Os Marotos - The Bodyguards escrita por Nina Black


Capítulo 11
The Sun


Notas iniciais do capítulo

Oioi amores!
Mais um capitulo aqui!
P.S: Quem gosta de JiLy?
Beijos!



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POV James:

– Bom dia, Sra. Evans. – Eu falei me sentando a mesa para o café.

– Bom dia, James. Dormiu bem? – Ela perguntou passando um pouco de geleia de morango na sua torrada.

– Sim.

Logo percebi, que entre ela e o pai dela havia uma cadeira vazia.

– Lilian está no quarto, não quis descer hoje. – A mãe dela disse adivinhando meus pensamentos. Não perguntei por que, mas algo me dizia que tinha a ver com os pesadelos dela. E sim, eles continuam, e quase toda noite eu ouço ela gritar, ou chorar.

Quando acabei meu café, decidi ir para meu quarto ler um livro.

A Menina Que Roubava Livros era o que eu estava lendo no momento. Eu iria conseguir ler alguma coisa, se alguém não tivesse entrado no quarto, mas essa pessoa não me incomoda, aliás, nunca me incomodou.

– James. Posso falar com você? – Lilian perguntou ainda na porta.

– Bom dia, Lilian. Entra.

Ela se sentou na beirada da cama, e parecia apática, ou alguma coisa do tipo. Ela olhou para o livro em minhas mãos.

– Não sabia que gostava de ler... Muito menos A Menina Que Roubava Livros. – Ela disse sorrindo minimamente.

– Está virando um dos meus hobbies.

– Ahn... Eu vim te perguntar uma coisa.

– Pode perguntar.

– Você quer ir embora?

– O quê? – Perguntei confuso.

– Isso mesmo. Eu não saio mais de casa, e por causa disso, você também tem que ficar aqui dentro desse quarto... Se quiser ir embora, quero que saiba que ninguém está te impedindo. – Ela falou de cabeça baixa.

– Lilian. Eu sei que não sai mais de casa, mas eu não quero ir embora. Até onde eu sei, aqueles caras estão lá fora te procurando, e não posso te deixar sozinha.

– Eu sei, é o seu trabalho, você está sendo pago pra isso. – Ela disse de cabeça baixa.

– Lilian... Que tal se nós saíssemos? – Eu perguntei animado, e ela apenas me olhou com tristeza.

– James... Como você disse, eles estão lá fora. Não quero ir... Eles vão me pegar. – Ela disse se apavorando.

– Hey... Eu vou estar com você, sou seu guarda-costas lembra? – Disse levantando a cabeça dela. – Contanto que não saia de perto de mim, eu juro que nada de ruim vai acontecer com você. Topa?

Ela pensou um pouco, mas depois sorriu fracamente.

– Vou me trocar. – Ela saiu do meu quarto. Decidi me trocar também.

Coloquei minha camiseta polo preta, uma calça jeans azul marinho e tênis pretos e fui espera-la no andar de baixo.

Depois de uns cinco minutos, ela desceu as escadas, e estava com uma aparência melhor do que antes, muito melhor do que antes.

As Evans sabem ficar bonitas quando querem. Não que a Lilian não seja bonita, muito pelo contrario, na verdade, ela é muito bonita.

Estava vestindo uma calça amarela, com sapatilhas vermelhas e uma blusa cheia de flores, com uma bolsa vermelha e com os cabelos escovados. Sei disso porque o cabelo dela, nas pontas era um pouco cacheado, e dessa vez estava totalmente liso.

– Pronta? – Perguntei.

– Vamos. – Ela sorriu para mim.

Caminhamos um pouco pelo condomínio onde ela morava, até que paramos e sentamos em um banco próximo a um parquinho, onde umas sete crianças brincavam no escorregador.

Lilian se sentou e fechou os olhos.

– Como isso é bom... – Ela suspirou.

– O que?

– O Sol. Sentia falta. – Ela falou, e foi ai que percebi que estava sentada onde o Sol pegava nela. O que eu achei interessante, é que quando o Sol batia nos seus cabelos, eles ficavam mais vivos do que antes.

Ela parecia mais viva do que antes.

– Você é uma boa pessoa, James. – Lilian falou me observando.

– Nem sempre fui um bom samaritano. – Disse sorrindo.

– Ninguém nunca foi bom a vida toda. Todos somos pessoas, cometemos erros... Cometi vários erros.

