Sobre sua pele escrita por CiaMon


Capítulo 2
Capitulo Um


Notas iniciais do capítulo

POV's Derek



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Capitulo Um

– Derek Hall, você sabe o que é um presente? – Eu olhei para aquela mulher que eu já via durante algum tempo.

– Sim, eu sei. – respondi, ainda segurando a criança pequena em meus braços.

– Venha cá, Derek Hall. Dê-me meu filho... – e eu fui até ela, entregando-lhe a criança.

Ela colocou a mão em minhas costas e eu senti queimar. Mas ela me fez permanecer ali, sem mover um músculo. Quando ela se afastou, ela pegou e me devolveu a criança, sorrindo.

– Mostre-me as costas dele. – ela me pediu e eu fiz. Ela fez mesma coisa, mas a criança agora chorava com força, se esperneando – Eu lhe dei meu filho de presente Derek.

– Claudia, você não pode! – eu disse, balançando a criança contra meu peito para que ela parasse de chorar – Você sabe que...

– Eu vou embora daqui a pouco e quando você for libertado, eu já estarei muito longe. Mesmo nesse mundo, mesmo você sendo libertado e se sentindo deslocado, meu filho vai sempre vai te aceitar como você é... Basta buscá-lo.

– Como eu vou encontrá-lo?

– A marca que está em você está nele. E quando vocês se encontrarem novamente, você vai saber por que seus olhos vão estar vermelhos, assim como os dele.

– Claudia...

– Cuidado Derek Hall. Quando vocês estiverem juntos, as coisas vão mudar e você vai ter que cuidar dele... Você promete para mim, Derek Hall?

– Eu prometo Claudia. – eu disse, olhando diretamente para os olhos vermelhos que me encaravam sorrindo – E eu prometo a você também... – a risada que ele me deu encheu meu peito de felicidade.

*** Quando abri meus olhos pouco antes do avião aterrissar, senti um frio na barriga. Os passageiros começaram a sair e pegar sua bagagem. Eu ainda estava me acostumando a todos os batimentos cardíacos que eu conseguia escutar e dos ensinamos que Claudia me deu antes de eu ser libertado. Claudia havia me deixado todas as riquezas da minha falecida família, eu não sei como. Havia uma carta que eu estava seguindo, diferente do que Claudia sabia, havia alguns mutantes humanos que se transformavam em lobos. Eu estava na cidade em que morava uma família completa.

Peguei um taxi e me dirigi para lá. Eu conheci uma jovem chamada Laura, nós nos falamos pelo computador, apesar de ainda ser muito confuso para mim, e ela me convidou para estar ao lado dela e da família. Seria uma grande coisa para mim, eu poderia aprender mais sobre essa civilização. Claudia me ensinou bem algumas coisas, mas eu ainda tenho muito a aprender. Eu peguei o celular e liguei para Laura.

– Hey, BigBro! – a voz dela era muito animada.

– Laura, o motorista não sabe chegar ao seu endereço.

– Oh, diga a ele para ir para a entrada da Preservação. Ele segue e a primeira casa entre as árvores é a nossa.

– Obrigado. – eu disse - Eu chego ai em um minuto.

– Ao seu tempo, BigBro!

Eu disse as coordenadas ao motorista e depois de 10 minutos nós chegamos. Eu paguei ao motorista e me dirigi para a porta de frente. No mesmo momento, no entanto, uma jovem de longos cabelos negros saiu correndo pela porta de frente sendo seguida por dois outros jovens correndo e gritando. Laura estava vindo atrás dos garotos que tinham se enfiado no meio das árvores. Mas eu ainda conseguia ouvir a voz dos garotos correndo.

Laura estava me olhando com os braços cruzados e uma das sobrancelhas levantadas. Eu sorri para ela, tentando desfocar meus sentidos das crianças. Laura começou a conversar sobre as pessoas que moravam ali e que eles não teriam problema algum em manter-me no quarto de hóspedes pelo tempo que fosse. Laura contou que Tália estava chegando ao fim da tarde e que eu poderia me ocupar em desfazer as duas malas que eu trouxe.

Eu estava ocupado o suficiente durante há primeira hora, mas então eu voltei a escutar gritos e risadas no andar de baixo da casa. Seguido de um rugido alto de Laura, já que ela era a única lobisomem na casa, além de mim. Aparentemente, alguns dos garotos que estavam lá não estavam muito de acordo com ela.

– Não ainda mostrar esses dentes, Laura! Nós ainda não temos tanto medo de você assim!

– Cale a boca, Stilinski! – ela disse e todo o meu corpo travou na hora.

