Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Sendo rápida para compensar os meses perdidos u.u
Aproveitem!



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Depois do escândalo de Draco e da, embora preconceituosa, bela resposta de Mitchel o Malfoy saiu do campo a passadas largas em direção ao castelo dizendo que tinha coisa mais importante para fazer do que ficar nos aguentando.

Mitchel, também irritado, voltou a dar atenção à seleção e anunciou que eu e o garoto que tinha trapaceado no primeiro teste me empurrando covardemente – depois de um tempo acabei descobrindo que seu nome era Jackson - tínhamos conseguido as vagas para artilheiro e que queria os outros fora do campo para poderem selecionar o novo batedor.

Os testes foram os mesmos para os batedores, a única diferença era que agora eu e Jackson tivemos que participar na parte dos jogos.

Por fim acabou que um garoto musculoso do quarto ano, Hankel, mas que na verdade não parecia em nada com um garoto do quarto ano, foi selecionado e então fomos dispensados com o aviso de que os treinos iriam começar na próxima terça-feira e que os novos jogadores deveriam pegar seus uniformes com Madame Hooch.

Sai do campo logo depois de passar no vestiário da Sonserina para guardar minha vassoura. Caminhei rapidamente, quase correndo na verdade.

Assim que cheguei ao castelo percebi que a minha cara não deveria ser a das melhores ao ver um garoto do primeiro ano que observava as ampulhetas que contavam os pontos das casas congelar no lugar e ficar branco de medo ao me ver.

Como se eu quisesse fazer algo com ele, coitado, mal sabia que meu alvo era outro.

—Não se iluda – disse seca ao garoto - Minha raiva nem de longe é de você, agora suma se não quiser ser estuporado.

O garotinho continuou parado a minha frente, completamente congelado de medo.

—Ei ruiva, não sabia que tinha vocação para vilã de conto de fadas – Antony veio dizendo enquanto descia as escadas que ficavam em frente ao Salão Principal.

—Uma das mil coisas que não sabe sobre mim, Tribbiani – respondi no mesmo tom que tinha usado com o garoto que tinha aproveitado a chegada de Antony para sair correndo para fora do castelo como se fosse perseguido por um monstro – E não me chame de ruiva.

—Não chame de Eve, não chame de ruiva, quer que eu chame do que garota? – perguntou parando ao meu lado com as mãos no bolso da calça.

—Pelo meu nome, Evolet, caso ainda não saiba.

—Muito formal – afirmou balançando a cabeça.

—Ótimo, então chame de Potter, Lílian, Evolet, ou arranje um quarto nome para mim, não importa. – disse cansada – Chame do que quiser, não me interessa só saia do meu caminho.

Ao dizer isso voltei a minha caminhada apressada mas antes de dar três passos Antony estava segurando meu braço e me impedindo de continuar.

—O que aconteceu, Evolet? – Antony perguntou parecendo preocupado pela primeira vez desde que eu tinha lhe conhecido. – Se ainda está com raiva de mim pelo que eu disse de manhã me desculpe, olha eu sei que falo demais só que...

—Não é nada disso – suspirei agora me sentindo culpada por ter jogado parte da minha ira nele – Nem lembrava mais disso.

Antony soltou meu braço e ficou me olhando por alguns segundos com a mesma expressão preocupada. Cruzei os braços e mordi o lábio, incomodada com seu olhar.

—O que ele fez? – Antony perguntou baixinho como se sua pergunta fosse um segredo contado.

Fiquei surpresa ao ver que Antony sabia exatamente que Draco era o motivo da minha raiva, que ele, mesmo tendo me conhecido há pouco mais de um mês já sabia reconhecer algumas coisas sobre mim.

—Acho que ele nasceu! – afirmei sentindo a raiva, que tinha tranquilizado nos últimos dois minutos, voltar rapidinho – Eu quero trucida-lo, arrancar suas vísceras e dar de comer a Lula Gigante. – disse e bati o pé direito no chão repetidas vezes.

—Ai meu Merlin, você parece uma adolescente de treze anos – comentou rindo levemente e jogando seus braços a minha volta subitamente – Controle-se.

Abracei Antony de volta um pouco sem jeito. Ele era mais alto, minha cabeça dava na altura do seu peito portanto me encaixei lá enquanto sentia seu corpo mexer por causa do riso. Nunca tinha notado mas Antony tinha um cheiro bom, não era igual ao de Draco que cheirava a perfumes caros e divinos, mas era um cheiro simples de sabonete que me lembrava por algum motivo desconhecido algumas campinas que eu tinha visitado na França.

