Amor Real - Peeta e Katniss escrita por MaryG


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Anteontem a fanfic completou um mês, sabiam? Eu gostaria de ter postado no dia, mas infelizmente não deu.

Estou realmente satisfeita com a receptividade de vocês. Com um mês de fanfic e nove capítulos, recebi 92 comentários, 2 recomendações (obrigada pela recomendação, Lana Malfoy!) e 25 favoritos. Isso é mais do que esperei quando decidi escrever essa fanfic. Muito obrigada, pessoal! De verdade.

Esse capítulo de agora é um pouco diferente dos anteriores, mas espero que vocês gostem.

Boa leitura!



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Acordo-me de manhã sentindo um maravilhoso cheiro de pão recém-saído do forno. “Peeta está na cozinha”, penso. Levanto-me da cama, tomo meu banho matinal e desço para a cozinha.

Ao chegar lá, vejo Peeta retirando os pães do forno. Ele está com os cabelos loiros molhados, o que me faz concluir que ele passou em casa para tomar banho. Ele sente minha presença e se vira para mim, sorrindo.

– Bom dia, Katniss – ele diz.

– Bom dia, Peeta.

– Fiz pães para você.

– Você vai tomar café comigo? – pergunto, já consciente de que a resposta provavelmente será “não”.

– Vou, sim – ele responde, sorrindo. – Não vou poder demorar muito, mas posso ficar um pouco.

Uma felicidade quase tola toma conta de mim.

– Vem, senta aqui – ele pede. – Já deixei a mesa posta.

Só então percebo que há frutas, suco de laranja e queijo em cima da mesa. Peeta se senta e eu o acompanho, sentando-me em frente a ele.

Comemos em silêncio, mas nossos olhares se cruzam em vários momentos. Penso na última noite. Ele me abraçando para me acalmar do meu pesadelo, o beijo que eu lhe dei... Não sei exatamente por que fiz aquilo. Simplesmente senti que só seus braços não seriam suficientes para me consolar. Também precisei de seus lábios.

Fico imaginando o que ele está pensando de mim nesse momento. Deve estar se sentindo completamente confuso. Acho que ele não vai tardar a me perguntar o que está acontecendo. Preciso estar preparada para responder com sinceridade, pois mentir nunca foi o meu forte.

Batidas na porta dos fundos me tiram dos meus pensamentos.

– Deve ser Greasy Sae – diz Peeta.

– Vou abrir – eu digo e me levanto em seguida, caminhando para a porta.

Abro a porta e Greasy Sae entra.

– Bom dia – ela diz.

– Bom dia – eu e Peeta respondemos ao mesmo tempo.

– Vocês já estão tomando café da manhã. Ótimo! Haymitch me pediu para fazer uma arrumação numa das casas daqui da vila. Não entendi muito bem, mas parece que há uma pessoa vindo morar aqui...

– Sim, é Annie Cresta, uma vitoriosa do distrito 4 – respondo. – O marido dela, Finnick Odair, que também era um vitorioso, morreu na rebelião. Ela está esperando um filho dele.

– Ah, coitadinha! – Greasy Sae diz, com pesar.

– Mas agora ela terá a todos nós – diz Peeta. – Ela não estará mais sozinha. Finnick era um grande amigo nosso. Devemos isso a ele.

– Fico feliz de saber que a moça terá algum apoio – diz Greasy Sae. – Bom, agora, se me dão licença, eu tenho que ir. A moça que irá me ajudar a dar uma arrumação na casa já está me esperando.

– Eu acompanho você – diz Peeta, levantando-se da cadeira. – Tenho que resolver umas coisas na padaria.

Ele vem até mim, beija meu rosto e acompanha Greasy Sae.

***

Após o almoço, sento-me no sofá para assistir televisão. Hoje eu mesma que tive que preparar o meu almoço, pois Greasy está ocupada. Cacei um peru selvagem e fiz uma receita tentando imitar o frango ao molho de laranja que comi na Capital. Até que não ficou tão ruim.

Quando estou quase cochilando, a campainha toca. Quando abro a porta, vejo que é Haymitch. Está na hora de ir buscar Annie.

– Já estou pronta para irmos buscar Annie na estação – digo, enquanto ele adentra a sala.

– Nós não iremos à estação – ele diz.

– Ué, por quê? – pergunto, confusa.

– Annie está vindo de aerodeslizador.

– Mas você disse...

– Eu entendi errado – ele me interrompe. – Se Paylor não tivesse me ligado hoje cedo para acertar alguns detalhes, eu ficaria o resto da vida na estação esperando por Annie.

– Isso acontece quando a pessoa ingere mais álcool do que comida – digo, abafando um riso.

– Aprendeu a ser irônica, docinho? – ele diz.

– Deve ter sido a convivência com você – retruco.

– Enfim, há coisas mais importantes do que discutir sobre nossas ironias. Annie vai chegar daqui a pouco. O aerodeslizador irá parar perto da casa onde ela irá ficar. Eu estou indo para lá agora. Você vem?

– Sim, vou.

Saímos de minha casa e rumamos para a casa onde Annie vai ficar. Entramos na casa e eu então vejo o quanto ela está limpa e arrumada. Haymitch deixa a porta aberta e fica observando o céu, aguardando o aerodeslizador aparecer. Eu me sento no sofá da sala, esperando.

