Os Marotos - The Bodyguards escrita por Nina Black


Capítulo 20
Freedom


Notas iniciais do capítulo

Bem...
Eu acho que tenho algumas coisinhas para falar aqui. E espero que a maioria de vocês, meus leitores, leiam isso.
Em primeiro lugar, obrigada. Eu sempre gostei de escrever, e quando eu conheci o Nyah, não acreditei. Eu poderia postar as minhas histórias. Mas tinha medo, de que ninguém gostasse. Mas o que vocês fazem aqui prova que isso não é verdade. Vocês comentaram, recomendaram, favoritaram... E eu sou plenamente grata á todos vocês. Inclusive os fantasmas, porque eu sei que existe, até porque eu já fui uma.
Em segundo, me desculpe. Posso não ter agradado á todos com esses capitulos, e, vocês podem achar ruim isso, mas eu esperava que isso acontecesse. Eu não escrevo para agradar todo mundo, sei que nunca vou conseguir isso. Eu escrevo para agradar á mim mesma, e pessoas que tem as mesmas ideias que eu. Então eu peço desculpas por qualquer coisa.
Bem, esse é o ultimo capitulo, certo? Tô até com medo de postar.
Eu estou pensando em fazer alguns capitulos bônus, que tal? Tipo um Pós-créditos... Mas eu preciso de ideias. O que vocês querem que eu escreva? O que vocês imaginam para os nossos casais depois desse final? Eu estou curiosa.
Esse título tem um pouco a ver com o que eu estou passando, posso dizer. Estou com alguns "probleminhas emocionais", que não me deixaram escrever. E agora parece que tudo está mais claro, minhas ideias estão livres para escrever o que eu quiser.
É, esse texto está ficando um pouco grande... Vamos ao capitulo.
Espero que gostem.



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POV Lilian Evans:

– Mãe, não acredito que você me fez voltar sozinha pra casa! – Eu reclamava com ela no telefone.

Filha... Tive um imprevisto com os documentos, me desculpe. – Ela se desculpava. E como você consegue ficar brava com a sua mãe falando desse jeito pra você?

– Tudo bem, mãe... – Eu disse a perdoando.

Como vocês devem ter percebido, minha mãe me fez voltar sozinha pra casa, e esperar por ela até o dia seguinte. E fora que já são dez horas da noite.

Claro... Minha mãe vive me mandando fazer isso...

Lá estava eu, sozinha, tentando abrir a porta de casa com uma mão, carregando sacolas de vestidos para teste para a loja dela na outra mão. Que lindo... Simplesmente muito lindo.

– Finalmente! – Eu suspirei quando consegui abrir a porta. Joguei as sacolas em algum canto aí. E me joguei no sofá.

Tirei maus sapatos e fiquei olhando para o teto por um bom tempo.

Viajar com a minha mãe não é uma tarefa fácil. Sorte qe meu pai apareceu por lá. Mas não esperava que ela me forçasse a vir de PARIS (isso mesmo, a capital da França) até Londres em uma noite só! E nem preciso dizer que eu estava sozinha.

Olhando bem, eu percebi que ficaria sozinha por mais um tempinho. A empregada pelo jeito tinha ido embora mais cedo.

Depois decidi olhar um pouco minha caixa de mensagens.

Dorcas tinha me mandando uma mensagem avisando que iria passar a noite fora de casa, e que não era para eu me preocupar.

Marlene postou uma foto dela e do Sirius andando de cavalo... E depois ela postou uma foto do Sirius caindo do cavalo.

Eles são legais. Do jeito deles.

Estava tarde, mas mesmo assim estava indo tomar um banho. Essa coisa toda de viajar pra lá e pra cá me deixou pregando de suor. Não sei como, já que está começando a nevar.

Ao subir as escadas, eu gelei.

Eu não tinha deixado a luz do corredor acesa. E nem a porta do quarto de hóspedes aberta.

Eu peguei um castiçal que estava em cima de uma prateleira no corredor e fui em passos leves e devagar ver o que estava acontecendo. Porém, eu já esta com o meu celular na mão e com o número da polícia discado.

Virei para entrar no quarto, e não tinha nada de errado lá.

– Mas o q...? – Eu me perguntei, mas parei no instante que eu sinto um suspiro na minha nuca.

– Você é muito barulhenta, Lily.

Em um movimento só, o bandido já conseguiu tirar o celular da minha mão. E quando eu me virei para acertá-lo com o castiçal, ele segurou minha mão.