– Você? – Perguntei. Nunca consegui imaginar Lilian Evans sendo uma “garota rebelde”.

– Não se lembra? Quando eu voltava de Paris e ia para a loja da minha mãe, você estava trabalhando lá. E eu me lembro de você, eu demorei, mas consegui me lembrar. Você era um garoto magricelo, não era?

– É... Eu era. – Disse rindo e ela começou a rir também.

– Eu sempre derrubava as caixas que você tinha acabado de abrir. – Ela fez uma careta.

Agora eu estou me lembrando...

– Você era mesmo irritante. Sorte minha que você mudou. – Eu disse sorrindo e ela me encarou.

– Eu mudei muito, não é?

– Fisicamente, e psicologicamente.

– Como assim fisicamente? – Ela perguntou mais interessada.

– Antes você andava como se fosse uma daquelas bonequinhas de porcelana cheia de sardas... Agora... Bem... – Eu juro que fiquei vermelho.

Ela tinha mudado. Digamos que antes ela era uma tábua de fitinha colorida, agora ela... Bem... Vocês entenderam.

– Você também mudou. Não é mais aquele magricelo cheio de espinhas de antes. – Ela corou um pouquinho.

– O que uns quilos e quilos de caixas para carregar todo dia não fazem com uma pessoa. – Falei sorrindo.

– O que uma boa maquiagem e a puberdade não fazem com uma pessoa! – Ela apontou para si mesma.

– Você não passou tanta maquiagem hoje, passou? – Ela fez que não.

– Não deu tempo.

– Suas sardas estão aparecendo um pouco. – Eu apontei para uma, e ela logo tirou um espelhinho da bolsa e ficou olhando.

– Aonde?

– Não se preocupe, você está bonita. – Ela me encarou e ficou vermelha, acho que não tinha ficado mais por causa da maquiagem.

– Acaba de dizer que eu era uma menina cheia de sardas, e agora fala que eu fico bonita nelas?

– Nunca disse que suas sardas são feias. – Se ela pudesse corar mais um pouquinho, ela corou.

– Está flertando?

– Eu não flerto. – Disse me levantando.

– Todo mundo flerta, ou já flertou, ou flertará com alguém! – Ela se levantou e pôs a andar comigo.

– Eu acho que nunca flertei com ninguém. E não, isso não foi um flerte. Não usaria sua sardas para isso. – Eu disse, ela ia responder, se não fosse o celular dela tocando.

Ela atendeu, e pude perceber que era Marlene Mckinnon.

Vou repetir as palavras dela:

– Oi, Lene. Sim, eu estou bem. O quê? Como assim? Quando? Eu vou com quem? Não me diga! Fala sério! Quero só ver. Beijo.

Ela colocou o telefone no bolso e parou na minha frente.

– Temos uma festa para ir. – Ela disse sorridente.

– Como assim “temos”?

– Você, como meu segurança, vai ir como meu acompanhante. E não adianta falar que não, porque você vai gostar, seus amigos vão estar lá também junto com as meninas. A propósito, vamos experimentar as roupas amanha.

– Não sabia que decidia por mim. – Eu falei baixinho e ela não ouviu.

Quando chegamos a casa dela, o almoço já estava sendo servido, e a mãe dela já estava quase ligando para o exército.

Lilian explicou que fomos sair, mas só andamos pelo condomínio. Acho que a mãe dela ficou mais feliz ao saber que eu consegui fazer a Lilian sair de casa pelo menos uma vez depois que ela foi sequestrada.

– Eu vou me trocar. – Falei percebendo que estava fervendo por baixo daquela camiseta.

Quando eu coloquei uma camisa mais solta, eu ouvi alguém batendo na porta.

– Pode entrar.

– James? – Lilian perguntou assim que me viu, e eu me vesti rapidamente.

– O-Oi Lilian. Achei que já estava almoçando com a sua mãe. – EU disse envergonhado.

– Eu... Bem... Só queria agradecer. – Ela disse meio vermelha. – E te dizer, que agora, não quero que peça demissão.

– Mas eu não ia pedir.

– Melhor ainda. – Ela falou sorridente e fechou a porta.

Acho que vou demorar um pouco para entende-la...

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Notas finais do capítulo

o que acharam?
Quem gostou da Dorcas? Beijos!
Comentários são bem vindos!