Aproximei-me mais de Antony quando percebi como seu abraço era bom.

Por Merlin, pensei, eu devo estar carente.

—Acalme-se – pediu – E me conte o que ele fez para te deixar tão irritada.

Ao terminar de falar ele pegou minha mão e me arrastou até a escadaria que antes ele vinha descendo e se sentou no topo dela soltando minha mão logo em seguida.

Sentei ao seu lado abraçando a mim mesma para não voltar a abraça-lo enquanto me repreendia mentalmente por ter gostado tanto daquilo.

Qual é, eu só podia estar muito carente.

Contei a Antony o que tinha ocorrido no campo de Quadribol, falei tanto do teste quanto do escândalo de Draco dizendo o quanto foi humilhante o que ele tinha feito.

Não interessava que ele era o meu ex, estudávamos na mesma escola e ainda éramos da mesma casa portanto ele tinha que ter a decência de ser no mínimo cortês quando me via, ou pelo menos me ignorasse completamente, não precisava fazer um escândalo daquele.

Antony concordou comigo em tudo, menos na parte de matar Draco e dar o corpo para a Lula Gigante.

—Se fosse um bom amigo me ajudaria a dar fim no corpo depois – afirmei rabugenta.

—Eu sou um bom amigo, - disse ofendido – e é exatamente por isso que vou te impedir de falar com Draco, pelo menos hoje. Por mais que tenha razão em querer mata-lo já pensou em você presa em Azkaban com milhares de Dementadores a sua volta? Você não sobreviveria uma semana – riu.

Uma das fotos de Sirius em Azkaban que tinham sido colocadas no Profeta Diário me veio à mente e tremi só de pensar em ser presa, realmente, Draco não merecia tudo isso.

—Agora prometa que vai esperar até amanhã para sair gritando com ele pelo castelo, ok? – Antony pediu calmamente e estendeu a mão.

—Prometo, fazer o que. – apertei sua mão como se fechássemos um contrato e logo soltei, a minha cota para contato físico com Antony já tinha estourado por hoje.

Mas, embora o aperto de mãos tenha sido rápido, não consegui deixar de notar que a partir daquele momento eu tinha passado a considerar Antony meu amigo tanto quanto eu considerava Laurie e Chris.

Não era uma amizade de anos, mas ainda assim eu a considerava como se fosse.


(...)


Você prometeu ao Antony, Evolet, prometeu.

Sim, eu tinha prometido, e por isso passei ao lado de Draco olhando diretamente para frente e fingindo ao máximo que eu não tinha visto ele.

Mas não, Draco Malfoy sempre precisava ser notado então é claro que ele deu um jeito de me tirar do sério, seu ego gigante não aguentaria se eu fingisse não vê-lo.

—Espere – mandou segurando meu braço.

Mas que saco, será que as pessoas dessa escola não sabiam apenas chamar? Todas tinha que sair me puxando pelo braço?

Eu estava indo para o dormitório da Sonserina. Laurie, Antony e eu tínhamos ficado por horas em uma sala vazia conversando após o jantar e acabamos passando do horário permitido a ficar fora dos dormitórios e eu só queria chegar ao meu quarto e dormir, mas não, Draco tinha que aparecer enquanto eu fazia o meu caminho.

Suspirei pedindo a Merlin por paciência antes de falar com Draco.

—Primeiro solte o meu braço – mandei, coisa que ele fez rapidamente – Ótimo, agora o que quer?

—Precisa sair do time – Draco disse como se me pedisse para passar as batatas na mesa de jantar.

Arqueei a sobrancelha não acreditando no que ele tinha dito.

—Desculpe, acho que eu não entendi, pode repetir? – pedi calmamente.

—Precisa sair do time de Quadribol, não pode jo...

—Eu entendi o que disse da primeira vez, só quis te dar uma chance de fingir que não tinha dito – disse seca – Agora me diga, o que faz você pensar que eu vou sair do time assim, só porquê você quer? – cruzei os braços.

—Você não pode... Eu não posso deixar que... – Draco suspirou quando viu que não iria conseguir dar um bom motivo e apertou a ponte do nariz – Só faça o que eu peço, por favor.

—Escute aqui Malfoy, eu fiz uma promessa a um amigo então eu vou deixar para te xingar amanhã então fiquei quietinho por enquanto, está bem? Só faça o que eu peço, por favor. – repeti o que ele tinha dito sarcasticamente e lhe dei as costas.

Caminhei pelo corredor devagar mordendo o lábio para não virar e estapear Draco até a morte, mas eu tinha prometido, tinha prometido...

