Dear Gringo escrita por Gaby Molina


Capítulo 13
Capítulo 13 - O que você quer ouvir


Notas iniciais do capítulo

Olá o/ Gostaria muito de agradecer a recomendação da Senhorita Cici, foi muito foda, sério :333 Então, esse capítulo vai para você e para a Vivi (ela sabe por que ;D), espero que gostem s2

"Nossa, Gabriela, você demorou, hein"
Então, eu poderia mentir dizendo que tenho uma vida, mas na verdade eu não tenho. Eu passei uma semana no acampamento, que é meu lugar favorito do universo, então isso contribuiu.
"Mas você não pode escrever no acampamento?"
Poder eu posso, mas geralmente eu escrevo coisas mais relacionadas ao meu estado de espírito lá, como músicas. Várias músicas, na verdade. E, caso você acompanhe meu blog ( http://heyitsmolina.blogspot.com ), não, eu ainda não postei todas lá, mas That Jul(l)y Night já dá uma boa ideia. Uma vez uma leitora me disse que acompanhar meu blog é tipo acompanhar minha vida, então ela fica lendo as coisas que eu posto para saber como eu ando, e disse, literalmente "Quando você começa a postar aqueles textos depressivos eu já sei que fodeu, porque você vai demorar pra caralho pra postar fic"
O que eu admiro, porque também não tenho saco para drama dos outros, por isso não encho o saco dos outros com os meus dramas, só escrevo tudo.
"Nossa, Gaby, você tem um BLOG?"
Cala a boca.

De qualquer forma, talvez qualquer dia eu escreva uma história sobre o tal acampamento. Tenho algumas lembranças que valem a pena compartilhar. Anyway, mantenho vocês atualizados se algum dia resolver fazê-lo.



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Allison

— Por que você veio para o Brasil? — indaguei pela milésima vez.

Isaac balançou a cabeça.

— Não.

— Isso não é justo. Eu não sei nada sobre você, além de que tem dezoito anos, é do Tennessee e gosta de Onerepublic. Além de ser um hipster maldito.

Ele soltou um riso.

— Sabe que eu toco violino.

— É, mas você nem me contou isso. Eu descobri por acidente.

— Por favor, não transforme isso em grande coisa. Estamos nos divertindo, não estamos? — ele segurou minha mão, baixando os óculos.

— Nos divertindo? — repeti.

— É... Quero dizer. Eu nunca vou dizer o que você quer ouvir — ele me fitou. — E você sabe disso. Por isso damos certo.

— "O que eu quero ouvir"? — repeti novamente. — E o que, exatamente, eu quero ouvir?

Ele sorriu.

— Você sabe. O que toda garota quer ouvir. — ele fez o número três com uma das mãos, um dedo para cada palavra.

— Você está brincando. Certo?

— Como assim, brincando?

Ele não estava brincando. Eu não podia acreditar. Soltei sua mão.

— E por quê? Eu não sou boa o suficiente? Você só queria contar para todos os seus amigos gringos punheteiros que pegou um monte de brasileiras, é isso? Bem, então acho que já cumpriu sua meta — resmunguei e me afastei. Pelo olhar de Isaac, ele não sabia o que "punheteiro" queria dizer, mas imaginei que o resto da frase fizera o serviço.

* * *

Eu nunca vou dizer o que você quer ouvir.

A frase retumbou em minha cabeça a tarde inteira. Eu provavelmente parecera estúpida. Eu obviamente não significava nada para Isaac, e mesmo assim praticamente admiti que queria algo sério com ele. Bem, eu obviamente era bem idiota. Sim, tinha que ter algum problema muito sério para achar que um cara que beijava funcionárias aleatórias em viagens escolares iria querer algo sério com alguém. Principalmente comigo.

Tomei lanche no banheiro, como em um daqueles filmes americanos idiotas. Eu poderia ter encontrado outro lugar para tomar lanche sozinha, mas Marina ou Pedro provavelmente me encontrariam. Isaac também poderia me encontrar, mas duvidei que fosse procurar.

Suspirei. O que diabos eu estava fazendo?

