Contos aleatórios de ASOIAF escrita por Caio Tavares


Capítulo 2
Varys


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que dizer, só que é meu personagem favorito.



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– Tywin Lannister declara lealdade ao rei Aerys. - A voz da criança soou ao seu ouvido como o canto de um pássaro. Ele retirou uma moeda de dentro de suas vestes com a rapidez habitual e a pôs na mão do informante. Aquele menino de oito anos que tinha tamanho de dez vinha trabalhando como copeiro do Grande Meistre Pycelle, aquele velho enrugado que fazia de tudo para pôr lorde Tywin no trono. Mas não vai, pensou Varys. O leão seria um rei impossível de derrubar. Não, precisamos de alguém mais manipulável.

Em breve mataria o pequeno Fellas assim como matara Luther, que fora informante antes dele. Não era prudente manter o mesmo pássaro voando sempre no mesmo lugar, bem como não o era deixar livre alguém que saiba demais. Illyrio vinha lhe mandando mais aves ultimamente, mais no último ano que nos sete anteriores, e mesmo assim era difícil saber de tudo naquela guerra caótica dos Sete Reinos. Uma guerra que nós provocamos, lembrou-se. Em breve viriam mais pássaros relatar-lhe as proezas de Eddard Stark e Jon Arryn, assim como o estado da senhora Lyanna em Dorne. Que estupidez fizera o príncipe Rhaegar seqüestrar a jovem ele não sabia, mas sabia que agora ela estava lá, protegida pela guarda do dragão enquanto Elia seus filhos padeciam em medo na Fortaleza de Maegor.

Tywin Lannister virá. O menino não se preocupara em citar o título de Lorde, como a maioria fazia, e era melhor assim, mais ágil. O leão dourado do Rochedo permanecera em silêncio durante as últimas luas, completamente impassível até saber que Rhaegar Targaryen fora morto na Batalha do Tridente. Os planos estavam correndo perfeitamente desde então. Robert Baratheon matara o príncipe, o penúltimo passo antes de se tornar rei, mas agora os Lannister estavam vindos com intenções que só eles e Varys conheciam. Jaime Lannister certamente seria morto pela loucura de Aerys, em uma pira de fogovivo como fora Rickard Stark , e Kevan seria o novo herdeiro do Rochedo. Cersei deveria se casar com Robert Baratheon para herdar o trono, fazendo necessária a morte de Lyanna. Mas isso não será problema, pensou. A loba no Norte estava grávida, e nada mais comum que uma mulher morrer em sua cama de sangue. Isso aqueceria os ânimos dos Stark e do futuro rei, e depois do inferno viria a bonança.

Varys olhou para o céu enquanto saía da Baixada das Pulgas, e a noite caía em um tom roxo-avermelhado. Sua fantasia de homem pobre estava começando a pinicar em sua pele, e de fato não havia mais nada a fazer ali. Hoje deveria participar de mais uma reunião do Pequeno Conselho, desfrutando mais uma vez das loucuras de Aerys II Targaryen e de Qarlton Chelsted, a Mão do Rei. Chegou aos fundos da fortaleza uma hora depois, sempre atentos à suavidade de seus passos em contado com o chão e a qualquer um que pudesse lhe espionar. A passagem secreta projetada por Maegor, o terrível passava por debaixo dos encanamentos finais do castelo, em um tubo irregular e apertado como um intestino. Varys se arrastou por eles, tateando as laterais até encontrar o caminho para os seus aposentos. O rei que projetara aqueles caminhos mandara matar todos os pedreiros que trabalharam na sua construção, mas deixara uma das plantas ser roubada por um espião. Ao longo dos séculos aqueles mapas haviam sido desenvolvidos nas mãos de arquitetos pentoshis, até que uma compreensão completa dos caminhos secretos fosse constituída. Illyrio conseguira o mapa original com a ajuda de passarinhos que matou depois, e então Varys pôde se mudar para Westeros e se tornar Mestre dos Segredos.

