Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 52
Capítulo Especial: Não é mais um romance literário




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Esses momentos ocorreram quando Reneesme não havia nascido, eu estava ainda com quatro meses de gestação...

-Tem certeza que quer ficar sozinha, meu amor? Não acho uma boa idéia.

-Ah Edward! Eu estou bem e o bebê também! Além disso, você nem vai demorar.

-Tudo bem. –Edward aproximou-se me beijando nos lábios e beijando minha barriga, nossa filha. Era um domingo e não tinha muito que fazer. Então eu me lembrei de algo: Edward havia reescrito os rascunhos daquele que seria seu décimo livro de título “Não é mais um romance literário” com nossa história. Ele disse que eu deveria ler, pois conheceria tudo o que se passou em sua cabeça quando estávamos juntos, através de Sebastian, seu personagem fictício. Como não tinha nada para fazer eu peguei o rascunho. Li atentamente a tudo, até os pensamentos que me fizeram querer esganá-lo. Mas aqui vai o relato dos momentos que mais adorei, momentos em que eu amei saber o que se passava na cabeça de meu marido.

Quando nos beijamos pela primeira vez...

“-ORA SEU... –Megan não pronunciou mais nada, Sebastian a calou com um suculento beijo. Um beijo que ele queria dar naqueles lábios desde o primeiro instante em que a viu em meio a uma tempestade. Ah! Os lábios virginais de Megan estavam levando Sebastian ao delírio! Fora difícil para ele deixar aqueles lábios, mas ele teve de fazê-lo.

-Melhor ir Megan. A propósito... Adorei a brincadeira. –Sebastian disse enquanto Megan deixava o carro. Ela o olhou atônica enquanto Sebastian saia do local. Tornou-se um vício os lábios da colegial. Eidi queria, queria, queria mais e mais do néctar. E ele faria o possível para conseguir.”.

Quando Edward descobriu que eu era virgem...

“-O que há? –Perguntou Sebastian a Megan estranhando seu comportamento.

-Eu... Eu não sou uma qualquer que você pode ir passando a mão! Meu Deus, o que estou fazendo aqui afinal? Vamos embora.

-A julgar pela sua atitude... Você é virgem. Estou certo? –Megan pareceu ofendida com o comentário, mas Sebastian não tinha tal intenção, queria estar apenas mais bem informado de sua companhia.

-Eu sou. Decepcionado?

-Não. É a primeira virgem com que tenho um encontro. –Sebastian verdadeiramente se surpreendeu com o fato de Megan ser pura e isso realmente o excitou. O vício irremediável da garota aumentara. –Não sou muito bom em sair com mulheres virgens visto que você e a primeira então... Pergunto... O que quer fazer?

-Eu não sei. –Ela tremia. Sebastian segurou sua mão e sentiu um prazer desconhecido por ter a companhia de Megan.”.

Quando me encontrei com Edward pela primeira vez em seu hotel...

“-Não chamei você aqui para deixar o paletó e ir embora. –Sebastian estava tremendamente excitado. Como uma simples colegial conseguia deixá-lo desse jeito? Ele não entendia, mas não importava. Tudo o que Sebastian queria era sentir o calor intoxicante que Megan emanava. Seu vício, seu prazer. -Estava com saudade de meu brinquedinho. –Ele sussurrou em seu ouvido, mordiscou sua orelha. Logo mais distribuiu beijos pelo pescoço macio de Megan, sentindo êxtase por isso. Megan parecia desorientada com a carícia, coisa que Sebastian aprovou.

-PARE! –Ela o empurrou. –O que acha que sou? Eu só vim entregar o paletó! Até mais ver! –Levantou-se, sendo puxada bruscamente para o sofá.

-Quer mesmo que eu acredite que deixou de freqüentar suas aulas podendo ter sérios problemas com seus pais e seguiu de ônibus para cá apenas para devolver o paletó? –Não conseguia encará-lo. Megan mentiu.

-Sim Sebastian. –Sebastian riu.”.

Quando Edward me convidou para ir a Camp Pendleton North...

“-Fugindo de mim garota?

-SEBASTIAN! O QUE VOCÊ...

-Quer uma carona? –Sentiu-se estranhamente ansioso, ansiava pela companhia de Megan.

-Mas não me deixe em frente de casa. Meu primo está lá e pode nos ver.

-Primo? Hum... –O vi pensativo. Eidi sabia que tinha de controlar o sentimento similar a ciúme que tentava se apossar de sua pessoa.

-O que foi Sebastian?

-Nada. A propósito com o lançamento do oitavo livro se aproximando devo avisar que irei para casa.

-Sua cada em Camp Pendleton North?

-Sim.

-Entendo. Então Sebastian... Veio para se despedir de mim?

-Despedir de você? –Ele deu seu meio sorriso.

-Isso. –Não o fitava.

