Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Vim postar mais um capítulo para vocês. Obrigada a todos os que têm me estimulado com seus comentários. Adoro ver vocês curtindo a história, ansiando pelo próximo capítulo. É muito legal, de verdade. :D
Agradeço em especial às leitoras PomPomChan, Larissa Pinheiro e Camila Karla, que recomendaram a história do último post para cá. Obrigada, meninas! :D

Enfim, boa leitura!



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Ele me coloca na cama e volta a me beijar, fazendo com que eu sinta o fogo me consumindo mais uma vez. Já estamos seminus quando tenho um rompante de consciência. Eu me afasto de Peeta e lhe digo:

– Peeta, nós não podemos fazer isso.

– Por quê? – pergunta ele, confuso.

Eu me sento na ponta da cama e começo:

– Peeta, nós não podemos ficar fazendo isso sem proteção. Eu posso ficar grávida.

– Mas ontem... – começa ele, mas eu o interrompo.

– Eu sei. Nós erramos, mas não devemos repetir esse erro.

– Então você está arrependida da noite que tivemos? – pergunta ele, e eu posso ver a decepção estampada em seus olhos.

– Não! Claro que não! Eu adorei a noite que tivemos – Peeta abre um sorrisinho e eu sinto o meu rosto esquentar. – Eu só acho que nós não podemos ficar fazendo isso o tempo todo assim, de forma inconsequente. Eu não estou no meu período fértil, mas acho que nós não podemos dar chance ao azar.

– Não acho que filho seja um azar – diz ele.

– Eu não quis dizer isso! Mas, Peeta, olha só a nossa idade! Você ia mesmo querer um filho agora?

– Eu sei que agora não seria o melhor momento – diz ele, sério. – Eu apenas não gostei muito do jeito como você falou. Pareceu que um filho nosso seria um azar.

Respiro profundamente, tentando manter a calma.

– Peeta, eu não quis dizer isso. Foi só jeito de falar, ok? Me desculpe.

– Tudo bem – diz ele, parecendo chateado. – Eu adoraria ter um filho com você, mas sei que nós ainda somos muito novos. Nós temos toda uma vida pela frente para pensar nisso.

Sinto vontade de dizer a ele que nunca vou querer ter filhos, mas me falta coragem.

– Você não está chateado comigo, está? – pergunto a ele, colocando uma mão em seu rosto.

– Não. Está tudo bem – ele sorri. – A culpa não é sua. Eu é que sou um apaixonado por crianças inconsequente. Você está certa.

Esse comentário me arranca uma gargalhada. Depois de conseguir parar de rir, eu digo:

– Amanhã eu vou procurar no livro de plantas alguma erva que eu possa usar para me proteger, certo? E aí vamos poder passar as noites juntos sem nenhuma preocupação.

– Tudo bem – ele me dá um beijinho e se levanta da cama.

– Peeta, aonde você vai? – pergunto.

– Tomar um banho bem gelado.

***

– Bom dia de trabalho para você – digo a Peeta, e lhe dou um beijinho de despedida.

– Obrigado, meu amor. Eu venho almoçar com você – diz ele, e sai pela porta.

Hoje eu acordei um pouco mais cedo do que vinha acordando nos últimos tempos e tomei café da manhã com Peeta. Eu tinha ficado preocupada que ele tivesse ficado chateado comigo depois de nossa pequena discussão de ontem, mas depois do banho ele me abraçou com todo carinho. Hoje de manhã, ele também me tratou de forma bem carinhosa. Tenho uma coisa a menos para me preocupar, ainda bem.

Depois de colocar comida para Buttercup, me encaminho para o escritório e pego o livro de plantas da família. Depois de um bom tempo procurando, consigo achar uma erva que funciona como método anticoncepcional, mas não há explicações de como ela deve ser usada. Isso me deixa frustrada. A fábrica de medicamentos ainda não está pronta, então eu só posso recorrer a métodos naturais. Não tenho cara de ligar para Haymitch e pedir que ele me traga algum remédio da Capital. Não, isso definitivamente está fora de cogitação.

Fico algum tempo sentada, pensando no que posso fazer, até que minha mãe me vem à mente. Ela, como curandeira, deve ter entendimento a respeito disso, e é mulher. É bem mais fácil falar sobre isso com ela que com Haymitch. Não é da minha vontade pedir ajuda à minha mãe, mas eu não quero ficar me esquivando de Peeta indefinidamente. Com isso em mente, disco o número dela e espero. Depois de três chamadas, ela atende:

– Alô?

