Aventuras no tempo escrita por Sophie Valdez


Capítulo 38
Vozes


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal
Primeiro, obrigada a todos que andam comentando e favoritando, e lendo e RECOMENDANDO!!!
Obrigada, muito msm!
Eu sei que ando demorando muito, mas espero que me perdoem, até porque o caps está imenso, e com uma surpresinha no final (MUAHAHAHAHÁ)

Aproveitem!



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POV JAMES SIRIUS

_ Não, não e não! Mil vezes não! – James exclamou categórico depois de Lily Luna contar sua nova idéia mirabolante.

_ Eu falei que ele não ia gostar. – Alvo comenta e eu concordo com a cabeça.

_ Não gostar? Eu odiei! O que vocês tem na cabeça? – James diz nos encarando como se tivéssemos virado malucos.

_ São doidos... Nós nunca vamos cogitar na hipótese de nos aliar ao Ranhoso. – Sirius diz nos olhando da mesma forma. – Aquele cara é um idiota desprezível! Podem esquecer!

_ Não sou tão dramático quanto eles, mas concordo. Snape não é de confiança para algo tão sério. – Remo acrescenta. Eu encaro o resto do pessoal do futuro. Rose, Victorie, Hugo e Dominique concordam em tentar trazer Snape para o lado da luz apesar de estarem receosos. Principalmente Victorie, que estava estranha hoje. Scorpius, Alvo e Teddy acharam uma boa idéia. A única que não gostou muito foi Alice, que estava sempre lembrando que Snape ajudou no seqüestro de Lily Luna.

Quanto aos outros, os Marotos atenderam as expectativas e vetaram a idéia na hora, Marlene concordava silenciosamente, Alice e Frank pareciam pensar no caso e Lily Evans encarava o tapete felpudo da Sala Precisa sem dizer nada ou demonstrar qualquer expressão.

_ Olhem, eu sei o que estão pensando. – Teddy começa cautelosamente. – O Snape que vocês conhecem é um babaca, um jovem que quer poder e quer subir na vida, e que acha que o único jeito de fazer isso é se aliando a Voldemort. Mas nós do futuro sabemos que Snape não é SÓ isso. No futuro ele se arrepende de ter ido para as Trevas e muda de lado na batalha.

_ Eu penso que... se ele mudou no futuro, ele pode mudar agora. – Lily Luna argumenta.

_ É um bom ponto, mas Snape realmente não é confiável. Ele já é um comensal! – Frank diz.

_ E meu pai pois meu nome em homenagem ao homem que Snape foi, ou será... – Alvo rebate. – Papai sempre disse que Snape foi o homem mais corajoso que ele já conheceu.

_ Essa frase me enche de rancor... – James murmura. – Meu filho considerando Ranhoso o mais corajoso que já conheceu... Absurdo!

_ O fato é que a palavra do meu pai basta para nós darmos um voto de confiança. – Alvo diz.

_ O Ran... Snape, pode ter mudado no futuro, mas deve ter acontecido alguma coisa para que isso acontecesse. – Remo diz esfregando as mãos de nervosismo. – Sabe... Algo aconteceu. Snape não vai mudar seus ideais só porque vocês vão chegar falando do futuro e que ele morreu como um grande homem.

_ O caso, é que nós sabemos o que mudou Snape. O que fez ele mudar de lado. – Lily Luna responde lentamente. – Queremos usar o mesmo fator... Não na mesma maneira mas...

_ O que fez ele mudar? – Lily Evans pergunta cortando minha irmã. Ela ainda mantinha os olhos fixos de tapete, com os cotovelos apoiados na perna e o rosto nas mãos. Vi James mexer desconfortável ao lado dela.

_ Bem... Foi... É dificil, explicar... – gaguejo bagunçando mesmo cabelos. – Foi meio que por você...

_ Por mim? – Lily E. repete desviando os olhos verdes agora para mim.

_ Por ela? – James indaga em seguida também me encarando.

_ Por ela. – afirmo.

_ Cala a boca e deixa o Teddy ou a Vic, ou qualquerr um explicar. – Dominique diz me dando um tapinha no braço. – Isso é um assunto delicade e essas coisas não dão cerrto com você.

_ Isso vai chocar eles eu contando ou não. – resmungo fazendo bico e ela revira os olhos escorregando a mão no meu braço e segurando minha mão.

