Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Escrevi mais um capítulo para vocês. Os comentários carinhosos e motivadores de vocês me animaram para tal, rs. Muito obrigada pelo carinho!

Esse capítulo é o divisor de águas dessa fanfic, e vocês vão descobrir o porquê ao lerem. Enfim, chega de blá blá blá. Boa leitura. ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/462316/chapter/6

Acordo de manhã me sentindo completamente exausta. Tive pesadelos horrorosos envolvendo bestantes tentando arrancar a minha cabeça e, novamente, os mortos na revolução tentando me enterrar viva. Acordei mais de uma vez no meio da noite, suando e berrando. Provavelmente, passarei muitos dias sentindo medo de dormir.

Após meu banho matinal, desço para a cozinha. Em poucos minutos, Greasy Sae e Peeta chegam. Peeta me dá bom dia, coloca os pães em cima da mesa e vai embora, sem nem me olhar nos olhos. Greasy Sae percebe.

– A situação não melhorou desde a nossa conversa, não foi? – ela pergunta enquanto frita ovos e bacon para mim.

– É, ele tem agido de forma fria comigo – digo, fazendo o possível para não transparecer o quanto estou chateada.

– Mas você tem se esforçado para demonstrar seus sentimentos por ele?

Sinto um nó na garganta e a perspectiva de um choro iminente. Não, não quero falar sobre meus sentimentos. Não quero parecer tola.

– Greasy, eu gostaria de não falar sobre isso – digo, me esforçando ao máximo para não parecer grosseira.

– Tudo bem, Katniss – ela diz de forma compreensiva. – Mas se um dia você sentir necessidade de falar sobre isso novamente, estarei aqui.

– Obrigada.

Ela termina de fritar os ovos e o bacon e os coloca em cima de um prato. Em seguida, despede-se de mim e vai embora.

Ponto de vista de Peeta:

A obra da padaria começa hoje. Isso me dá uma animação que há tempos eu não sinto. Sei que vai ser importante, para mim, manter-me ocupado. Irá ajudar bastante na minha recuperação. Já faz um tempinho que não tenho aqueles malditos flashbacks, mas não posso me descuidar. Eles podem voltar a qualquer momento.

Decidi hoje mais cedo que o melhor a fazer é manter-me afastado de Katniss. Não vai me fazer bem manter com ela uma simples amizade. O que eu quero com ela vai muito além disso, e uma desilusão amorosa atrapalharia e muito o meu processo de recuperação. Irei manter contato com ela somente pelo livro. É melhor assim, a menos até que eu esteja recuperado o bastante para lidar com isso sem me prejudicar.

Rumo para o local onde estão as ruínas da padaria e aguardo a chegada dos pedreiros. Em pouco tempo eles chegam, e em seguida começam a obra. Fico assistindo, sentindo uma enorme excitação no peito. Fico tão entretido que nem percebo quando uma moça loira que eu conheço muito bem se aproxima de mim.

– No mundo da lua, Peeta? – ela diz docemente.

– Delly! O que você está fazendo por aqui? – pergunto, feliz com sua presença.

– Esqueceu que vou abrir uma sapataria aqui perto? Estou indo lá para acertar mais alguns detalhes – ela me responde.

– Ah, é mesmo! Estamos todos seguindo em frente.

– Sim, e isso é ótimo. Agora só falta você dar uma chance ao amor.

– Eu darei, no dia em que aparecer uma mulher que goste de mim de verdade – digo.

– Peeta, como você pode ser tão tapado? – ela diz, impaciente. – Como você pode não perceber o que Katniss sente por você? É tão óbvio!

– Não, não é óbvio, Delly – digo, já me irritando com o rumo da conversa. – Você não entende que eu não posso mais me iludir? Isso prejudicaria minha recuperação, e falando essas coisas você não está me ajudando.

Ela inspira o ar com impaciência e em seguida diz:

– Tudo bem, Peeta. Eu entendo que a desilusão que você teve com ela no passado te traumatizou a ponto de agora te impedir de enxergar o óbvio, mas, por favor, me prometa uma coisa.

– Que coisa? – pergunto.

– Se ela tentar se reaproximar de você, não se esquive. Por favor, não se afaste dela.

– Mas, Delly...

– Por favor – ela me interrompe. – Me prometa.

– Tudo bem.

– Promete ou não promete? – ela teima.

– Certo, eu prometo – digo, mais para evitar uma discussão do que por qualquer outra coisa.

– Promessa é dívida, viu? Vou cobrar – ela me diz rindo. – Bom, agora eu preciso ir lá pra sapataria. Até mais, maninho.

Ela me dá um abraço e vai embora.

Ponto de Vista de Katniss:

Estou sentada no sofá assistindo ao noticiário noturno. Não saí de casa hoje. Minha atividade de hoje foi arrumar a casa, digo, uma parte dela. Vou precisar de uma empregada. Essa casa é grande demais para eu dar conta sozinha.

Estou entretida com uma notícia quando ouço a campainha tocar. Levanto-me para abrir a porta, já sabendo que Haymitch e Peeta é que me esperam.

