ela nos cumprimentamos, mas parece que ela não gostava muito da minha presença.

– Eu sou prima do Sirius. – Ela disse me encarando, o que me deu medo.

– Hum... Falei como se estivesse totalmente desinteressada no assunto.

– Bem, agora eu tenho que ir, Emme. – Sirius se despediu dela e veio ao meu encontro.

– Espera! Eu não te vejo mais por aqui. O que aconteceu? – Ela perguntou quando ele estava montando em seu cavalo.

– Eu agora estou em um novo emprego. Tchau! – Ele saiu trotando com o cavalo e eu fui atrás dele. Mas antes de sair, percebi que Emmeline me fuzilava com os olhos.

– Espera, Marlene. O que você é do Sirius? – Ela perguntou segurando as rédeas do meu cavalo, me impedindo de andar.

– Eu sou só... Uma amiga.

– Olha, ele pode me chamar de prima, mas que fique bem claro que eu sou a única garota que ele já gostou na vida dele, e espero que você não estrague isso. – Ela disse ameaçadoramente e eu não entendi nada.

– O que?

– Você não sabe? Ele é adotado. Eu sou prima do James. Eu e ele já tivemos... Bem... Algumas coisas, mas eu tenho certeza que ele ainda é a fim de mim e eu sou dele, então não estrague isso. – Ela soltou as rédeas.

– Escuta aqui. Você sabe quem eu sou? – Eu nunca gosto de falar isso, mas as circunstancias pedem.

– E porque eu saberia?

– Trabalha aqui, não? – Eu perguntei ao vê-la com o uniforme do haras.

– Sim.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Bernardo, que era um senhor que gostava muito de mim e selava meus cavalos quando, provavelmente Sirius não estava lá, gritou meu nome, ou melhor, meu sobrenome.

– Srta. Mckinnon! – Ele abanou a mão e eu o cumprimentei.

– Oi, Bernardo!

Depois de ele voltar a fazer seus afazeres, eu me voltei para Emmeline e percebi que ela me encarava com um misto de raiva e vergonha.

– Então... Agora se me der licença, eu tenho que achar o Sirius. – Eu fiz meu cavalo andar e fui direto para um grande gramado que tinha lá.

O encontrei tentando fazer com que o cavalo andasse de ré... E ele conseguiu.

– É muito bom com cavalos, Sirius. – Eu disse me aproximando.

– Você demorou, por que? – Ele perguntou preocupado, pois essa é a função dele. Se preocupar comigo.

– Tive que resolver uns assuntos. – Não vou mencionar que eu e a “priminha” dele estávamos quase pulando no pescoço uma da outra.

– Hum... Sabe onde está a Emmeline?

– Não... Ela saiu depois que você saiu, mas antes ela me disse uma coisa... Você é adotado?

Ele parou o cavalo na hora e ficou encarando o chão, enquanto eu me condenava por ter tocado no assunto.

– Como sabe?

– Emmeline. Ela... Deixou escapar.

– Não devia ter feito isso. Emmeline não devia ter contado... – Ele desceu do cavalo, mas continuou fitando o chão.

– Ei... Se você quiser manter isso em segredo, eu não conto, ok? – Eu cheguei perto dele e olhei em seu rosto, que no momento estava triste. – Ah, me desculpe ter tocado no assunto. – Eu me afastei para montar no meu cavalo e ir embora, mas ele me chamou.

– Promete?

– O que?

– Promete que não conta? – Ele me encarou sério e eu sorri.

– Claro. Nunca fui fofoqueira. – Eu cheguei perto dele e o abracei, e aqueles estranhos arrepios voltaram.

– Obrigado. – Ele sussurrou no meu ouvido.

Depois de mais ou menos meia hora cavalgando, Sirius disse:

– Já está ficando tarde. Vamos?

Fomos guardar nossos cavalos nas baias e ele me ensinou como tirar a sela e aquelas outras coisas.

– Meu carro está no estacionamento do lado de fora do haras, vamos. – Eu o puxei para fora do haras, mas quando já estávamos na calçada, ele me puxa para dentro de novo.

– Espera. – Ele sussurra no meu ouvido.

– O que foi? – Sussurrei de volta.

– Os Death Eaters estão parados lá na porta.

Eu gelei, e agora?

– Sirius... – Eu comecei, mas ele fez sinal para que eu parasse de falar.

Ele acenou para a porta dos fundos e juntos, fomos no maior silêncio possível.

– E agora? – Sussurrei para ele, que começou a me arrastar para o outro lado da rua, sem que os caras de terno preto vejam.

– Deixa que eu pego o seu carro. – Eu entreguei a chave para ele, que me deixou escondida atrás de uma caçamba.

(...)

– Marlene? – Sirius me chamou quando estacionamos o meu carro na garagem da minha casa. – Está tudo bem?

Não, não estava nada bem. Agora eu tenho a certeza de que sou eu que esses caras querem, ou pelo menos, ele me querem.

– Sirius... Eles estão atrás de mim... – Eu falei aos sussurros.

– Calma, ok. Enquanto eu estiver aqui, não vou deixar que eles relem em nenhum fio de cabelos seu. – Ele acariciou o meu rosto, mas depois parou percebendo o que estava fazendo.

– Eles podem estar atrás das meninas... – Eu falei mais preocupada, mas ele me acalmou de novo.

– Eu vou ligar para o James e para o Remo e avisar o que aconteceu hoje, ok? Mas fica calma. – Ele me abraçou assim que eu desci do carro, e eu correspondi o abraço.

Eu precisava de um abraço.

https://24.media.tumblr.com/6fa191e25ee29090afcb6415a25d572a/tumblr_mzwrkcqnkc1t90x41o2_1280.jpg


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram????
kisses!
PS: Para os mais curiosos, aqui está a roupa da Marlene:
http://www.polyvore.com/marlene/set?id=111889364