_ Meu padrinho me contou a história, não inteira, mas o suficiente. – Teddy inicia cautelosamente. – Hãm... Snape e Lily se conheceram na infância, e se tornaram grandes amigos certo?

_ Certo... – Lily E. sussurra quase inaudível. Frank e Sirius olham para a ruiva com surpresa.

_ O que nós sabemos é que... Snape gostava de você, Lily, ele sentia por você algo muito maior do que amizade. Ele... ele te amava, ou te ama considerando que estamos no passado... – Teddy conta.

Diante disso minha vovó Lily arregala os olhos, surpresa como se aquilo fosse algo inimaginável. Eu vejo Marlene e Alice trocarem olhares cúmplices e Frank olhar para James. Na verdade todos olhavam de Lily para James esperando alguma reação drástica, mas meu chará apenas soltou um riso seco.

_ Passe para a parte menos óbvia. – James diz meio rouco. – O fato do Ranhoso ser louco pela Lily não é nenhum segredo.

_ Você sabia disso? – Lily E. indaga olhando confusa para o namorado (futuro marido).

_ Ora, vamos Lily! Aquele cara praticamente babava por você quando eram amigos, me azarava pelas costas toda vez que eu conseguia um misero sorriso seu... – James responde olhando para frente com rancor.

_ Eu nunca...

_ Lily! Francamente! Você é inteligente, então não venha me dizer que nunca desconfiou que aquele cara queria algo mais que sua amizade. – ele retruca e eu olho para os outros, Lily Luna dá de ombros e Victorie pede que façamos silencio. Nada de intrometer em briga de casal.

_ Eu conheci o Severo quando era uma criança! Eu nunca maliciei nada! – Lily retruca nervosa e James bufa. – Você atazanava ele por ciúmes de mim?

_ Ciúmes de você e do Ranhoso? Há! – James exclama, mas até um trouxa surdo e cego conseguia ver que era mentira. Eu o encaro com a sobrancelha levantada, assim como todos ali e ele bufa novamente. – Ok... Eu sempre tive ciúme. E sim, eu implicava com ele por causa disso... E porque ele é um idiota.

_ Você nunca precisava ter tido ciúmes... Infelizmente, é você que eu amo. – Lily E. diz baixinho e eu já me encolho prevendo o momento melação.

_ Como assim infelizmente? – James indaga e Lily ri, puxando-o para um beijo.

_ Argh! Se acalmem, ou meu pai nasce antes da hora. – exclamo fazendo eles se separarem rindo.

_ Bom, continuando a história de Snape, que foi drasticamente interrompida com uma D.R. dos futuros Potter...- Teddy diz tentando parecer nervoso. Sem sucesso. – Snape depois de Hogwarts se tornou um comensal é claro... E um dia, ele acabou ouvindo uma entrevista que Dumbledore estava fazendo com um mulher, para o cargo de professora de Adivinhação...

_ O que houve com a Madame Pomplik? – Marlene indaga.

_ O nome da professora de adivinhação é Madame Pomplik? – Rose indaga com um riso de escárnio.

_ Porque você não sabia do nome? – Frank indaga.

_ Ela odeia Adivinhação. – nós do futuro respondemos em coro e nos entreolhamos em seguida rindo.

_ Será que eu vou conseguir terminar a história? – Teddy indaga olhando para cima e nós fazemos silencio. – Eu não sei o que houve com a Pomplik, mas a vaga de professora estava aberta e Dumbledore fazia a entrevista, e Snape ouvia atrás da porta...

_ Certas pessoas nunca evoluem... – Sirius comenta mas logo se cala sob o olhar de Teddy.

_ O fato é que durante a entrevista, a Trelawney fez uma profecia, uma profecia de verdade, que contava sobre um menino que ia derrotar Voldemort.

_ Vocês nos contaram isso. – Remo diz. – A profecia que fez Voldemort ir atrás de Harry...

_ Ainda não entendi o que isso tem a ver com o Ranhoso... – James comenta dando de ombros mas segundos depois ele se endireita no sofá com um expressão que se transformava em algo nada bom. – Espera aí... Ele escutou a profecia, e como comensal...

_ Ele contou a profecia para Voldemort. – Lily E. completa com uma expressão atônita. – Ele... ele contou a Voldemort!

_ Sim. – Teddy confirma fazendo James se levantar de varinha em punho e ir em direção a porta, mas Frank e Remo o seguram. Sirius apenas continuou no sofá com raiva, querendo a morte do ranhoso idiota. – Mas isso não é tudo, James se acalme!

