Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 49
O que for preciso


Notas iniciais do capítulo

Hello minhas lindas!!!!!!
Eu sei que prometi postar no meio da semana passada, mas meu computador pifou! Isso que dá escrever durante a chuva.... Mas enfim, hoje ele chegou, arrumadinho, certinho e cá estou eu postando!
Espero que gostem do capitulo, estou meio insegura.



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POV VICTORIE

A sala para onde Voldemort me levou não era muito longe do salão de festas, mas era ais escuro e frio, ou talvez era só impressão minha. Além do Lord das Trevas entraram dois homens que eu não conhecia e eu. Meu coração estava martelando no meu peito e minha pele se arrepiava de medo toda vez que eu olhava para ele.

Isso não era parte do plano. Eu devia agora estar com Scorpius ajudando a achar as horcruxes, enquanto Snape nos resguardava e Alvo criava distração. Mas tudo parecia estar indo por água abaixo, eu ouvia o barulho de duelo do lado de fora da casa, não fazia ideia de onde estava Snape e tudo estava encima de Scorpius. Só Merlin sabe o quanto estamos ferrados.

_ Sente-se. – Voldemort disse, ou melhor, ordenou, e um dos seus seguidores forçou meus ombros para que eu me sentasse em uma poltrona. Voldemort se sentou em outra, em minha frente. – Não parece feliz Srta. Delacuor... Saiba que é uma honra enorme ficar em minha companhia desta maneira.

_ Só estou preocupada Milorde. – respondo respirando fundo sutilmente. – A mansão está sobre ataque... Não seria melhor ir embora?

_ Tenho certeza que estamos seguros aqui. – ele diz quase em um sussurro e eu afirmo com a cabeça engolindo em seco. Na maneira que ele falava e agia, como se estivesse com tudo sobre controle me apavorava. Minha cabeça girava pensando em todas as oportunidades de sair dali com vida. Eu sabia que não podia morrer definitivamente já que estou fora do meu tempo, mas isso não me deixava em segurança. Há coisas piores do que a morte, e eu sabia que Voldemort conhecia tais coisas. – Diga-me Victorie... Porque não concorda com os princípios da sua família?

_ Eu já falei. – respondo tentando manter uma posse autoritária que escondesse meu nervosismo. – Minha família... são hipócritas. Pregam sobre a igualdade, mas cometem preconceitos em todo lugar. Lutam pela minoria, mas se acham superiores. Eles querem tanto ganhar a guerra contra o Lord que... não veem o quão perdida essa guerra já está. No futuro o Milorde já é o vencedor, mas minha família ainda luta contra você apenas causando mais mortes. Eu não concordo com eles. Na minha opinião nós devíamos nos unir ao lado vencedor, nos subjulgar aos nossos verdadeiros senhores. Não existe lado bom ou mau nessa história, como eles tentam dizer... Só existe o poder, e aqueles que são fracos de mais para ele.

_ Frase inteligente, de uma menina inteligente. – Voldemort murmura estreitando levemente os olhos de cobra. Mau sabia ele que usaria aquelas palavras no futuro. – Mas infelizmente eu não posso aceitá-la no meu exercito assim tão fácil, apenas baseado em suas palavras.

_ O que for preciso, milorde, eu farei. – digo com uma expressão vazia, afinal era a pura mentira aquilo. Voldemort sorriu parecendo satisfeito com minha resposta e se levantou rodando minha poltrona com passos lentos.

_ O que for preciso... Gosto dessa expressão. – ele comenta passando por mim. – Se ouvida de certa maneira, essa frase pode parecer uma expressão de bravura e altruísmo, mas se olharmos bem ao fundo, “O que for preciso” não passa de uma expressão covarde.

_ Eu...

_ Não me leve a mau. – ele diz me interrompendo e ficando na minha frente, de pé. – Não acho a covardia uma coisa ruim. Corajosos podem ser estúpidos.