—Fez uma promessa a um amigo? – Draco perguntou com raiva – Ou foi ao seu novo namorado, aquele tal de Tribbiani com quem você anda para cima e para baixo pela escola, vi vocês se abraçando hoje. Fiquei surpreso, não sabia que iria me superar tão rápido.

Durante tudo o que Draco disse eu permaneci de costas escondendo o sorriso de lado que tinha resolvido aparecer no meu rosto.

Por Merlin, como eu queria rir na cara de Draco.

Ele estava com ciúmes e dava para ver isso claramente.

Mas eu me controlei e quando virei de frente para ele a única coisa que meu rosto mostrava era indiferença.

—Por que a pergunta, Malfoy? Por acaso está com ciúmes do Antony? – perguntei.

Draco sorriu de lado e deu dois passos para frente ficando apenas poucos centímetros longe.

—Acha mesmo que eu sou capaz de sentir ciúmes de uma mestiça nojenta? – perguntou de volta – Só sinto ciúmes do que me interessa, Potter.

Eu não queria, não queria mesmo, só que não pude impedir de sentir como se uma faca estivesse sendo apunhalada mais uma vez em meu peito.

—Ótimo - afirmei calmamente – Então está ai a sua resposta para o pedido que fez para eu sair do time. Você só sente ciúmes do que te interessa então também só se incomoda com a presença do mesmo. Eu não sou mais interessante para você Draco, nunca fui, deixou isso bem claro no dia em que terminou comigo então não pode se importar comigo jogando já que para você eu sou apenas um verme que não merece viver.

Draco abriu a boca para dizer alguma coisa mas eu coloquei um dedo em seus lábios o silenciando e voltei a falar.

—Você terminou comigo Draco, não tem mais nenhum direito de me pedir nada depois de tudo o que fez, depois de ter simplesmente me usado. Agora façamos uma coisa, certo? Você vai fingir que eu não existo como vem fazendo há um bom tempo, e eu farei a mesma coisa, assim não vai se sentir incomodado com a presença da mestiça imunda aqui.

Antes, quando Draco tinha feito todo o gigante discurso logo após o banquete de inicio de ano terminando comigo ele não demonstrou nenhum sentimento além de desprezo e indiferença. Porém, enquanto eu fazia o meu discurso eu pude ver em seus olhos uma coisa que eu tinha procurado por muito tempo enquanto o observava durante o jantar e em todos os outros momentos nos quais eu o olhava.

Dor, sofrimento.

Pela primeira vez desde que tínhamos terminado consegui ver tristeza nos olhos de Draco por conta do nosso termino.

E assim, sabendo que eu significava sim alguma coisa para ele diferente do que o mesmo afirmava, virei as costas e o deixei sozinho no corredor para sofrer suas dores assim como ele tinha feito comigo.

Draco antes tinha terminado comigo, porém apenas agora eu tinha terminado com ele.


Draco Malfoy


—Você terminou comigo Draco, não tem mais nenhum direito de me pedir nada depois de tudo o que fez, depois de ter simplesmente me usado. Agora façamos uma coisa, certo? Você vai fingir que eu não existo como vem fazendo há um bom tempo e eu farei a mesma coisa, assim não vai se sentir incomodado com a presença da mestiça imunda aqui.

Você não é imunda, não diga isso, pedi em minha mente pouco antes de Evolet me deixar sozinho no corredor.

Ela não era imunda, e não era um nada na minha vida, ela era muito mais do que isso, ela era tudo.

Eu só tinha feito o que fiz para protege-la, também a minha mãe, mas principalmente a ela.

Até mesmo o pedido para sair do time era para protege-la. Jogos de Quadribol poderiam ser cruéis, ainda mais os da Sonserina, ninguém lá jogava limpo. Ela podia se machucar a qualquer momento e eu não aguentaria isso.

Mas você sabia Draco, sabia que não podia segura-la para sempre e torcer para que ela ficasse trancada no quarto sofrendo e esperando que você voltasse correndo, uma hora ela iria se cansar e iria para nos braços de outro como você mesmo viu.

Por enquanto ela e o Tribbiani podem mesmo ser só amigos, mas não será por muito tempo.

Eu sabia disso.

E pelo visto agora ela também sabia.


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Notas finais do capítulo

Caso tenham pensado lá no começo do capítulo "como assim, chame de Lílian?" Gente, lembrem-se que o nome completo da Evolet é Evolet Lílian Potter, assim como o do Harry é Harry Thiago Potter.
Guardando os nomes dos papais hahaha
Mas e ai, gostaram? Eu amei! Evolet finalmente começando a superar o Draquinho u.u



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