Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 32
Capítulo 32




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-Nossa a visão dessa torre é linda! –Estávamos no topo de uma torre que tinha uma visão magnífica para o mar. Adoraria estar só em um local como este com Edward, mas o local estava repleto de turistas. Eu olhava a tudo maravilhada e Edward parecia entediado. Também pudera: ele conhecia cada detalhe de Camp Pendleton North. Fomos a cinco pontos turísticos, um mais belo do que o outro. Camp conseguiu me surpreender, era um local grande e fascinante. Até mesmo a feira com lojas que vendiam produtos artesanais era fantástica. Enquanto eu e Edward almoçávamos em um restaurante eu o fitava. Edward parecia incrivelmente entediado.

-Ah Edward! Não faça essa cara de tédio! Assim eu fico me sentindo mal achando que não gosta da minha presença.

-É verdade Bella que estou entediado por sua causa, mas não da forma como está pensando.

-E de que outra forma seria? –Inclinei-me na mesa para olhá-lo, meus olhos faiscando de raiva.

-Poderíamos estar nos divertindo melhor entre quatro paredes do que aqui. –O sorriso malicioso em seus lábios. Fiquei tão rubra quando a blusa vermelha que usava. Edward parecia se divertir com meu acanhamento.

-EDWARD PARE DE DIZER OBSENIDADES! Eu não estou acostumada com esse tipo de conduta! Só por que nós... Não significa que eu... Que eu gosto de tudo tão explícito assim!

-Ora Bella não precisa se envergonhar. Só estou sendo sincero. Não me agrada muito ficar andando vendo pontos turísticos que conheço de cor. Preferia desvendar o seu corpo, ele ainda é um mistério para mim.

-Meu corpo é um mistério? Como assim? Não entendi.

-Um rosto de menina e um corpo fabuloso de mulher. Ainda estou intrigado mesmo depois de vê-la nua duas vezes, sabia? –Os olhos de Edward fixos nos meus, falava estas palavras sem pudor algum. Tentei conter o rubor o quanto pude. Eu iria protestar, mas estava verdadeiramente lisonjeada. Edward me via e me desejava como mulher. Jamais imaginei algo assim, jamais imaginei que Edward Cullen me desejaria. -O rubor no seu rosto é lindo sabia? – Edward disse olhando-me. O queixo pousado nas mãos. –Abaixei a cabeça tomando o restante de meu refrigerante.

-Você está muito estranho Edward.

-É, acho que tem razão. –Eu o vi pegar algo do bolso da calça.

-Pensei que tivesse parado de fumar.

-Um trago não vai fazer mal. –Eu não gostava de vê-lo fumando por um lado, mas por outro... Ele fumava com tanta classe! Já havia terminado de almoçar. Agora eu o fitava, maravilhada. E foi nesse momento que vi, próxima a nossa mesa, a garçonete do restaurante onde tínhamos ido ao primeiro dia, a mulher que se insinuou cretinamente para Edward. Mostrei todo meu aborrecimento. Ela reconheceu Edward e veio falar conosco.

-Nossa... – Edward a fitou. –Você é Edward Cullen, não é?

-Sim. – Edward respondeu frio. Gostei disso.

-Lembra-se de mim? Eu o servi no restaurante anteontem. Lembra-se?

-Acho que sim.

-Eu adoro seus livros!

-Obrigado. –Eu presenciava os dois conversando enquanto eu apenas olhava.

-Pode me dar um autógrafo? –Eu já estava hiperventilando de raiva.

-Claro. –Eu já deveria imaginar que Edward seria simpático, afinal aquela mulher lhe proporcionava seu ganha pão. Ela retirou um papel do bolso e conseguiu uma caneta dentro de sua bolsa. Zero não faria nada, mas eu, que agora era olhada de forma mortífera pela mulher, poderia fazer algo. A princípio tentei ignorar, eu não queria prejudicar Edward em seu trabalho. Eu só precisei esperar um pouco mais para que a mulher a minha frente agisse.

-Muito obrigada pelo autógrafo. Ah! Que menina linda! É da sua família? –Ela olhou para mim com desdém. Edward olhou para mim, ele não iria intervir, eu sabia disso. Ele queria que eu decidisse me impor deixando de lado o medo de me expor. Levantei.

-Eu não sou da família dele. Eu sou NAMORADA dele, ouviu? Agora será que dá para parar de assediá-lo? –Meus olhos crispados pela fúria. A mulher olhou-me dos pés a cabeça me avaliando. Saiu pasma com minha declaração esperando que Edward protestasse, mas ele não protestou. Edward riu.

-Nossa! Eu não conhecia esse seu lado agressivo!

-Há-há!

-Estou louco para testar todo esse seu entusiasmo na cama. –Levantei-me ainda sentindo a fúria me corroer. O segurei pela gola da camisa.

