Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi amores e amoras da minha life, como vocês estão?
Bem? Mal? Na bad? De boas? Tell me!
Sério, vocês podem não me falar como estão nesse fim de sábado, mas me digam o que tão achando da minha volta! Preciso saber!
Se não me disserem o que estão achando da fanfic Merlin não vai aceitar vocês no céu, depois não venham reclamar u.u
E ahhh, uma coisa suuuper importante que eu esqueci de comentar no último capítulo, dia 14 desse mês (maio) Evolet Potter fez 4 anos que foi postada, olha que neném *-*
Morro de orgulho quando penso nisso, e também fico chocada ao pensar que na época a Evolet e eu tínhamos a mesma idade (15 anos) e que agora eu to com 19, quase beirando os vinte, e ela permanece neném com 16 ainda!
Pior ainda é pensar que eu planejava escrever cada temporada em um ano e olha agora hahaha
Sim, eu era a pessoa mais iludida do universo, tadinha de mim!
Enfim, vamos parar com o momento de considerações sobre como o tempo passa e vamos dar parabéns pra fanfic né.
Quero comentários de presente u.u
Aproveitem!



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Depois de uma demorada seleção eu e Laurie tínhamos encontrado dois vestidos como finalistas na escolha para qual eu usaria na festa de natal do Slughorn. 

Eu queria o vermelho de alça, decote que a princípio era redondo mas que quando chegava ao vão dos seios se abria em uma espécie de V, a saia, com duas pregas na frente e duas atrás, se diferenciava da parte de cima por ser larguinha e em cima bem justo. O comprimento dois palmos acima do joelho.  

Fazia tempo que eu não me arrumava para uma festa e eu queria todos, ou morrendo de inveja, ou então babando. 

Já Laurie, que naquela noite tinha tirado a sua parte comportada de Merlin sabe onde, tentava me convencer a usar um azul, bem mais discreto. O forro compunha um tubinho tomara que caia, reto e não muito colado ao corpo. A parte rendada que era pregada por cima produzia as delicadas mangas três quartos, a saia mais larguinha e uma barra dois dedos mais longa que o forro. 

O decote mal existia e o comprimento? Era no joelho

Eu nunca na minha vida usaria um vestido no joelho! 

Ou para cima, ou no pé, no joelho jamais

— Eu não vou com esse vestido de noviça, Laurie. - afirmei e cruzei os braços arrepiados de frio. 

Tinha tomado banho e ainda estava enrolada na toalha devido a nossa divergência de opinião. 

— Ótimo, então vá vestida como uma piriguete natalina, Evolet! - Laurie respondeu também cruzando seus braços. 

— Piriguete natalina? - perguntei estarrecida com o xingamento – O vestido é seu então quem merece esse título aqui é você! 

— Eu nunca usei esse vestido no fim de dezembro, mas se quiser, tenho certeza que a cor dele vai combinar com o roxo dos seus dedos quando eles começarem a congelar! 

Ela tinha começado de novo com o seu drama do frio. 

— Lá tem aquecedor, fofa. – fui sarcástica no “fofa”. 

— Não me chame de fofa, Evolet Lílian Potter! - Laurie começou a alterar a voz. 

Senti a minha boca se abrir em um perfeito “o”, eu não acreditava que ela tinha usado o meu nome inteiro. 

— Então não queria me vestir como uma freira, Laurie Agustine Bernard! - revidei. 

Sabia que ela odiava o Augustine do seu nome. 

Laurie ficou com as bochechas rosadas e me olhou furiosa. 

— Ótimo, então se arrume sozinha! Não vou te ajudar em mais nada. - sentou na cama emburrada, os braços e as pernas cruzadas. 

Coloquei as mãos no rosto e fechei os olhos, era isso, eu tinha perdido a paciência. 

Abri os olhos para xinga-la e dizer que tudo bem, tinha me arrumado sozinha quase a vida toda e que não era agora que eu iria sofrer por isso, só que então eu a olhei e vi seus olhos azuis começarem a se encher de água. 