_ Me acalmar? Voldemort foi atrás de mim e da minha família, Lily e eu morremos... Por causa desse idiota filho de uma puta que vocês querem se aliar! Porque meu filho pois o nome desse canalha no meu neto depois disso tudo? – James disparou tentando se soltar dos dois que o seguravam.

_ Porque isso não é tudo. – Alvo repete as palavras de Teddy. – Deixe ele terminar James.

James encara Alvo por um tempo até respirar fundo e se soltar, sentando ao lado de Lily novamente. A ruiva, meio hesitante, segurou a mão dele e ele a apertou com força.

_Harry me disse que Snape contou só uma parte da profecia, mas o suficiente para Voldemort ir atras desse menino eleito para matá-lo. – Teddy continua. – E Voldemort decide que Harry Potter é esse menino, e é aí que Snape se arrepende.

_ Porque? Ele me odeia, devia odiar meu filho também. – James retruca.

_ Mas Harry, apesar de ser seu filho James, também era filho de Lily. – Teddy diz. – E a partir do momento que Voldemort passa a caçar Lily, Snape muda de lado na guerra. Não por James, ou mesmo por Harry, mas por Lily. É claro que para tentar proteger Lily, ele teve que ajudar toda a família Potter. Snape se transformou em um espião de Dumbledore e passa informações sobre os comensais. Mas, como vocês sabem, não deu certo no final... Voldemort achou os Potter, e matou vocês dois...

O pessoal desse tempo adquirir expressões de pear ao se lembrar do futuro trágico e os do futuro também pareciam se arrepiar. Eu sabia o que estavam sentindo. Eu me acostumei com aquele pessoal, eu me acostumei com meus avos adolescentes, com os marotos com Frank e Alice, e Marlene e Dorcas. A vontade de salvá-los era ainda maior.

_ Depois do desastre, Snape continuou ao lado de Dumbledore, e virou professor de Poções em Hogwarts. Homem de confiança de Dumbledore. – Teddy conta e Sirius faz uma careta. – Nunca foi com a cara de Harry...

_ Ou de ninguém. – Lice comenta cruzando os braços. – Meu pai me contou que Snape era um professor horrível, cruel... Que sempre foi injusto com os alunos, exceto com os Sonserinos... – termina franzindo o nariz.

_ Problema com Sonserinos Princesa? – Alvo indaga com uma carranca.

_ Nada além do normal. – Lice responde.

_ Continuando... – Teddy diz interrompendo a discussão besta dos dois. – Snape ajudou a Ordem da Fenix, e matou Dumbledore a mando do próprio. E mesmo depois de morto, Snape continuou seguindo instruções de Dumbledore. Ele ajudou Harry na jornada dele com as horcrux e continuou enganando Voldemort, até este matar Snape por causa de uma varinha... Isso é outra história. O fato é que tudo que Snape fez, ajudar Harry, espionar os comensais, seguir Dumbledore, enganar Voldemort... Tudo, foi em memória de Lily, por amor a Lily.

A sala continuou em silencio depois do relato de Teddy. Os marotos, Frank, Alice e Marlene pareciam apreensivos e encaravam Lily e James que encaravam o vazio de mão dadas, até James soltar a mão da ruiva e encara-la por um momento.

_ Snape ajudou nosso filho? – ele pergunta amargo.

_ Sim, ajudou muito. – Lily Luna responde. – Por isso o nome de Alvo é Alvo Severo... Porque Severo Snape morreu ajudando meu pai.

_ Ele foi crucial para o fim da guerra. – Alvo acrescenta.

_ Ainda assim... – Sirius diz. – Snape mudou de lado por culpa, porque entregou a profecia a Voldemort que fez ele ir atras do amor da vida de Snape... Mas agora, nos acho que ele possa mudar de lado.

_ Nós pensamos em usar o mesmo fator que o fez mudar. – Rose explica.

_ Vocês querem usar Lily? – James indaga. – Querem o que? Que ela se ofereça a ele? Que comece a namorar ele para convencê-lo a mudar de lado?

_ James. – Lily E. exclama olhando indignada para ele.

_ Não é isso. – Rose responde. – Pensamos que se Lily tentasse voltar a ser amiga dela, talvez ela conseguisse abrir os olhos dele, faze-lo confiar em nós. Porque sabemos que quando contarmos toda a história dele, ele vai aceitar nos ajudar.

_ Mas para isso vão ter que contar que são do futuro. E ele ainda não é confiável. – Marlene diz.

