Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 42
Pain


Notas iniciais do capítulo

I'm back!

Sei que demorei, eu sempre demoro, mas obrigada pelos comentários, eu amooo!

Sem mais delongas, o capítulo é simples, meio triste, mas espero que gostem!

Boa leitura...



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POV Teddy

Todos pareciam surpresos demais para se mover. Era assustador encarar os dois corpos ali no chão, um casal. O homem com cabelos brancos arrepiados e óculos, a mulher de cabelos negros.

_ Oh Meu Merlin! – Lily arqueja fraquejando as pernas a tempo de Hugo lhe segurar. Lágrimas saiam escorrendo pelo seu rosto e suas mãos cobriam a boca.

A exclamação de Lily pareceu despertar todos nós. Victorie abraçou minha cintura mais forte e eu devolvi o aperto. Alvo cambaleou para trás e acabou sentado no braço de um dos sofás da sala, seus olhos verdes estavam marejados e não desgrudavam dos corpos.

James se agachou ao lado dos bisavos e tocou na mão da mulher por um instante.

_ Eu não sei... Eu não sei como... contar para o James. – ele diz se referindo ao seu avô. – Nem sequer sabemos quem fez isso... Nós...

_ Temos que chamar Dumbledore, ele saberá o que fazer. – Rose diz respirando fundo visivelmente tentando ser racional. Mas era claro que tudo aquilo foi um choque para todos.

Alice foi se sentar com a ajuda de Hugo e Scorpius já que ela ainda estava machucada na perna. Dominique abraçou James no chão e eu suspirei algumas vezes tentando me controlar.

_ Eu vou falar com Dumbledore. – digo me recompondo. – Esperem aqui. – giro meus calcanhares e sinto Vic me segurar. – Preciso que fique aqui. – sussurro já prevendo o que ela ia falar.

_ Tome cuidado. – ela diz no mesmo tom. Afirmo com a cabeça e saio da casa dos Potter aparatando em seguida nos portões de Hogwarts.

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POV JAMES C. POTTER.

_ Estou lhe dizendo Pontas, ele não é confiável e você sabe disso! – Sirius diz mais uma vez. – Ele avisou os comensais sobre a fuga do pessoal!

_ Severo não faria isso, ele não nos trairia. – Lily diz categórica e os dois logo me encaram procurando uma decisão. Remo estava sentado mais afastado na sua cama com uma expressão pensativa e minha mente se encontrava uma bagunça.

_ Realmente, eu não sei o que pensar do Snape. – digo e vendo que Lily retrucaria, eu me apreso. – Não disse que ele nos traiu, mas... até pouco tempo eu confiava em Rabicho, e olha o que descobrimos sobre ele! – faço uma pausa para respirar fundo. – Agora, nós precisamos saber sobre Teddy e os outros... Quero saber se chegaram bem até minha casa.

_ Não precisa se preocupar, eles sabem se cuidar. – Remo diz pela primeira vez em tempos e se levanta. – Sirius tem razão, precisamos conversar com Snape.

_ O que? Você também desconfia dele Remo? – Lily pergunta indignada.

_ Lily... Snape mudou no futuro por conta de um grande arrependimento, mas nesse tempo ele não teve essa mudança. Ele é o mesmo rapaz tolo que passou a informação da profecia a Voldemort! E por mais que não tenha sido ele... Não podemos viver na dúvida.

_ Tudo bem, vocês querem tirar tudo em pratos limpos, então vamos. – a ruiva exclama nervosa. – Mas depois não digam que eu não avisei!

_ Não faremos isso. – digo me levantando com eles. Remo e Sirius saem do nosso dormitório e eu seguro Lily por um instante. – Promete algo para mim?

_ O que? – ela pergunta franzindo a testa curiosa.

_ Promete que... se Snape for culpado, você não vai ficar magoada... Como da última vez. – digo me referindo ao evento no nosso quinto ano.

_ Eu confio em Snape. – ela diz segurando nos meus ombros. – Acho que ele merece tal confiança por ajudar nosso filho no futuro.

_ Esse Snape ainda não ajudou nosso filho. – murmuro meio nervoso.

_ Vamos resolver isso logo James. – Lily diz me dando um beijo e enlaçando nossas mãos. Sirius e Remo estavam na Sala Comunal nos esperando e juntos seguimos pelos corredores até as masmorras. O castelo estava movimentado por mais que fosse tarde da noite. Muitos funcionários analisando os prejuízos da luta de mais cedo e alguns aurores rondando os corredores. Ninguém nos parou, talvez por estarem ocupados demais para isso, então chegamos a fria entrada para a Sonserina.

