Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 51
One - shots


Notas iniciais do capítulo

Olá! Não me matem.... please....!

Espero que continuem por aí, depois de tanto tempo.

Aproveitem a leitura!



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POV Alvo

A fumaça negra estava se dissipando rapidamente, mas ainda conseguia ouvir os Comensais gritando uns com os outros e jogando feitiços às cegas. Alguém tinha me prensado no chão no momento da confusão para impedir que eu fugisse, mas eu sabia que o plano de fuga não me incluía. Não estava chateado por conta disso. Nós sabíamos que essa missão era perigosa, e a partir do momento que Victorie e Scorpius conseguiram fugir com as horcruxes eu já considerei tudo um sucesso. A única coisa que me preocupava era meu irmão e os Marotos, afinal eles não conseguiam pensar a sangue frio e podiam fazer uma burrada para me resgatar.

_ Você! – alguém rosnou me colocando bruscamente de joelhos. – Onde estão seus amigos?

_ Ora, deixe-me ver... – murmuro fingindo procurar nos meus bolsos. – Sinto muito senhor, eles não estão aqui não! – o rosto do Sr. Malfoy, avô de Scorpius, se recontorce ao ouvir minha resposta.

_ Não se faça de palhaço moleque! – ele diz apertando seus dedos no meu ombro que estava dolorido por um pequeno acidente minutos antes. – Responda para onde eles foram, ou eu vou lhe deixar em pedaços.

_ Mas que rude! – exclamo caprichando no sarcasmo em minha voz. – Um homem da alta sociedade como você não devia sair por aí fazendo ameaças...

_ Ora seu...

_ Abraxas! Pare! – a voz de Voldemort, como sempre, se sobressaiu na confusão. Os comensais começaram a se reorganizar no salão que estava um caos, com um grande buraco na parede que dava para os jardins. Abraxas Malfoy largou o meu ombro e me deixou ali de joelhos enquanto Voldemort se aproximava.

_ Você é um rapaz corajoso, Potter. – Voldemort diz me olhando por cima. – Estrategista, cauteloso... Gosta de usar sarcasmo e humor para se defender e adora usar as palavras para confundir seu oponente.

_ Se você continuar eu vou corar, Tom. – exclamo tentando dar-lhe um sorriso irônico, mas acredito que minha boca apenas crispou no canto.

_ Você... foi escolhido para a Sonserina, casa de meu ancestral. – Voldemort continua. – Aquele chapéu velho deve ter visto em você as características que Sonserina prezava. Portanto, sendo assim, você não vai ser burro de não me dar as respostas que preciso. Você vai ver que colaborar é sua única saída plausível. – ele se afastou um pouco e me encarou, esperando alguma resposta.

_ É... O chapéu me colocou na Sonserina sim, e eu gosto disso. – respondo suspirando levemente. – Ele viu em mim a capacidade de pensar antes de agir, de tomar as melhores decisões, de não me rebaixar em nenhum momento e de sempre, sempre, conseguir os melhores resultados explorando meus pontos fortes. Eu sou sarcástico sim, sou meio chato as vezes e adoro ser da Sonserina. – apoiei minhas mãos no chão e me levantei. Alguns comensais empunharam as varinhas, mas Voldemort com um pequeno movimento nas mãos os parou. – Mas eu também sou um Potter. Eu tenho uma família, uma ótima família, que sempre me ensinou o que é certo e errado. Eles sempre me ensinaram como ser forte, e justo. Então eu só vou lhe avisar agora Voldemort: Você pode me torturar de todas as formas possíveis. Pode berrar e discursar como um menino mimado... Mas no fim, você não vai conseguir o que quer. No fim... você vai perder. E eu tenho certeza disso, afinal, eu sou do futuro, não sou?

*

*

POV James Sirius

_ Essa é uma péssima ideia!

_ Se acha isso, porque veio junto Aluado? – Sirius indagou revirando os olhos para Remo.

_ Porque achei melhor não deixar três desmiolados irem para uma missão suicida sozinhos! – Remo exclama nervoso.

_ Não é uma missão suicida, é uma missão de resgate. – digo passando a mão na minha testa, afastando meu cabelo que estava grande demais pro meu gosto. – Eu não vou deixar meu irmão ser torturado... – murmuro em seguida. Nós tínhamos aparatado alguns metros das propriedades dos Malfoy. Escondido no meio de algumas árvores não dava para ver muito bem, porém sabíamos que a Mansão devia estar em alerta máximo.

_ Já faz duas horas que Victorie e Scorpius saíram sem ele. – Remo diz, agora um pouco mais cauteloso. – Alvo certamente já foi torturado ou morto.

_ Cala a boca Remo! – James ralha.

_ Alvo não pode ser morto, nenhum de nós do futuro pode. – respondo me virando para eles. – Eu mesmo já fui atingido por um Avada e sobrevivi. O problema é que a jeitos piores de castigar alguém do que a morte...

