Os Marotos - The Bodyguards escrita por Nina Black


Capítulo 13
Our Last First Kiss


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Eu sei que demorei para postar, eu sei...
Estava muito ocupada... Bem, aqui está, espero que gostem, beijos!



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POV Lilian:

Eu não gosto de xingar. Mas eu acordei com uma puta de uma dor de cabeça.

Eu estava no meu quarto, usado uma camisola de seda bem solta, e tinha alguma coisa incomodando na minha cabeça. Estava coçando. Quando fui levar a mão para cima para coçar, alguém que não percebi que estava ali falou:

– Não. Só vai piorar. - Era James. Ele estava sentado no sofá, e pelas olheiras e pela cara de cansado que ele estava, eu diria que ele passou a noite em claro. Quando olhei para ele, eu me lembrei de tudo o que aconteceu.

– O que está fazendo aqui? - Eu perguntei me aprumando em cima da cama.

– Eu fiquei te vigiando. - Ele se levantou e colocou a mão na barriga, fazendo uma cara de dor.

– Acha o quê? Que sou sonâmbula? - Eu perguntei me levantando. Mas logo que fiquei de pé uma tontura veio pra cima de mim, e me sentei de novo. Em menos de segundos, James estava do meu lado.

– Por causa do seu machucado, você teve umas crises de febre. É bem sensível em relação a isso, sabia? - Ele me explicou tentando me divertir, mas só conseguiu me deixar com mais raiva.

– Ok, Potter. Já estou melhor. Pode ir embora. - Eu falei seca. Ele se levantou e caminhou em passos leves em direção a porta.

POV James:

Se antes eu só achava, agora eu tenho certeza que sou um imbecil completo.

A Lilian não é chata. Ok, naquele momento ela estava sendo extremamente chata. Mas mesmo assim não devia ter dito isso daquele jeito para ela.

Ela ficou chateada, ou melhor, ela está chateada. E ela chorou por minha causa, porque eu duvido que ela estava chorando por causa daquele machucadinho.

Agora ela não vai querer minha companhia nunca. Nem nessa festa, nem nunca mais. Fui para meu quarto e liguei para Remo. Não que Sirius não fosse meu amigo, muito ao contrário disso. Mas é que Remo sabe... lidar melhor com os sentimentos dos outros do que o Sirius.

– Alô? - Eu perguntei.

Alô?– Remo disse na outra linha.

– Remo, preciso conversar com você. Tá com tempo? - Eu perguntei me sentando na cama.

Claro, pode falar. - Ele disse.

– Como eu peço desculpas para a Lilian?

Como assim? - Ele perguntou.

– Digamos que eu fiz uma burrice com ela. E ela está chateada comigo. Como faço para me redimir?

– Conversa com ela. Diz o que sente. Diz que sente muito pelo que seja o que você fez.

Remo, muito obrigado. - Eu disse sorrindo.

É para isso que serve os amigos.

E eu já sabia o que fazer, e ia ser na festa de amanha.

POV Lilian:

James é um idiota!

Eu sou uma idiota!

Ah... Não devia ter falado para ele que ele era um grosso. Muito menos ter tentando tirar ele do sério!

Mas isso não foi motivo de ele ter revidado com tanta...Grosseria.

Mas porque eu me sinto culpada?

Tenho que me redimir com ele, isso é fato. Mas como?

Já sei.

Peguei meu celular, que estava em cima do criado mudo e disquei o número da Marlene.

Dorcas era sensível e tal, mas queria uma resposta objetiva e sincera, e a pessoa certa a perguntar é a Marlene.

Oi, Lilica do meu coração! - Ela disse alegre do outro lado da linha. - Algum problema, soube que aconteceu umas coisas com você ontem. Mas e ai, você está melhor? Eu e Sirius estamos preocupados com você.

Lene, primeiro: eu estou bem. Segundo: Você está com o Sirius?

Sim, por quê? - Ela parou um pouco e depois falou. - Lilian Evans. Se eu sonhar que você está pensando besteira sobre isso, eu te esgano!

Eu ri e por fim, ela também.

