Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu tive inspiração para escrever e decidi postar mais um capítulo para vocês. Agradeço os comentários que tive, mas não vou ficar realmente satisfeita enquanto não houver recomendações. Com recomendações, os posts virão mais rápido. Se vocês querem que eu poste mais rápido, recomendem a história! Haha! Enfim, sem mais blá blá blá. Boa leitura!



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Já faz mais de uma hora que Greasy foi embora. Estou sentada no sofá, já alimentada, assistindo a um noticiário. Está passando uma notícia sobre o novo plano de governo, que inclui obras de restauração nos distritos e na Capital. É bom ver que Panem está se tornando um lugar mais justo e melhor de se viver. Foi para isso que todos nós lutamos, afinal. Porém, nada disso é capaz de realmente prender minha atenção.

Só consigo pensar na ansiedade que me consome neste momento. Peeta me disse que viria... ou melhor, ele disse que achava que poderia vir. Mas ele não está ocupado agora à noite. O que o impediria de vir? Será que ele está me evitando? Ou pior: Será que ele teve uma crise?

Fico tão concentrada em tentar entender por que Peeta não veio que não percebo quando Buttercup aparece na minha sala. Só me dou conta de sua presença quando ele chega perto de mim, miando para chamar minha atenção. Ele estava sumido desde o dia anterior.

– Ah, aí está você – digo, e ele mia mais alto. – Você está com fome? Como pode? Pensei que você tivesse ido caçar.

Ele está com fome. Sua cara não nega. Encaminho-me para a cozinha e dou a ele o resto de carne que sobrou do jantar. Depois lhe dou água e volto para a sala. Sento-me mais uma vez no sofá para esperar Peeta.

Mais uma hora se passa e ele não chega. Minha ansiedade agora chegou ao limite. Deve estar acontecendo algo, não é possível! Não posso deixar que ele se afaste de mim novamente. Não agora, que finalmente decidi mostrar a ele que o quero ao meu lado. Com esse pensamento, desligo a televisão, levanto-me do sofá e subo para o meu quarto. Troco de roupa, desço e saio de casa, rumando para a casa de Peeta.

De longe, através da janela, dá para ver que a luz da sala está acesa. “Então ele realmente está em casa”; penso. Toco a campainha, mas, estranhamente, ela não funciona. Então, bato levemente na madeira da porta. Não obtenho resposta. Bato mais uma vez, dessa vez mais forte. Ouço algo, mas não são passos se aproximando da porta. É algo como... risadas. Sim, risadas, e não parecem ser de homem. Peeta definitivamente não está sozinho. Deve haver alguma mulher com ele. Uma estranha raiva toma conta de mim. Sinto vontade de arrombar aquela porta e pular no pescoço de quem quer que esteja com ele.

Não vou sair daqui enquanto não souber quem está com ele. Bato mais uma vez na porta, muito mais forte que nas vezes anteriores. Dessa vez, escuto passos se aproximando. Peeta abre a porta.

– Oi, Katniss – ele diz, e parece desconfortável com a minha presença.

– Oi – mal o cumprimento e já invado sua sala, procurando a tal mulher que estava rindo. Não vejo ninguém.

– Quem está aqui com você? – pergunto com raiva. – Eu ouvi uma voz de mulher, rindo.

Antes que Peeta possa me responder, uma moça aparece na sala, segurando um copo com água. Ela tem olhos claros e cachos louros. Não é ninguém mais ninguém menos que Delly Cartwright.

Ela abre um grande sorriso ao me ver e se encaminha para a mesa da sala para colocar o copo em cima. É aí que percebo que há pratos, copos, talheres e uma travessa sujos em cima da mesa. Eles jantaram juntos. Peeta me deixou para jantar com Delly. Um sentimento ruim de rejeição começa a tomar conta mim.

– Katniss, que bom te ver! – Delly se encaminha até mim e me dá um forte abraço, mas eu não gosto. Estou com raiva.

– Oi, Delly – digo secamente enquanto rompo nosso abraço. – O que você está fazendo aqui? – ela me olha com uma expressão de dúvida. Provavelmente, não está entendendo o motivo da minha grosseria.