Maravilhoso, ela vai começar a chorar, pensei com amargura. 

— Eu só querrie que você fosse bonite – começou a falar como se fosse uma criança, a voz embargada, dois oitavos mais fina do que o comum e é claro, o sotaque francês que só aparecia em momentos como esse – Ninguém me convidou parra esta feste ... - parou para tomar fôlego, o ar faltando por conta do choro – e... e... eu nunca mais fui em feste nenhuma porr que ninguém me convide... e eu ten cerrteza... que... a minha mãe... nem vai me deixarr sairr pra comprrar presentes de natal em Londres. 

Quando chegou na parte dos presentes Laurie passou a chorar piedosamente, como uma criança que perdeu o seu coelhinho de estimação. 

Boris foi para perto dela e começou a rodear seus pés, miando, incomodado com o choro. 

Olhei para o teto e respirei fundo, Merlin realmente me odiava. 

Eu sabia que tudo não passava de um grande drama dela. 

Sabia que ela não estava ligando nem um pouco por não ir na festa do Slughorn. 

Sabia que ela era sim convidada para algumas festas pequenas que as outras garotas do seu dormitório davam apenas para ter uma desculpa para tomar cerveja amanteigada e fofocar, afinal, eu já tinha ido naquelas festas. 

Sabia que mesmo a sua mãe, por medo da guerra, não querendo comprar presentes em Londres ela arrastaria Christian com ela e os compraria nem que fosse em algum mercadinho de esquina do vilarejo próximo a sua casa na França. 

Eu sabia de tudo isso, mas mesmo assim bufei de raiva, pequei o maldito vestido azul e entrei no banheiro para me trocar. 

Quando voltei ela estava limpando as lágrimas e sorriu ao me ver com o vestido. 

— Acho que ele é realmente muito comprido – disse bobamente. 

A fuzilei com o olhar, eu tinha dito aquilo mil vezes! 

— Acho que posso dar um jeito nisso, venha aqui – pediu que eu ficasse na sua frente e puxou a varinha escondida nas vestes. 

Laurie murmurou algo, ela ainda não era muito boa com feitiços não verbais, e foi encurtando o vestido até que ele ficasse quase do mesmo comprimento que o vermelho, só uns dois dedos mais baixo. 

Olhei para o espelho, ainda faltava alguma coisa... 

Laurie pensou o mesmo e começou a revirar em tudo nas gavetas da minha cômoda até tirar de lá um fino sinto preto com uma fivela retangular, discreta e prateada. 

Peguei o sinto e o acertei na cintura, o vestido ficou mais justinho e a saia ganhou um efeito bonitinho. 

Vesti meus sapatos pretos de salto e dei um passo para trás, me olhando no espelho. 

— Até que não ficou ruim – confessei – Satisfeita agora? - perguntei arqueando a sobrancelha. 

— Não, mas vou ficar quando terminarmos a sua maquiagem – respondeu e fez com que a cadeira da escrivaninha fosse parar na frente do espelho com um aceno de varinha. 

Laurie secou e escovou meu cabelo enquanto eu fazia a maquiagem já que o seu showzinho nos atrasou. 

Quando terminamos eu estava com um maquiagem clássica já que não dava para fazer nada muito matador devido ao tempo e porque não combinaria com o vestido. Meus cabelos caiam em cachos nas costas, brilhantes e bem escovados. 

Eu estava um verdadeiro anjo natalino de saltos. 

Laurie me chamou de convencida quando disse isso, mas o que eu podia fazer se tinham me ensinado a sempre falar a verdade no orfanato? 

— Acho que Antony vai gostar de ver você vestida assim – Laurie comentou enquanto saíamos escondidas das masmorras da Sonserina para que ninguém a visse. 

— Ele não tem que gostar de nada, Laurie – falei – Somos apenas amigos, A-M-I-G-O-S – soletrei para ficar mais claro. 

— Ora Evolet, pare de se enganar, ele está interessado em você e você sabe disso. 

