Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 17
Capítulo 17




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Terminara de me arrumar. Felizmente meu uniforme e pertences estavam na casa de Edward. Arrumei a roupa e acessórios dados por ele guardando em seu armário, estava ciente de que não poderia levar aquele presente comigo.

Depois de pedir um café para dois e arrumá-lo na mesa da sacada da pequena sala fui até o seu quarto, onde havia dormido com ele.

-Continua dormindo. –Murmurei risonha. Aproximei-me de Edward, acariciei seus cabelos macios. Queria ficar ali, contemplando o seu sono, mas tinha de ir. –Até mais tarde, Edward. –Falei baixinho em seu ouvido depositando um cálido beijo em seus lábios. Edward se remexeu, mas não acordou. Logo sai, indo diretamente para a escola.

-Bela, você se arriscou demais desta vez.

-Eu sei Angela, mas agora está tudo bem. Não creio ter sido fotografada ou filmada pela imprensa. Meus pais ligaram para você?

-Não, mas acho que ontem seu primo foi em casa.

-Sério? Ele falou com você Angela?

-É só uma suposição. É que tive a impressão de ter visto um carro igual ao dele na frente de casa em um determinado horário. Então Bella... Estão namorando?

-Acho que sim. –Tentei conter a felicidade que sentia, mas nada passou despercebido por Angela. Ela sorriu.

-Está feliz não é mesmo?

-É. Eu estou sim Angela. Então me mostre às matérias que perdi.

-Aqui. –Disse Angela estendendo o caderno com as anotações.

-Então amanhã começará a maratona de provas antes das férias de verão. Boa sorte a todos. –Disse animadamente um de nossos professores para uma turma não tão animada assim.

-É Bella. Teremos de estudar.

-Não estou mais tão preocupada. Edward é um bom professor e graças a ele entendo mais de inglês e literatura.

-Agora estou curiosa amiga. Queria ver o quanto Edward Cullen é bom em ensinar. Também estou com dificuldades em literatura.

-Que tal se nós fôssemos agora para o hotel onde ele está? Ele poderá nos ensinar.

-Será que ele não ficaria bravo Bella?

-Se ficar, desde que nos ensine, tudo bem. –Minhas palavras conseguiram convencer Angela e vir comigo. Novamente avisei meus pais de minha demora.

Seguimos de ônibus para lá enquanto ligava para Edward avisando o que faria. Nem vou comentar o que Edward disse quando atendeu seu telefone e soube que iria para lá para estudar e levaria uma amiga minha.

Ele foi bem cortês com Angela como não imaginava, mas quando ela virava as costas, Edward olhava-me mortiferamente. Tivemos uma aula focada apenas nas dúvidas de Angela quanto à literatura, bem poucas dúvidas devo acrescentar.

Eu não ligava para a explicação que Edward dava a minha amiga. Eu apenas o observava belo, com uma camisa branca colada ao corpo e calça social. Se Angela não estivesse lá certamente eu o agarraria com todo o poder que uma namorada possui. Namorada... Ainda custava a acreditar que eu era algo mais do que um brinquedo para Edward. Em um determinado momento, Angela pediu para ir até o banheiro. Senti medo pelo olhar que Edward lançou para mim. Agora seria repreendida pelo que fiz. Levar alguém desconhecido... Ele devia estar furioso!

-Então... Está aborrecido por ter trazido a Angela aqui, Edward? –Perguntei quebrando o silêncio. Edward levantou-se pegando uma água tônica na geladeira. Bebeu o conteúdo olhando fixamente para mim, mas sem dizer nada.

-Devia ter dito que não gosto de visitas.

-Desculpe. A Angela sugeriu que eu a trouxesse então eu...

-Deixe pra lá. –Ele afastou-se sentando no sofá. Levantei da cadeira em que estava e fui até ele.

-Se isso o aborrece tanto, darei uma desculpa para Angela e nós duas iremos embora. –Falei contrariada com a situação que causei. A última coisa que queria era aborrecê-lo. Ainda mais com a saúde um pouco debilitada como ele estava. Edward deixou a garrafa seca em cima da mesa de centro e puxou-me fazendo com que sentasse em seu colo.

Nem consegui reagir a sua ação.

-O que me incomoda é que pensei que faríamos outra coisa ao invés de estudar. –Roçou seus lábios nos meus. Suas mãos prendendo-me possessivamente em seu colo. Sentia a ereção de Edward e fiquei aturdida com aquilo. Tentei me livrar, mas Edward era mais forte do que eu. Deitou-me impaciente no sofá beijando-me com maior vigor e nada pude fazer além de retribuir o beijo. Ousadamente eu puxei um pouco sua camisa e acariciei com uma das mãos o abdômen definido, Edward arfou com isso.

Beijamo-nos de forma selvagem como nunca havíamos nos beijado. Nem sei onde pararíamos tudo isso se não tivéssemos ouvido os passos de Angela retornando do banheiro. Levantei-me rapidamente ajeitando as minhas roupas amassadas, Edward sorria de canto.