Sem nem perceber eu corri para a sala e encontrei Laura transformada prendendo os braços de um garoto contra a parede. Todos na sala se viraram para mim e, quando Laura abandonou as mãos do garoto e veio caminhando, o menino olhou em meus olhos e eu vi. Os olhos dele ficaram vermelhos e eu podia escutar claramente a batida do corão frenética. Medo, ele estava sentindo medo, assim como seu pai sentia de mim na primeira vez que nos encontramos.

No mesmo momento eu olhei para Laura, que estava caminhando até onde eu estava com cautela. Quando percebi ela estava quase na minha frente e um garoto estava sacudindo a criança que estive procurando durante seis anos. Eu era muito mais antigo que Laura, meus poderes eram muito mais elevados que o dela, por isso ela não conseguiu me impedir de chegar perto do filho de Claudia. Joguei a criança que estava com ele longe e segurei seu rosto perto do meu. Os olhos brilhavam vermelho ainda e ele não parecia muito conciente. Eu sabia o que fazer.

– Egidiusz Stilisnki... – eu disse e ele piscou os olhos – Egidiusz, acorde.

– O que diabos você está fazendo?! – ele me empurrou longe e eu escutei um rosnado.

Quando ia me virar para o lado, um animal me atacou, pulando em minhas costas. Transformei-me em um minuto, jogando-o diretamente em Laura, que o segurou como uma bola, mesmo batendo contra a parede. Minha forma era muito maior que a deles, a mesma altura que a minha forma humana. Eu vou protege-lo de tudo, mesmo que eu tenha que matar esse garoto. No mesmo momento, Laura a garota de cabelos negros e o menino estavam meio transformados.

– Eu vou protegê-lo... – eu disse, virando o rosto para Egidiusz, sorrindo – Eu prometo...

Na hora, uma mulher entrou pela casa batendo a porta e ostentando uma postura de liderança. Ela era provavelmente a alfa da casa, ou seja, a mãe de Laura, Talia. Os garotos transformados olharam para a mãe, mas ainda rosnavam para mim. Seria relativamente fácil abatê-los, mas agora que eles estavam com sua alfa, seria até um problema.

– Venha comigo, Egidiusz... – eu disse a ele e Talia olhou para mim com olhos surpresos, mas eu ainda estava esperando o movimento dele – Não fique com medo... – eu disse, esfregando meu focinho no seu pescoço.

– Aw, cara! – ele disse e fugiu de mim, ficando ao lado de Tália.

– Quem é você? – Tália se dirigiu a mim.

– Derek Hall, senhora. – eu disse, abaixando a cabeça – É um prazer finalmente conhecê-la...

– Transforme-se de volta, Derek, por favor.

Na mesma hora, eu voltei a minha forma humana, no entanto, eu ainda estava nu. A alfa da casa manteve-se impassível, mas minha querida criança ficou toda vermelha, cobrindo o rosto. As outras crianças ainda estavam transformadas e rosnando para mim. A mãe as mandou pararem e assim elas fizeram. O garoto que antes estava com Egidiusz dirigiu-se de volta para ele e eu rosnei. Eu não confiava nesse garoto, e Talia estende a mão, parando o menino no caminho.

– Derek, você gostaria de se explicar? Você pode deixar seu olhar alfa.

– Isso não é minha visão alfa... – sorri para ela – Isso é efeito de um feitiço feio por Claudia...

– Minha mãe? – Egidiusz disse, os olhos arregalados e eu fui para frente, chegando bem perto dela e dele.

– Claudia me deu você para cuidar, você é um presente para mim!

– O que?! – o garoto e a garota que eu não sabia o nome disseram.

– Sua mãe era meio humana e meio fada. Encontramo-nos muitos anos atrás, quando ela estava presa por sua raça.

– Espera um pouco, você é meio fada Stiles?! – a menina disse.

– Quem é Stiles? – eu perguntei, receoso – Eu pensei que você fosse o unico, Egidiusz!

– Cara, pare de dizer o meu nome! – ele disse num muxoxo – Eu sou Stiles, ninguém consegue pronunciar meu nome...

– Sim, isso por que nós estamos ligados. Assim, nenhum outro ser pode dizer o meu nome ou o seu, além de nós.

– Derek não é o seu nome? – Laura disse, com as sobrancelhas levantadas.

– Não o de verdade. Meu nome real é Dezydery, mas não adianta, apenas Egidiusz pode pronunciá-lo...

Todos tentaram falar meu nome, mas apenas Egidiusz conseguiu a pronuncia correta. E quando ele fez, foi como sentir uma paz desumana que eu não sentia há muito tempo, meus olhos ficaram pesados e eu deixei meus músculos relaxarem, sentindo uma corrente elétrica forte e paralisante por todo o meu corpo. Eu podia sentir que Egidiusz ainda estava perto de mim e assim eu finalmente dormi.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que estejam gostando! Beijinho!



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