POV James:

Sabe o que eu descobri? Que cada um de nós vai morar em uma casa diferente. Isso não é lindo?

Não, não é!

Eu vou morar na casa da Evans, Sirius vai morar na casa da Mckinnon e Remo da casa do prefeito.

E cá estou eu, pondo o meu pé na casa dos Evans.

– Olá, James. – Daisy Evans falou. Ela estava estranha, parecia cansada e estava com olheiras, o que parece que não deixava seus olhos verdes com aquele brilho que eu conhecia. – Eu vou mostrar os quartos para vocês, ok? Vocês querem ficar aqui na casa ou na casa do caseiro? Ela está vazia.

– Por quê? – Minha mãe perguntou.

– O Humberto partiu dessa pra melhor... – Ela falou com certa tristeza na voz.

– Meus pêsames. Mas, acho que vamos preferir ficar com a casa. Mais privacidade, sabe... – Meu pai falou.

– Tudo bem. Mas... James, será que eu posso pedir para que você durma aqui? – Ela perguntou com certa ansiedade.

– Ahn... Acho que posso. – Eu olhei para minha mãe, que concordou com um aceno discreto.

– Ótimo. Vou te mostrar o seu quarto e, querido, pode mostrar a casa para o Sr e a Sra. Potter? E claro, para a Srta. Potter. – Ela riu para Poliana, que riu de volta.

Depois de subimos dois lances de escadas brancas com dourado, a Sra. Evans parou em frente á uma porta branca.

– Esse é o seu quarto. Aquele é o quarto da Lilian. – Ela apontou para uma porta do outro lado do corredor não muito longe da minha.

– Senhora Evans... Porque quer que eu durma perto dela? – Eu perguntei. Já percebi isso porque não sou bobo.

– Você vai ver de noite. – Ela colocou a mão no meu ombro e abriu a porta.

O quarto era BEM grande.

Tinha uma cama de casal nas cores bege, marrom e preto. As paredes eram brancas, o guarda roupa gigante de lá era de uma madeira bege com detalhes em preto, nem sei se toda a minha roupa vai ocupar o espaço desse guarda roupa.

E fora as outras coisas que eram pretas.

– Fique a vontade. – Daisy fechou a porta e a primeira coisa que eu fiz foi abrir as cortinas. Dava uma visão perfeita do jardim, e de certa ruiva que lia um livro calmamente.

Depois de desfazer minhas malas, eu desci e fui conhecer a casa.

A sala de jantar é gigante. E eles ainda em uma sala de cinema. A biblioteca então nem se fala.

Eu fui caminhando para o jardim, e parece que Lilian Evans me viu e sorriu para mim. Eu fui em direção a ela e me sentei do seu lado.

– Oi. – Eu falei sorridente e ela sorriu, mas elas estava com a mesma aparência da Senhora Evans, só que não estava com olheiras, mas tinha o ar triste.

– Oi. Ah, eu me esqueci de te agradecer pelo que você fez naquela noite da festa... Obrigada. – Ela me deu um abraço rápido.

– Que é isso... Você não faz ideia do que ele iria fazer com vocês se deixássemos vocês lá. – Ela ficou séria e fitou o chão, até que percebi que ela estava chorando. – Hey... Não chora, ok? Já passou, você está aqui, eu estou aqui... – Eu limpei suas lágrimas e ela sorriu minimamente para mim.

– Me desculpe. – Ela falou limpando o resto das lágrimas.

– Mas... E ai? – Sem nada pra falar é duro...

– Eu soube que você vai tomar conta de mim, hum? – Ela sorriu marota e eu revirei os olhos.

– Se prefere falar assim...

– Pois saiba que não vai ser tão fácil quanto você imagina. – Ela saiu rebolando para dentro de casa.

É o que vamos ver, ruiva.

POV Sirius:

– Bem, este é o seu quarto. – A Sra. Mckinnon fez questão de me levar até lá.

Ele tinha cores variadas entre o vinho e o verde escuro. Mas era um quarto muito bonito. E tinha cama de casal!

– Sirius... – Sra. Mckinnon começou e eu me virei para ela. Pela primeira vez eu vi que seus olhos estavam... diferente. – Eu posso ser... Grossa com a Lene na maior parte do tempo, mas eu só quero o bem dela. Eu espero que você a proteja... Ela é tudo o que eu tenho. – Eu não sei se era a luz, ou a emoção do momento mas... Eu acho que vi uma lágrima no rosto dela.