_ Como chamamos por ele? – Sirius indaga.

_ Não podemos chamar atenção.... Se os outros comensais desconfiarem de Snape tudo vai por água abaixo. – Lily diz esfregando os braços de frio. Retiro meu casaco e coloco sobre seus ombros e recebo um sorriso. – Obrigada...

_ Então, como faremos p...Esperem. – Sirius diz passando por nós. No fim do corredor vinha um menino parecido com Sirius, o mesmo porte, os mesmo olhos e os mesmos cabelos. – Regulo.

_ O que você quer? – Régulo pergunto ríspido vindo para a luz e é percebível seu olho roxo.

_ O que houve com você? – Sirius pergunta de volta parecendo preocupado.

_ Não aja como se importasse para você. – Régulo diz passando por nós. – O que fazem aqui?

_ Régulo, nós podemos não nos entender, mas eu sou seu irmão. – Sirius diz sem se intimidar pela rudeza do irmão mais novo. – Eu me preocupo sim com você, mas já que não quer falar, não precisa.

_ Ótimo.

_ Mas eu preciso de um favor seu. – Sirius exclama antes do irmão se virar.

_ O que é? – Régulo indaga cruzando os braços.

_ Preciso que chame Severo Snape aqui, e preciso que isso seja feito discretamente. Muito discretamente. – Sirius responde frisando a última parte.

_ Ok. – Régulo diz depois um longo tempo analizando o irmão. – Só um coisa Sirius... – ele continua meio hesitante. – Eu não sei o que está aprontando, mas sei que é algo muito sério, então me escuta... Não se meta com o Lord das Trevas. Ele não é apenas um cara maluco por poder, ele é muito poderoso.

_ Eu sei com o que estou lidando Régulo. – Sirius afirma com uma expressão dura. – E espero, sinceramente, que você perceba logo o que é o certo... Antes que seja tarde.

Régulo apenas franze a testa e passa pela parede da Sonserina como nós passamos na Plataforma 9 ¾. Sirius se encosta na parede com o rosto escondido entre as mãos.

_ Você sabe que pode contar conosco não é? – digo apoiando uma mão em seu ombro e Sirius solta uma risada seca que parece um latido.

_ É... eu sei sim.

Não demora muito para Snape surgir no corredor olhando para os lados meio nervoso.

_ O que vocês querem? – ele pergunta ríspido como Régulo foi mais cedo.

_ Conversar. – digo pegando ele pela gola e o arrastando até a sala vazia mais próxima, que é a de poções. Lily acende algumas das velas da sala para iluminar e ficamos os quatro na frente de Snape.

_ Então, qual é o motivo da reunião surpresa? – Snape começa com seu usual tom sarcástico. – Vocês tem consciência que não podem vir assim e me chamar não é? Se um dos outros seguidores nos ver tudo acaba!

_ Não vai demorar, só preciso fazer uma pergunta. – digo cruzando meus braços. – Como eles sabiam que o pessoal do futuro iria sair do castelo essa noite?

_ Eu contei a eles. – Snape responde dando de ombros. Ele disse tão naturalmente que eu demorei alguns segundos para absorver a resposta.

_ Você... VOCÊ É UM IMBECIL! – Sirius grita avançando em Snape e segurando-o pela gola da camisa. – Como pode ser tão cínico ser traidor desgraçado?

_ Eu. Não. Sou. Um. Traidor! – Snape diz se soltando com dificuldade de Sirius.

_ Como não? – Lily pergunta com a voz tremula. – Como pode avisá-los Severo? Como pode colocar a vida daquele pessoal em perigo? Nossa vida em perigo! Você... fingiu que estava do nosso lado e...

_ Eu não trai vocês. – Snape diz com calma. – Os comensais não sabem que eu fiz um acordo com vocês, eles acham que eu escutem uma conversa sobre uma fuga hoje a noite e contei a eles.

_ Porque? – Remo pergunta exasperado.

_ Porque, meu caro Lupin, eu preciso ter a confiança deles. Mais do que já tenho. – Snape responde entre dentes. – Eu descobri algumas coisas... Os Malfoy guardam um objeto muito valioso no cofre secreto deles, embaixo da sala de estar. E eu descobri que a rumores de que o Lord das Trevas andou visitando um rochedo, uma caverna...

_ Então você contou sobre a fuga para conseguir a confiança necessária. – repito suspirando. – Snape, até que faz sentido, mas você arriscou a segurança de muitos. Teve pessoas feridas nesse ataque!