– Olha, preciso te perguntar uma coisa. Se você fizesse uma burrice com alguém, como pediria desculpas? - Eu perguntei.

– Lily, seja mais clara, por favor.

– Olha, ontem eu e James meio que brigamos, e por isso estou com um machucado na testa, e por esse motivo que eu desmaiei quando um Death Eater veio me atacar, mas isso é outra hist...

COMO ASSIM? UM DEATHEATER QUASE TE MATA E PRA VOCÊ TÁ TUDO BEM? Vou ai agora mesmo. - Ela desligou o telefone, e eu suspirei. Vou ouvir mais um sermão de outra pessoa.

Em menos de meia hora, eu ouço, do meu quarto, a campainha tocar. Em menos de dois minutos Marlene estava no meu quarto, e me abraçava sem parar.

– Você está bem? - Ela disse me sufocando.

– Lene, eu estou ótima, não precisava ter vindo aqui. - Eu disse depois que ela me soltou.

– Ok, mas você não me ligou á toa. O que aconteceu com você e com o James?

– Vou te contar tudo. - Eu me sentei na cama e ela se sentou do meu lado, mas antes fez questão de fechar a porta. - Eu e James estávamos brigando depois que saimos da loja para comprar as roupas ontem.

– Por que?

– Por que ele acha que vou deixar ele cair na trela de qualquer uma ai. James merece coisa melhor.

– Tipo o quê?

– Ah, sei lá, mas só sei que aquela loira não era pra ele. Continuando, eu o tirei do sério, ele me tirou do sério, eu tentei sair do carro andando, e ele freou muito forte e eu bati a cabeça, com isso eu já estava chorando, e eu sai correndo, e um Death Eater disfarçado apareceu e tentou me pegar, mas James apareceu, no final eu desmaiei, acordei, e aqui estamos.

– Hum... Mas vocês não vão se reconciliar ou coisa do tipo?

– Sabe que eu não sei. - Eu suspirei.

– Lily. Eu queria muito ficar aqui e te consolar e tal, mas eu e Sirius precisamos mesmo ir. Nós saímos e minha mãe não sabe disso. Ela vai me matar.

– Claro, Lene. Depois a gente se fala.

– É pra isso que servem os amigos. - Ela se despediu.

POV Marlene:

– Sirius? - Eu perguntei assim que vi uma sombra conhecida assim que desci as escadas.

– Já acabou? - Ele perguntou e percebi que estava falando com James, e ele parecia estar bem sério.

– Se estou interrompendo alguma coisa, eu posso esperar e...

– Não. - Sirius me interrompeu. - James sabe o que vai fazer, eu espero. Vamos para casa. Até mais, James.

Saimos da mansão e fomos para o meu carro.

– Vai poder me contar o que conversou com ele? - Eu perguntei assim que ele deu partida no carro.

– Bem...

– Sirius... - Eu fiz aquela carinha pidona.

– Ok. Ele está preocupado com a Lily. Mas eu disse para não se preocupar porque, bem... Ele tem que se preocupar com ele mesmo também.

– Como assim? - Eu perguntei.

– Nada. - Ele disse sério e eu decidi encerrar o assunto por ai mesmo. - E você, o que conversou com a Lilian?

– Ela está triste. - Eu suspirei no final, e olhando pela janela, percebi que estávamos em um engarrafamento no transito. - O que será que aconteceu lá na frente? - Eu perguntei e ele deu de ombros.

– O que nos resta é esperar. Por que ela está triste?

– Porque ela está machucada.

– Ahn, eu sinto muito por ela pelo machucado na testa e...

– Não, Sirius. Não é esse tipo de machucado. É um machucado que não se pode ver. - Eu tentei explicar, mas acho que não deu muito certo.

– Como assim?

– Ela está sentindo uma dor, mas que nenhum remédio poderá curar. Só uma coisa, que é o James. Lilian está apaixonada e ainda não sabe disso. - Eu disse tirando o cinto se segurança, já que o carro na estava em movimento e ele estava me apertando. Percebi que Sirius fez o mesmo e ainda mais, ele inclinou o banco um pouco para trás.
– O que você estaria fazendo uma horas dessas, há seis meses atrás? - Ele perguntou.

