Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou super, super, super feliz com duas pessoas.
Marina Valdez Malfoy e GossipGirl, obrigada por terem recomendado a primeira temporada meninas.
E também muito obrigada a todas as pessoas que estão acompanhando a segunda temporada.
Beijos e aproveitem o capítulo.



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Senti o vento balançar meus cabelos jogando-os para trás e depois para frente conforme os movimentos do balanço naquele começo de tarde em Little Whinging.

Quando o balanço começou a perder a força dei impulso com os pés mais uma vez e senti o brinquedo ir e voltar, ir e voltar, ir e voltar até começar a parar outra vez.

Fazia horas que eu estava nessa sequência de vai e vem com o balanço.

Provavelmente os vizinhos da tia Petúnia - que segundo Harry achavam que ele era um delinquente juvenil que ia para uma escola de casos perdidos - deveriam agora achar que sua sobrinha que foi encontrada em um orfanato há alguns meses também deveria ter algum tipo de problema como o irmão.

Ou talvez pensassem que eu tivesse a síndrome de Peter Pan.

Mas eu não ligava, afinal, qual o problema de ficar horas e horas em um parquinho infantil e de vez em quando ficar se balançando como se tivesse dez anos?

Para mim nenhum embora uma velha gorda me olhasse feio.

Parei de balançar e só fiquei sentada tentando evitar que a velha resolvesse brigar comigo ou que eu resolvesse brigasse com ela.

O que viesse primeiro.

_Moça, - chamou um menininho louro de olhos verdes que deveria ter uns cinco anos - minha mãe disse para não incomodar, mas eu queria brincar no balanço, deixa?

_Claro, - respondi com doçura - desculpe se estava monopolizando o balanço.

Sai do balanço deixando o menininho brincar e fui me sentar na sombra embaixo de uma das árvores do parque.

O calor estava de matar, o ar estava mais seco do que a pele da tia Petúnia e eu corria um grande risco de algum Comensal da Morte me capturar e, claro, também estava desobedecendo às ordens que Dumbledore dera a mim e a Harry para que não saíssemos sozinhos da casa dos Dursley só que nenhuma dessas coisas me obrigaria ficar o dia todo ajudando a tia Petúnia a limpar a impecável casa dela.

Aquela mulher era desesperada por limpeza!

E também hoje fazia quinze dias que eu e Harry tínhamos vindo para cá o que significava que fazia quinze dias que eu não via Draco.

Tinha feito uma copia dos galeões que usávamos na Armada de Dumbledore para poder me falar com Draco só que ele não respondia a nenhuma das minhas mensagens.

Nenhumazinha!

Nos primeiros dias eu achei que ele estava ocupado com a mãe que provavelmente deveria estar pirando depois da prisão do Sr. Malfoy e disse a mim mesma que logo ele iria me responder.

Depois, quando fez uma semana, comecei a pensar que ele tinha perdido o galeão, misturado com outros ou sei lá o que, mas não, Draco era inteligente e tinha mais cuidado do que eu com as coisas, não iria perder o único modo de se comunicar comigo.

Ai eu comecei a achar que tinha acontecido alguma coisa, falei até com Harry sobre isso só que ele me abriu os olhos e disse que se alguma coisa de grave tivesse acontecido com Draco teria aparecido no Profeta Diário.

Então agora eu estava irritada, Draco não era assim, só faria isso se... Mas não, ele disse que me amava e com certeza não estaria fazendo isso de proposito.

Alguma coisa estava errada, eu sabia!

Olhei para os lados e me certifiquei de que ninguém prestava atenção em mim, depois peguei minha varinha que estava presa no cós do meu short e escondido em baixo da minha blusa - eu sei, péssimo lugar para se guardar uma varinha mas não tinha onde coloca-la vestindo um short curto e uma camiseta regata e não podia sair sem ela.

Apontei a varinha para o galeão falso que tinha tirado do bolso e murmurei “Estou preocupada Draco, o que aconteceu?”.

_Evolet, guarde isso antes que algum trouxa veja!

Dei um gritinho de susto e olhei para cima, Harry tinha aparecido, Merlin sabe de onde, para me censurar.