_ Eu sei, mas eu não sou muito de me preocupar com as consequências superfulas. – ele diz quase sussurrando. - Eu prometi ajudar a caçar os objetos, as horcruxes, mas não é por isso que eu vou me tornar um herói santo como vocês. As pessoas feridas no ataque se feriam por conta delas... E ninguém morreu. Agora, se me derem licença, eu vou dormir. E os aconselho a fazer o mesmo. – ele vai em direção a porta e sai em segundos, nos deixando em silencio.

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_ Ainda não confio nele. – Sirius diz por fim enquanto já íamos de volta ao nosso dormitório. – Ok, o que ele fez até que faz sentido mas... Foi muito arriscado, e ele não se preocupa com as pessoas, e devia ter nos consultado!

_ Sirius, vamos encerrar as discussões por hoje, o dia foi muito agitado. – Lily diz suspirando segundos antes de uma morena agitada surgir na nossa frente.

_ Onde vocês estavam? O diretor quer falar com vocês, só vocês. – Marlene diz meio emburrada.

_ Dumbledore deve ter noticia dos meninos. – digo parecendo meu pai falando de mim e Sirius. Sigo com Lily, Aluado e Almofadinhas até a sala do diretor e dissemos a senha que era a mesma da semana anterior, quando estivemos ali. Subimos a escada em caracol afobados e Lily bate na porta rapidamente.

_ Entre.

Entro depois de Lily e encontro Dumbledore em pé atrás de sua mesa e Teddy do outro lado do móvel. Sinto uma estranha agonia ao ver Teddy ali, porque ele não devia estar aqui, então algo deu errado.

_ Teddy, o que houve? – Remo pergunta atrás de mim parecendo tão preocupado quanto eu.

_ É melhor se sentarem. – Dumbledore diz em uma voz soturna que faz minha preocupação aumentar.

_ Não quero me sentar. – digo ansioso. – O que houve? Porque está aqui Teddy? O q... Os meninos, Lily, Rose... todos eles... estão bem?

_ Sim, nós conseguimos sair daqui sem grandes problemas. – Teddy responde esfregando as mãos em nervosismo e por isso não consigo me tranquilizar com a informação. Se eles estão bem porque tudo isso? O que tem de errado?

_ James... Quando Teddy e os outros chegaram na sua casa, houve um problema. – Dumbledore diz cauteloso demais e o suficiente para me coração começar a se acelerar. – Eles tiveram que arrombar a casa, porque ninguém atendeu...

_ Não... Não, meus pais estão em casa. Eles não saem muito. – digo sentindo uma falta de ar estranha. – Eles não...

_ James, eu sinto muito... Mas Charlus e Dóres, foram encontrados mortos por eles. – assim que Dumbledore diz eu sinto a coisa mais agonizante da minha vida. É mais que uma falta de ar, é mais que um desespero, é quase uma dor física. Como se alguém me apunhalasse no peito.

_ Não... N-Não... – babulcio sentindo o gosto salgado das lágrimas que eu nem percebi derrubar. – NÃO! ISSO É MENTIRA!

_ James... – vejo o vulto de Lily na minha frente e me agarro nela para ver se a dor para.

_ Me diz que é mentira. – sussurro para ela. – Eles não... Como? – me solto de Lily de supetão e encaro Teddy. – Como... Como foi que acharam eles? O que... O que aconteceu?

_ Maldição da Morte, provavelmente... – Teddy responde com a voz rouca. – Estavam os dois, deitados, lado a lado no chão da sala...

Um barulho de algo quebrando chama nossa atenção e vejo Sirius jogando alguns livros nas prateleiras da sala. Ele não chorava, mas parecia tão agonizado quanto eu.

_ Sirius... – o chamo fungando e ele se vira para mim meio transtornado.

_ Nós vamos vingá-los James... Nós vamos achar quem fez isso... E nós vamos v-vingá-los! – eu o abraço sem me importar de chorar junto dele, que não aguentou mais segurar as lágrimas. Um maldito vazio começou a crescer dentro de mim me desesperando e eu me soltei de Sirius segurando seus ombros.

_ Nós vamos vingá-los Sirius... – prometo olhando nos olhos do meu irmão e me permito render-me mais uma vez a dor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sejam sinceros...
Eu particularmente quase chorei com o final, coitado ... :(
E Snape? O que acharam sobre seu trabalho de agente duplo 2.0??

A nossa geração do futuro ficou meio de lado nessa capitulo e vai ficar mais um pouco no proximo, mas no proximo cao TEM AÇÃO! TEM HORCRUX, TEM SANGUE! Ok... nem tem muito sangue....

Esperando os comentários, beeijos