Isaac

— Onde está a Peruzzo? — Marina franziu o cenho.

Todos eles se viraram para mim, como se fosse minha obrigação saber. Recuei.

— Não sei. Não a vejo desde a entrada.

— Ela não costuma sumir assim.

— Pois é — dei de ombros. Pedro me encarou por um minuto. — Que é?

— Você não vai procurá-la?

— Por quê?

— Porque vocês... Bem...

Ergui uma sobrancelha.

— Nós o quê, Giorno?

— Nada. Nada.

Um surto de entendimento transpareceu nos olhos de Marina.

— Ai, merda! Você tá pegando a Peruzzo, não tá? Puta merda.

— Você o quê? — Clara abriu um sorriso entretido.

Encarei Clara, um pouco alterado.

— E cadê a sua moral? E você — voltei-me para Marina. — Você é apaixonada pelo Giorno, e todo mundo sabe disso, mas você faz questão de fingir que é melhor do que ele, de fazê-lo persegui-la como um cachorrinho. Talvez ele faça bem para o seu ego, ou talvez você apenas seja medrosa demais para arriscar.

— Eu... Você... — ela estreitou os olhos. — Vai se foder!

— Ninguém aqui aguenta a verdade, é isso? Estão todos tão focados em seus próprios mundinhos que constróem barreiras contra a realidade. Estão tão obcecados por suas notas, e sua popularidade, e suas amizades, e a porra do amor verdadeiro, e não percebem que... — fiz uma pausa, suspirando. — Quer saber, esqueçam.

E então saí andando.

Allison

Como se um desastre de avião fosse conveniente

Não há hora boa para notícias ruins

Essas quatro palavras não saem facilmente

Eu não amo você.

The Maine, vão tomar no cu. Viu, esse é o tipo de coisa que você corre e conta à sua melhor amiga, mas no caso não tem melhor amiga. Ou qualquer amiga.

Então você se tranca no quarto e ouve These Four Words até seus tímpanos explodirem. O que, você sabe, poderia acontecer. Eventualmente.

Era nessa hora que ele jogaria pedras na minha janela e me salvaria de uma noite tediosa sendo estuprada pela minha própria cabeça, mas é claro que isso não aconteceria, então imaginei John Mayer fazendo isso, o que seria um upgrade considerável.

Acho que era nessas horas que as garotas escreviam poemas depressivos, ou músicas que ganham Grammys, ou socam o travesseiro até que saia plumas dele, mesmo que eu nunca tenha conseguido socar um travesseiro tanto assim.

De qualquer forma, eu não saberia o que escrever. Eu não sabia o que fazer, o que sentir, eu só me sentia meio idiota, como se algo tivesse estado na minha frente o tempo todo e eu não tivesse conseguido ver.

Isaac

Minha irmã estava esmurrando a porta do quarto há pelo menos quarenta minutos. Alguém tinha problemas com rejeição.

What did you do to her, you twat? (O que você fez com ela, seu babaca?)

Using british swearing isn't gonna scare me, Emily (Usar xingamentos britânicos não vai me assustar, Emily). Allison is not coming. Deal with it. (Allison não vem. Lide com isso)

— Querido — Ótimo, a Dona Cláudia estava na minha porta também. — Estamos preocupadas com você. E Emily tem um teste importante amanhã, então se pudéssemos ter pelo menos o telefone da garota...

— Não! — revirei os olhos. — Ela está brava, ok? Ela não vai fazer nada por mim e, consequentemente, nem por vocês.

Não sei se elas desistiram ou se eu consegui aumentar os fones de ouvido o suficiente, mas a gritaria cessou. Mexendo no meu telefone, encontrei uma foto que Allison havia tirado de si mesma usando meus óculos de vovó depois que Jonah Chinelo quebrara os meus. Uau, isso parecia ter acontecido há uma eternidade, até mesmo em uma realidade alternativa. Na foto, ela torcia o nariz, algo que fazia frequentemente. A foto era espontânea, do tipo que você não olha antes de tirar, e dava para ver que os lábios dela estavam prestes a ceder um sorriso. Como num tique involuntário, meus dedos colocaram a foto como papel de parede e eu olhei para ela por um bom minuto.