O quarto era grande, bem menor que qualquer cômodo nas mansões de Essos, mas mesmo assim grande. As paredes brancas eram cheias de prateleiras ocas com compartimentos dentro de compartimentos, além de um armário dez vezes maior por dentro que por fora. Frascos dos mais diversos venenos que nem os mais cultos homens da Cidadela conheciam, potes e mais potes de barro cheios de fogovivo, além de adagas de aço valiriano e obsidiana do Norte. Os pergaminhos das mais diversas partes do mundo, exaustivamente lidos e relidos descansavam dentro de frascos de vidro empilhados em compartimentos secretos sob suas roupas. Uma mesa e uma cadeira simples ficavam recostadas em uma parede oposta à porta principal, e era por baixo desta mesa que ele passava quando vinha pelos caminhos de Maegor.

Banhou-se em um líquido viscoso com cheiro de rosas para tirar as imundície das cidades de sua pele e vestiu seu habitual roupão feito com seda de Myr. Ele costumava roubar homens que se vestiam assim na infância, mas isso fora antes de conhecer Illyrio. Desde então nunca mais roubara nada de ninguém. Tocou seu cotovelo e pegou um saquinho de pano que estava dentro de um bolso secreto. Os meistres se orgulhavam de coser dezenas de bolsos em suas vestes cinzentas, mas Varys os tinha aos milhares. Também fora meistre um dia, forjara sua corrente em cinco anos na Cidadela, mas a guilda dos Homens sem Rosto lhe parecera mais interessante. Dentro do saco os grãos cristalizados chacoalharam e brilharam à luz das velas. Não que precisasse de velas, há muito aprendera a enxergar no escuro, mas se alguém o tivesse visto entrando era bom que pensasse que o homem só enxergasse na luz.

Subestimar era a palavra de todos os dias. Ele queria que o subestimassem, e fazia certo esforço para isso. Não como informante, isso queria que soubessem, mas nunca revelara sua habilidade em lutas nem a rapidez de suas mãos em acessar uma adaga escondida em algum bolso em suas vestes. Pegou um desses grãos e o colocou na boca. O sabor era levemente ácido, apesar de quase inexistente. Sentiu as pontas de seus dedos adormecerem por um instante e sua visão ficar turva. Suas pernas fraquejaram e ele se sentou, sentindo sua boa ficar seca. “O guerreiro” era como chamavam esse novo veneno, provavelmente porque matava de várias maneiras diferentes. Varys era envenenado desde criança, aprendera que as pequenas doses diárias o tornavam resistente a uma grande dose no futuro. Os novos venenos produziam as reações mais fortes, como esta, mas a alguns ele já estava tão acostumado que nem precisava mais tomar. Alguns minutos foram suficientes para que ele se sentisse novamente forte e disposto. Hoje falaria com o rei Aerys, e este gostava que seu tom de voz fosse sempre submisso e concordante. Para cada ouvinte havia uma voz e um rosto, e para alguns até mesmo um hálito específico. O modo de olhar, andar e mexer as mãos fazia toda a diferença. Todos os bons pantonimeiros sabiam disso, assim como todos os Homens sem Rosto.