_ Eles já sabem de tudo. – digo em resposta. – Sabem quem somos, de quando somos... Eu e Lily meio que, ouvimos uma reunião deles ontem a noite...

_ Vocês o que? – Victorie indaga com uma careta confusa. Pode ser impressão minha mas Vic parece mais pálida do que o normal...

_ Eu já ia contar, mas teve todo o lance do Snape então... – explico coçando a nuca. – Foi idéia da Lily...

_ Idiota. – Lily Luna exclama e eu solto um risinho.

_ Nós seguimos Pedro escondidos com a capa ontem, e eles estavam tendo uma reunião. Crouch, Bellatriz, Snape, Pedro... e Lúcio Malfoy. – digo o último mais baixo, olhando de relance para o outro Malfoy ali.

_ Meu avo? Mas ele já se formou em Hogwarts. – Scorpius comenta confuso.

_ Deve ter entrado com a ajuda dos amiguinhos para a reunião. – Hugo diz dando de ombros. – O que eles falaram?

_ Não muito. Eles perguntaram de Pedro tinha se decidido e ... E ele respondeu que aceitava ser um comensal, que estava com raiva de nós, principalmente dos marotos... – digo.

_ De nós, a gente que devia ter raiva daquele rato nojento traidor! – Sirius exclama raivoso.

_ Ele disse que vocês nunca deram atenção a ele, e que agora, depois que chegamos, praticamente se esqueceram dele. – Lily Luna diz.

_ Claro, vocês nos contaram que ele era um traidor. – Remo diz. – Mas realmente, Pedro sempre foi meio excluído... O resto da escola nem considera dele um Maroto.

_ Mas o nome dele está no mapa, apesar dele quase não ter ajudado em nada. E nós o ajudamos a se tornar um animago. – Sirius responde.

_ Eu não pude deixar de pensar que, se nós tivéssemos incluído Pedro, se tivéssemos tentado fazer ele não sentir raiva, talvez ele não se tornasse um comensal. – Lily Luna comenta.

_ Acho que se conseguirmos converter Snape, já vai estar de bom tamanho Lils. – Hugo diz. – Não podemos salvar todos eles das trevas. Talvez, se tornar comensal era o destino de Pedro.

_ Bom, eles pediram para Pedro ficar de olho em nós, como uma missão para ele se tornar comensal. – explico. – E pelo que eles falaram, nós deduzimos o que ouve com Dorcas naquele dia.

_ Eles disseram que Voldemort interrogou Dorcas. – Lily Luna conta fazendo os do passado se arrepiar, Marlene e Lily soltaram o ar com pesar, e Remo parecia estar com dor. – E nós deduzimos que ele descobriu tudo sobre nós... Pelo jeito, ele não contou tudo para os comensais. Provavelmente ocultou a parte das horcruxes.

_ Mas, se ele sabe de tudo, vocês estão em perigo. – Alice diz temerosa.

_ Todos nós estamos. – Dominique diz. – Por isso, se vamos recrrutar Snape, temos que fazer isso rápido!

_ Eu tenho aula de Aritmancia com a Sonserina amanhã. – Lily E diz cautelosa. – Posso tentar falar com ele.

_ Você não vai falar com ele sozinha. – James diz categórico. – Ele pode ter feito muita coisa do futuro, mas eu ainda não confio no Snape desse tempo... O que foi? – ele pergunta ao ver o olhar divertido de Lily.

_ Você disse que AINDA não confia nele. – Lily explica.

_ Eu odiei saber que ele entregou a profecia a Voldemort, e odiei mais ainda saber desse amor obsessivo dele por você. – James diz nervoso. – Mas não posso negar que ele, no futuro, ajudou meu filho. Ajudou tanto que tenho um neto com o nome de Severo, então... Por isso, pelo Snape do futuro que ajudou meu filho... Eu vou dar um voto de confiança nesse plano. Mas Lily não vai falar com ele sozinha, e eu não prometo não azará-lo!

_ Isso é muito... maduro, de sua parte James. – Lily diz sorrindo e abraçando o braço do moreno, deitando a cabeça no ombro dele.

_ Quem é você, e o que você fez com meu amigo Pontas? – Sirius indaga olhando assombrado para James. – Você não pode estar falando sério! Não podemos confiar no Ranhoso!

_ Sinceramente Almofadinhas, não acho que nossa opinião vai impedir esse pessoal do futuro de seguir essa idéia. – Remo responde olhando para nós com um sorrisinho. – Eles são teimosos...

