Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Escrevi mais um capítulo para vocês e vim postá-lo. Gostaria de agradecer a vocês por todo o carinho e incentivo. Recebi do último capítulo pra cá 15 reviews e 1 recomendação (obrigada, AFilho!). Muito obrigada, pessoal!

Enfim, boa leitura!



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Acordo-me com a luz do sol invadindo o meu quarto através da janela. Olho para o lado e vejo Peeta dormindo, seu braço esquerdo por baixo das minhas costas. Não posso evitar que um sorriso se forme nos meus lábios ao vê-lo assim, tão sereno, tranquilo e próximo a mim. Nunca tive a chance de vê-lo dormir, pois ele sempre se acordava antes de mim.

Ele se mexe um pouco na cama, inspira profundamente e abre os olhos para me ver admirando-o. Fico com vergonha, mas quando o vejo sorrindo para mim, a vergonha se torna fraca demais perto da ternura que sinto.

– Sem pesadelos – ele diz.

– Sem pesadelos – confirmo.

– Fazia tempo que eu não dormia tão bem – ele tira o braço que estava embaixo das minhas costas e se senta na cama, recostado na cabeceira. Eu o imito.

– Eu também.

– Eu lembrava que era bom dormir com você ao meu lado, mas eu não lembrava que era tanto – ele diz.

Começo a sentir borboletas batendo as asas no meu estômago.

– E você nem queria vir... – digo, fazendo o possível para não transparecer o que estava sentindo.

– Eu tive receio de ter uma crise e te machucar, só isso.

– Eu sei. Tou só brincando.

Um silêncio constrangedor se instala entre nós, até que Peeta fala:

– Então, é bom a gente levantar pra tomar café da manhã. Quer que eu faça pão de queijo?

– Você ainda pergunta, Peeta? Eu adoro o pão de queijo que você faz!

– Vou indo, então – ele dá um sorriso e se levanta da cama. – Só preciso passar em casa primeiro, para tomar banho.

– Por que você não toma banho aqui? – pergunto. Tenho o receio bobo de que ele vá e não volte.

– Porque eu não tenho roupas aqui, nem escova de dente. Eu volto rápido, prometo.

– Certo. Tranque a porta e leve a chave.

Ele sorri pra mim, me dá um beijo no rosto e sai. Eu me levanto da cama e vou direto para o banho.

***

Já estou na cozinha quando Peeta volta, trazendo dois sacos de algo que parece farinha.

– Fui rápido? – ele pergunta enquanto coloca os sacos em cima da mesa.

– Sim, foi – respondo. – Peeta, o que são esses sacos?

– Ah, um é de polvilho doce e o outro é de polvilho azedo. São pra fazer o pão de queijo. Imaginei que você não tivesse aqui.

– É, eu não tenho, realmente.

– Mas o resto dos ingredientes eu sei que você tem – ele diz enquanto se movimenta pela cozinha para pegá-los.

Quando todos os ingredientes estão em cima da mesa, ele começa a preparar o pão de queijo. Observo-o sovar a massa, uma ligeira ruga de concentração em sua testa. Tento ao máximo não ficar olhando-o como uma boba, mas é difícil.

É como se agora eu estivesse me abrindo aos sentimentos de uma forma que nunca me abri antes. Agora não há mais fome, pobreza, Jogos Vorazes e rebelião. Agora eu tenho uma certa paz, e essa paz permite que tudo o que eu sinto venha à tona. Não sei se isso é bom ou ruim.

Depois de algum tempo, Peeta leva a bandeja com os pães de queijo para o forno.

– Pronto, agora é só esperar – ele diz. – Quer que eu faça chocolate quente?

– Claro!

Ele se encaminha para o armário para pegar uma panela, mas um incidente acontece: Uma panela bem grande que estava em falso escorrega para fora do armário, caindo no chão com estrondo.

Inexplicavelmente, eu e Peeta nos abaixamos ao mesmo tempo para pegar a panela e nossas mãos se encontram. Já estivemos de mãos dadas diversas vezes, mas, apesar disso, algo nesse contato mexe comigo. Vejo a expressão de Peeta e imagino que ele está sentindo o mesmo que eu. Estamos agachados no chão, nossos rostos bem próximos um do outro.

– Então, temos que decidir quem vai pegar a panela – ele diz, tentando descontrair o clima estranho que se formou entre nós. Seu hálito faz cócegas no meu rosto.

Não dá mais para eu me controlar. Eu preciso sentir novamente seus lábios nos meus. Fecho a distância entre nossos rostos e colo nossos lábios. Peeta parece surpreso no começo, mas logo se rende, abrindo a boca para abrir passagem para minha língua. Sem desgrudar nossas bocas, ele me puxa para cima, para que fiquemos de pé. Quando já estamos de pé, ele me envolve em seus braços, uma de suas mãos em minhas costas e a outra em meus cabelos. Também o abraço, colocando meus dois braços ao redor de seu pescoço.

Estou sentindo novamente aquela coisa que senti na praia da arena do Massacre Quaternário. Uma ânsia que toma conta de todo o meu ser, fazendo-me querer mais. Deixo essa sensação deliciosa se espalhar pelo meu corpo e perco a noção de tempo e espaço. A única coisa que existe no mundo é Peeta, seus lábios macios, o calor de seu corpo...