Eles entram e logo estamos no escritório trabalhando no livro. Após um tempo, Haymitch quebra o silêncio:

– Vocês nem imaginam a notícia que a presidente Paylor me deu por carta hoje de manhã.

– Qual? – eu e Peeta perguntamos em uníssono. Nossos olhares se cruzam e eu sinto uma leve palpitação no peito.

– Annie está grávida.

– Annie? Annie Cresta, a mulher do Finnick? – pergunto, pasma.

– Sim, ela mesma – ele responde.

– Mas como vai ser isso? – Peeta questiona, parecendo nervoso. – Além de ser viúva, ela... bem, tem problemas emocionais. Como vai cuidar sozinha de um bebê?

– Bom, eu realmente não sei como vai ser – diz Haymitch. – Eu pedi a Paylor que dissesse a ela para vir morar no 12, se quisesse.

– É, é uma boa ideia – diz Peeta. – Aqui ela teria a todos nós para ajudá-la.

– De quanto tempo ela está, Haymitch? – pergunto.

– Paylor não disse, mas não deve ser de pouco tempo. Já faz uns meses que Finnick se foi, afinal.

– Bom, se ela decidir vir morar aqui no 12, me avise – digo.

– Pode deixar, docinho – diz ele.

Continuamos trabalhando no livro por mais uma hora, até que nos cansamos e resolvemos parar.

Haymitch se levanta e Peeta o acompanha. Eu os levo até a porta e eles já estão saindo quando seguro a mão de Peeta. Não quero mais que ele se afaste de mim. É hora de dar um basta nisso. Ele me olha assustado.

– O que foi, Katniss? – ele pergunta.

– Eu gostaria de conversar com você. Fique – digo.

Ele me olha com uma expressão estranha, parecendo estar refletindo sobre algo. Haymitch dá um sorriso e vai embora sem dizer nada.

– Tudo bem – diz Peeta, dando um leve sorriso.

Nós entramos e sentamos no sofá. Gostaria de dizer a ele tudo o que sinto, de escancarar meu coração completamente, mas não posso fazer isso. Não posso invadir o espaço dele dessa forma. Além disso, nunca fui boa em falar de sentimentos. Decido puxar um assunto simples.

– Então, como vai a obra da padaria?

– Ah, teve início hoje. Estou bastante animado – ele diz sorrindo. Posso ver o antigo Peeta nesse sorriso.

– Isso é muito bom! Dessa vez vou ter dinheiro para comprar aqueles bolos lindos que eu admirava pelo vidro antigamente. Você vai fazê-los, não vai?

– Claro! Vou fazer tudo que tinha antes e mais um pouco. Já estou conseguindo assistentes.

– Só de imaginar as coisas maravilhosas que você vai vender nessa padaria, minha boca já fica salivando.

– É, comer sempre foi o seu forte – ele diz sorrindo.

– É impressão minha ou você está insinuando que eu como demais? – pergunto, erguendo uma sobrancelha.

– E-eu? Imagina! Digamos que você come só um pouquinho a mais que o normal – ele diz divertido.

Nós dois rimos de seu comentário, e assim, em meio a uma agradável conversa, passamos o resto da noite. Falamos da padaria, das minhas caçadas, de Annie e sua gravidez e do que temos feito no nosso dia a dia. Faço o possível para não falar de nossas perdas, e Peeta, pelo que posso perceber, também. Quero que nossa conversa se mantenha leve, agradável. Depois de muito tempo, Peeta olha para seu relógio de pulso.

– Katniss, olha só que horas são! – ele diz, assustado. – Eu nem senti o tempo passar.

– Então a conversa foi agradável para você – digo.

– Sim, e a companhia também – ele diz, mas parece se arrepender em seguida.

– Bom, eu realmente preciso ir. Preciso acordar cedo amanhã, para acompanhar a obra da padaria. Boa noite, Katniss – ele diz e em seguida se levanta.

– Boa noite – eu vou até ele e o abraço. Sinto firmeza em seus braços. Sim, ele definitivamente está voltando a ser o antigo Peeta.

Penso nos pesadelos e sinto vontade de pedir a ele que durma comigo essa noite, mas não faço isso. Não sei como ele reagiria, e a última coisa que quero é que ele se afaste de mim novamente.

Ele rompe o abraço e dá um beijo em minha testa. Sinto nesse simples gesto um carinho e uma ternura dele por mim que há tempos eu não sentia. Fico feliz com isso.

Abro a porta e ele sai, rumando para a casa dele. Não sei se ele ainda me ama como antes, mas depois dessa conversa, passo a ter uma certeza: Podemos, ao menos, voltar a ser os amigos que um dia fomos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, pessoal, é isso. Lembrem-se de dizer nos comentários o que estão achando. A opinião de vocês, como eu sempre digo, é importantíssima para mim. Ah, e lembrem-se de que recomendações são importantes. Estou muito satisfeita com o carinho de vocês nos reviews, mas só vou ficar plenamente satisfeita quando houver recomendações. Vamos lá, sei que vocês podem fazer isso. Colabora aí, pessoal! Haha. Abraços e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Real - Peeta e Katniss" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.