_De onde você saiu? - perguntei assustada.

_Do mesmo lugar que você. - respondeu brincando.

Rolei os olhos com o que ele disse.

_Corrigindo a pergunta, - disse - desde quando está aqui? Não estava sendo feito de escravo pela nossa querida titia?

Tia Petúnia hoje de manhã tinha colocado Harry e eu para limpar a casa. Duda me ajudou a fugir quando eu bati o pé e disse que não iria limpar porcaria nenhuma e ainda disse que faria a minha parte.

Meu primo não é lindo?

_Ela desistiu depois que Duda quebrou o terceiro prato de porcelana e nos mandou para fora de casa - contou.

Ri imaginando Duda limpando a casa.

_Acho que o Dudoca se apaixonou por você - Harry zombou - Nunca o vi limpando uma colher.

_Harry, Harry, Harry, você não sabe como eu sou apaixonante querido irmão.

Harry rolou os olhos, era uma mania que ele estava adquirindo de tanto conviver comigo.

Desde que viemos para a casa dos Dursley, Harry e eu éramos obrigados a ficar o tempo todo juntos já que além da casa estávamos também dividindo o mesmo quarto e como nem eu nem ele nos dávamos ao trabalho de sair de lá para outra coisa além de comer e ir ao banheiro a convivência era obrigatória.

Até que isso tinha sido bom, conviver com Harry fez com que nos conhecêssemos melhor e que começássemos a nos ver como verdadeiros irmãos e isso fez com que acabacemos ficando amigos.

_É, Malfoy que o diga.

Guardei minha varinha e o galeão em silêncio.

_Desculpe - Harry pediu depois que viu o que tinha falado - Eu esqueci do seu probleminha com o Malfoy, ele ainda não deu sinal de vida?

_Não. - respondi baixinho prestando atenção no menininho loiro que tinha pedido o balanço correr com as outras crianças.

_Às vezes isso é até bom Eve, acho que papai enfartaria se visse você saindo com um Malfoy.

_Só que ele não vai ver Harry. - avisei - Ele, mamãe, Sirius, estão todos mortos, lembra?

Harry não disse nada.

Olhei para ele, Harry olhava fixamente para frente.

A morte de Sirius tinha sido difícil para mim, só que para Harry, acho que por ter convivido com Sirius por mais tempo, estava sendo pior e ele ainda não tinha conseguido superar.

Eu tinha tentando falando com ele sobre isso mas toda a vez que tocava no assunto ele arrumava alguma coisa para fazer ou outro assunto para conversarmos.

_Ele está em um lugar melhor, Harry - disse mesmo não acreditando muito nisso e coloquei uma mão em seu ombro como se para dar força - Todos eles.

_Eu sei. - respondeu e mudou de assunto, como sempre - Está com fome?

_Sim, - respondi rápida e tire minha mão do seu ombro - trouxe dinheiro?

_Claro, vamos.

Harry levantou e estendeu a mão para me ajudar, levantei e limpei as folhinhas de grama do meu short.

Fomos para uma lanchonete não muito longe da rua dos Alfeneiros. Um lugarzinho aconchegante onde era possível encontrar todo o tipo de público.

Almoçamos sob os olhares de algumas pessoas no bairro que nos achavam esquisitos e logo fomos embora.

Depois de comer ficamos zanzando pelas ruas da cidade e visitamos algumas lojinhas trouxas onde obriguei Harry a comprar algumas roupas decentes pare ele. Eu queria ir até o Beco Diagonal ou quem sabe até alguma outra parte da Londres bruxa para fazer isso mas Harry me convenceu de poderia não ser seguro.

No caminho de volta para a rua dos Alfeneiros lá pelas quatro da tarde Harry que sabia que eu não tinha o costume de ler o jornal todos os dias me contou sobre uma notícia que tinha lido no Profeta Diário de manhã.

Segundo o jornal Fudge tinha sido substituído por Rufo Scrimgeour no Ministério e que parecia que o novo Ministro da Magia não tinha uma relação muito boa com Dumbledore.