– Eu estaria surfando no Hawaii. - Disse rindo, e era verdade mesmo. - E você?

– Estaria indo para o haras da sua familia.

Ficamos uns minutos em silêncio, até que ele me pergunta.

– Gosta de viajar, e essas coisas, né?

– Sim, eu adoro. Coisa melhor que viajar, pra mim, é só andar de cavalo. - Ele riu.

– Eu prefiro continuar com os pés no chão mesmo.

– Nunca viajou de avião? - Eu perguntei e ele me encarou, como se estivesse escolhendo entre contar a verdade ou não. Ele tem muito disso, o que faz a vida dele ser um completo enigma para mim.

– Não.

– Hora ou outra, quero que experimente. É muito legal, principalmente com alguém importante ao seu lado. - Eu disse e inclinei meu banco também.

– Já viajou com alguém importante? - Ele perguntou, mas pareceu-me que não se sentiu muito confortável me fazendo essa pergunta.

– Sim, meu cachorro. - Eu disse rindo, e ele pareceu mais aliviado, ou sei lá.

– Nunca viajou com um namorado, ou noivo, quem sabe? - Isso me chamou a atenção, pois ele nunca havia tocado nesse assunto comigo em nenhuma vez que estávamos juntos.

– Não. Nunca achei ninguém que quisesse compartilhar minhas aventuras. - Espero que ele tenha entendido o recado.

– Então quer dizer que você, e nenhuma outra pessoa já... Se aventuraram juntos? - Isso foi no duplo sentido, então decidi ser sincera.

– Não.

Ficamos em silêncio, mas dessa vez, eu o cortei.

– E você?

– Eu? - Não, a Mãe Joana.

– Sim.

– Bem... Já me aventurei. Mas acho que não com a pessoa certa. - Ele não olhou para mim quando respondeu minha pergunta, mas eu estava vidrada nele. No jeito que o vento balançava levemente seus cabelos, o jeito que seu olho mudava de cor conforme o reflexo do Sol. Era tudo novo para mim. Ele era novo para mim.

– Ainda procura essa pessoa? - Perguntei.

– Digamos que eu tenho uma tese. Não se pode desistir de achar a pessoa certa. Mas também não pode forçar uma relação com uma pessoa, sendo que o sentimento não existe.

– O sentimento?

– Paixão.

Nunca pensei muito nisso. Claro que eu já tive namorados, alguns até de longa data. mas todos terminaram por um motivo. Eu não queria transar com eles.

Não é que eu quero me manter casta até o casamento ou coisa assim, mas... Eu sentia que aquela coisa entre os dois não era tão forte a ponto de eu ir para cama com aquela pessoa.

Devem estar achando que eu sou maluca. Uma morena de olhos verdes, no auge dos seus dezoito anos, ainda ser virgem. Mas eu vou te dizer uma coisa, não me importo com opiniões alheias.

Ainda vou achar a pessoa certa. Eu sinto que vou.

Logo depois o transito voltou a funcionar, e fomos para casa.

Sorte que minha mãe ainda não havia chegado para me dar aquela bronca linda de se ver.

Eu fui para meu quarto e fiquei lá assistindo televisão, até dar a hora de almoçar... Meu dia foi normal, eu acho.

POV Remo:

Sinceramente, esse foi o trabalho mais fácil que eu achei até agora na minha vida.

Eu e Dorcas saimos, conversamos... Só isso.