* * *

Caso você ainda não tenha adivinhado, ela não falou comigo no dia seguinte. Na verdade, sequer a vi no dia seguinte, e tive de perguntar ao Will Klein Einstein, que me disse que a vira na entrada e também me deu um sermão de quinze minutos sobre como eu nunca respondia seus convites para terminarmos nosso vulcão, cujo prazo na verdade já havíamos estourado.
Eu achava que devia alguma lealdade a Allison, como seu amigo, e isso incluía não falar com Will, mas agora não sabia mais se importava. Peruzzo parecia ter um novo alvo de ódio.

Allison

Eu estava comendo no banheiro três dias depois quando a minha porta foi esmurrada.

— Peruzzo! — era a voz de Marina. — Allison Peruzzo, isso já está ficando ridículo, abra essa merda.

Marina era bem assustadora quando queria, por isso eu abri a porta.

— Sim? — disse eu, com a boca meio cheia de sanduíche de queijo.

— Você não pode comer aqui. Vamos lá para a mesa.

— Eu não quero ir.

— Vocês terminaram, é isso?

Franzi o cenho.
— O que, você acha que eu estava namorando Isaac Geymer? — ergui uma sobrancelha. — Bem, essa é uma ideia bem idiota, e aparentemente isso é óbvio.

— Então, hum, o que aconteceu?

— Pergunte a ele.

— Ele não vai me contar.

— Bem, então acho que você vai ficar sem saber. Obrigada pela breve companhia, Mah, agora tchau.

Antes que eu pudesse bater a porta, ela soltou a bomba:

— Ele tem uma foto sua como papel de parede, sabe.

Estreitei os olhos.

— Ele o quê?

— É, uma foto sua com óculos escrotos de grau.

Revirei os olhos.

— Ele deve achá-la engraçada — Quando Marina ia retorquir, completei: — Tchau, Soleil.

Ela suspirou.

— Você não precisa me isolar também por causa de Isaac.

— Bem, vocês são amigos dele. Eu só estava... infiltrada.

— Eu sinto muito que pense assim, mas não é verdade — prometeu ela. Vendo que eu não diria mais nada, suspirou mais uma vez. — Tchau, Peruzzo.

E então se afastou.

Isaac

Eu levei um croque aleatório. Caso você esteja se perguntando, sim, eu aprendi o significado de "croque" na prática.

— Geymer, o que você fez com ela?!

Ergui uma sobrancelha para Marina.

— Soleil, as pessoas estão olhando.

Ela bateu na mesa.

— Eu não me importo!

Suspirei.

— Certo, vem pra cá.

Fomos até o pátio.

—... A Peruzzo... Érrr... Nós tivemos algumas divergências de conotação.

— Eu acho lindo que você saiba falar chique na minha língua, mas isso não resolve nada.

— Está bem! Eu achei que estávamos de acordo que não tínhamos nada sério, quero dizer, talvez eu não esteja deixando claro o suficiente que eu sou um babaca.

— Você deixa bem claro que você é um babaca, Geymer.

— Eu sei, certo? É como aquelas enfermeiras de Grey's Anatomy que ficam putas quando o Sloan não liga no dia seguinte, like, elas sabiam que ele é um cuzão, mas...

— Você dormiu com ela?!

— Não. Não. Não. Você não está entendendo. A gente não tem nada sério, e aparentemente só eu sabia disso.

— Mas, de alguma forma, você deixa a foto dela como papel de parede do celular.

— Isso não significa nada.

— Você deixa a foto de todas as garotas que beija como papel de parede do celular?

— Soleil, eu geralmente não fico com elas nem por tempo o suficiente para saber seus nomes, muito menos para tirar fotos.

— Exatamente. Eu não sei quem é esse Sloan, mas duvido que ele seja tão cuzão quanto você. O que, exatamente, você disse para ela?

E então eu disse a ela. E, do nada, uma mão voou na minha cara. Eu ouvi o estalo, e sabia que dentro de um segundo sentiria o estalo.