— Não, não está. - neguei começando a ficar irritada com o assunto – Nós conversamos e vamos continuar como estamos, só como amigos, você sabe disso. 

Ultimamente Laurie começava a falar sobre isso em toda a oportunidade que tinha. 

Era como se ela acreditasse que se falasse o bastante na minha cabeça eu e Antony iriamos nos apaixonar, casar, ter uma dúzia de filhos e morar em uma vinícola na Itália. 

— Ótimo, então fique ai sozinha, amarga e pensando nos bons momentos que você teve com Draco pelo resto da vida - respondeu amarga e cruzou os braços. 

Olhei para Laurie semicerrando os olhos e ao mesmo tempo um pouco magoada, ela não precisava ter dito uma coisa daquelas. 

— Ta, eu exagerei – Laurie disse agora com a voz mais baixa, arrependida – Desculpe, mas não deixa de ser verdade, você não pode passar o resto da vida esperando que ele volte Evolet, Draco foi uma fase que passou e agora está na hora de seguir para outro, nada melhor para curar um amor passado do que um novo. 

Chegamos ao saguão principal do castelo onde Antony e mais uma dúzia de pessoas esperavam os seus pares para a festa então decidi que não iria falar nada para Laurie. 

Ela podia ter sido um pouco rude mas não era nada que eu também já não tivesse pensado, Draco tinha sido uma fase e as fases acabam e agora, quase quatro meses depois, nada me impedia de partir para outra além de mim mesma. 

Perdida em pensamentos eu não vi quando nós paramos em frente do Antony mas passei a prestar atenção em sua conversa com Laurie quando ele perguntou porque a minha cara feia. 

— Minha culpa – Laurie disse mordeu o lábio inferior – Mas não se preocupe, logo ela volta ao normal e esquece do mau humor. 

— Eu não estou mau humorada. – disse entre dentes e os olhei com cara feia. 

Foda-se se isso mostrava exatamente o contrário. 

— Claro que não – Antony fingiu concordar e riu da minha cara. 

Foi a vez dele de ser fuzilado com o meu olhar. 

As pessoas não sabiam a sorte que tinham por eu não ter a visão de raio laser do Super Homem. 

— Enfim, - Laurie voltou a falar vendo que estava na hora dela sumir da minha frente – acho que preciso arrumar as minhas coisas, cuide da Eve enquanto eu estiver fora – pediu para Antony e lhe deu um beijo rápido na bochecha, fez o mesmo comigo segundos depois – E você pense no que eu disse, boa festas. 

Laurie saiu saltitando pelo castelo, a culpa por ter dito o que não devia para mim já tinha ido embora. 

Ela passaria o natal na França com os pais e depois voltaria para Londres para passar uns dias com Christian e a mãe dele até o ano novo, quando seus pais também viriam. 

Ela tinha me convidado para ir com ela mas eu não estava muito no clima de festas de fim de ano e também preferia deixar ela e o Chris se curtindo sozinhos, afinal eles nunca ficaram tanto tempo longe um do outro - nem mesmo quando eram só amigos - igual agora que ela tinha vindo para Hogwarts e ele estava no treinamento para se tornar Auror. 

Meio que eu ficar em Hogwarts era o meu presente de natal e de um ano de namoro para eles. 

— Vai me contar o que ela fez para te deixar tão brava? - Antony questionou quando eu comecei a andar sem nem mesmo espera-lo. 

— Além de me obrigar a usar esse vestido? Nada que você queira saber. - respondi. 

— Eu gostei do vestido. – disse calmo. 

Franzi a testa, não sabia se ele estava sendo sincero ou se só queria que eu ficasse menos chata. 

— É verdade, - deu de ombros – ficou bom, delicado, combina com você. 

Antony sorriu e percebi que ele estava mesmo sendo sincero, sorri de volta um pouco feliz por ele ter gostado e senti a adolescente retardada dentro de mim corar. 

Antony ofereceu o seu braço para mim como um verdadeiro cavalheiro antigo, aceitei e coloquei minha mão em volta dele. 