– Delly voltou para o 12, Katniss – diz Peeta, aproximando-se de nós duas.

– É, eu cheguei ontem – diz Delly. – Eu e meu irmão estamos morando numa casa aqui perto da Aldeia dos Vitoriosos. Eu quis fazer uma surpresa para Peeta e vim aqui jantar com ele hoje.

– E onde está seu irmão? – pergunto, a raiva pintando minha voz. – Por que ele não veio com você?

– Eu insisti para que ele viesse, mas ele não quis vir – ela responde. – Ele preferiu ficar em casa assistindo a um programa de televisão que ele adora. Ele já é bem grandinho. Pode ficar sozinho em casa por algumas horas sem nenhum problema.

– Você bem que queria ficar a sós com Peeta, não? – isso escapa da minha boca antes que eu possa me conter.

– C-como? – ela me pergunta, visivelmente espantada.

– Não é nada – digo. Um ciúme irracional toma conta de todo o meu ser. –Tenham uma boa noite – digo e me retiro da casa de Peeta, pisando duro.

PONTO DE VISTA DE PEETA:

– Mas o que foi que deu nela? – pergunto.

– Você tem certeza de que não sabe? – Delly me diz com um estranho sorriso de satisfação no rosto.

– Se eu soubesse, não estaria perguntando – digo. Realmente não consigo imaginar um motivo plausível para o que Katniss acaba de fazer.

– Katniss está com ciúmes.

– Katniss com ciúmes? Como assim?

– Katniss está com ciúmes de você, Peeta – ela me diz, e parece realmente satisfeita.

– Katniss com ciúmes de mim? Isso não faz nenhum sentido, Delly – digo com sinceridade.

– Ela gosta de você. Só você não enxerga isso.

– Eu já achei que ela gostava de mim uma vez, e depois vi que era tudo um fingimento para nos manter vivos – digo, referindo-me ao que aconteceu na primeira arena.

– Mas agora as coisas são diferentes. Não há câmeras por perto. O ataque de ciúmes dela foi completamente espontâneo – teima Delly.

– Ela não estava com ciúmes de mim. Você é como uma irmã para mim e ela sabe disso. Mesmo que ela gostasse de mim, não haveria motivos para ciúmes.

– E desde quando ciúme é algo racional? Nós nos consideramos irmãos, mas não somos irmãos de verdade. Ela pode sim me ver como uma ameaça.

– Chega, Delly! – digo com raiva. – Eu já sofri demais por Katniss. Não quero mais ter esperança.

– Tudo bem, Peeta – ela diz calmamente. – Não precisa ficar irritado. Mas pense no que eu disse.

– Bom, já está tarde – corto o assunto. – O que acha de arrumarmos as coisas aqui? Posso te acompanhar até em casa, se quiser.

– Certo. Já está na minha hora, mesmo.

Nós arrumamos as coisas e depois eu acompanho Delly até sua casa. Ao voltar, tomo um banho, coloco meu pijama e me deito na cama. Não posso evitar pensar em tudo o que aconteceu nesta noite. Não entendo por que Katniss agiu daquela forma, mas com certeza não foi por ciúme. Cheguei a pensar que as coisas pudessem ser diferentes agora, que a revolução acabou e que Gale não está por perto, mas tudo que ela tem feito desde que eu cheguei é me tratar como um mero colega. Nossa relação tem sido parecida com o que foi logo após a primeira arena. Ela não me ama, nunca me amou e nunca vai me amar. Isso não passa de um delírio de Delly. Soco o travesseiro para que ele fique mais fofo e tento dormir, fazendo o máximo de esforço para que meus pensamentos não passem nem perto de Katniss.


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Notas finais do capítulo

Bem, pessoal, é isso. Dessa vez, eu fiz algo que não havia feito ainda: Um capítulo com o ponto de vista do Peeta. Vocês gostaram? Querem que eu faça isso mais vezes? Digam nos comentários. Abraço e até a próxima.

Ps: Lembrem que as recomendações aceleram as postagens, rs.



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