-Pode ser uma despedida ou...

-Ou?

-Venha comigo para minha casa em Camp Pendleton North. Pelo menos por uns dias.

-QUÊ? ENLOUQUECEU?

-Por quê? Não posso convidá-la, Megan?

-MEUS PAIS JAMAIS PERMITIRIAM!

-Ah! Seus pais... Sempre seus pais! Que seja. Eu só a convidei porque não gosto de passar os primeiros dias em casa escrevendo. Trabalhando assim sem um pouco de divertimento atrapalha o desenvolvimento de minha obra. Geralmente convido outras mulheres, mas para que não fique chateada, convido você primeiro.

-ORA SEU... QUE HISTÓRIA É ESSA?

-Ah! Esqueça vai eu não quero discutir! –Seguiram silenciosos. Sebastian queria demais a companhia de Megan, não desistiria fácil. Teria que persuadi-la a mentir aos pais se preciso.

-Chegamos. –Anunciou exasperado.

‘Dê tempo ao tempo.’ –Pensou enquanto olhava para Megan.”.

Quando Edward quis se encontrar comigo durante meu encontro com Jacob e, acreditem, ele ficou com ciúmes!

-Alô?

-Quero sair com você. –Disse tentando conter a fúria que sentia, algo que nunca experimentou sentir por seus outros ‘casos’.

-Não posso. Não agora Sebastian!

-Por que não?

-Eu... Eu estou ocupada com uma amiga minha. –Megan mentia. Claro sinal de que estava fazendo algo impróprio. Sebastian sentiu os nervos rugindo.

-Sua amiga? Pelo que soube o nome é Paul e Paul é nome masculino. A não ser que ele seja gay.

-Sebastian você... Você onde está? Está aqui? Está me observando, cretino!

-Acalme-se eu liguei para a sua casa e sua mãe falou que tinha saído com um primo. Não imaginei que seria logo Paul Stepheson, um dos modelos mais famosos do Japão. –Sebastian sem querer cravou as unhas na palma da mão.

-Sebastian! O que você quer afinal?

-Assim que chegar a sua casa avise-me e nós iremos sair.

-O QUÊ? MAS...

-Se tiver alguma objeção Megan posso buscá-la ai. Você quer? –Sebastian não conseguia mais conter a raiva irracional que o atingia ao pensar em outra pessoa tocando SUA Megan.

-Tudo bem. Tchau! –Megan desligou.”.

Quando Edward e eu quase fomos pegos por minha mãe em meu quarto...

“-Megan? Está acordada? Você está bem?

-Sim mãe eu... Eu tive um pesadelo, mas voltarei a dormir.

-Está bem então. Qualquer coisa mamãe está no quarto.

-Que tocante! E então Megan vai me apresentar a sua mãe ou terei de fazer isso pessoalmente? –Sebastian, movido também pela raiva que sentia por Megan se recusar a apresentá-lo a seus pais, tentou chamar a mãe da garota, mas Megan calou o rapaz com um beijo. A excitação novamente tocou conta de Sebastian que, rolando para o lado, comprimiu o corpo macio cheio de curvaturas espetaculares que a colegial exibia.

-Pare... Sebastian.

-Porque pararia? Estava gostando, não é?

-É que... Você sumiu e agora vem querendo agrado? Não pense que aceitarei ser tratada como um divertimento para livrá-lo do tédio. –Virou o rosto, aparentemente aborrecida. –Acho melhor você ir.

-Tudo bem. Então acho que a julgar pelas suas atitudes não aceitará o convite de vir comigo para Camp, não é?

-Convite?

-Preciso de alguém que me distraia para assim não dar continuidade ao meu nono livro. Pensei em convidá-la, creio que de todas com quem me envolvi você será a única que não me chateará o tempo todo. Mas se não quiser ir...

-Mas... Quando você pretende ir Sebastian?

-Amanhã.

-AMANHÃ? COMO EU VOU COM VOCÊ SEM MAIS NEM MENOS AMANHÃ?

-Ora diga aos seus pais que sairá e iremos viajar. –Deitou-se na cama de Megan confortavelmente cruzando os braços por detrás da cabeça, parecia despreocupado.

-Não posso fazer isso. Meus pais jamais permitiriam. Eu teria que inventar uma desculpa, mas não posso fazer isso de uma hora para outra.

-Uma semana.

-O quê?

-Tem uma semana para inventar algo e ir para Camp comigo. Se não conseguir nada, irei sem você. –Sebastian não estava disposto a perder, não quando queria demais a companhia de Megan e tentava entender um pouco mais do estranho sentimento que nutria pela garota.

-Não posso prometer nada. Meus pais são espertos e nem quero imaginar o que aconteceria comigo se descobrissem algo. Vou ver o que posso fazer. –Ele sorriu vitorioso.

-Então ligarei para você na sexta. –Ele levantou-se.”.