-Então vem comigo! –O puxei da cadeira.

Edward abriu apressadamente a porta da casa enquanto seus lábios estavam colados aos meus. Ao fechar a porta o empurrei com brutalidade na porta de entrada beijando-o ardentemente. Como eu poderia classificar o meu ato perante Edward? Talvez eu só estivesse cansada de ser aquela garotinha. Eu queria ser uma mulher, queria que me vissem de tal forma. Enquanto o beijava rasguei a camisa vermelha de botões que ele usava, Edward mantinha suas mãos em minha cintura. Logo me ergueu, nosso lábios não se desgrudaram. Levou-me até o quarto, caímos na cama. Virei-me ficando por cima de Edward. O beijei quase que violentamente. Edward ergueu um pouco seu tronco, suas mãos em minha cintura. Aproveitei a posição para arrancar a camiseta preta que usava. Voltei a deitá-lo na cama, meus lábios nos dele como sempre. Retirei minha blusa vermelha, revelando o lingerie lilás que usava. Voltei a beijar Edward quase perdendo o fôlego. Senti as mãos dele apertarem-se em meu quadril, mas logo senti que sua mão gentilmente me empurrava.

-Bella... –Falou enquanto ainda o beijava avidamente. –Espere... –Por essa eu não esperava! Assustada, afastei-me.

-O que foi Edward? Não está gostando? –Ainda estava sentada em seu colo.

-Claro que estou gostando, mas... Não precisa fazer isso para provar algo para mim, ou para aquela mulher que pediu um autógrafo meu. –Congelei. Ele havia percebido os porquês de meus atos. Envergonhada, sai de seu colo sentando ao seu lado na cama de costas para ele.

-Desculpe, eu... Edward eu não sei o que deu em mim. Eu fiquei mortificada com o que aquela mulher disse.

-Por quê? – Edward sentou-se. Olhava para mim.

-Por que ela exteriorizou algo que todos pensam a me ver ao seu lado. Você sempre se envolveu com mulheres interessantes, ricas, bonitas, etc. E eu sou completamente diferente dos seus padrões eu... –Ele colocou um dedo em meus lábios.

-Se continuar ouvindo asneiras eu vou me aborrecer! –Ele disse com um rosto cheiro de aborrecimento. –Você se subestima demais, Bella. Vamos deixar esse assunto para lá. – Edward voltou a deitar-se. Deitei ao seu lado encarando o teto. –Mas gostei de sua conduta. Se eu irritá-la, provocar ciúmes. É assim que você vai agir? –Ele olhou-me travesso. Dei um pequeno soco em seu ombro.

-Se isso acontecer colega eu apelarei para a violência! –Mostrei irritação em meus olhos, mas Edward não se intimidou. Ele apenas soltou uma gargalhada gutural.

-Você não existe! Mas... Sabe... –Ele se aproximou de mim sussurrando em meu ouvido. –Eu gostaria de uma coisa.

-O que? –Estremeci com a aproximação.

-Quero que use aquele lingerie vermelho para mim. –Mordiscou o lóbulo da minha orelha. Tive que me lembrar como respirava.

-EDWARD PARA COM ISSO! –O empurrei levemente. Estava tão rubra que não me surpreenderia se cuspisse sangue.

Edward levantou-se rindo de minha reação exasperada.

-Vamos sair para jantar hoje. É melhor DESCANÇARMOS esta tarde. Então não tente me atacar novamente, ok?

-Vou ignorar o que acaba de dizer.

-Vou tomar um bom banho. –Ele olhou-me. –Não vou me opor se quiser me acompanhar. -Deu seu meio sorriso. Fitei o chão. O pior não é ser provocada por Edward e sim esperar a provocação, feliz. Fui até o closet e peguei uma pequena maleta com os produtos de higiene pessoal que utilizaria. Peguei meu celular ao acaso. Estava desligado. Senti o peso de ter mentido para Jacob e não ter revelado o endereço dos pais de Angela.

-Ah é melhor ligar o celular! Meus pais certamente ligarão! –Liguei o aparelho. Não demorou a ver algumas mensagens de texto mandadas por Angela. Estranhei. Uma mensagem é até aceitável, mas dez menagens é demais. Li a primeira para me arrepender amargamente. A mensagem dizia o seguinte:

“Bella...

Sinto muito. Eu não pude fazer nada para ajudá-la. Seus pais descobriram tudo e me colocaram na parede juntamente com meus pais. Eles estão aqui em casa com seu primo Jacob. Querem que você venha aqui. Perdão.”.

Depois de ler aquelas palavras repassadas por Angela não vi mais nada. Pude apenas ouvir as batidas altas de meu coração enquanto sentia tudo rodar. Tudo ficara escuro e cedi ao choque de suas palavras.


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Notas finais do capítulo

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