– Socorr... – Eu ia começar a gritar, mas eu conheci quem era. – Ah Meu Deus! James é você! – Eu o abracei e ele me abraçou de volta.

Sim, eu abracei a pessoa que invadiu a minha casa.

Eu me distanciei um pouco do abraço e o encarei. Estava do mesmo jeitinho que eu o tinha visto uns dias atrás. Tirando que não estava em coma.

Os cabelos espetados de um jeito displicente. Os olhos castanhos olhando com alegria para mim, que fazia meu coração pular, mas isso é irrelevante agora. E usando os velhos óculos que eu me lembro. Claro que ele estava um pouquinho mais magro que o normal, mas nada que o tempo e um bom restaurante não resolvam.

– Não acredito que é você... – Disse acariciando o seu rosto, me perguntando se era realmente verdade.

Já sonhei no dia em que ele sairia daquele hospital. Já imaginei quantas maneiras diferentes podem existir. Mas aquela foi, sem dúvida, a mais esquisita que eu jamais poderia imaginar.

– Por que raios você entrou na minha casa? E como conseguiu isso? – Eu perguntei ficando levemente vermelha.

– Eu vim aqui para te ver, oras... E... Depois de tudo o que passamos, acho que entrar em uma casa pela janela não é uma das coisas mais difíceis que já fiz. – Ele disse, sendo nenhum pouco egocêntrico.

– Você tem que ficar de repouso. Uns dias atrás você levou uma facada! – Eu disse brava. – Não pode entrar pela janela dos outros nesse estado!

Sei que o que eu falei não fez o menos sentido, mas era isso ou nada.

Eu estou feliz demais para dar uma grande bronca nele.

– Eu sei que está feliz em me ver... – Ele disse sorrindo daquele jeito.

– Seu exibido. – Eu disse indo abraça-lo novamente, mas ele se adiantou demais, e acabamos por ficar muito perto um do outro. – Ahn... E-Eu...

– Você? – Ele perguntou sussurrando no meu ouvido. Ao contrário de mim, ele estava muito calmo pra situação. – Lilian... Eu preciso te dizer uma coisa. – Ele disse.

– Pode falar. – Eu disse tentando controlar minha respiração. Mas fica meio difícil quando ele está com a mão na sua cintura, e me olhando nos olhos.

Uma coisa começou a acontecer comigo. Meu estômago... Estava estranho. Não, eu não iria vomitar nem nada do tipo. É diferente...

Sabe quando você está em uma montanha russa, e ela começa a descer muito rápido, e dá um frio na barriga? É bem parecido com o que eu estou sentindo.

– O problema é que eu não sei por onde começar... – Ele disse se soltando do nada.

– Talvez se começar pelo começo, eu entenda o que está querendo falar comigo. – Eu disse tentando ficar menos vermelha.

– Certo. – Ele se sentou na cama. – Eu... Andei pensando muito, Lily. Pensando muito em você. Em nós. Nossa... Parceria. – Ele disse tentando achar palavras. Essa palavra “Parceria” me fez sentir como se caísse uma pedra no meu estomago. Pensei que fossemos mais que apenas parceiros.

– E então?

– E então que eu cheguei a uma conclusão. Como você não vai mais precisar dos meus serviços, eu estou me demitindo. – Ele falou decidido.

– Como assim? Nem vamos ser amigos? – Eu disse com os olhos marejados. Digamos que está um pouco difícil de imaginar minha vida sem o James. É difícil depois de tudo o que ele fez por mim.

– Eu ainda não terminei, Lily. – Ele disse se levantando. – Eu, James Charlus Potter, estou aqui, para dizer a você, Lilian Evans, que eu não quero ficar longe de você. Nunca mais. –Ele disse sério.

– Não. Eu não entendi. – Eu falei brincando com ele. Sei aonde ele queria chegar, e faltava pouco.

– É... Como se quando eu estou longe de você, nada mais faz sentido. Como se viver não valesse a pena. Agora entendeu?

– Não. – Eu disse não conseguindo me segurar e dei um sorriso.

– Eu te amo, Lilian. – Ele disse mais objetivo.

Consegui ver que o que ele estava falando era sério mesmo.

Consegui finalmente ver o homem que James é.

– James...– Eu disse sorrindo de canto. – Isso é um pedido de namoro?

– Se achar melhor assim? Ou quer uma coisa mais formal? – Ele perguntou brincando.

– Seu idiota. – Eu disse rindo. Ele se levantou da cama e veio caminhando lentamente até onde eu estava. – Fez tudo parecer clichê demais!