-Desculpem a demora. –Disse Angela. –Acho que não tenho mais duvidas quanto à matéria. Vou embora. Vem comigo Bella? –Ela sorriu, na certa percebera que estávamos com as roupas amarrotadas, ofegantes.

-Eu também já irei embora. Está tarde. –Levantei-me apanhando meus pertences espalhados em cima da mesa e arrumando tudo em minha pasta. Angela fez o mesmo.

-Obrigada por tudo, senhor Cullen.

-Me chame de Edward. Não sou tão velho. –Disse com descaso levantando-se do sofá esse aproximando de nós duas. –E eu levarei as duas para casa. –Falou já pegando as chaves do carro. Angela sorriu fascinada. Não a repreendi, ela era fanática pelos trabalhos escritos de Edward. Estar próxima a ele era como estar próximo de um artista ou um ator querido. Pelo menos foi isso que deduzi. Edward deixou Angela em sua casa e logo seguimos para a minha.

Lembrava-me do modo como agimos no sofá enquanto Angela estava no banheiro. O controle fugindo de minhas mãos mais e mais. Desta vez não me sentia temerosa por perder o controle, muito pelo contrário.

Queria mais era ver até onde chegaríamos se perdêssemos o controle. Claro que jamais iria exteriorizar tais pensamentos. Seguíamos silenciosos até que Edward estacionou a uma pequena distância de casa.

-Melhor descer aqui. Ainda está cedo e seus pais muito provavelmente estão acordados.

-Tudo bem e... Edward, obrigada pela paciência em ensinar a mim e a Angela. Perdão por tê-la levado, eu sei que isso o aborreceu.

-Esqueça. Pelo menos ela não me obrigou a autografar todos os livros que possui. Não me aborreceu. –Falava com calma e eu apenas admirando o perfil masculino ao meu lado. –Nos vemos amanhã.

-Edward, sabe o que é? Bem... Amanhã começará as provas então eu vou ficar um pouco ausente.

-Eu irei procurá-la.

-Mas, Edward, eu não poderei ir até o seu quarto.

-Então eu a procurarei em sua casa. –Olhou-me com o meio sorriso.

-Você não ousaria! –Falei nervosamente.

-O que há de errado em procurar pela minha namorada? –Senti certa ironia em suas palavras.

-Então somos realmente namorados?

-Ainda pergunta Bella? Pensou que estivesse blefando?

-Tem que concordar comigo que não há muita credibilidade nas suas palavras. –Ele fitou-me intensamente.

-Pois bem... –Saiu do carro. –Resolveremos isso agora mesmo.

-CO-COMO ASSIM? –Sai às pressas do veículo.

-Qual é o nome da sua mãe? Preciso ao menos saber disso já que vou me apresentar formalmente.

-ENLOUQUECEU? NÃO PODE FAZER ISSO EDWARD! –O agarrei pela cintura desesperada.

-Por que não?

-É que... Eu precisaria prepará-los. Eu não sei se eles aceitariam bem esse relacionamento. Você possui uma imagem muito negativa acerca de relacionamentos com outras mulheres.

-Entendo. Seus pais achariam que sou um canalha que veio com a finalidade de tirar a pureza da filha e partir.

-Edward, também não é assim.

-É bom que pensem assim. –Aproximou-se me enlaçando pela cintura. –Porque é verdade que desejo tirar sua pureza. –Sussurrou em meu ouvido.

-Pare com isso seu pervertido!

-Ora Isabella. Acha que um namoro consiste apenas em conversas, abraços, beijinhos e mãos dadas? Há muito mais em um relacionamento. Ficarei muito satisfeito em ser seu professor. –Roçou seus lábios aos meus afastando-se em seguida. –Até. –Adentrou o carro e logo já não o via. Segui com um sorriso de orelha a orelha para casa. Meus pais na sala.

-Que bom que chegou Bella! Arrume-se para o jantar. Jacob jantará conosco e Billy virá com ele.

-Billy? –Perguntei a minha mãe. Meu pai, que estava assistindo televisão na sala, respondeu.

-Sim. Meu amor, ainda quer ver esse programa de fofocas? Quero ver o noticiário. –Disse meu pai a minha mãe que até então estava na cozinha. Ela se aproximou.

-Pode mudar assim que eu ver a última notícia. Quero ver a cara dessa nova namorada de Edward Cullen. –Estremeci.

-Quê? Como assim “nova namorada” mãe?

-Parece que o fotografaram ele com uma mulher em um evento de literatura, que fora classificada como sua namorada. Ah! A notícia finalmente! –Ela olhava atenta para a televisão. Eu permaneci estática de costas para o aparelho, não sabia o que fazer. Então a imprensa havia tirado uma foto minha com Edward? E agora... O QUE FAREI?


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Notas finais do capítulo

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