Lorde Varys foi o segundo a chegar à sala do Pequeno Conselho. Poucos eram capaz de perceber isso, mas ele sempre era o segundo. Não levantaria suspeitas de estar adiantado ou atrasado, nem correria o risco de chegar junto com alguém. Ele simplesmente estava lá, cheirando a rosas e segredos, silencioso até que a conveniência o chamasse. Qarlton Chelsted foi o quarto a entrar, seguido do velho Grande Meistre Pycelle. Varys sabia que ele também era inteligente e dissimulado, mas o simples fato de saber disso o tornava superior ao conselheiro do rei. Até hoje não conhecera nenhum homem superior a si. O rei e foi o último, como era apropriado de seu cargo. Pelo menos essa regra a loucura não tinha limpado de sua mente. OS demais membros estavam mortos ou envolvidos em batalhas, e as cadeiras vazias falavam mais que os supostos donos falariam em uma reunião. Tinha os olhos cinzentos pesados e direcionados para baixo, e suas vestes escuras estavam amassadas como se não as tirasse há dias. Aerys estava ainda pior, com olheiras tão profundas como se nunca tivesse dormido na vida, e seus braços eram cheios de cicatrizes e feridas abertas. Vestia o habitual manto vermelho e preto com a gravura dos dragões, e suas longas unhas arranhavam a mesa do Conselho provocando um som estridente. Seus cabelos brancos e embaraçados se fundiam à barba cor de pérola e formavam uma face pálida e puxada, interrompida apenas por seus olhos cor de púrpura. Varys sempre se impressionara com esses olhos dos Targaryen.

Ninguém disse nada por um longo tempo. Setenta e seis segundos, ele contou. Tinha a noção exata e tudo o que acontecia ao seu redor e era capaz de contar o tempo e pensar ao mesmo tempo. Com movimentos oculares tão rápidos quanto raio podia observar a expressão no rosto de cada homem ali presente. Lorde Boros Stokeworth não passava nada além de cansaço. A Mão e o rei tinham algo a dizer, certamente estavam pensando em uma conversa que tiveram antes, e Qarlton discordara fortemente de Aerys em algum plano. Tudo isso era óbvio, assim como o fato de que o plano de Aerys certamente envolvia fogovivo.

– Fogovivo! – o rei bradou de sua cadeira, chamando a atenção de todos para sua voz estridente de sotaque valiriano. Todos os Targaryen mantinham esse sotaque, provavelmente por questões orgulhosas. – Todos sabem que a guerra pode ser perdida, então eu proponho que saiamos destruindo tudo, para que esse maldito usurpador não tenha pedra sobre pedra para governar.

– Uma ideia arriscada demais, Vossa Graça. – disse a Mão. – Sempre há a opção de fugir para as Cidades Livres, Pentos, talvez. De Lá reunimos um novo exército e tomamos o reino novamente.

– E a que prazo, eu pergunto¿ - Aerys levantou o tom de voz – Imagino que nenhum de nós sobreviva se fugirmos. Não, não sobreviveremos. E mais, meu filho Rhaegar está morto, Viserys é tão fraco que não duvido que passe dos nove anos.

Ele tem onze anos, Varys pensou em dizer, ao mesmo tempo em que pensou em rir da ignorância do rei. Mas há muito tempo aprendera a controlar sua face.

– O príncipe herdeiro, filho de Rhaegar ainda vive. Podemos cuidar dele e garatir que ele alcance o poder em breve.

– E seja morto pelos cães do Usurpador! – Não, ou vencemos ou morremos, todos sabem disso. Pycelle, mande chamar Rossat. Precisarei de seus serviços em breve.

O Grande Meistre se levantou e saiu andando vagarosamente, enquanto Qarlton levantava o olhar impaciente.

– Vossa Graça, isso é loucura! Não podemos matar milhares de inocentes, principalmente agora que a causa não está perdida!

Não está perdida¿ - Aerys, o louco gritou. – Parece que não tem sido bem informado, meu filho morreu, Robert Baratheon e Eddard Stark quebram nossos aliados em todos os lugares, lorde Mão. Se ao menos aquele maldito leão saísse do Rochedo.

– Lorde Tywin em seu favor, Vossa Graça. – Varys sentiu o chamado da conveniência naquele momento – Chegará a Porto Real em breve, e declara fidelidade à sua Casa.