_Bem, vamos ver se alguma coisa vai mudar no Ministério - foi a única coisa que comentei sobre o assunto.

Quando chegamos à casa dos Dursley encontrei tia Petúnia raivosa na porta de entrada tentando colocar Boris para fora da casa empurrando-o com uma almofada enquanto o pobrezinho miava em protesto.

_O que é que pensa que está fazendo? - perguntei quase gritando ainda nos jardins e corri para a porta.

_Essa bola de pelos está sujando toda a casa - tia Petúnia respondeu olhando para Boris com nojo - Eu disse que era para ele ficar preso na gaiola enquanto ficasse aqui não disse, Evolet?

_E você realmente pensou que eu iria deixar o meu gato preso o tempo todo? - a olhei como se ela fosse louca.

Peguei Boris no colo sentindo meu rosto ficar corado de raiva e entrei na casa deixando tia Petúnia gritando na porta.

_Onde vai com essa coisa? Não vou permitir essa bola de pelos na minha casa, garota.

Ignorei tudo o que ela disse e subi correndo as escadas.

Harry veio atrás de mim sem dizer uma palavra a tia Petúnia.

_Quando seu tio chegar vou falar com ele sobre isso. - a ouvi gritar já no quarto.

Harry passou pela porta e a fechou.

_Eu disse para você deixa-lo no quarto. - Harry lembrou um pouco irritado.

_Eu deixei - me defendi - Ela deve ter entrado aqui ou a porta deve ter aberto.

Me sentei na cama que antes era do Harry e abracei Boris.

_Aquela mulher má brigou com você, bebê? - perguntei ao gato.

Boris deu um miado manhoso como se respondesse que sim.

Fiz carinho nele e disse que ele precisava ficar no quarto para evitar que isso acontecesse outra vez, depois o soltei em cima da cama.

O quarto que eu dividia com Harry não era muito grande, tinha as paredes pintadas de verde claro e o chão era de madeira.

Tinham nele um guarda-roupa, uma escrivaninha, uma cama e um colchão no chão onde Harry estava dormindo.

O colchão tinha sido colocado para mim já que desde sempre Harry era quem usava a cama nas férias de verão mas eu tinha batido o pé dizendo que não dormiria no chão de maneira alguma.

Fui até a escrivaninha e peguei o jornal que Harry tinha dito que estava a notícia da substituição do ministro.

Ao lado do jornal tinha um folheto com as medidas “PARA PROTEGER SUA CASA E SUA FAMÍLIA DAS FORÇAS DAS TREVAS” que o ministério tinha mandado para todos os bruxos no começo do mês.

Eram coisas ridículas e eu duvidava muito que alguma delas ajudasse realmente a proteger alguém de Voldemort ou de seus seguidores.

Me sentei na cama para ler e Harry foi alimentar Edwiges.

Ficamos alguns minutos em silêncio, cada um fazendo as suas coisas, até que uma coruja com uma carta na pata pousou na janela que estava aberta por causa do calor.

_De quem é? - perguntei não reconhecendo a coruja.

_É para gente, de Dumbledore. - Harry respondeu surpreso olhando o remetente.

Pulei da cama curiosa para saber o que Dumbledore queria e tirei a carta das mãos de Harry.

_Ei! - ele protestou.

_Sou mais velha, eu primeiro. - gritei já abrindo a carta.

Caros Harry e Evolet,

Se for conveniente para vocês, farei uma visita à rua dos Alfeneiros, número 4, na próxima sexta-feira, às onze horas da noite, para acompanhar Harry à Toca e Evolet à casa dos Fournier onde sei que foram convidado a passar o resto das férias escolares.

Se concordarem, eu gostaria também de poder contar com a ajuda de ambos em um assunto que espero tratar no caminho. Explicarei melhor quando nos virmos.

Por favor, mandem suas respostas pela mesma coruja. Espero vê-los na sexta-feira.

Muito atenciosamente,

Dumbledore.

_Merlin existe! - exclamei feliz ao terminar de ler.


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Notas finais do capítulo

Como sempre se tiver algum erro avisem!
Beijos e espero que tenham gostado.