Batidas na porta dos fundos é que nos trazem de volta à realidade. Nós nos separamos sobressaltados e eu percebo os lábios de Peeta levemente inchados pelo beijo que acabamos de trocar. Constrangida com a situação, eu me encaminho para a porta e a abro, e é Greasy Sae. Oh, eu me esqueci completamente dela!

– Oh, bom dia, Greasy – digo.

Ela entra e vê Peeta guardando a panela no armário. Ela nos olha desconfiada e dá um sorriso.

– Eu vim preparar seu café da manhã, mas pelo cheiro, o Peeta já está preparando alguma coisa.

– É, ele tá fazendo pão de queijo – digo, sem graça.

– Ah, Peeta, eu vi Jude e Dane indo pra padaria – ela diz.

– Céus, eu já devia estar lá! – ele diz, batendo a mão na testa. – Hoje chega o forno. Katniss, eu preciso ir.

– Mas, Peeta, você nem tomou café!

– Eu como qualquer coisa depois. Estou realmente atrasado, e os rapazes da obra não podem receber a encomenda por mim. Tire os pães de queijo do forno daqui a 10 minutos. À noite eu venho – ele me dá um beijo no rosto e sai apressado.

– E então, quer que eu prepare mais alguma coisa? – Greasy Sae pergunta.

– Sabe fazer chocolate quente? – pergunto.

– Posso tentar. É só você me dizer como Peeta faz.

Ela sorri para mim e eu começo a orientá-la a respeito de como Peeta faz a receita. Ela provavelmente está curiosa para saber o que ele estava fazendo aqui tão cedo, mas é discreta demais para perguntar. Tiro os pães de queijo do forno e me sento, esperando que ela termine.

Ela termina de preparar o chocolate quente e eu provo. Não ficou igual ao de Peeta, mas ficou bom. Ela me deixa comendo e vai embora.

Algo me diz que vou passar o dia inteiro pensando em Peeta.

Ponto de vista de Peeta:

Chego à padaria e logo encontro Jude e Dane, os rapazes que estão fazendo os acabamentos da obra. Dou-lhes bom dia e fico aguardando a chegada da minha encomenda da capital: Um forno supermoderno. Custou caro, mas dinheiro é algo que não me falta desde que eu venci a 74ª edição dos Jogos Vorazes. Além do mais, o investimento valeria a pena, de qualquer forma.

Ao perceber que a espera será mais longa do que eu pensara, decido me sentar em frente à padaria. Em pouco tempo, meu pensamento se volta para o que aconteceu minutos atrás, na cozinha de Katniss. Seus lábios macios em contato com os meus, seu corpo quente colado ao meu... Ela me beijou com fervor, com urgência. É inevitável pensar mais uma vez no que Delly disse, sobre ela gostar de mim. Será que Delly estava mesmo certa?

Katniss é uma verdadeira incógnita. Não dá para saber o que ela está pensando/sentindo. Eu poderia perguntar a ela o que ela sente por mim, mas eu a conheço o suficiente para saber que ela não sabe lidar com os próprios sentimentos. Talvez nem ela mesma saiba o que sente por mim.

A única certeza que tenho após esse beijo é que jamais serei capaz de esquecê-la. Enquanto ela me beijava, todo o sentimento que tentei reprimir desde que voltei ao distrito 12 voltou com força. Eu a amo e sempre a amarei. Jamais conseguirei amar uma mulher que não seja ela.

Decido que o melhor a fazer é dar tempo ao tempo. Não irei colocar Katniss contra a parede nem nada do tipo. Continuarei próximo a ela, sendo o amigo que sempre fui. Se ela decidir que quer algo mais comigo, estarei pronto para amá-la com todo o meu coração.

Os rapazes da entrega do forno chegam, tirando-me dos meus pensamentos.

Ponto de vista de Katniss:

Já é noite e eu estou sentada no sofá assistindo a um programa de auditório enquanto espero Peeta chegar para jantar comigo. Conforme eu havia previsto, passei o dia inteiro pensando nele. Não adiantou eu arrumar a casa, visitar Haymitch e sair para caçar. Peeta simplesmente não saiu dos meus pensamentos.

O que será que ele está pensando? Será que ele gostou do beijo? Estou há horas pensando se deveria ou não conversar com ele a respeito. Meu coração diz que já passou da hora de eu dizer a ele o que sinto, mas a razão diz que eu devo esperar, que eu devo respeitar o espaço dele e deixar que as coisas aconteçam naturalmente. Creio que seguir a razão é melhor, pois eu, de qualquer forma, nunca fui boa para falar de sentimentos

Ouço a campainha tocar e sei que é Peeta. Meu coração acelera, mas eu respiro fundo e abro a porta, tentando parecer o mais natural possível.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, é isso. Muitos leitores já estavam agoniados para que Peeta e Katniss se beijassem. E aí, gostaram do beijo? Estão mais tranquilos agora? Haha!

Lembrem-se de dizer o que estão achando da fanfic nos reviews. A opinião de vocês é realmente muito importante para mim (isso inclui vocês, leitores fantasminhas).

Beijos e até o próximo!