– Ora, finalmente uma boa notícia, Varys. Mas não podemos relaxar, ah, não podemos. Tywin Lannister é um traidor tanto quanto os demais. Mesmo que venha, mesmo que... – perdeu as palavras por um instante. Era freqüente que isso lhe acontecesse – Ele pode muito bem querer me matar aqui, sim, pode. Rossat, onde está Rossat¿

O piromante entrou na sala doze segundos depois, seguido de Pycelle, que se apoiava em uma bengala de madeira.

– Rossat, quero que produza mais fogovivo. O máximo que puder. Em breve podemos precisar incendiar esta maldita cidade.

O rosto de Rossat permaneceu impassível, mostrando apenas aquele sorriso cordial para o rei. Lorde Qarlton se levantou em um gesto impaciente.

– Rossat, não faremos isso.

O rei ficou furioso e bradou:

– Com que autoridade diz isso¿

– A autoridade que este broche me dá! – apontou para a mão de bronze em seu peito – Eu falo com a voz do rei, e digo que este não está mais em condições de tomar decisão alguma. Rossat, seus deveres continuam sendo os mesmos de sempre.

– Um caralho! – Aerys gritou, se levantando – Rossat, seus deveres mudaram. Agora você é Mão do Rei.

Qarlton Chelsted fitou o rei com um olhar furioso. Era visível toda a exaustão em sua face, o pouco tempo que servira ao rei louco destruíra-o por completo, e em breve também ficaria louco. Varys quase podia ouvir seus pensamentos, certamente amaldiçoando Aerys II Targaryen e toda a sua descendência. Com os lábios cerrados, arrancou o broche de Mão e o atirou na mesa, em desafio ao louco soberano.

– Traidor! – o rei começou a gritar – Traidor! Está mancomunado com Robert Baratheon e todos os outros! Guardas! - Chelsted puxou uma faca de sua cintura, mas era tarde demais. Dois guardas de manto dourado o agarraram pelos braços e puseram sua faca contra a jugular, deixando-o completamente imóvel. – Está condenado à morte, Qarlton Chelsted. Rossat, arranje uma pira para este também. E pegue o maldito broche agora!

As ordens do rei foram cumpridas à risca por todos ali. Qarlton Chelsted deveria morrer em menos de um dia, para deleite de Sua Graça. Rossat recebeu o cargo de mão com o mesmo sorriso, mas as rugas em torno dos seus olhos mudaram de forma, indicando que estava mais preocupado que feliz. Varys também estava preocupado. Precisaria acelerar a chegara de Lorde Tywin, ou a loucura faria o fogo se alastrar. O rei pareceu perceber que ainda estavam todos ali.

– Está finada esta sessão, ora. Vão todos embora! Vão!

Varys saiu, tão silenciosamente quanto entrara. A noite o deixara cansado, então se deitou logo que chegou no quarto. No dia seguinte deveria cuidar de salvar o filho de Rhaegar. Não haveria sentido em derrubar um rei se não tivesse um sucessor para ele. Illyrio deveria recebê-lo em Pentos, assim como recebera Jon Cogninton há algumas luas. Era comum que Varys recebesse suas idéias enquanto dormia, e seria nesta noite que saberia como salvar o pequeno Aegon.

O dia amanheceu uma hora depois do mestre dos sussurros. Este já comera seu desjejum, um pão com presunto e mel e um copo de leite frio. Nada comparado ao que comia em Myr ou Pentos, mas suficiente. Além do mais, engordaria de qualquer forma, como sempre engordara desde que lhe haviam cortado o membro. Os passarinhos deveriam estar perto do porto hoje, mas seriam ignorados, saberiam que deveriam voltar no dia seguinte. Mas a prioridade de hoje era outra. Encontrara uma jovem chamada Lynsay nas ruas da Baixada das Pulgas alguns dias antes. Ela era órfã, mas tinha um irmão bebê a quem alimentar. Varys lhe dera um banho e um emprego como criada da senhora Elia Martell, em troca de trazer informações da situação da mulher e das crianças. Hoje ela compareceu na saída do esgoto da Fortaleza de Maegor para esperar a chegada de seu benfeitor.