Eu acenei com a cabeça sem saber o que dizer, meu corpo ainda se arrepiava com a proximidade dele que me encarava enquanto eu mantinha minha cabeça baixa. Minha mente estava a mil tentando pensar em uma solução. Antes de virmos para cá havíamos combinado um último detalhe: Que se conseguíssemos as horcruxes, devíamos ir embora. Não importa quem ficasse para trás.

Merlin ajude que Alvo e Scorpius vão embora e não tentem me salvar.

Um sibilo ecoou pela sala fazendo meu corpo estremecer, eu virei a cabeça e vi a cobra negra deslizando pelo chão de madeira. Provavelmente aquela era Nagini, e não tinha como saber se ela era uma horcrux ou não. A cobra deslizou até os pés de Voldemort e sibilou sons estranhos que pareciam entrar no mais fundo do meu ouvido.

_ Ótimas notícias. – Voldemort disse assim que a cobra parou de silvar. – A senhorita vai ter a chance de provar sua lealdade. – ele acrescenta se direcionando a mim e eu não me contenho em olhar para cima, encarando-o.

_ Como? – indago me levantando hesitante e recebendo apenas um sorriso maligno em resposta.

POV SCORPIUS

Eu mal sentia meus pés por causa da água gelada. A única coisa que eu ouvia era meus passos nela e meu coração batendo forte, nervoso, tentando encontrar aquela bendita Taça. Parte do meu cérebro discutia se tinha sido a melhor opção deixar Snape ir embora com o Diário, mas no fim talvez tenha sido mesmo o melhor. O grupo havia confiado em Snape, então porque ele não confiaria?

Os sons abafados de luta que dava para ouvir dali haviam se cessado, o que indicava que qualquer que seja o duelo travado, ele acabou. Talvez com Alvo fugindo, talvez não.

_ Droga! – resmungo em frustração jogando um baú no chão molhado. O tempo estava se esgotando, eu não tinha plano de fuga e nem sabia o que havia acontecido com os outros. Respirei fundo tentando manter um pouco de calma e olhei para cima para pedir uma ajuda divina, que era a única coisa que poderia me ajudar no momento.

Mas pelo visto o divino não estava nem aí para mim.

Suspirei derrotado e passei as mãos pelo meu cabelo. Eu não acharia mais aquela maldita taça com alguma chance de sair dali vivo. Portanto saí da sala subindo as escadas e tentando pensar em uma maneira de sair dali com todo mundo.

A ordem era para ir embora com as horcruxes se o plano desse errado, mas não queria deixar Victorie e Alvo para trás. Não queria nem pensar em como seria se chegasse na casa dos Potter sozinho com todo mundo me olhando. Teddy provavelmente me mataria, e depois todos os outros iriam amaldiçoar minha alma por ter ido embora.

_ Finalmente nos honra com sua presença. – assim que pus meus pés no piso do salão ouvi a voz e levantei minha cabeça, dando de cara com a versão adolescente do meu avô. O salão ainda estava molhado, mas o volume de água tinha abaixado bastante. Ali estavam uns vinte e poucos homens, todos comensais, além de umas cinco mulheres, entre elas Bellatriz. Meu avô estava de frente para a entrada da sala secreta me olhando com desprezo e superioridade, apenas para se fazer de importante para os outros, afinal de superior ele não tinha nada. – Não sei como ousa carregar o nome da minha família.

_ Bom, não foi por escolha minha pode apostar. – rebato engolindo em seco e olhando discretamente para os lados, sem encontrar qualquer saída.

_ Não tem como fugir. – um homem desconhecido com uma cicatriz que cobria toda a sua bochecha disse, como se lesse meus pensamentos. – Está preso passarinho...

_ Porque não o matamos de uma vez? – alguém pergunta sem que eu consiga ver quem é.

_ E privá-lo de assistir toda a parte divertida? – Bellatriz indaga olhando para um canto atrás de meu avô, este então sorri e sai da minha frente no instante que alguém é jogado no chão com força.