Reparei no tecido macio que cobria seu braço e olhei o resto de sua roupa. 

Antony estava lindamente vestido com um casaco preto e longo como uma capa, uma camisa da mesma cor e com uma gravata azul escuro. A calça também preta e sapatos sociais. 

Vestes clássicas e formais para um bruxo. 

— Você também está muito bonito – comentei sincera. 

Antony agradeceu e fomos em silêncio para a sala de Slughorn, sem ter um assunto para conversar. 

Quando chegamos na sala do professor de poções eu não pude deixar de ficar encantada com a decoração. A sala tinha sido ampliada magicamente para caber todos os convidados confortavelmente. O teto e as paredes foram forradas com panos esmeralda, carmim e dourado dando a impressão de que estávamos dentro de uma vasta tenda. 

Uma música de fundo tocava e um ornamentado lampião dourado produzia uma luz vermelha no teto e várias fadinhas de verdade o rodeava, cada uma produzindo a sua própria luz brilhante. 

Além das fadinhas também haviam alguns visgos no teto o que me fez produzir uma nota mental para evita-los o máximo possível. 

— Quem diria que Slughorn sabe dar uma festa de verdade – Antony comentou pegando duas taças de suco de uma mesa baixa. 

Ou pelo menos o que eu achei que fosse uma mesa baixa até ver ela e várias outras se mexer e revelar que na verdade aquilo era um Elfo Doméstico com uma bandeja de prata acima da cabeça. 

— Senhorita – Antony chamou e me entregou uma das taças. 

Sorri agradecida e decidi que não iria deixar as baboseiras da Laurie me incomodarem mais naquela noite. 

— Por Merlin! - Tony exclamou do meu lado – Aquela ali não é uma das Esquisitonas? - perguntou chocado. 

Olhei para o mesmo lugar que o Tony e não, aquela não era apenas uma das Esquisitonas, aquela era uma das Esquisitonas com mais uma colega de banda do lado. 

Eram duas das Esquisitonas! 

Duas das cantoras de uma das bandas mais famosas do mundo bruxo estavam ali! 

— Ainda bem que a Laurie não veio, ela ia querer sequestrar as duas! - falei, Laurie simplesmente amava as músicas delas. 

— Então ainda bem que a Vaiola não veio, ela com certeza ajudaria – Tony fez careta ao pensar na irmã mais nova. 

— Como é que a sua irmã de cinco anos ia conseguir ajudar a Laurie a sequestrar duas pessoas adultas e famosas? - perguntei arqueando a sobrancelha. 

Tony deu de ombros. 

— Ela é um diabinho convincente, sempre consegue me obrigar a fazer o que ela quer – contou – Não seria diferente com elas. - indicou as moças com a cabeça. 

— Mas ainda assim não convenceu você a ir passar o natal em casa. - disse o óbvio. 

— Evolet, você acha que eu vou escolher passar o natal com as minhas duas irmãs, meus pais, meus avós e mais um bando de parentes, todos gritando, comendo e bebendo as férias inteira em vez de ficar em Hogwarts, dormindo até o meio dia e tendo como companhia a minha belíssima amiga ruiva para fazer nada ao meu lado? - perguntou sério – Não é questão de ser convencido, é questão de ter bom senso e de fugir das perguntas das tias sobre as namoradinhas. 

Tony tremeu levemente ao pensar nas perguntas embaraçosas e eu não tive como não rir, a mãe da Laurie fazia esse tipo de pergunta pra mim sempre que me via, era horrível. 

— Embora você bem que podia resolver esse problema, você sabe, das namoradas. - Tony comentou e balançou o líquido da sua taça, um sorriso de lado com ar de malícia disfarçada com brincadeira. 

Rolei os olhos. 

— Você tem razão – concordei – Vamos ver se uma das Esquisitonas quer namorar você. 

Puxei Antony pelo braço até onde as meninas estavam e escutei ele murmurar um “Não foi isso que eu quis dizer” mas não dei atenção, eu sabia exatamente o que ele queria dizer. 