_ Ok, eu concordo que temos que salvar Alvo. – Remo diz. – Mas devíamos ter um plano, e certamente contar com toda ajuda possível. Teddy...

_ Teddy está fora de questão. – digo me virando novamente de costas para eles e encarando a escuridão na minha frente. – Ele não demonstrou querer salvar Alvo. Teddy as vezes pensa demais, e eu não vou ficar esperando ele tomar uma atitude.

_ Certo, mas como espera salvar Alvo? – Remo pergunta impaciente. – Nós somos quatro contra um exército de Comensais e o próprio Voldemort.

_ Nós não precisamos lutar. – digo respirando fundo. – Se houvesse uma maneira de entrar sem ser visto...

_ A Mansão Malfoy é antiga, tradicional... provavelmente tem entradas secretas e túneis por baixo da casa. E é claro que o porão pode servir como prisão para inimigos. – Sirius diz pensativo e todos nós o encaramos, confusos. – A alta sociedade bruxa tem seus padrões. A minha casa... a casa dos Black, possui a mesma arquitetura. Nós temos passagens secretas, e a Mansão dos Malfoys certamente tem.

_ Bom, o único problema com as passagens secretas é que elas são secretas. – Remo ressalta.

_ Talvez Scorpius saiba. – Sirius diz.

_ Se ele soubesse disso ele teria comentado enquanto planejávamos a missão. – James responde. – Nós precisaríamos de alguém que se interessaria por entrar em lugares como esse e sair sem ser visto. Como um ladrão...

_ Ladrão... – repito franzindo a testa e me lembrando de uma conversa que escutei meus pais tento há anos. – Vocês conhecem Mundungo Fletcher?

_ Magro, baixo e traiçoeiro. – James responde balançando a cabeça. – Ele está sempre no Caldeirão Furado tentando arrancar galeões dos alunos em jogos de carta.

_ Bom, no futuro eu sei que Mundungo roubou o Largo Grimmauld. – digo observando Sirius fazer uma careta. – Na época o lugar estava vazio e ele sabia como entrar, mas eu me lembro do meu pai comentar que Mundungo era difícil de rastrear.

_ Acha que aquele imbecil sabe como entrar na mansão? – Remo pergunta.

_ É um tiro no escuro. – digo me virando para a Mansão novamente. – Mas é a única ideia que eu tenho.

*

POV Teddy

_ Aqueles idiotas! – exclamo impaciente, passando por todos na cozinha. – O que eles acham que vão fazer? Salvar Alvo e sair ilesos? Todos rindo e cantando, um final feliz!?

_ Teddy, se acalme. – Lily diz em um tom firme. – Ficar nervoso não ajudará em nada agora.

_ O que vamos fazer? Ir atrás deles? – Hugo indaga me olhando.

_ Não... Digo, sim... – gaguejo tentando colocar minha mente no lugar. Muita coisa estava acontecendo em pouco tempo. Alvo estava com os comensais, a horcrux estava desaparecida com Snape e agora James e os marotos tinham sumido. Minha cabeça estava começando a doer e todos estavam me encarando. – Não podemos atrasar com o plano maior. – digo me recompondo e os olhando. – Eu vou atrás dos marotos. Hugo e Lily Luna vão ficar aqui esperando Snape. Dominique, Alice, Victorie e Scorpius vão voltar para Hogwarts com Lily e depois vão conversar com Dumbledore. Digam a ele o que está acontecendo e então tentem ir com ele achar o anel de Sonserina.

_ Você não pode ir sozinho...

_ Posso sim. – digo cortando Victorie. – Nós estamos na maior confusão, e por mais que eu não goste... Nós devemos nos separar agora.

_ O que fazemos se Snape não voltar? – Lily Luna indaga, cruzando os braços.

_ Nada. Não precisamos de mais confusão. – respondo e ela afirma com a cabeça.

_ Teddy está certo. – Lily diz respirando fundo e então se vira para os outros. – Eu vou arrumar minhas roupas e podemos ir para Hogwarts ainda hoje.

*

POV Alvo

Infelizmente meu discurso heroico não adiantou muito. Eu não sabia exatamente há quanto tempo eles começaram, mas agora eu só conseguia sentir o gosto de sangue na boca.

_ Você é bem forte rapaz. – Lestrange diz cutucando meu rosto com a ponta do sapato. – A maioria morre depois de uma hora de tortura.

_ É... Como eu sou sortudo... – murmuro tentando apoiar meu braço no chão, mas ele estava quebrado e o esforço só fez meu estomago embrulhar.

_ Eu lhe jogaria uma Maldição da Morte e acabaria com sua miséria, mas o Lord das Trevas não te quer morto... ainda.

_ Oh, q-que pena. – comento.

_ Pouparia suas forças se não resmungasse algo sarcástico há cada dois minutos. – a voz fria de Bellatriz se fez presente e ela entrou na sala onde eu estava “passando um tempo” com o noivo dela.