– Era o único jeito que eu conheço. E... Além disso... Um pouco de clichê á vezes faz bem.

Ele pegou na minha mão, e ficou segurando-a por uns segundos, me olhando nos olhos. Depois ele a soltou e colocou sua mão na minha cintura, o que me fez arrepiar. E eu... Digamos que estava meio que com pressa, coloquei minhas mãos envoltas do seu pescoço e o puxei para mim.

O nosso beijo foi apressado, ofegante, provocante... De tudo um pouco. Mas mesmo assim ele se preocupava comigo, dava pra perceber isso.

– Então agora somos namorados? – Ele perguntou com nossas testas coladas uma na outra.

– Bem... Se quiser voltar atrás... – Eu disse sorrindo, mas com os olhos ainda fechados e respirando ofegante.

– Nunca. – Ele disse me abraçando. – Esperei tempo demais para, no fim, voltar atrás.

– Sabe... Eu esperava que acontecesse de tudo quando eu voltasse de Paris. Menos isso. – Eu disse sorrindo.

– Fazer o que se eu sou James Potter... – Ele disse sorrindo daquele jeito que só ele sabe fazer.

– Você acha que, agora, teremos um pouco de paz? – Eu perguntei a ele.

Ele pareceu pensar um pouco, e depois olhou para mim e sorriu.

– Claro, por que não? – Ele disse meio nervoso, mas mesmo assim sorriu.

E, como em todo final, terminamos com um beijo, ou talvez algo mais...

(No dia seguinte...)

– LILIAN! – Eu acordei com a minha mãe gritando meu nome pelos quatro cantos da casa.

Aí que eu me toquei: Eu não tinha dormido no meu quarto.

Antes mesmo de eu me levantar, eu senti alguma coisa pesando na minha cintura. Eram os braços de James me abraçando. Seria um momento muito lindo, se não fosse pela minha mãe gritando meu nome, sendo que a qualquer minuto ela pode entrar e ver essa linda cena.

– James... – Eu sussurrei o nome dele. – Acorda.

– Ahn...? – Ele gemeu. É, ele não iria acordar tão cedo.

Juntei minhas forças e o empurrei o mais longe de mim. Depois saí correndo pelo quarto e colocando as minhas roupas, que estavam espalhadas pelo chão. Deixei o James dormindo, conversaria com ele depois.

Fui encontrar minha mãe na cozinha (Sério... De todos os lugares da casa, ela acharia que eu estaria na cozinha ás seis e meia da manhã?). Nem preciso dizer que ela estava meio alterada...

– ONDE RAIOS VOCÊ ESTAVA, LILIAN EVANS? EU FIQUEI PREOCUPADA! VOCÊ NÃO ATENDEU MINHAS LIGAÇÕES E SOME ASSIM DO NADA?! VOCÊ QUER ME MATAR DO CORAÇÃO, NÃO É? SÓ PODE! – Ela falava “um pouquinho” mais alto que o normal.

– Eu estava... Bem... Veja... – Deu pra perceber que eu não encontrei nenhuma resposta pra ela.

– Ela estava comigo, Sra. Evans. – Eu ouvi a voz de James atrás de mim e eu gelei. Me virei em praticamente um pulo e o encarei assustada.

Ele estava com a mesma roupa de ontem: Uma camiseta marrom, uma calça jeans preta e uma jaqueta de couro, também preta. Mas ele não estava usando óculos, e os cabelos estavam mais bagunçados que o normal.

Aí, com essa linda fala do meu mais novo namorado, minha mãe tem muitos motivos para me mutilar.

Ela olhou para James, ainda com raiva. Mas ele olhou para ela calmamente, mas duvido de que ele esteja realmente assim.

– Ah, então tudo bem. – Ela disse sorrindo.

Espera...

Como?

– Ahn... Mãe? O que? – Eu gaguejei. Então comigo é desse jeito, e com o James ela toda dengosa?

Quanto amor de mãe...

– Sra. Evans... Poderíamos conversar? – James perguntou se aproximando. Ele deve ter percebido que a área de perigo iminente diminuiu.

– Claro, James. Mas é Daisy, tudo bem?

– Claro, Daisy. – Ele disse dando espaço para minha mãe passar para ir para a sala, e antes de ele ir, ele me olhou. Mas não do jeito que ele estava olhando para minha mãe, por exemplo. Ele estava com um olhar Maroto.

Como se fosse uma criança prestes a contar uma surpresa para alguém.