Ele queria era comprovar, mesmo sem saber, que Laurie tinha razão em tudo o que tinha falado mais cedo. 

Mas como eu tinha decidido antes, ela não iria mais me incomodar com aquele assunto, não naquela noite. 

Discretamente nos enturmamos no grupo em que as garotas estavam e começamos a conversar com eles sobre inúmeros assuntos até um cara comentar do quanto gostava das músicas das Esquisitonas, aproveitei para elogiar o último álbum delas e foi ai que eu pude me apresentar como Evolet Potter pois até então ninguém tinha citado o meu nome. 

Não precisei de muito mais depois disso para, junto com o meu nome famoso e o meu enorme carisma, conseguir que elas prometessem me mandar dois discos autografados, um para mim e um para a Laurie. 

Ela com certeza iria amar ganhar aquilo, seria o melhor presente de natal de todos. 

Continuamos a conversar por mais um bom tempo até o Antony pedir licença, me avisar que ia cumprimentar um amigo e dizer que já voltava. 

Não me incomodei em ficar sozinha e aproveitei que um Elfo passava para pegar uma empadinha, Slughorn realmente sabia onde arrumar comida para as festas. 

Deixei a taça vazia em outra bandeja, sem parar de prestar atenção na conversa.  

Infelizmente essa atenção só continuou até eu ver três cenas curiosas. 

A primeira foi Argo Filch, vestido para qualquer coisa menos para uma festa de natal, correr arrastando Draco Malfoy por uma orelha e o garoto reclamar atrás dele e eles andarem até um grupo de pessoas que compunham o professor Slughorn, Snape, Harry, Luna e a professora Trelawney. 

A segunda foi o Filch ir embora emburrado deixando Draco para trás que, segundos depois, foi levado para fora da sala por Snape. 

Um Snape completamente mau humorado... bom, mais mau humorado do que o comum. 

E a terceira cena foi o Harry deixando Luna, que segundo o que eu soube era o seu par para a festa, e tirar discretamente um pano dobrado o bolso interno da sua veste. 

Um pano que eu conhecia bem o bastante para reconhecer de longe. 

Era a Capa da Invisibilidade do nosso pai. 

Eu não devia me intrometer, algo dentro de mim falava que eu iria me aborrecer se fosse atrás deles, mas algo maior ainda me dizia que eu precisava descobrir o que estava acontecendo porque Harry não sairia atrás de Draco e Snape à toa. 

Procurei por Antony, ele ainda estava conversando com o amigo que tinha ido cumprimentar e eu tinha certeza que iria demorar então pedi licença as pessoas com quem eu falava, enfiei o resto da empadinha na boca e andei apressada para a saída. 

Quando passei pela porta eu achei que era tarde demais para segui-los, mas o vislumbre de um par de pés sem corpo correndo no escuro me fez perceber que não. 

Os pés do Harry viraram no primeiro corredor a direita eu e fiz o mesmo caminho, rezando para que os meus saltos não fizessem barulho o bastante para me entregar.  

Percebi que eles faziam sim muito barulho quando uma mão, também sem corpo, me puxou para o lado da parede, próximo a uma porta fechada.  

— Tire os sapatos – Harry sussurrou próximo ao meu ouvido logo depois de jogar a capa por cima de mim. 

— Não – disse sem produzir som, só mexendo a boca. 

Uma dama nunca, nunca mesmo, deve tirar os sapatos antes do fim da festa. 

Ensinamentos da madame Máxime! 

Harry me olhou com cara feia e sinalizou para que eu ficasse em silêncio e depois apontou para a porta. 

Entendi que Snape e Draco tinham entrado ali. 

— Não consigo ouvir – disse o mais baixo que consegui. 

Harry balançou a cabeça sinalizando que ele também não conseguia e decidimos nos aproximar mais da porta. Só consegui ouvir algo quando Harry e eu encostamos nossos ouvidos nela. 

— ...não pode se dar ao luxo de errar, Draco, aquilo foi malfeito e tolo, já suspeitam que você tenha um dedo no incidente – Snape dizia. 