– Sou eu, mãe.

– Oi, minha filha! Como você está?

– Eu estou bem, e você?

– Também. Fiquei feliz que você ligou.

– Bem, eu estou precisando da sua ajuda.

– Diga. Eu vou te ajudar no que for possível.

Ele está fazendo de tudo para me agradar, o que me deixa constrangida por todas as coisas que eu lhe disse na última vez em que nos falamos.

– Katniss?

– Oi. Tou aqui, mãe. Então, eu e Peeta nos acertamos. Nós estamos juntos.

– Que maravilha! Eu desconfiava que você, no fundo, era apaixonada por ele.

– É, parece que todo mundo notou antes de mim – digo, e minha mãe ri do outro lado da linha. Ela já sabe que a história dos amantes desafortunados foi uma farsa. – Bem, nós tivemos nossa primeira noite juntos...

Fico em silêncio, sem conseguir falar mais nada. Minha mãe percebe meu constrangimento e diz:

– Você fez amor com ele, foi isso?

– Sim.

– Vocês usaram alguma proteção?

– Não, e é justamente sobre isso que quero falar. Foi uma única vez, anteontem. Ontem nós quase... de novo, mas eu parei porque sabia que não era certo ficar fazendo isso sem proteção, por mais que eu não esteja no meu período fértil.

– Você está totalmente certa. Às vezes, a ovulação muda.

– Hoje eu pesquisei ervas anticoncepcionais no nosso livro de plantas, porque a fábrica de medicamentos ainda não está pronta. Eu achei uma erva, mas lá não explica como ela deve ser usada...

– Filha, esses anticoncepcionais naturais até quebram um galho, mas o ideal mesmo é você tomar um medicamento.

– Mas, mãe, a fábrica de medicamentos ainda não está pronta e...

– Eu mando pra você. Aqui tem.

– Você faria isso por mim?

– Claro, minha filha.

Dou um sorriso.

– O ideal mesmo seria você ir a um médico – continua ela –, mas esse tipo de medicamento é fácil de usar. Eu vou mandar um papel explicando tudo bem direitinho, e você poderá olhar na bula, também.

– Tem como você mandar logo, mãe?

– Claro. Vou mandar hoje mesmo. Provavelmente vai demorar uns dias a chegar. Até lá, você e o Peeta terão que ser pacientes.

– Tudo bem.

– Eu vou logo mandar várias caixas para você, pra não ter que ficar mandando todo mês.

– Obrigada, mãe.

– Por nada, minha filha. Pode contar comigo sempre que precisar. Eu vou ter que ir agora. Um Beijo. Tchau.

– Beijo. Tchau.

***

– E aí? Você conseguiu a erva? – Peeta sussurra próximo ao meu ouvido enquanto distribui beijos provocantes pelo meu pescoço. Nós estamos sentados na sala, “assistindo” ao noticiário noturno.

– Então – começo, me afastando dele –, eu falei com a minha mãe, e ela disse que o remédio é mais confiável que a erva. Ela mandou algumas caixas de remédio pelo trem. Deve chegar daqui a alguns dias.

– Até lá, não poderemos fazer nada, não é? – diz ele, chateado.

– Sim, mas são só alguns dias. Tenha um pouco de paciência.

– Tudo bem – diz ele, se levantando do sofá.

– Aonde você vai? – pergunto.

– Tomar mais um banho gelado.

***

Rapidamente, três dias se passam. Assim que Peeta parte para a padaria, Haymitch me telefona para me dar a maravilhosa notícia de que o filho de Finnick e Annie teve recebeu alta do hospital, após mais de uma semana em observação. Annie decidiu passar mais umas semanas na Capital, pois o bebê ainda precisa de acompanhamento médico e o distrito 12 ainda não tem estrutura para isso. Haymitch, porém, voltará amanhã. Annie está bem assistida por lá.

Na metade da manhã, passo na estação para conferir se a encomenda da minha mãe chegou. É a segunda vez que faço isso. Ontem, ainda não havia chegado, mas agora, para o meu alívio, chegou. Me encaminho para casa rapidamente e logo leio as instruções da minha mãe e da bula. Fico um pouco frustrada ao ver que terei que esperar alguns até que o efeito do remédio seja seguro, mas isso já é melhor do que nada. Tomo o remédio e em seguida me arrumo para ir caçar.

