Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Saudades já?
Primeiro quero agradecer muito, mas muito mesmo as lindas, maravilhosas, divas da minha vida, que comentaram no último capítulo e que sempre estiveram aqui esperando a minha volta.
MasquecoisaMan, Lê, Kimuk e Ariri, obrigada meninas, amei os comentários de vocês ♥
E Hannah, outra coisa linda da minha vida, obrigada por aparecer por aqui semanas antes de eu voltar a postar e ainda continuar ♥
E pras outras pessoinhas que não comentaram só tenho a dizer: Parem de ser fantasmas e mostrem esses rostinhos corados pra eu poder apertar algumas bochechas novas na minha mente *-*
E eu sei que vocês estão ai, não tentem me enganar, o Nyah! não deixa.
Mas chega de falar, capítulo curtinho mas acho que vão adorar o momento irmãos, sei que tem gente que ama os dois quando eles resolvem se portar como amiguinhos hahaha
Beijinhos ♥



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Eu estava andando pelos corredores do castelo a caminho da torre da Corvinal onde iria encontrar Laurie, ela queria ajuda para terminar um trabalho de Estudo dos Trouxas e quem melhor para ajuda-la do que uma pessoa que passou onze anos da sua vida morando com eles?

Andei devagar, não estava muito animada, a Sonserina tinha perdido o jogo e eu só conseguira ir pro meu quarto tomar um banho e trocar de roupa depois de ouvir, por mais de vinte minutos, Mitchel dizendo o quanto éramos inúteis e o time da Grifinória comemorando no vestiário ao lado.

E pelo jeito a festa deles ainda não acabou, pensei ao passar em frente ao quadro da Mulher Gorda e escutar a música e a conversa animada vindo do outro lado dele.

Continuei a andar pelo corredor - a torre da Corvinal nunca parecera tão longe quanto hoje – até dar de cara com uma Hermione com lágrimas no rosto saindo de uma sala de aula que deveria estar vazia já que era sábado.

— Hermione? - perguntei a parando em seu caminho – O que houve?

Hermione apenas chorou mais ainda quando me viu e correu para o fim do corredor, virando a direita e sumindo nas escadas. Olhei um pouquinho preocupada com o que tinha acontecido com a garota afinal, não era porque nós nunca tínhamos ido uma com a cara da outra que eu iria largar ela chorando por ai.

A não ser que fosse eu quem tivesse feito ela chorar, mas ainda não era o caso.

Estava pronta para segui-la quando ouvi Ronald Weasley gritar de dentro da mesma sala que a Granger tinha deixado.

— ME LIVRA DISSO, HARRY!

Mas o que raios aconteceu com esses três? Me perguntei ao entrar na sala, curiosa com o barulho.

Rony gritava e balançava os braços para cima, tudo para tentar se livrar de um pequeno bando de canários amarelos que tentavam bicar-lhe enquanto

Harry, que tinha vindo em seu auxílo, fazia o mesmo.

Eu conhecia aqueles pássaros, Hermione e eu fomos as únicas que conseguimos conjura-los na aula de transfiguração, terça passada.

Infelizmente Hermione tinha conseguido tal feito uns bons três minutos antes de mim o que tinha me dado vontade de mata-la.

Eu estava tendo um instinto assassino muito aflorado esses últimos tempos.

Mesmo tendo vontade de deixar Harry e Rony se livrarem sozinhos dos pássaros - eles tinham ganhado o jogo e mereciam sofrer por isso – ergui a varinha e pensei no feitiço.

Finite.

Os pequenos pássaros se desfizeram em penas e em questão de meio segundo desapareceram.

— O que você fez para a Hermione, Rony? - perguntei.

Ele só podia ter feito algo muito ruim para a garota lhe agredir e depois sair chorando.

— Eu não fiz nada! Juro! - respondeu com a voz alterada, ainda em desespero – Harry, ela enlouqueceu! Eu... eu tenho que ir – terminou de falar baixo e correu para fora, atordoado.

Olhei para Harry com a sobrancelha arqueada esperando alguma explicação sobre o ocorrido.

Harry balançou a cabeça parecendo cansado e se sentou em uma das mesas espalhadas pela sala.

— Ele beijou Lilá Brown – contou dando de ombros.

Balancei a cabeça e fui me sentar na mesa ao lado, de frente para Harry, se Rony tinha beijado Lilá então ele merecia mais do que uns simples pássaros lhe atacando.

Metade do mundo que tinha um pouquinho de percepção a mais do que o normal sabia que Hermione gostava dele e que ele não ficava muito atrás em seus sentimentos pela garota.

Eu já tinha até chegado a conclusão de que eles poderiam fazer um casal bonitinho quando ficassem juntos.

Não mais do que eu e Draco tínhamos sido, claro.

— Bom, se ele fez isso então mereceu, até você deve saber que eles se gostam há décadas – disse o óbvio.

Harry arregalou os olhos surpreso. Só podia ser brincadeira, ele realmente não sabia?