_ Eu vou conversar com Snape e pedir para ele vir a sala de Transfiguração para discutir um assunto da aula, a tarde, e vocês vem junto, vamos convencê-lo juntos. – Rose diz firmemente. – Mas acho que não podemos impedir se ele quiser conversar com Lily a sós. – James pareceu querer reclamar na hora mas Rose o corta – Snape contou que era apaixonado com Lily para Harry quando estava morrendo. Agora, ele é um adolescente de 17 anos, ele vai ficar envergonhado... Nos podemos privá-lo se ele quiser falar com Lily.

_ Eu concordo. – Lily E. diz energética. – E se ele não quiser falar comigo, eu vou falar com ele.

_ Argh! Já começo a mudar de idéia! – James resmunga e Lily suspira.

_ James, eu quero conversar com ele, ele sempre foi meu amigo. – Lily diz. – Você tem que confiar em mim!

_ Eu confio em você, não confio é no Snape!

_ Ook! – exclamo cortando a discussão. – A conversa ta ótima e eu estava muito animado para ouvir outra briga boba de vocês dois, mas acho melhor darmos por encerrada a nossa reunião.

POV TEDDY

Depois de mais algumas discussões o grupo foi embora, cada um para sua sala comunal. Eu fiquei para tras no corredor vendo eles irem. Lily e James ainda discutiam, e a ruiva empurrou ele na direção contraria a sala da Grifinória, provavelmente para conversarem e se entenderem. Alvo acompanhou uma emburrada Alice até a Lufa-Lufa, sobre o olhar ciumento de Frank. Scorpius roubou outro beijo de Rose antes de ir para a Sonserina, e dessa vez a ruiva não lhe deu um tapa, apenas gritou. Lily Luna conversava algo com Hugo, Dominique revirava os olhos para algo que James Sirius contava, Sirius bufa nervoso e Marlene tentava acalmá-lo enquanto Alice ria do ciúme de Frank com a neta deles. Victorie parecia pensativa, com o cenho franzido em concentração. Ela estava linda, ela é linda de qualquer jeito.

_ Quando vai pedi-la em casamento? – alguém pergunta atrás de mim e eu dou um pulo e solto um grito esganiçado.

_ Aprende a gritar que nem homem Teddy! – James Sirius exclama e eu lanço um jato de luz da minha varinha que lhe dá um pequeno choque. Todos voltam a fazer o que faziam e eu me viro para meu pai adolescente.

_ Você me assustou. – digo vendo ele rir.

_ É, eu percebi... – ele comenta rindo. – E então? Quando vai pedir Victorie em casamento?

_ Na verdade eu pretendia fazer isso antes de James nos mandar para quarenta anos no passado. – respondo olhando de esgueira para Victorie que continua olhando para o nada meio nervosa. – Agora, eu acho melhor esperar toda essa loucura acabar.

_ Você que sabe... – ele diz olhando para a loira. – Ela está bem?

_ Não sei, Victorie anda meio estranha desde que pegamos o Diadema. – respondo coçando a nuca.

_ Aquele objeto é repleto de magia negra, confundiu a mente das meninas quando achamos, e Victorie era da Corvinal, casa de Rowena, isso pode afeta-la mais do que os outros. – ele diz juntando as sobrancelhas. – Não a deixe sozinha com o diadema...

_ Tudo bem, eu vou destruir aquele treco no próximo fim de semana, quando todos forem para Hogsmeade. – respondo e chego na escada que me leva para meu quarto. – Boa noite.

_ Boa noite. – responde meu pai e alguns que estavam mais próximos. Me viro e subo a escada, virando para a esquerda em seguida e indo para a porta no fim do corredor, que era meu quarto. Já estava a três passos dali quando ouço passos apressados atras de mim me fazendo virar.

Os saltos de Victorie ecoavam no corredor vazio enquanto ela corria em minha direção.

_ O que foi Vic? – pergunto confuso e ela olha para mim assustada e afobada. – O que aconteceu?

_ Abre a porta Teddy, rápido! – ela exclama com os olhos arregalados e torcendo as mãos.

_ Oq...? Porque? O que está acontecendo?

_ Só abre Teddy! – ela exclama desesperada e eu abro a porta. Ela passa por mim e entra, eu entro em seguida.

Victorie olha em volta do quarto e então se abaixa na cômoda, tirando uma pedra da parde do lugar e pegando a caixa com o diadema.