Se passou um tempo, e eu tomei coragem e fui para a sala. Eles estavam conversando como se fossem velhos amigos.

– Então a Lily falou assim... – Minha mãe ia contar alguma coisa, mas ela me viu e parou o assunto. – Lily! Que bom que chegou.

– Eu estava só na cozinha, mãe... – Eu disse nervosa. James se levantou do sofá que estava sentado e veio até mim e pegou na minha mão. Olhei para minha mãe e ela deu um sorriso maior que a cara.

É, ela aprovou.

– Eu já desconfiava... – Minha mãe disse sorrindo. – Deu pra perceber o que você fizeram quando eu estava fora, porque Lily... Você está com a mesma roupa de ontem.

Nem preciso falar que eu fiquei MUITO vermelha. Tentei esconder meu rosto abraçando James, mas não deu muito certo, já que ele riu. E essa risada me provocou um arrepio.

– Idiota... – Eu cochichei no ouvido dele.

– Eu sei que você me ama. – Ele disfarçou.

– Então... Quando vai ser o casamento? – Minha mãe perguntou ansiosa.

– Mãe! – Eu protestei rindo. Faz menos de um dia que eu comecei a namorar e ela já me fala de casamento.

– Bem... Eu espero que assim que eu me formar. – James falou e...

– Como? Se formar? – Eu perguntei assustada. Depois de todo esse tempo, ele nunca me falou nada de estudos.

– Eu, Sirius e Remo estamos fazendo faculdade pela internet. Falta uns dois anos, mais ou menos para terminarmos. – Ele explicou.

– Uau.

– Que bom, meninos. Vão se formar em que?

– Sirius está fazendo veterinária, e também está praticando um pouco com os cavalos lá do haras dos Mckinnon. Remo, engenharia. E eu, administração.

– Que legal... – Eu disse. – Espera um pouco... As meninas estão sabendo disso?

– Eu acho que só a Marlene. Sirius teve que explicar pra ela quando ela pegou ele tentando castrar um cavalo. – Ele explicou e eu fiz uma careta.

– Nossa... Que momento mais romântico que eles tiveram... – Eu comentei e ele riu.

– Pois é. Sirius tem esse dom.

– E agora? Digo... O que vamos fazer? – Eu perguntei.

– O que vamos fazer? – Ele perguntou. E eu percebi que minha mãe estava saindo de fininho da sala. Mentalmente eu agradeci á ela. Estava muito embaraçosa essa situação. – Vamos namorar, o que mais? – Ele perguntou tentando me beijar. Mas eu não deixei, não antes de fazer uma pergunta.

– James... Quando eu perguntei para você se teríamos um pouco de paz, você estava mentindo, não estava? – Eu perguntei séria, e a expressão dele mudou.

Ele me encarou sério, estudando minha expressão, e depois falou:

– Dois fugiram. Mas tem registros de que ele fugiu do país. Então...

– Então não estamos totalmente seguros, certo? – Eu perguntei angustiada, e me afastei dele. – Desde quando está sabendo disso?

– Desde ontem de tarde.

– E porque não me contou antes? – Eu perguntei. Olha que maravilha, nossa primeira briga.

– Porque eu não queria te preocupar! Não ontem. – Ele se aproximou. – Ontem foi a melhor noite da minha vida, e eu não queria estragar aquela noite, por causa de dois covardes que fugiram do país.

Depois disso eu não conseguia falar mais nada. Ele não contou para me deixar triste. E ontem foi a melhor noite da vida dele. Não quero que o dia seguinte do melhor dia da vida do James se tornasse o dia que tivemos nossa primeira briga.

– Vamos esquecer isso, tá? – Eu disse sorrindo para ele. – Eles fugiram, não vão nos atormentar por muito tempo. – Eu o abracei.

– Vai ficar tudo bem, Lily. Estamos livres pra sermos felizes. Todos nós. Eu te amo, Okay?

“Eu me apaixonei por você, mas acima de tudo, te conhecer me fez perceber o que realmente significa amor verdadeiro.”


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer aos inúmeros leitores, e leitoras, que comentaram (não me lembro de todas), e ás:
Lene McKinnon Black
Olga Simoes
Melody Pond
Por recomendarem, e eu fiquei muito feliz mesmo... Sério, obrigada.
Eu nem sei o que falar aqui...Acabou.
Mas eu não vou colocar um fim, em nenhuma parte da fic. Porque uma escritora britânica me ensinou um dia que as histórias que realmente gostamos não precisa ter um fim.
Até algum dia.


— Nina Black



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