***

Os dias se passam rapidamente. Haymitch já voltou da Capital. Certamente, vários dias de abstinência de álcool tiveram seu preço, pois agora ele está bebendo mais do que nunca. Ele nem tem conversado direito comigo e com Peeta. Nós contamos a ele que estamos juntos, mas ele estava tão bêbado que já deve até ter se esquecido. Nós dois estamos um pouco preocupados com ele, mas sabemos que é só uma questão de tempo até ele voltar a beber sua dose “normal”. Foi assim quando ele deixou o distrito 13.

Segundo as instruções da minha mãe e da bula do remédio, hoje eu já estou segura para passar a noite com Peeta sem correr o risco de engravidar. Peeta é bem compreensivo e parou de me abordar à noite assim que eu expliquei a ele que nós teríamos que esperar alguns dias, mas eu sei que tem sido difícil para ele.

Já é noite e eu estou sentada no sofá da sala, esperando-o terminar o banho para que possamos jantar. Eu quero passar a noite com ele hoje, mas não faço ideia de como irei expressar isso. Sedução nunca foi o meu forte.

Depois que ele termina o banho e nós nos sentamos à mesa da cozinha para comer, eu fico calada, apenas pensando em como farei isso. Peeta percebe meu silêncio e questiona:

– Algum problema, Katniss?

– Não. Está tudo bem – dou um sorriso.

Depois de jantarmos e lavarmos os pratos, rumamos para o sofá da sala para assistir ao noticiário noturno, como sempre. Fico torcendo para Peeta se aproximar de mim e começar seu jogo de sedução, mas sei que ele não vai fazer isso. Ele está esperando eu dizer que nós podemos passar a noite juntos. Ele não vai me pressionar. A atitude terá que partir de mim mesma. Decido começar por algo simples.

Me aproximo de Peeta e colo meus lábios nos seus. Ele prontamente retribui o beijo, mas assim que eu separo nossos lábios e desço os beijos para o pescoço dele, ele retesa.

– Katniss, não faz isso... – suplica ele.

Eu levanto a cabeça e olho nos olhos dele.

– Hoje nós podemos fazer isso – digo, sorrindo.

– Sério? – os olhos dele brilham.

– Sim.

Ele não espera mais nada. Desliga a televisão, me pega no colo e me leva para o quarto. Assim que chegamos lá, ele me coloca na cama e começa a me beijar apaixonadamente. Suas mãos passeiam pelo meu corpo, assim como as minhas passeiam pelo dele. Estou sentindo o fogo me consumir mais uma vez. Tiramos nossas roupas rapidamente, ansiando pelo contato de nossos corpos nus. Peeta se encaixa entre as minhas pernas, nos unindo intimamente mais uma vez. Logo, estamos nos movimentando, sentindo novamente o prazer daquela noite. Dessa vez, é ainda melhor, pois estamos mais à vontade um com o outro.

Quando sinto o ápice do prazer me atingir, solto um gemido e arranho as costas de Peeta. Ele se movimenta mais algumas vezes e depois também chega ao seu máximo, gemendo e enterrando a cabeça no meu pescoço.

Em seguida, ele desconecta nossos corpos, sai de cima de mim e me puxa para o seu peito, me aninhando em seus braços.

– Eu te amo, Katniss – diz ele, e eu posso ver todo o amor dele por mim em seu olhar.

– Eu também te amo, Peeta – digo, acariciando seus cabelos louros molhados de suor.

Ele puxa o lençol para nos cobrir e me dá um suave beijo de boa noite. Envolvida em seu calor, durmo quase que instantaneamente.

***

Depois que Greasy Sae saiu da Aldeia dos Vitoriosos e parou de vir cozinhar para mim, eu estou me empenhando em aprender a cozinhar. Ando pegando umas dicas com um programa de culinária que passa na televisão, e tenho feito alguns progressos. Estou sentada no sofá com um caderno, anotando uma receita enquanto assisto ao programa na TV, até que ouço a campainha tocar. Não faço a menor ideia de quem é, pois Peeta tem a chave e Haymitch deve estar bêbado demais para estar acordado a essa hora da manhã.

Levanto-me do sofá e abro a porta. Sinto minhas pernas tremerem ao ver quem é.

– Olá, Catnip.


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Notas finais do capítulo

Vejam bem, ameaça de morte é crime! Cuidado com o que vão me dizer nos comentários! Hahaha!

Brincadeira, pessoal. Lembrem-se de dizer nos comentários o que estão achando da história. Apareçam, fantasminhas! A opinião de vocês também é importante. ;)

Beijos e até a próxima.