Uma hora e meia se passa e o aerodeslizador não aparece. Se eu não estivesse tão preocupada, provavelmente estaria sentindo um tédio enorme.

Haymitch parece muito nervoso. Não dá uma palavra e fica andando de um lado para o outro de forma tão repetitiva que eu não sei como não forma um buraco no chão.

– Eu acho que aconteceu alguma coisa – ele finalmente diz.

– Quanto a isso, não tenho dúvidas – digo. – Resta saber se foi algo grave.

– Preciso ligar para Paylor.

– Você sabe o número dela de cor? – ele assente com a cabeça. – Vamos pra minha casa, então. Eu preparo um chá pra nós dois.

Saímos da casa que seria de Annie e rumamos para a minha. Haymitch tenta falar com Paylor enquanto eu preparo um chá. Quando chego à sala com as xícaras de chá numa bandeja, ele está andando de um lado para o outro, com uma expressão frustrada no rosto.

– Nada? – pergunto enquanto coloco a bandeja com as xícaras em cima da mesa de centro.

– Nada – ele responde. – Só dá ocupado.

– Mais tarde você tenta de novo e... – vejo-o tirando uma garrafinha de metal do bolso e percebo o que ele pretende fazer. – Não, Haymitch! Acha mesmo que colocar bebida nesse chá vai adiantar alguma coisa? Você precisa estar sóbrio se quer ajudar Annie!

Ele dá um sorriso sem graça e coloca a garrafinha no bolso novamente.

Nós nos sentamos no sofá e tomamos o chá. O líquido quente desce pela minha garganta e me traz uma sensação de calma. Escolhi camomila justamente por saber que o nervosismo imperaria por aqui.

Após um tempo, Haymitch tenta mais uma vez falar com a presidente Paylor, e mais uma vez não consegue. Eu começo a sentir um desespero tomando conta de mim, mas tento transparecer calma para que Haymitch não fique tão nervoso.

Ouço batidas na porta e sei que é Peeta. Abro a porta e me jogo nos braços dele. Preciso dele para me acalmar. Ele retribui o meu abraço, mas fica meio confuso.

– O que está acontecendo aqui? – ele pergunta logo que nos separamos. – Annie já chegou?

Explicamos a ele tudo o que se desenrolou até o momento e depois ele diz:

– Eu vou tentar ligar para a presidente Paylor. Fiquem aqui sentados. Vocês estão muito nervosos.

– Garoto, eu tentei e não... – Haymitch começa, mas é interrompido.

– Eu vou tentar novamente, certo? Me diga qual é o número dela.

Haymitch passa o número para Peeta e ele se encaminha para o telefone. Após algumas tentativas, ele diz que está chamando.

Não entendo bem a conversa que ele está tendo com a pessoa do outro lado da linha, mas pela cara dele, as notícias não devem ser boas. Depois que ele desliga, eu e Haymitch nos levantamos do sofá, ansiosos.

– Então – Peeta começa – eu não consegui falar com a presidente Paylor, mas consegui falar com a secretária dela. Ela me disse que Annie entrou em trabalho de parto dentro do aerodeslizador. O piloto deu meia-volta e a levou às pressas a um hospital na Capital. Ela está internada. Os médicos ligaram para Paylor para avisá-la, mas ela está em reunião. Só a secretária está sabendo.

– Oh, meu Deus... – eu suspiro.

– Mas ainda não está em tempo do bebê nascer – diz Haymitch, visivelmente nervoso. – E agora?

– Bem – continua Peeta –, a secretária disse que os médicos estão tentando segurar o bebê na barriga dela. Ela está com quase oito meses, mas ainda assim é cedo.

– Não há ninguém com ela, não é? – pergunto, e Peeta assente com a cabeça. – Queria poder estar lá com ela, mas ainda não posso sair dessa droga de distrito.

– Eu vou, então – determina Peeta.

– Nada disso! – diz Haymitch. – Você ainda está se recuperando, garoto! Se tem alguém aqui que tem que ir, esse alguém sou eu.

– Pra que, pra ficar bebendo no hospital? – Peeta questiona. – Estou certo de que serei mais útil que você, lá.

– Chega! – explode Haymitch. – Isso aqui não está em questão. Eu vou, e você fica aqui com Katniss. Vou falar agora mesmo com Plutarch para ver se ele consegue um aerodeslizador para mim.

Ele diz isso e sai da minha casa às pressas.

O nervosismo acumulado faz com que lágrimas caiam dos meus olhos. Logo estou soluçando baixinho. Peeta me aconchega em seus braços.

– Vai ficar tudo bem – ele diz. – Lembre que o bebê é filho de ninguém mais ninguém menos que Finnick Odair.

Esse comentário arranca um leve sorriso dos meus lábios.

– Você tem razão – digo. – Eu não sei o que seria da minha vida... sem você.

– Digo o mesmo. Eu não estava mentindo quando te disse na praia da segunda arena que você é toda a minha vida.

Meu coração acelera quando ele diz isso. Eu saio de seus braços e fico de frente para ele. Me aproximo dele, minha mão direita acariciando de leve seu rosto. Nossos lábios estão a centímetros de se tocarem, até que...


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Lembrem-se de dizer nos comentários o que estão achando. E vocês, leitores fantasminhas, apareçam! Não se acanhem. A opinião de vocês também é importante. ;)

Beijos e até o próximo.