— Décadas? - Harry repetiu.

— Qual é, Harry? - rolei os olhos e passei a tagarelar – É só você prestar um pouco de atenção, percebi que eles se gostavam logo que cheguei em Hogwarts, até mesmo Draco desconfiava disso, na verdade nós apostamos que eles iriam se casar, comprar uma casa de pobre e ter tantos filhos quanto um casal de coelhos.

“Igual os pais do Rony, só que ele e Hermione teriam que sustentar a Gina e talvez alguns dos outros irmãos.”

Parei de falar por ali, se continuasse iria falar sobre a teoria de Draco sobre o futuro do Harry e bom, era ofensivo o bastante para que até mesmo eu ficasse de boca fechada.

Harry me olhou aborrecido, pronto para começar a defender toda a família Weasley então resolvi ir para um assunto diferente, que ficava nas mesmas pessoas mas que não soasse ofensivo para ninguém.

— E falando na Gina, o que foi aquilo hoje quando o jogo acabou? Quer dizer...

— Aquilo no jogo? - Harry me interrompeu, surpreso.

Parei para observar, seu rosto de branco começou a ficar tão vermelho quanto os meus cabelos e vi ele olhar para a porta e depois para as janelas, procurando uma saída.

Arqueei uma sobrancelha, o que Harry estava escondendo? Laurie sempre falou que eu fazia o mesmo quando queria fugir de um assunto ou esconder alguma coisa dela e do Chris.

— É, aquilo no jogo. - afirmei desconfiada – Não sei você mas eu não esperava aquilo.

— Para Evolet, - Harry pediu – foi só um abraço, nada demais. - e então ficou mais vermelho do que era possível.

Eu não acreditava no que estava acontecendo.

— Você está afim da Weasley-fêm... Gina! - corrigi antes que Harry reclamasse, eu tinha pegado um péssimo hábito de chamar os Weasley por apelidos.

Tudo culpa do Draco.

Estava tentando corrigir isso em meu vocabulário.

— Eu não acredito, você está a fim dela! - exclamei apontando-lhe o dedo - Não negue! - mandei quando vi que ele iria fazê-lo.

Eu não estava falando de abraço nenhum antes, até vi Harry abraçando Gina no final do jogo, mas o que eu ia falar antes era sobre a garota ter batido na arquibancada onde Zacarias Smith tinha ficado narrando o jogo e passando boa parte dele implicando com ela e com o Rony, apenas para derruba-lo e se vingar dos comentários.

Depois ela ainda teve coragem de dizer um “Desculpe professora, esqueci de frear” para McGonnagal.

Eu tinha que dizer, aquela garota tinha a alma tão facilmente irritável quanto eu.

— Eu não estou a fim dela, Evolet, ela é irmã do Rony! - disse como se se interessar pela Gina fosse um pecado mortal.

Rolei os olhos.

— E qual o grande problema disso? - perguntei impaciente – Ela é irmã dele, eu sou a sua e ainda assim tenho certeza de que Rony não pensaria uma terceira vez em ficar comigo se eu lhe desse uma chance. - afirmei convencida.

Harry fez uma cara de quem não gostou de nada da imagem que se formou na sua mente mas não foi capaz de dizer que não era verdade, porque era.

— Eu não quero pensar nisso agora, Evolet – tentou fugir.

— Harry, qual o grande problema cofessar que você gosta dela? - perguntei sinceramente tentando entender – E nem é pra qualquer uma, eu sou sua irmã!

— lembrei tentando fazê-lo confiar em mim.

— Problema nenhum, mas ela é irmã do Rony – voltou a dizer.

— E...?

— E seria traição! - respondeu como se fosse óbvio.

Eu juro que tentei segurar a vontade de rolar os olhos para o teto e suspirar pela idiotice do meu irmão, no entanto era muita besteira saindo de uma boca só.

Ainda mais para uma boca com a qual um dia eu tinha dividido um útero.

— Harry – chamei e disse com toda a sinceridade reunida em mim – Pare de ser trouxa, não vou aguentar um parente assim.

— Evolet... - Harry tentou me interromper mas não dei atenção

— Você vai chama-la para sair no próximo passeio para Hogsmeade que tiver.

— Evolet...

— Melhor ainda! Você vai chama-la para ir na festa de natal do Slughorn!

Lá provavelmente estaria cheio de visgos, seria perfeito!

— Evolet! - Harry alterou a voz.

Fui obrigada a lhe dar atenção.

— O que? - perguntei irritada.

— Ela está namorando com Dino Thomas – contou também irritado, porém no seu caso por outros motivos.

Senti meus ombros murcharem com a notícia.

Acho que Dino era o que a Pansy tinha sido para mim no ano passado.

Claro que em níveis muito diferentes, ninguém conseguia ser tão insuportável quando a Parkinson. 

— Sério? - perguntei baixinho.

Harry balançou a cabeça positivamente.