_ Bella, querida, isso não é algo para uma dama. – Lestrange diz indo em direção a ela, mas Bellatriz desvia dele e revira os olhos.

_ Você realmente não conhece sua noiva não é? – indago rindo, mesmo que aquilo fosse doloroso para minhas costelas. – Bellatriz é capaz de fazer coisas que faria você chorar como um bebê. – vejo os pés de Bellatriz pararem na minha frente e ergo meus olhos para ela. – Isso não foi um elogio, só para deixar claro.

_ Do jeito que fala, parece me conhecer muito bem. – Bellatriz diz se abaixando e pegando meu queixo.

_ Sua reputação no futuro é grande... – digo sentindo suas unhas fincarem no meu rosto. – Leal comensal da morte, braço direito de Voldemort, temida por muitos... E sabe o que mais? – indago olhando em seus olhos. – Todo mundo no futuro sabe como minha avó te matou. Como ela acabou contigo, como alguém que pisa em uma barata.

_ Sua avó? – ela repete com um tom de voz agudo e solta meu rosto com uma gargalhada. – Você quer que eu acredite que uma sangue-ruim me matou no futuro?

_ Oh não! – exclamo. – Quem te matou foi minha avó materna. Ela é sangue-puro, mas isso não importa. Afinal, porque esse ódio de trouxas? – indago olhando para os dois. – O pai de Voldemort era trouxa, ele viveu toda a infância em um orfanato trouxa, e ainda assim ele comanda todos vocês. Os dois riem de trouxas, mas são subalternos de um mestiço.

_ O Lord das Trevas é descendente do grande Salazar Sonserina. – Bellatriz silva alterada.

_ Verdade. – concordo dando de ombros. – Por parte de mãe.

_ Seu im...

_ Lestrange! – a porta se abriu e eu não reconheci o homem que entrou. – O Lord quer todos no salão. Tragam o garoto.

Lestrange me agarrou pelo braço quebrado e eu não consegui segurar o grito de dor, que pareceu satisfazê-los. Ele e o outro comensal me arrastaram de volta aos corredores da Mansão Malfoy até o salão. O buraco na parede tinha sido consertado, mas o chão continuava meio molhado e o lugar estava destruído.

Os comensais estavam ao longo da parede, reforçando o local, e perto da lareira estava Voldemort, sentado em uma poltrona e com seu grupo de elite em volta. Lestrange me jogou no chão em frente a eles e com custo eu consegui ficar de joelhos. Voldemort estava com um livro em mãos e me olhou sorrindo – visão assustadora.

_ Os seus amigos entram na minha festa para tentar roubar algo de mim. Algo que é muito valioso. – Voldemort diz e então ergue o livro de capa preta. – Isso, é meu diário, de muito tempo atrás. Já ouviu falar sobre ele?

Eu engoli em seco e fiquei em silencio. Aquele não podia ser o diário, porque eu tinha certeza que Scorpius e Victorie tinham fugido com ele. Voldemort devia estar blefando para saber até quando o nosso conhecimento sobre as Horcruxes iria.

_ Esse não é seu diário. – digo o mais firme possível. Mas eu não conseguia parar de pensar que não tinha total certeza daquilo, não vi Scorpius sair com o diário.

_ E como sabe disso? – Voldemort indaga. – Porque acha que seu amigo fugiu com o verdadeiro?

_ Possivelmente. – respondo, agora sem qualquer garantia. – E nesse momento eles já devem der acabado com ele.

_ Acho que não. – Voldemort diz pousando o diário no colo. – Vocês entraram aqui com Severo Snape, usaram ele para que nós confiássemos em vocês. – ele continua pausadamente. – Mas nós não acreditamos na sua história, e você acabou aqui. E vocês... não devíamos ter confiado em Snape, porque ele é meu seguidor.

_ É... você seria o rei do Twitter no futuro Voldemort. Cheio de seguidores, mas sem nenhum amigo verdadeiro. – digo revirando os olhos e me divertindo com as expressões de confusão deles.

_ O que é... “Twitter”? – um dos comensais pergunta.

_ Coisa do futuro. – respondo.

_ Você gosta de fazer piada, vamos ver se ri disso. – Voldemort diz e com um aceno chama alguém do fundo da sala. Eu não me virei porque me corpo doía e esperei os passos se aproximarem. Olhei a pessoa se colocar ao lado de Voldemort e me surpreendi ao ver Snape. Seu rosto branco estava sem nenhum arranhão, e demonstrando qualquer emoção. – Snape voltou a algumas horas atrás, com meu diário. Má decisão confiar nele.

Olhei de Voldemort para Snape, que continuava sem expressão.

_ Que belo covarde você é. – murmuro para ele.


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Notas finais do capítulo

E então? Snape é inocente, culpado? O que vocês acham?

A fanfic está na reta final pessoal, depois de muitos capítulos as aventuras no tempo estão no fim.
Espero que me perdoem pela demora e comentem! Beijos