– Como vai, pequena¿ - disse Varys com a voz suave, enquanto batia a poeira dos canos de suas roupas.

– Bem, senhor. – ela respondeu, confusa.

– Fico feliz por isso. Tem alguma informação nova¿

– O príncipe Aegon tem chorado muito mais nos últimos dias. As aias dizem que está doente.

– Oh, que triste notícia. – forjou um sorriso triste. – E você, tem chorado¿ - As aias da senhora Elia vinham se queixando de ataques de choro de Lynsay desde que Varys a mandara matar Luther. Estava disposto a esganá-la caso soubesse que tinha levantado alguma suspeita.

– Não, senhor. – ela disse, olhando para baixo. Seu tom de voz indicava que era verdade.

– Bom saber. Bem, de qualquer forma tenho outro serviço para você. – Ela levantou a cabeça com os olhos úmidos e suplicantes, mas ele a ignorou. Fez surgir na mão esquerda um punhal de aço valiriano, o mesmo que dera a ela há duas semanas e o entregou com a ponta virada para si. – O nome dele é Fellas, conhece¿

– Sim. – a voz era quase chorosa.

– Claro que sim. E preciso que traga seu irmão quando voltar da cidade.

– Meu irmão, senhor¿

– Sim, ele. Ainda está vivo, certo¿

– Está sim. Ele... ele vive na casa de um conhecido agora, eles estão cuidando dele.

– Sei quem cuida dele, querida, e espero que o bebê esteja aqui quando voltar. Precisou de dois dias da última vez, mas o caso é mais urgente. Consegue trazê-lo antes de anoitecer¿

– Acho... acho que sim.

– Espero que seja. Vou precisar que deixe seu pequeno irmão aqui e leve o príncipe Aegon. Um cavaleiro com um dragão Targaryen no peito a esperará na Baixada das Pulgas e levará o bebê consigo, mas a seu tempo será devolvido e seu irmão também.

– Senhor, isso é seguro¿

– É mais seguro que morrer de fome, não acha¿ Agora vá, Lynsay, preciso desse serviço feito ainda hoje. O perigo se aproxima e é melhor que seu irmão esteja seguro no castelo, certo¿

– Certo. Mas senhor, eu posso saber a quem o príncipe será entregue¿ Ele é um bebê adorável e precisa de cuidados. Não quero que nada de mal lhe aconteça.

– Eu também não, minha querida. Até breve.

Varys esperou que ela sumisse antes de dar meia volta. Agora preciso arrumar uma roupa de cavaleiro Targaryen, pensou. Ela certamente cumpriria o prazo, afinal não fora escolhida por parecer incapaz. Elia estivera tão transtornada com a morte do marido que nem sequer perceberia a mudança dos bebês. E mesmo que perceba, será tarde demais. Tomara o cuidado para não tocar o cabo do punhal, embora soubesse que não o mataria. O veneno entraria pela pele de Lynsay e a mataria poucas horas depois de adormecer hoje, embora fosse provável que não adormecesse. De volta aos aposentos, escreveu uma carta para Illyrio, uma linha em Alto Valiriano e outra em Myrishi, como haviam combinado fazer para o caso de ser interceptada. Deveria entregá-la ao barqueiro pentoshi que levaria o príncipe Aegon daqui a um ou dois dias, aquele conhecido que estaria cuidando do irmão de Lynsay. Os dados estavam lançados, mas ele já sabia em que face cairiam. O estudo da história de Westeros o ajudara a conhecer o futuro: um rei usurpando o trono de outro, casas nobres se ajoelhando e uma política instável pela frente. Robert Baratheon era um homem forte, mas não passava de mais um homem. Não era nada páreo para o sangue do dragão. Quem sabe finalmente os planos de Varys e Illyrio salvariam os Sete Reinos.


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