Hefesto

Deméter olhou ao redor,bateu palmas duas vezes,então tudo começou a se organizar sozinho. Pratos se lavarem,farinha saindo das paredes e indo para o lixo,frutas voltando a forma natural e parando nas cestas,a bancada e as cadeiras brilhando.

Eu e Hermes a olhamos como se fosse uma bruxa.

—Com...como? —Eu

—Não temos um bolo! —Hermes

Deméter bateu palma. Dessa vez uma linda torta parava a sua frente,coberta de chocolate,com bombons e flores de açúcar,até frutas decoravam. Bem a tempo. Hera e Marta entraram pisando duro.

—Arrrg! Eu a odeio! Odeio odeio odeio! —Marta estava toda descabelada,com vários dedos rosados e avermelhados no rosto. Sentou-se e cruzou os braços

—Tudo não teria sequer começado,se soubesse não EMBEBEDAR O MARIDO DE AFRODITE!—Deméter,tirando o avental

—Eu ia adivinhar que a mulher fútil era boa de tapa? —Marta

—Eu estou aqui —Ela me olhou— Ela não é fútil,—Há encarei firmemente— E a se ela é boa de tapa,eu posso ser muito melhor.

—Estressado.—Marta revirou os olhos

—Se fosse você cuidaria como fala comigo. Posso acabar com esse seu reino em um piscar. E você sabe disso.

E assim,saí escada acima.

Deméter

Se não entendi nada da conversa de Marta,certo. Se menos ainda do jeito pálido que ela ficou? Correto. Bom,após isso,Marta correu para algum quarto lá em baixo,e Hera,foi para o dela. Fiquei sozinha novamente com Hermes. Estalei os dedos,uma xícara de chá quentinha pousava á minha frente,o aroma das ervas doces tomará a cozinha. Me sentei,Hermes me olhava incrédulo.

—Como? —Se sentou a minha frente

—Ervas,três colheres de açúcar e...

—Não —ele riu— Como limpou tudo com algumas palmas?

—Deusa da agricultura e fertilidade,também sou a representante das boas esposas,e da ótima culinária.

—Modeeesta —Hermes cantarolou

—Cala a boca —ri

Então,Perséfone entrou.

—Mãe...—Olhou Hermes rindo,soltou um risinho— Hades pediu para preparar uma ótima janta,vamos jantar lá fora,a noite está linda!

—Certo...—Olhei a cozinha— e o que quer que eu faça?

—Sei lá mãe,tudo o que você faz fica ótimo!

Eu sorri.

—Bom,agora tenho que falar com Hera,até mais Mãe!! Olha,olha vocês dois pombinhos!

—Perséfone! Vai ver os dois pombinhos!—Corri atrás dela,mas parei em frente a bancada.

Quando me virei,Hermes estava a minha frente,me prensando contra a pia.

—Pombinhos são legais,sei lá eu gosto. —Me falou,suavemente. Eu estava arrepiada.

—Hermes..eu..eu...

—Não consigo resistir mais? —Ia se aproximando

—Eu...eu...

—EU QUERO SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI! —A voz de Marta,ecoava pelas paredes,a olhei de relance,braços cruzados em frente a porta. Estalei os dedos,frutas “caíram” por todo o chão a nossa volta.

—Hermes pegava as frutas caídas,assombração. —Falei,fingindo pegar sal.

—E você? —Ela agora pegava maças com Hermes

—Ué,tava ajudando.

Ela revirou os olhos,percebi que estava logo abaixo do ovo que pendia no lustre.Sorri.

—Deveria estar LONGE do meu marido.

—Vocês não são casados —Me virei,peguei algumas massas

—Ainda não. —Suas palavras foram facadas.Acho que Hermes ficou pálido.

—Antes de casar é bom noivar primeiro —Hermes Riu,e jogou uma pêra na fruteira. Levantou.

—Estige.—Ela pronunciou,apenas.

Deméter se segurou para simplesmente não criar ali mesmo uma planta carnívora que a engolisse.

Hermes suspirou.

—Vou falar com Hera,quem sabe,a bordo do navio,não nos casamos?! —Ela sorria tão falsamente, que Deméter só fez uma coisa: Tirou o óleo do balcão,e bateu com força a porta.

—Olha para cima amada. —Deméter rindo.

Então o ovo se quebrou bem acima de seus cabelos,bagunçando e sujando seu rosto,cabelo,cabeça.

Ela saiu resmungando o quando me odiava.

Hermes me olhava,claramente aliviado. Se aproximou:

—Aonde paramos?

—Na parte em que você,deixa a minha cozinha. —Falei me segurando para não rir

—Um beijinho de adeus?

Revirei os olhos,dei um beijinho rápido em sua bochecha.

—Assim não vale,tem que ser um beijo de verdade.