– Eu vou fazer o possível. – Eu apenas respondi isso e ela concordou com a cabeça. Depois ela saiu e eu desfiz minhas malas. – Pelo menos vou tentar... – Eu falei sozinho.

Estava testando os canais da televisão, quando alguém bate na porta. Eu abro e dou de cara com uma mulher morena, de olhos verdes, que me olhava seria. Marlene Mckinnon.

– Posso entrar? – Ela perguntou.

– Claro. – Eu dei espaço e ela entrou no quarto.

– Queria te agradecer, Sirius.

– Ora... Não podia te deixar lá. – Eu disse sorrindo e ela sorriu e me abraçou.

– Eu tenho que... Fazer uma coisa no meu quarto... Er... Tchau... – Ela saiu meio desconcertada, e admito que eu também.

Eu já não tenho tanta certeza se isso vai ser fácil do jeito que eu imaginava...

POV Remo:

A casa do prefeito me lembrava uma construção romana ou coisa do tipo, porque todo lugar que eu ia tinha uma coluna ou algum desenho de um Deus da Grécia antiga.

Até que eu já estava começando a me acostumar, pois a biblioteca de onde eu trabalho também é desse estilo, pelo menos me lembra.

Eu e Isabelle já arrumamos nossas coisas em nossos quartos.

Até que meu quarto é legal...

Ele era todo em azul das mais variadas cores. E o quarto da Isa era roxo.

Não sei onde ela estava, mas só sei que ela e o irmão da Dorcas se deram bem.

Resolvi entrar na biblioteca, só por curiosidade.

Cada prateleira... uma mais alta que a outra... mas acho que fiquei preocupado demais em olhar para cima e acabei trombando em alguém.

– Me desculpe – Eu falei para Dorcas, que acabou caindo no chão.

– Não foi nada. Eu não vejo muito bem por onde ando quando estou com ele. – Ela apontou para o livro que tinha nas mãos. – mas acho que te devo um “obrigado”, não? – Ela me abraçou.

– Não podia deixar que... bem...

– O que eles fazem com as pessoas? O que eles iriam fazer com a gente? – Ela perguntou mais interessada.

– Não queira saber...

– Eu QUERO saber!

– Só sei que... bem... Os caras de lá iriam te machucar, de um jeito não muito legal para uma mulher... – Eu tentei explicar e ela arregalou os olhos.

– Obrigada de novo. – Ela falou e me abraçou.

POV Lilian:

Estou feliz pelo Potter ter vindo aqui.

Mas... Não posso negar que estou com medo. Muito medo.

Você me fala que isso já passou, que eles já sumiram, mas eu sinto que isso ainda não terminou.

Aquele cara... Eu sonho com ele... Mas, não consigo ver o rosto dele.

É estranho. E acho que é por essa razão que minha mãe pediu para que ele ficasse no mesmo andar que eu.

Já é a segunda noite seguida que eu sonho com “ele”. E o pior que é o mesmo sonho.

Aqui estou eu, tentando dormir. E pra variar o tempo ainda fica cheio de trovoes e clarões vindos da janela. Ninguém quer colaborar comigo.

Enfim, peguei no sono.

“ – Não! Não! – Estava escuro, mas mesmo assim eu percebia que tinha alguém vindo atrás de mim.

Eu saia correndo, mas eu sempre caia... Eu sentia suas mãos geladas tocarem o meu rosto, por mais que eu me afastasse, ele sempre me perseguia... E o mais estranho é que ele parecia uma sombra.”

– Lilian? – Alguém me chamou e eu percebi que estava suando gelado.

– James. – Isso saiu mais como um alivio de saber que tudo aquilo foi um sonho.

– O que aconteceu? – Ele perguntou me ajudando a levantar.

– Só um... Sonho.

– Isso não me parecia um sonho. – Ele me olhou com a sobrancelha arqueada.

– Quero água. – Falei assim que percebi que minha boca estava extremamente seca.

– Vamos lá. Eu te ajudo, afinal, é para isso que eu estou aqui. – Ele disse me dando o braço.

– Para ser minha babá?

– Para te ajudar.

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