Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Escrevi mais um pouquinho e resolvi postar mais um capítulo para vocês. Agradeço a todos os que estão comentando pelo carinho e pelo incentivo. Vocês não têm ideia do quanto isso é gratificante. :D

Enfim, boa leitura!



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Ouço a campainha tocar e sei que é Peeta. Meu coração acelera, mas eu respiro fundo e abro a porta, tentando parecer o mais natural possível.

Sinto uma enorme decepção ao ver Haymitch na minha frente, e ele percebe:

– Que cara é essa, docinho? – ele diz, rindo, enquanto adentra minha casa. – Sei que não sou o garoto, mas o que me trouxe aqui foi um motivo importante.

– Certo, diga logo o que é – digo, ignorando seu comentário a respeito de Peeta.

– A presidente Paylor acabou de me ligar. Annie está chegando amanhã.

– AMANHÃ? – exclamo. – Você já conseguiu algum lugar para ela ficar?

– Calma, docinho – ele pede. – Já está tudo providenciado. Como a Annie venceu uma edição dos Jogos Vorazes e o Finnick também, Paylor a transferiu da Aldeia dos Vitoriosos do distrito 4 para a daqui, do distrito 12. Isso nunca foi feito antes, mas ela conseguiu. Annie ficará na casa junto à minha.

– Tudo bem, mas por que ela só te avisou que a Annie está chegando agora, na véspera?

– Bom, isso eu não sei – ele diz, pensativo. – Deve ser por falta de tempo... Mas, enfim, não adianta a gente questionar isso agora. Eu vim aqui para lhe pedir que venha comigo pegá-la na estação amanhã à tarde, por volta das 15h.

– Certo, eu vou – prometo.

– Gostaria de pedir também que você faça companhia a ela. Paylor me disse que ela já está na reta final da gravidez. Ela com certeza está se sentindo insegura por estar perto de ter o bebê e não ter o marido para apoiá-la.

– Eu entendo... Pode deixar. Farei companhia a ela, sim.

– Bom, agora vou indo, docinho. Amanhã eu passo aqui para te buscar para irmos à estação. Até mais.

– Até.

Ele se encaminha até a porta e eu a abro para que ele saia.

***

Depois de duas horas, já estou praticamente sem nenhuma esperança de que Peeta venha. Até tive que jantar sem ele. Será que ele está de novo se distanciando de mim, por causa do beijo? Mas ele pareceu gostar. Eu não o beijei sozinha. Ele me beijou, também. Eu apenas tomei a iniciativa.

Minhas pálpebras já estão pesadas de sono. Se eu não me levantar logo, acabarei dormindo aqui no sofá, o que me fará acordar dolorida amanhã. Decido então levantar para ir me arrumar para dormir.

Quando estou quase chegando à escada, ouço a campainha tocar. Meu coração dá um salto e eu me encaminho até lá para abri-la.

– Me desculpe pela demora, Katniss – diz Peeta, adentrando a sala. – Eu fiquei até agora há pouco resolvendo detalhes dos gastos da obra da padaria. Ficará tudo pronto ainda essa semana. Se der tudo certo, a inauguração será no próximo fim de semana.

– Mal posso esperar para comer as delícias da padaria Mellark – digo sorrindo.

– Logo logo você comerá – ele diz, também sorrindo.

– Mas então, você já jantou?

– Sim, eu comi em casa. Mais uma vez, me desculpe por não ter vindo e...

– Está tudo bem, Peeta – corto-o. – O importante é que você está aqui agora.

Ele olha para mim sorrindo e eu espero que ele mencione o beijo, mas ele não menciona. Em vez disso, diz:

– E então, vamos dormir? Eu já estou pronto.

– Sim, vamos. Eu ainda vou tomar banho, mas você pode me esperar na cama.

– Certo.