E a cada página lida, cada palavra, eu entendia os sentimentos de Edward. Eu nunca imaginei dizer isso, mas os sentimentos de Edward eram muito mais intensos que os meus. Isso porque, definitivamente, eu fui à única mulher que ele amou. Em alguns momentos foi difícil ler, as lágrimas vieram com força total embargando minha visão. Se eu soubesse o que Edward sentia, não teria feito o que fiz quando quis viajar com Jacob.

A parte que mais me emocionou em toda a leitura foi quando eu fingi me afogar, agora compreendia porque Edward reagiu daquela forma na época, porque ficou tão bravo...

“-Viu? No final das contas consegui fazê-lo entrar na água!

-Você... Fingiu? –Ele não queria acreditar! Acreditar que senti tanta angústia por uma simples brincadeira.

-Não consegui pensar em nada melhor para forçá-lo a entrar na água. Realmente acreditou que conseguiria me afogar sendo que não está muito profundo? Ora Sebastian até parece q... –Ele a agarrou em um abraço poderoso. Sebastian não queria solta-la e experimentou sentir medo pela primeira vez, medo de perder alguém. O ódio só o dominou depois de passada a emoção. -Acho que tenho que me desculpar, não é?

-SUA IDIOTA! VOCÊ QUASE ME MATOU!

-Desculpe Sebastian, foi só uma brincadeira.

-SÓ UMA BRINCADEIRA? VOCÊ ENLOUQUECEU?

-‘Tá bom, Sebastian eu pedi desculpas. Dá para maneirar? Ninguém morreu nem nada disso.

-Eu vou para casa. Fique aqui se você quiser.

-Não, eu vou voltar também. –Ela disse, mas ele estava longe.”.

Agora eu entendia sua explosão daquele dia. Eu fui tão estúpida! Continuei a leitura até chegar à primeira vez que fizemos amor. Sempre quis saber o que Edward havia pensado, agora eu sabia. Lágrimas desciam de meus olhos pela emoção que estava sentindo.

Tocar o seu corpo, sentir o seu cheiro... Era o paraíso! Megan era sem dúvidas a coisa mais preciosa, mais virginal e bela que Sebastian experimentou.

Era um vício, o desejo incontrolável que sentia por Megan ameaçava dominá-lo, mas ele sabia que tinha de ser cuidadoso. Porque quando há amor além da excitação em uma relação amorosa, é preciso ser cuidadoso. Depois de se recuperar do momento perguntou:

-Você está bem?

-Maravilhosamente bem na verdade.

-Eu não te machuquei?

-Não. Estou bem. –Sebastian se afastou para poder deixar Megan respirar. Ficou deitado ao seu lado olhando a menina. Nunca a viu mais encantadora. -Nossa!

-Acho que isso responde a pergunta que iria fazer, se foi bom.

-Sebastian não fique muito envaidecido, mas... Foi maravilhoso! –Sorriu. Tomado pelo cansaço Sebastian adormeceu nos braços quentes de Megan desejando não sair daquele lugar.”.

E não sei até que parte eu li, estava difícil enxergar algo com os olhos tão marejados. Eu não sabia que Edward me amava tanto e que sofreu por esse amor, pelo conflito desse amor. E as horas foram passando.

-Cheguei! Amor? –Ele me viu sentada no sofá encolhida enquanto chorava copiosamente. Os papéis que a pouco havia lido espalhados pela mesa de centro. –AMOR! –Edward sentou-se ao meu lado, colocou suas mãos gentis em minhas costas e as esfregou lentamente. –Você está bem? Por que está chorando? –Edward parecia alarmado. Eu o olhei através da grossa película de água em meus olhos. Então eu o abracei, o abracei tão forte! Ele me abraçou de volta. -O que há, meu amor? Está sentindo alguma coisa? Fale, por favor!

-Obrigada... Obrigada por me amar... Edward. –Eu continuei a chorar em seus braços sem me preocupar se Edward entendia ou não minha conduta. Então eu vi seu riso. Afastei-me e o vi fitar os papéis.

-Então você leu o livro. Eu deveria ter recomendado para ler depois da gravidez. Toda essa emoção não é muito boa para nosso bebê. Mas fico feliz por que agora você sabe tudo o que senti através de Sebastian. Sabe que amei você desde sempre. –Eu não o deixei falar por muito mais tempo. Eu o beijei vigorosamente. Edward sorria por entre os beijos. Ele me pegou no colo e me carregou para o nosso quarto.

Enquanto fazíamos amor tinha gravada na lembrança a dedicatória do livro feita por Edward.

“Para minha amada Bella cujo amor me libertou da solidão e me presenteou com o maior bem que poderia receber, nosso filho.
Edward Cullen.

PS: Amo você... Meu brinquedinho!”.


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Notas finais do capítulo

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