— Quem suspeita de mim? - Draco perguntou com raiva – Pela última vez, não fui eu, entende? Aquela garota, Bell, deve ter algum inimigo que ninguém conhece... não me olhe assim! Sei o que você está fazendo e eu posso impedi-lo! 

Olhei para Harry e arqueei a sobrancelha querendo saber o que o Malfoy podia impedir Snape de fazer, Harry deu de ombros também sem saber mas logo as duas pessoas dentro da sala nos responderam. 

— Ah... tia Bellatrix tem lhe ensinado Oclumência, entendo. Que pensamentos você está tentando esconder do seu senhor, Draco? 

— Não estou tentando esconder nada dele, só não quero que você penetre na minha mente! 

— Escute aqui – disse Snape, a voz cada vez mais baixa – Estou tentando ajudá-lo. Jurei a sua mãe que o protegeria. Fiz um Voto Perpétuo, Draco... 

— Pois parece que vai ter que quebrá-lo! Não preciso da sua proteção, - Malfoy praticamente cuspiu a fala - a tarefa é minha! Eu a recebi dele e estou cumprindo-a, tenho um plano que vai dar resultado, só está demorando um pouco mais do que eu pensei! 

— E qual é o seu plano? 

— Não é da sua conta! 

— Se me contar o que está tentando fazer eu posso ajuda-lo... 

— Tenho toda a ajuda de que preciso, obrigado, não estou sozinho! 

Depois disso eles disseram algumas outras coisas mas nada me prendeu a atenção.  

Eu estava chocada. 

Completamente chocada. 

Meu estômago revirava e eu estava rezando para que o “seu senhor” de quem Snape falava não fosse o mesmo “senhor” que eu pensava que era. 

Esses termos, “seu senhor” e “dele” não podiam se referir a Voldemort, podiam? 

Porque se Draco tinha recebido uma tarefa dele, e estava trabalhando nela, bom, isso queria dizer que Draco era um... 

Por Merlin, agora que eu tinha escutado aquela conversa eu não conseguia nem pronunciar o título. 

Mas queria dizer que Draco tinha seguido os passos do pai. 

Saí de baixo da Capa da Invisibilidade, Harry tentou me segurar mas eu não estava nem ai para ele. 

Andei a passos rápidos de volta para a sala de Slughorn mas não rápidos o bastante para que Draco e Snape não me vissem no corredor quando saíram da sala. 

Escutei Snape me chamar mais de uma vez mas não respondi e nem ao menos me virei para olha-lo, se encarasse um dos dois agora eu com certeza não aguentaria ficar quieta e sairia gritando com os dois pelo castelo inteiro exigindo explicações que eu não tinha certeza se queria. 

Se eu pedisse explicações eu não iria me cansar até que eles falassem e me contassem tudo e a verdade era uma só, no entanto, o que eu tinha escutado junto com a minha imaginação e a falta de contexto podia se encaixar em várias hipóteses deixando a questão em aberto. 

O sangue parecia ter congelado nas minhas veias, eu precisava esquecer aquilo. 

Por Merlin, eu precisava muito esquecer de tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

Prestem atenção nessa partezinha que a Evolet diz que quer esquecer de tudo aquilo hihihi
Algum erro avisem, por favor, e comentem, quero saber o que acharam!

Ps¹: Caso o link falhe lá no texto vou coloca-los aqui também:
Vermelho -http://s100.photobucket.com/user/Viictorie/media/Vestido%20Vermelho%20de%20Natal_zpsdstlwonq.jpg.html?sort=2&o=1
Azul -http://s100.photobucket.com/user/Viictorie/media/Festa%20de%20Natal_zpstnpx6oi8.jpg.html?o=0  (Caso a imagem não apareça aperta F5 e carrega de novo)
Ps²: Descobri que não sei descrever roupa muito bem, sorry.
Ps³: Só pro saberem, as imagens foram tiradas do Google imagens e não me pertencem.



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