Nós subimos para o meu quarto e Peeta fica arrumando a cama enquanto eu tomo banho. Após sair do chuveiro e me enxugar com a toalha, observo meu corpo nu no reflexo do espelho. Os implantes de pele já estão praticamente invisíveis. Em vez de rosados, eles estão no tom da minha pele. Só sei os lugares em que eles estão porque há finas e discretas cicatrizes ao redor. Fico feliz ao constatar isso. Pouco a pouco, vou voltando a ter a mesma aparência de antes.

Visto meu pijama de seda, solto os meus cabelos, passo um pouco de perfume e saio do banheiro, encaminhando-me para minha cama. Peeta já está deitado, me esperando. Pode ser apenas impressão minha, mas eu tenho a sensação de que ele está evitando me olhar. Deito na cama e me grudo a ele, pousando a cabeça em seu peito. Ele me aconchega em seus braços e fica acariciando meus cabelos.

– Peeta, Haymitch veio me dizer que Annie chega amanhã – digo a ele.

– Mas já? – ele exclama.

– Sim, mas já está tudo certo. Ela morará aqui, na Aldeia dos Vitoriosos. Paylor conseguiu transferi-la.

– Ah, isso é ótimo. Vamos poder apoiá-la e ainda teremos um bebê para nos alegrar. Crianças têm o poder de trazer luz e renovar as esperanças.

– Você gosta tanto assim de crianças, Peeta? – pergunto a ele.

– Sim. Adoro crianças. Nunca tive oportunidade de conviver com uma, mas eu adorava quando estava na padaria e alguém chegava com um bebê. Eu sempre pedia pra carregar. Algumas mães tinham receio de me dar o filhinho ou a filhinha delas, porque eu era muito novo, mas algumas deixavam. Eu adorava. Quero muito ter filhos um dia.

Por algum motivo que eu não sei exatamente precisar, esse comentário de Peeta me incomoda profundamente. Uma sensação desagradável de culpa enche meu peito. Decido que o melhor a fazer é mudar de assunto.

– Entendo. Mas então, vamos dormir? Estou exausta.

– Claro. Boa noite, Katniss – ele beija minha testa.

– Boa noite.

Envolvida em seu calor, adormeço rapidamente.

Ponto de vista de Peeta:

Acordo-me no meio da noite, sobressaltado com sons de gemidos. Olho para o lado e logo vejo Katniss virada para o lado oposto da cama, gemendo e se mexendo, inquieta. Ela com certeza está tendo um pesadelo. Chego junto dela e sussurro:

– Katniss, fique calma. Foi só um pesadelo. Está tudo bem.

Ela não mostra nenhuma reação ao que eu disse. Pelo contrário, continua gemendo, e cada vez mais alto. Terei que acordá-la.

– Katniss, acorde – sacudo-a de leve, mas como ela não reage, sacudo-a de forma menos delicada em seguida.

Ela acorda num pulo e se senta na cama, chorando. Eu a pego e conduzo-a para o meu peito, aconchegando-a em meus braços.

– Calma, está tudo bem – conforto-a. – Foi só um pesadelo.

– Foi tão real, Peeta! – ela chora. – Havia bestantes atrás de mim. Eu tentava fugir, mas eles me pegavam e...

Ela soluça e eu a abraço ainda mais forte.

– Está tudo bem agora. Eu estou aqui, com você.

Sou surpreendido quando ela levanta a cabeça e gruda seus lábios nos meus. Não é um beijo ardente, como o que trocamos na cozinha, mas ainda assim sinto algo chacoalhar no meu peito. Ela rompe o beijo, olha nos meus olhos e diz:

– Fique comigo.

– Sempre – respondo.

Ela deita novamente a cabeça no meu peito e eu acaricio seus cabelos até que ela pegue no sono novamente.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Lembrem-se de dizer o que estão achando da fanfic nos comentários. A opinião de vocês é realmente muito importante para mim. :)

Ah, e se acharem que a história está muito boa, recomendem! Isso me deixaria muito satisfeita. :)