Me puxou pela cintura,me dando um longo e demorado beijo. Após terminarmos,manchei seu nariz com extrato de tomate. Ele riu,e sumiu corredor adentro.

Apolo

Após Ares incorporar comigo e com Hera, resolvi deixar Ártemis para depois. Ela definitivamente não me escapa. E após cuidar de Héstia passei para ver Atena. Sua expressão suave voltava pouco a pouco. A ambrósia,estava dando efeito,e Poseidon,ainda deveria estar vivo.

Deixei a porta escancarada,e,enquanto tirava a pressão da deusa,vi Hermes passar todo sorridente,com uma bolinha ridícula no nariz.

—Ei,virou coelho da páscoa é? —Me levantei rindo

Hermes voltou,apenas seu rosto aparecia há porta.

—HAHA engraçadinho —Entrou,e se sentou numa das poltronas em frente a lareira

Ele começou a olhar o nada,sorria como bobo.

—Ui! Ta apaixonado é entregador?

Foi como ter o empurrado de uma alta nuvem.

—Tô nada! Além que o Estige nunca permitiria! —Cruzou os braços,emburrado.

Coloquei um termômetro em Atena.

—Hermes,o Estige cuida de promessas,não de sentimentos.

—Mas meus sentimentos estão ligados há um juramento idiota!

Iria argumentar algo,mas o termômetro apitou,fui ver...

—Não..não...isso não é bom! —Passei a disparar poderes em Atena

—O que houve? —Hermes se levantou

—A temperatura de Atena,caiu em negativa! A pressão está despencando...! Hó deuses!

Hermes então,inseriu néctar direto na veia da deusa,Apolo jogava e jogava bênçãos e poderes. Até que,por fim,ela recuperou cor,a temperatura subia rastejando,mas a pressão,continuava baixa.

Hermes se jogou na poltrona.

—O que você acha que houve? —Suspirou

—Algum pesadelo.alguma má lembrança de espírito. É difícil dizer.

—E a pressão?

—Com mais néctar,e mais paciência,e em observação, ela melhora.

—Há,ótimo. Bom,vou para o quarto antes que a Marta comece um escândalo.

—Falando nisso,como fica Deméter?

—Oi? —Hermes voltou dois passos

—Em que quarto ela ficará? Lembra o que Aquiles disse...?

Hermes ficou azul. Provavelmente de raiva.E saiu.

Hera

—DOIS DIAS! DOIS DIAS! DOIS DIAS! —Andava de um lado para o outro,enquanto Afrodite lixava as unhas,sentada no sofá da sala.

—Se falasse “SETE DIA! SETE DIAS! SETE DIAS!” Diria que estava igual a garotinha do poço.

—Samara?

—Essa mesmo! Ai Hera,para que tanta raiva? O que houve?

—DOIS DIAS EM QUE ZEUS SÓ USA MINHAS ROUPAS! E ESTÁ RASGANDO TUDO!

—Pelo menos ele tem estilo —Afrodite riu

—HAHAHA engraçadinha! Teu marido não anda por ai CANTANDO OS FILHOS!

Afrodite caiu na gargalhada.

—Leva na esportiva Hera! Pensa assim,Se são dois dias em Zeusa,serão dois dias em Zeus. Ai aproveita!

Hera iria argumentar algo,Zeus apareceu.

—Oi Migas! Ahaza!

—Saí viado. —Hera

—Ai gata,ta de TPM? Eu te entendo,estava assim esses dias também,mas não veio...ai deuses será que estou grávida? —Fez uma cara surpresa/assustada

Afrodite caiu na gargalhada.

Hera colocou as mãos na cabeça.

—Joguei pedra no tártaro! Só pode!

—Quem é o pai genti! —Zeus,aparentemente preocupado

—Zeusa...—Começou Hera

—O que foi?

—Se mata,por favor!

—Ai! Idiota!

Hera tirou o salto,arremessou em Zeus,que caiu inconsciente.

—Está vendo?! —Pegou o salto do chão— É o quinto que quebro o salto!

E saiu pisando duro,deixando Zeus inconsciente.

Afrodite gargalhava.

Héstia

Levantei,já fazia um tempo que cansei de olhar as ondas indo e vindo. Fui lá fora,já anoitecia, fiquei a beira,recebendo a brisa marítima suave. Marta apareceu há meu lado.

—Noite linda não?

—Que susto! —Há olhei— Sim,muito bela.

Ficamos um tempo em silêncio.

—Se adaptando? —Perguntei

—Ao navio? Mais ou menos...sinto-me um incomodo.

—Há...bom acontece.

Narradora...

Marta observou Héstia:Ruiva,olhos vermelhos.Simpática. Tocou suas costas.

—É seda? —Perguntou pela túnica grega vermelha que Héstia vestia

—Sim! Minha favorita!

Héstia se distraiu,olhando para o tecido sedoso e macio.

Marta pegou embalo,e tomou ação de empurra-lá....