Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Conforme eu disse, esse capítulo não demoraria. Agradeço a todos que estão comentando. São vocês que me inspiram, rs.

Boa leitura!



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Pego seu rosto com as duas mãos e deposito um beijo em seus lábios.

– Peeta?

– Hum?

– Eu gostaria de te perguntar uma coisa.

– O quê?

– Você quer vir morar comigo?

– O quê?! – exclamo, pasmo.

– Eu perguntei se você quer morar comigo, lá na minha casa... – ela parece constrangida. – Mas se você não quiser, eu vou entender.

Eu levanto o rosto de Katniss com as mãos, forçando-a a olhar nos meus olhos.

– Você está querendo se casar comigo, é isso? – pergunto, sentindo meu coração acelerar.

– Não! Quer dizer, não é bem isso, Peeta... Não quero rótulos na nossa relação. Nós ainda somos muito novos. O que eu sei é que quero ficar com você e que quero você comigo na minha casa. Acho que não faz sentido nós dois morarmos sozinhos em casas tão grandes. Além disso, você já dorme comigo todos os dias.

Eu fico calado, digerindo o que acabei de ouvir.

– Você não está decepcionado comigo, está? – pergunta ela, e posso ver insegurança em sua expressão.

– Não, claro que não! Na verdade, eu estou surpreso.

– Surpreso? – ela parece confusa. – Com o quê?

– Vamos ver... Depois da noite que tivemos, achei que hoje você estaria envergonhada a ponto de não conseguir nem olhar na minha cara, mas me enganei. Você não só agiu com naturalidade como também me trouxe aqui, fez uma linda declaração de amor e agora está me chamando para morar com você. Quem é você e o que você fez com a verdadeira Katniss Everdeen?

Ela dá um risinho sem graça.

– Se o que aconteceu na última noite – ela cora um pouco, o que me faz ver que ainda há um pouco de vergonha ali – tivesse acontecido um tempo atrás, eu certamente estaria agindo assim. Mas depois de tudo pelo que passamos, acho que não faria nenhum sentido eu sentir toda essa vergonha e agir desse jeito com você. Eu precisava te dizer tudo aquilo, e você merecia ouvir.

Eu puxo o rosto dela e grudo nossos lábios em um beijo apaixonado. Depois de um tempo, nós nos separamos e ela diz:

– Você ainda não respondeu à minha pergunta.

– A resposta é sim – digo, sorrindo. – É claro que eu aceito morar com você.

Ela abre um grande sorriso.

– Pode ser ainda hoje? – pergunta ela.

– Sim, mas eu vou ter que ir levando minhas coisas aos poucos. Katniss?

– Hum?

– Você sabe que não vai ser fácil, não sabe?

– Como assim?

– Eu ainda tenho os flashbacks. Eles estão fracos e pouco frequentes agora, mas nós vamos precisar tomar alguns cuidados, já que estaremos morando na mesma casa. Sempre que eu sentir algo e mandar você sair de perto de mim e se trancar em algum lugar, você vai me obedecer. Promete?

– Prometo. Já era isso que eu estava fazendo.

Ela parece ficar meio triste.

– Não fique triste – digo, acariciando seu rosto.

– Eu não estou – ela sorri. – Mas então, vamos entrar no lago?

– Entrar no lago? – pergunto, confuso. – Eu não trouxe roupa de banho e...

– Não tem problema – ela me interrompe. – Ninguém vem aqui. Podemos tomar banho de roupas íntimas.

– Mas e como iremos nos secar depois?

– Eu trouxe toalhas – diz ela, apontando para a bolsa com um sorrisinho no rosto.

– Você pensou em tudo, não foi? – digo, sorrindo. Ela assente. – Se é assim, vamos lá, então.

Eu tiro minha roupa, ficando apenas com uma cueca boxer. Katniss também tira suas roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã. Agora, com a luz do sol, posso observar seu corpo de forma mais detalhada. Apesar das finas cicatrizes, ela continua linda. Sinto-a olhando para mim e levanto meu olhar para seus olhos. Ela está com uma expressão de constrangimento no rosto.

– Que cara é essa, meu amor? – pergunto.

– Não é nada... é que... bem, no escuro você não pôde ver minhas cicatrizes nitidamente, e agora...

– Isso não muda nada – eu a interrompo. – Você está linda do mesmo jeito. Eu também tenho cicatrizes – aponto para o meu corpo –, e, de certa forma, eu me orgulho delas, porque elas representam toda a minha luta para quebrar o antigo regime e porque elas mostram que eu sobrevivi. Você deveria ver as suas da mesma forma.

Ela sorri para mim, parecendo aliviada.

– Mas então, vamos entrar? – digo. – Mas você vai ter que me ajudar a nadar, porque eu não aprendi direito na segunda arena.

Ela sorri para mim mais uma vez e segura a minha mão, conduzindo-me para dentro do lago. Não é tão fundo quanto eu imaginava, mas ainda assim é necessário nadar para não se afogar. Katniss me ajuda a mergulhar e a me manter firme na água, e eu consigo. Após nos divertimos e nos refrescarmos na água fria do lago, decidimos sair.