_ Espera, como você sabe que a caixa estava aí? – pergunto confuso enquanto ela põe a caixa na cama com cuidado. – Eu escondi sozinho, não contei para ninguém, como você sabe?

Ela não respondeu, apenas me olhou agoniada e abrindo a caixa lentamente, com as mãos tremendo. Ela estava pálida.

_ Vic, você está bem? – pergunto preocupado. Ela abre a caixa de vez e encara o diadema, erguendo a mão para tocá-lo, mas eu seguro as mãos dela, que tremem e estão frias. – Vic...

_ Foi ele... – ela sussurra. – Ele que me contou Teddy.

_ Ele? Ele quem?

_ Voldemort, eu acho... É uma voz, uma voz terrível que ficou na minha mente desde que eu acordei hoje. – Vic responde apavorada. – Ele fica sussurrando coisas e... hoje a tarde, ele me falou onde estava o diadema e... eu vim aqui porque eu quero que isso pare. Ele quer que eu pegue o diadema a ele, mas eu não posso...

_ Victorie, calma ok? Se acalme! – digo segurando os ombros dela. Victorie estava apavorada com os olhos azuis arregalados olhando para o diadema.

_ Ele fica falando, falando para eu pegar o diadema... – ela repete fechando os olhos com força. – Essa voz na minha cabeça... É horrível Teddy! Eu não agüento!

_ Está bem, eu vou acabar logo com isso. – digo a sentando na cama e pegando as pressas de basilisco que estavam em baixo na cama. No momento que eu voltei com a pressa Victorie já estava com o diadema nas mãos tremulas. – Vic, me dá o diadema...

_ Não! – Vic grita se afastando. – Você não pode destruí-lo! – termina em um sussurro.

_ Se eu destruí-lo, as vozes param. – digo me aproximando dela lentamente. – Não é isso que você quer? Que pare?

_ Sim...

_ Então me dê o diadema Vic, por favor... – digo já bem próximo dela. Toco suas mãos e essas vão relaxando até a tiara vir para as minhas mãos.

Eu me afasto para o outro lado do quarto e coloco o diadema em cima da escrivaninha. Ergo a pressa e miro, mas no momento que vou espetar a tiara Victorie grita se ajoelhando na chão, com as mãos nos ouvidos e chorando. Eu me viro e vou até ela, mas Vic ergue a mão para eu parar.

_ Rápido Teddy, acabe logo com isso!

Assinto e dou meia volta, fincando a pressa no metal do diadema com força, com raiva, com vontade de fazer Victorie parar de ouvir vozes, com vontade de calar Voldemort.

Uma fumaça densa e negra se solta assim que a tiara de parte em dois. A fumaça cresce por metade do quarto avançando em nós, me jogo para trás e puxo Victorie, abraçando ela no chão e abaixo a cabeça, sentindo um vento frio e forte passar por nós.

Mas na mesma forma rápida que veio, se foi. Abri os olhos e encontrei meio quarto normal. Em cima da escrivaninha tinha as metades do diadema. A águia, a pedra, tudo foi dividido em dois.

_ Você está bem? – pergunto abaixando o rosto para olha para Victorie. Ela afirma com a cabeça e se levanta, olha para o diadema e se senta na minha cama. Me levanto e sento ao lado dela, segurando sua mão.

_ Isso foi patético. – ela exclama abaixando o olhar. – O que aconteceu comigo?

_ Era a parte de Voldemort tentando se salvar. – digo acariciando sua mão. – Mas você foi forte. – ela me encara cética. – O propósito era você invadir meu quarto e pegar o diadema, ser controlada por ele, mas você resistiu e veio aqui, me contou e permitiu que eu o destruísse.

_ Só você mesmo para achar esse meio ataque um sinal de força. – ela comenta. – Eu só... Só queria que aquela voz na minha cabeça parasse....

_ Tudo bem. – digo a abraçando. – Já acabou, eu estou aqui. Salvei o dia. – termino brincando e ela ri um pouco.

_ Oh sim, meu herói! – ela exclama levantando o olhar para mim, ficando com o rosto bem próximo ao meu.

_ Eu te amo Vic. – digo lhe dando um beijo que ela logo corresponde com fervor. – Victorie...

_ Hm?

_ Quer casar comigo?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
A primeira horcrux destruida! Uhuu -dançinha da vitóoria---
E para melhorar, Ted&Vic ..