Só teve uma vez que topamos com um Death Eater, mas isso não foi um problema tão grande.
Estávamos eu e ela na biblioteca, que é onde ela gosta de passar maior parte do tempo. Eu já estava acostumado a ficar perto de muitos livros, então isso não foi um problema.
– Remo, quero sair hoje. - Dorcas disse fechando um livro e o colocando de volta da prateleira.
– Sabe o que seu pai pensa só re você ficar saindo por ai. - Eu disse a alertando.
– Mas meu pai não precisa saber, precisa? - Ela disse sorrindo marota, e em seguida saiu da biblioteca. Eu, como bom guarda-costas, a segui.
Bem, eu confesso. Comecei a sentir uma atração por ela, mas espero que não seja nada demais. Afinal, se acontecesse alguma coisa entre ela e eu, ru iria estar entregando ela de bandeja para Tom Riddle.
Deve estar se perguntando o que uma coisa tem a ver com a outra. Mas se ele souber que tenho alguma relação mais, afetiva com ela, e ele vai saber, ele pode me usar para tê-la. E essa é a última coisa que eu quero.
– Dorcas? - Eu perguntei assim que cheguei a sala de visitas, onde ela não estava.
– Remo, você tá ai? - Ela perguntou descendo as escadas.
– Você subiu essas escadas todas, em menos de dez segundos? - Eu perguntei a encarando, e ela riu.
– Uma dica: Não é apenas Hogwarts que tem passagens secretas.
– Vou me lembrar. - Eu disse a segui do para fora de casa.
Ela pegou seu carro, ou seja, iríamos demorar.
– Para onde vamos? - Eu perguntei para ela assim que saímos do seu condomínio.
– Não sei, simplesmente quero sair por ai. Sem rumo. - Ela acelerou o carro e eu sorri, era bem o estilo dela. Ela era bem certinha na maior parte do tempo, mas todos precisamos de fazer algumas loucuras de vez em quando.
Ficamos andando pela rodovia umas três horas, mais ou menos. Até que ela para.
– Onde estamos? - Eu perguntei para ela.
– Vem comigo. - Ela saiu do carro e eu fui atrás dela. Andamos por uma estrada de terra por um tempo, e depois percebi que estávamos andando do lado de um barranco.
– O que estamos fazendo aqui? - Eu perguntei, mas ela parecia estar olhando fixamente para o barranco, porém com a cabeça em outro lugar. Ficamos um tempo em silencio, até que ela resolver falar, e percebi que sua voz estava embargada.
– Foi aqui... - Ela suspirou. - Foi aqui que minha mãe morreu.
Ai eu entendi tudo, ela já me contou sua história, ou melhor, a história da mãe dela.
– Eu realmente sinto muito. - Eu me aproximei e a abracei, e ela começou a chorar.

Depois de um tempo com ela nos meus braços, ela se soltou.

– Por que me trouxe aqui? - Eu perguntei a ela.

– Quase nunca venho aqui acompanhada, a não ser pelo meu pai. Mas agora você apareceu. Me senti segura perto de você. Faz um tempo que não veho aqui por medo. - Ela começou a fitar o chão.

– Medo? De quê?

– Das lembranças. Dói sabe... - Ela começou a ficar com os olhos marejados.

– Sei que isso é muito importante pra você. - Eu disse me aproximando.

Uma coisa estranha começou a acontecer dentro de mim, a medida que me aproximava dela. Senti minha barriga ficando fria, e minha cabeça, só ficava com pensamentos sobre ela.

– Por isso que te trouxe aqui. Você também é importante para mim, quero que saiba disso. - Ela se aproximou mais ainda.

– Você é importante pra mim. - Eu sussurrei, ela fechou os olhos e sorriu.

Eu fiz uma coisa que nem eu mesmo esperava que fizesse. Eu a beijei.

E ela me deixou beija-la.

Ficamos um bom tempo assim, até que paramos para tomar folêgo, e olhamos um para o outro.

– Não podia ter feito isso. - Eu disse para mim mesmo.

– Não foi culpa sua. - Dorcas disse, tentando fazer eu me parar de me culpar, mas não estava funcionando. Caramba! Eu beijei justo a unica pessoa nesse mundo que eu não podia beijar!

– Só vamos esquecer que isso aconteceu, tá bem?


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram???
Eu tenho uma fic para falar, se quiserem ler... Ela se chama A Procura do Desconhecido, de Sofia Forbes, ela é bem legal, tá começando agora e é de uma amigona minha. Se quiserem ler ela, ela é original.
Beijo povo, até a próxima.