– Temos que ir logo, antes que escureça – diz Katniss, enquanto se enxuga com a toalha. – A caminhada é longa.

– Seria bom se tivéssemos algo para comer, para recarregar as energias – digo, também me enxugando.

– Acha que não pensei nisso? – diz ela, com um sorrisinho nos lábios.

– Você trouxe comida na bolsa?

– Sim. Biscoitos e geleia de amoras.

– Maravilha.

Nós terminamos de nos secar e vestimos nossas roupas, sem nos importarmos com o fato de estarmos com as roupas íntimas molhadas. Depois, Katniss me leva a uma casinha que fica perto da margem do lago.

– Eu e meu pai nos instalávamos aqui quando vínhamos passar o dia no lago – diz ela.

– É bem pequena, mas é legal – comento.

– Vamos sentar. A gente come e depois vai embora.

Ela pega os biscoitos, a geleia e a garrafinha de água e nós dois comemos, silenciosamente, em virtude da fome. Quando terminamos, eu fico observando Katniss guardando as coisas para irmos embora.

– Katniss?

Ela levanta o rosto e olha para mim.

– Hum?

– Obrigado por hoje. Você nem imagina o quanto eu esperei para ouvir tudo aquilo.

– Não precisa agradecer – ela sorri. – Eu também fiquei feliz de enfim ter coragem para te dizer tudo aquilo.

– Eu te amo – digo.

– Eu também.

Eu me aproximo dela e lhe dou um breve beijo. Depois, nós levantamos, pegamos nossas coisas e partimos para a cerca.

Ponto de Vista de Katniss:

Quando eu e Peeta chegamos à Aldeia dos Vitoriosos, o céu já está escuro e nós dois estamos completamente exaustos e suados. Ele vai para a casa dele, para poder tomar banho e pegar alguns pertences. Eu vou para minha casa e me encaminho direto para o chuveiro.

Enquanto a água fria me refresca, penso em tudo o que aconteceu hoje. Sinto-me extremamente aliviada por enfim ter aberto meus sentimentos a Peeta. Na última noite, ele me perguntou se eu o amava e eu confirmei, mas senti que apenas isso não seria o suficiente. Eu senti a necessidade de fazer uma declaração de amor propriamente dita, apesar de isso não combinar nem um pouco comigo. Era o mais justo a se fazer, tanto em relação a ele quanto em relação a mim mesma.

Após sair do banho e me enxugar, eu visto uma roupa confortável e penteio os meus cabelos, deixando-os soltos para que possam secar.

Quando Peeta chega, está trazendo consigo uma mala. Não é tão grande, mas, como ele mesmo disse, ele vai trazer as coisas aos poucos. Eu o ajudo a se instalar no meu quarto e depois nós vamos à cozinha.

Sobrou cozido de carne e batatas do almoço, e como nenhum de nós está com disposição para cozinhar, apenas requentamos a travessa.

Após comermos, eu lavo os pratos enquanto Peeta coloca comida para Buttercup. Estou distraída em meus pensamentos quando ele me abraça por trás e beija a minha nuca, fazendo com que eu me arrepie dos pés à cabeça.

– Precisa de ajuda? – pergunta ele, rente ao meu ouvido. Me pergunto se ele está fazendo tudo isso para me provocar.

– Não. Já tou acabando – digo, me afastando de seu abraço.

– Eu vou enxugar e guardar o que já está lavado, então.

Ele termina de me ajudar a arrumar a cozinha e depois nós ficamos no sofá da sala, abraçados, vendo o noticiário noturno na TV. Quero prestar atenção à notícia, mas Peeta me desconcentra, beijando o meu pescoço sem parar.

– Peeta, eu quero ver a notícia – digo em um fio de voz.

Mas ele nem liga para o que eu disse. Em vez disso, sobe os lábios pelo meu pescoço e chega à minha boca. Tento resistir ao beijo a princípio, mas logo estou retribuindo e sentindo aquela ânsia novamente. As mãos de Peeta passeiam pelo meu corpo e as minhas passeiam pelo dele.

Ele subitamente se afasta de mim e desliga a TV. Em seguida, volta-se para mim e me pega no colo sem nenhum esforço, levando-me para o quarto.

Ele me coloca na cama e volta a me beijar, fazendo com que eu sinta o fogo me consumindo mais uma vez. Já estamos seminus quando tenho um rompante de consciência. Eu me afasto de Peeta e lhe digo:

– Peeta, nós não podemos fazer isso.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Comentem para que eu saiba o que vocês estão achando. Eu tenho recebido ultimamente mais de 20 reviews por capítulo, mas pela quantidade de visualizações, a grande maioria dos leitores não está comentando. Se vocês gostam da história e querem continuar lendo-a, COMENTEM! Essa é a forma que vocês têm de me estimular a continuar. ;)

Beijos e até a próxima.