— Sinto muito, - fui sincera – mas não se preocupe, namoros vêm e vão o tempo todo e vocês podem muito bem se acertarem daqui um tempo e depois me darem lindos sobrinhos ruivos de olhos verdes.

Agora foi a vez de Harry rolar os olhos com os meus comentários.

— Não se iluda Evolet – pediu – Mas falando em ir e voltar, o que aconteceu com você e o Draco?

Olhei para a porta antes de voltar a falar com Harry.

— Tem certeza que quer falar sobre isso? - perguntei incomodada.

Harry deu de ombros.

— Eu não sei, você nunca me contou sobre o motivo dele não falar com você durante as férias, só soube que vocês terminaram e que você já estava saindo com outro pelos comentários da escola.

— Primeiro, eu não estou saindo com outro, Antony é só meu amigo – respondi – Segundo, como as pessoas dessa escola são fofoqueiras! - reclamei.

Harry riu de leve no entanto eu estava em choque.

Era um absurdo o que aquele povo conseguia descobrir sobre a sua vida!

E nem se davam ao trabalho de descobrir o que era realmente verdade!

— Eu vi vocês juntos em Hogsmeade no último passeio Eve – Harry contou.

— Pois viu o que não era pra ver – afirmei aborrecida.

Contei para Harry tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos e percebi que não conversavamos assim desde que fomos obrigados a fircar presos no mesmo quarto na casa da tia Petúnia e embora eu não caísse de amores por ele e nem sentisse tanto a falta de conversar familiares como essas - afinal era uma coisa que eu nunca tive até alguns meses atrás - era bom passar um tempo com o meu irmão outra vez.

— Não acredito que ele quis te tirar do time de Quadribol, que idiota – Harry comentou.

Balancei a cabeça, Harry e eu concordamos que Draco era um idiota em vários assuntos.

— Mas você jogou bem hoje – elogiou – Mesmo não sendo na sua posição.

— Não joguei não, - disse no lugar de agradecer – tenho certeza que nosso pai falaria por horas de como eu preciso melhorar se tivesse assistido o jogo e diria o quanto você é bom.

Vi Harry sorrir, provavelmente imaginando a mesma cena que eu.

Nós dois em uma casa, eu e Harry sentados no sofá enquanto Tiago Potter discursava sobre como melhorar no quadribol e ser o melhor apanhador do século, como ele tinha sido.

Sempre pensei em nosso pai como um cara convencido, acho que tentando justificar todo o meu ego.

— Mas ele também te elogiaria por ser uma boa artilheira – pensou Harry.
Concordei e continuei a nossa história.

— E a mamãe diria que ele não pode fazer comparação entre os filhos, e depois te obrigaria a escutar o mesmo discurso que eu para que você não ficasse convencido.

— Sim, ela tem cara de quem faria isso.

Harry riu baixinho mas depois ficou sério, senti que ele queria perguntar alguma coisa só que não tinha muito coragem.

Esperei em silêncio até que ele decidiu falar.

— Você pensa muito neles, Eve?

Demorei um pouco para responder, era estranho e desconfortável falar sobre os nossos pais, mesmo com Harry.

— Um pouco – confessei – Acho que quando era menor, no orfanato, eles eram mais constantes na minha mente, mas hoje só aparecem de vez em quando, não que eu não lembre ou me importe, – senti a necessidade de me justificar – é só, bom, eles nunca estiveram por perto, não é? Não da pra pensar o tempo todo em alguém que a gente mal conheceu, mesmo eles sendo super importantes.

Quando terminei de falar vi que Harry estava olhando fixamente para o chão, os pés balançando no ar por estar sentado em cima da mesa e as mãos colocadas embaixo das pernas, do mesmo jeito que eu estava.

Rolei os olhos, era estranho a quantidade de coisas que fazíamos iguais mesmo tendo crescido longe.

— É, acho que comigo é a mesma coisa – Harry concordou – Queria ter alguma lembrança deles, eu acho que lembro de algumas coisas, mas acho que eu nunca vou saber se são lembranças verdadeiras.

Harry agora olhava em meus olhos enquanto falava e diferente do que eu esperava ele não demonstrava tristeza em seu rosto, na verdade seus olhos verdes tinham um brilho saudoso de algo que nunca conheceu de verdade.

Senti o ar de saudade também me atingir e sorri para ele sem dizer nada, o assunto “papais” foi deixado de lado e passamos a conversar sobre as inúmeras táticas de jogo das Harpias de Holyhead e a comparar o desempenho delas com os Chudley Cannons, desempenho esse que era extremamente inferior ao delas, embora eles estivessem se recuperando nos últimos anos.

Foi impossível não ficar mais um bom tempo conversando com Harry naquela sala sobre diversos assuntos, a ajuda que eu devia dar a Laurie totalmente esquecida.


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Notas finais do capítulo

Vocês já sabem né?
Viu erros? Me avise.
Viu parágrafos grudados? Me avise.
Viu qualquer coisa estranha? Me avise!



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