_ Filhos da puta... – rosno olhando para Alvo que tentava se levantar do chão, mas com varinhas apontadas para ele em todas as direções. Ele não estava de todo ruim, o olho roxo, alguns arranhões, mas desarmado e refém dos outros.

_ Vocês acharam mesmo que era uma boa ideia atacar a mansão, cheia de comensais, com apenas três de vocês? – Lestrange indagou rindo. - Quão idiota é isso?

O grupo começou a rir de uma maneira odiosa enquanto eu troquei um olhar com Alvo para ver se ele estava bem. Pelo visto, tirando a falta de varinha, ele estava bem. A risada geral durou até as portas do salão serem abertas dando passagem para Lord Voldemort.

O cara parecia gostar de entradas triunfais. Vai saber né...

Todos ficaram em silencio o vendo entrar com mais três homens e Victorie, que vinha ao seu lado com uma expressão nervosa e confusa. Seus olhos se arregalaram assim que vê viu parado e encurralado, com Alvo perto de mim no chão, com varinha apontadas para ele.

_ Vejo que nossos convidados de honra não eram tão honrados assim. – Voldemort comentou nos encarando com diversão e então se virando para Victorie. – Pelo jeito a Senhorita é a única sensata de sua família.

A testa de Victorie franziu com o comentário dele, assim como a de muitos outros.

_ Eu acredito do que me contou Senhorita. – Voldemort continua. – E vou aceitá-la com prazer no meu exercito se fizer apenas uma simples coisa... – ele diz se aproximando dela. – Mate-os.

A ordem foi sussurrada, mas Victorie e todos nós ouvimos bem. Ela engoliu em seco e empunhou a varinha vindo em minha direção, já que eu estava mais perto dela. Vi o olhar de Victorie cruzar com o de Alvo, que estava no chão rodeado de comensais e percebi ele assentir levemente.

Não...

_ Victorie! – exclamo nervoso no momento que a loira ao meu lado joga as pedrinhas pretas no chão. Imediatamente o salão ficou totalmente coberto por uma fumaça negra densa, senti a mão gelada de Victorie segurar meu braço com força no momento que os jatos de luz verde começaram a ser jogados em nossa direção. – Não!

Gritei uma última vez antes de sentir meu corpo girar no lugar. Vi de relance uma luz verde próxima de nós e no segundo seguinte estávamos caindo em uma grama molhada.

Me levantei bruscamente olhando em volta. Estávamos no quintal da casa dos Potter. Estávamos no maldito quintal!

_ Nós precisamos voltar! – exclamo tentando achar minha varinha no bolso para aparatar, mas eu estava desarmado. Victorie estava deitada de bruços na grama tentando se levantar, a perna dela estava sangrando toda cortada. Ela estrunchou. – Você deixou Alvo para trás! – digo com urgência. – Precisamos voltar antes que matem ele!

_ Scorpius, Alvo sabia que essa era a melhor decisão! – ela responde conseguindo se sentar e fazendo uma careta.

_ A melhor decisão era deixou seu primo morrer? – indago incrédulo, já gritando. Eu não podia acreditar que ela tinha feito aquilo, aparatado comigo e deixado Alvo por si só.

_ Ele não vai morrer, você sabe que não podemos...

_ QUE SE DANE! – berro nervoso, sem me apiedar pela sua cara de dor e seu sangue manchando a grama. Ali não havia neve, mais estava muito frio. Logo após meu berro as luzes da casa se acenderam e eu ouvi porta dos fundo se abrir, mas não olhei naquela direção, eu não conseguia fazer outra coisa além de encarar Victorie. – Você deixou Alvo para morrer lá... Como pode?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Capitulo passado teve pouquíssimos comentários, o que houve?
Espero mais comentários!

Não odeiem a Victorie. Ou ela fugia com Scorpius - que ela acha estar com a horcrux - , ou ela ficava na mansão, encurralada, com Alvo e Scorpius. Ela fez uma decisão lógica e não emocional.
É claro que o pessoal não vai ser tão compreensível...
Bom, beijos e até o proximo.