What the hell...?!

— Ela deveria ter feito isso — disse Marina, se levantando. — Mas, como estou apostando que ela não fez, resolvi completar o serviço. E também foi por você ter dito que eu uso o Giorno como amaciador de ego. Mas isso não importa. Fale com ela, seu filho da puta.

E então ela se afastou e eu fiquei sentado naquele banco com os cinco dedos dela marcados na minha bochecha esquerda.

Allison

O professor de Biologia entrou na sala no dia seguinte anunciando que abriríamos um coração de boi. Os alunos ficaram bem ansiosos com isso, mas eu nunca gostara muito de abrir animais. Não achava útil, nem educativo, e decerto não respeitoso. Humanos podem assinar papéis autorizando que seus corpos sejam utilizados para estudos, mas bois não têm essa opção, assim como bois geralmente não têm opção nenhuma.

O caso é que nos encaminhamos ao laboratório e nos esprememos em torno de uma mesa retangular. O professor Victor segurou a, hm, coisa, e começou a despedaçá-la, mostrando os ventrículos e átrios. Era mole e escorregadio, era como ver um cadáver sendo usado como tiro ao alvo em uma festa infantil. O cheiro subiu e eu podia ver o boi ali. Bem, não exatamente ali, mas pastando, e eu podia vê-lo sendo levado para o abate, e eu podia ver sua família, que teria o mesmo destino, tudo para por fim virar um capricho de estudantes pimpões de escola particular que não paravam de perguntar se podiam brincar com o coração quando a aula acabasse. Um dos garotos perguntou se podia usá-lo como bola de beisebol. O professor deixou que eles mexessem no coração quando acabasse a aula. Aquilo não era educativo. Ninguém ali estava prestando atenção nos ventrículos, só pensavam em melecar aquela sala inteira com pedaços do que um dia foi o centro da vida de um animal.

Diziam-me que Deus nos fez à sua própria imagem, mas eu não via como, pois Deus criara os animais e os humanos usavam seus membros como bola de beisebol pelo simples prazer de despedaçá-los. Era... doentio.

Antes que eu percebesse, uma lágrima escorreu de meus olhos. Não tinha certeza se era uma lágrima de tristeza, mas sim de raiva, de impotência. De saber que nada que eu fizesse mudaria o destino daquele ou de muitos outros bois sendo usados para o mesmo fim idiota. Mais do que isso, eu odiava aquelas pessoas, que não conseguiam ver isso. Eu odiava saber que aquela não era a primeira vez que aquela aula era dada, e não seria a última, e que mais alunos perguntariam se podiam destroçar o coração do bichinho e que mais professores diriam que sim, como se fosse perfeitamente normal e saudável.

Uma garota ao meu lado me perguntou se eu estava bem e eu disse que o cheiro estava me incomodando. Pedi licença ao professor e saí do laboratório.

Corri até o pátio e chorei por uns cinco minutos antes de perceber que alguém se sentara ao meu lado. Uma mão pequena e fina apertou meu ombro.

— É doentio, não é? — Bianca suspirou. — É tão... inútil. Eu entenderia se fosse fazer um grande bem na vida dos alunos, mas obviamente a única coisa que eles vão lembrar dessa aula é como conseguiram rasgar aquela merda em vinte mil partes.

Eu não respondi, só chorei mais. Primeiro porque não sabia o que dizer, ou se deveria dizer, e segundo porque eu queria aquela vaca narcisista de volta na minha vida mais do que nunca, provavelmente porque eu cometera o erro idiota de beijar meu único amigo e o erro ainda maior de não conseguir admitir que fora um erro.

— Você é uma vadia egocêntrica e sociopata — funguei.

— Sou mesmo — ela baixou a cabeça. — E não me orgulho disso. Então, hum, já que não tem como você me odiar mais, posso perguntar o que tá rolando entre você e o gringo? Quero dizer, eu sei que disse para você se jogar, mas não achei que...

Eu dei uma cotovelada nela e ela calou a boca, mas não saiu dali. De alguma forma idiota, era bom saber que havia alguém ali para me ouvir se eu quisesse falar, mesmo que não fosse nem de perto o alguém ideal, se esse alguém existia.

Isaac

— Qual é — eu sorri. — Qual é a sua brilhante próxima aula?

— Biologia — respondeu a garota do primeiro ano cujo nome eu já esquecera.

— Ah, eu posso te ensinar Biologia.

Ela esboçou um sorriso malicioso, afastando o cabelo louro do rosto.

— Ah, é?

Segurei-a pela cintura, ainda andando pelo corredor.

— Ah, é.

Um olhar dela e percebi que eu ganhara. Geralmente gostava mais da conquista do que da ficada em si, mas por algum motivo não tivera a menor graça. Talvez tivesse sido fácil demais. É, eu não deveria ter dado em cima de uma garota do primeiro ano, elas estavam todas encantadas e desesperadas porque eu tinha um carro. Ilegal, mas ainda assim um carro.

Mas agora o melhor era aproveitar. Quando estávamos chegando ao pátio, vi um furacão conhecido de cabelos escuros sentado num banco, e a vaca adúltera (ou quase isso) sentada ao seu lado como se nunca tivesse acontecido.

— Olha,... Você — desisti de lembrar o nome da menina do primeiro ano. — Eu já vol... Mentira, você deveria ir para a aula. Eu vou demorar.

Corri até Allison, sem me importar. Ela ergueu os olhos por um minuto, mas então desviou-os e continuou fitando o nada.

— Peruzzo — chamei. — O que houve?

— Foi uma coisa na aula de Biologia — a vaca adúltera respondeu.

Encarei-a, a raiva subindo.

— Eu não perguntei a você. Com licença.

Bianca se levantou.

— Eu sou a melhor amiga dela! Você não pode...

— Eu não posso o quê?! — ergui uma sobrancelha. Podia quase ver a acidez pulando para fora da minha boca. — Caso não se lembre, enquanto você estava fodendo o Einstein de cueca box, eu estava lá. Eu a segui até o banheiro, e a abracei, e fiz discursos inspiradores, e cuidei da autoestima fucked up dela, e a incluí num grupo novo de pessoas muito mais decentes que eu nem sei por que andam comigo... Eu. Eu, e não você! Então, não me diga o que eu posso ou não posso fazer quando se trata dela! Não aja como se eu não soubesse, como se não...

— Você é um hipócrita — Allison me encarou, fria. — Você também me machucou, não aja como se fosse um anjo.

— Mas eu não tive intenção — baixei o tom de voz.

Ela bufou e se voltou para a vaca adúltera.

— Bianca, dê o fora daqui. Por favor.

Sem dizer nada, a loura se afastou. Eu sentei-me ao lado de Allison e a abracei antes que ela voltasse a me xingar.

— Vai me dizer o que houve?

— Por que quer saber? Nunca vou ser nada sério para você.

— Peruzzo, não foi isso que eu...

— Cala a boca — ela fungou, os olhos voltando a ficar molhados. — Cala a boca antes que eu me arrependa de deixar você me abraçar.

Eu assenti e a abracei mais forte, sentindo ela ensopar minha camisa, mas naquele momento eu realmente não me importei.


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Notas finais do capítulo

A história toda do boi é real, exceto que eu sou orgulhosa demais para começar a chorar compulsivamente, então apenas engoli e disse que o cheiro estava incomodando minha lente de contato, que já estava incomodando antes.
Eu recomendo a todos vocês que usem lentes de contato, porque elas te dão um passe livre para basicamente qualquer situação delicada.
E não, eu não sou uma pessoa sensível, eu quase nunca choro, então não venham com essas merdas de me consolar. Na verdade, eu basicamente estou ficando sem pessoas de quem eu realmente gosto. Então, se você não for um completo (a) babaca, pode vir falar comigo.
Mas é, eu sou uma pessoa legal. Só não sou muito fã de babacas que se acham fodas porque estraçalham corações de boi como se fossem brinquedos. Eis a minha mensagem da madrugada para vocês.



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