Evolet Potter II escrita por Victorie


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oooooi pessoinhas linda do meu core.
Fui rápida dessa vez ein? Foi pra compensar o atraso dos últimos meses e bem, eu não vou me justificar pela demora no capítulo anterior porque não tem o que justificar, mas a atualização está aqui.
Espero que ninguém ai esteja planejando linchar o Draco porque a Evolet não iria gostar nem um pouquinho então tenham calma, ok? Uma hora ou outra as coisas se resolvem... ou não u.u
Enfim, espero que gostem do capítulo e comentem ok? Preciso saber o que vocês estão achando da segunda temporada, e para quem já comenta: Obrigada gente, fico super feliz cada vez que vejo o comentário de vocês meninas.
Ps: Vocês vão achar a pergunta ridícula mas faz décadas que eu estou para perguntar e realmente tenho dúvida nisso, bruxos usam geladeiras? É sério, sempre fiquei confusa com isso, desculpem.



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_Não sei, isso parece estranho demais vindo de Draco – Laurie falava e se revezava em comer feijõezinhos de todos os sabores enquanto eu mastigada uma varinha de alcaçuz – Tudo bem que eu não o conheci ainda, mas fala sério, por tudo o que você já me disse ele parece ser uma gracinha, embora meio revoltado em alguns pontos e até que um tanto misterioso, mas não o tipo de cara que brinca com uma garota por meses, usa, iludi e depois joga fora.

Após eu ter fugido da aula de Snape fiquei trancada no banheiro da murta – ironicamente o mesmo banheiro que eu escolhi para chorar após ter terminado com Draco pela primeira vez – até que Laurie, perdida mais uma vez pelo castelo me encontrou me fez parar de chorar, lavar o rosto e depois me arrastou para o seu quarto nos alojamentos da Corvinal mesmo sabendo que era proibido levar membros de outras casas para os dormitórios.

Não que eu fosse julga-la, também já tinha feito o mesmo.

Quando chegamos ao quarto que ela dividia com uma garota do segundo ano Laurie abriu seu malão e tirou um saco de doces dizendo que naquele momento açúcar era a única coisa que podia, talvez, me ajudar, então enquanto comíamos e matávamos o fim da última aula antes do almoço contei a ela tudo o que Draco tinha me dito na noite anterior e o que tinha havido durante a aula de DCAT com todos os detalhes que eu conseguia lembrar.

_Tenho certeza que ai tem coisa, Evolet – Laurie afirmou me apontando com um feijãozinho antes de coloca-lo na boca.

_E se tiver? O que eu vou fazer? Ficar esperando igual a uma idiota e correr igual a um cachorrinho quando ele estalar os dedos? – perguntei com rancor e roubei um doce de sua embalagem.

Estremeci quando senti o gosto de fígado azedo.

_Claro que não – Laurie respondeu – mas acho que você devia investigar e... bem, - tomou cuidado em dizer a última parte – talvez conversar com ele, afinal, ele não pareceu muito com alguém que te odeia quando você caiu, fala sério – disse abrindo os braços e fazendo cara de que desespero – ele te ajudou, ajudou, Evolet, te ajudou a levantar e se preocupou em saber se você estava ou não machucada, um cara que só quis brincar com você não faria isso, com certeza não!

Olhei para o lado sem ter o que falar.

Laurie podia ter razão, o modo como Draco agia era muito estranho e um tanto suspeito, mas eu não queria me iludir achando que nós podíamos acabar voltando.

Laurie resolveu mudar de assunto querendo me animar e começou a contar animadamente de como a garota com quem ela dividia o quarto tinha medo dela por nenhum motivo.

_Tipo, fala sério, eu nem olhei para ela direito e ela se tremeu toda! – Laurie disse e riu.

Sorri fracamente apenas para não ser chata mas sem me importar realmente com o que Laurie falava.

Ficamos conversando, ou talvez Laurie tenha ficado falando enquanto eu apenas balançava a cabeça e sorria nos momentos adequados, até dar o horário para a aula de Poções.

Por sorte Laurie também participaria dessa aula então eu não correria o risco de sair correndo chorando outra vez por culpa de Draco, podia contar com ela para me impedir caso eu tentasse.

_Eu estava pensando... – Laurie começou a dizer enquanto descíamos as escadas que levava ao Salão Comunal da Corvinal.

_É bom fazer isso de vez em quando. – comentei de brincadeira.

Laurie me fuzilou com o olhar.

_Haha – falou acidamente – Como você é engraçada, Evolet, deveria virar comediante. Enfim, eu estava pensando e – voltou a falar animada e puxou uma mecha de seu cabelo para olha-lo – o que acha de eu pintar o cabelo?

Parei no fim da escada e olhei para Laurie como se ela tivesse enlouquecido, o cabelo dela era de um loiro lindo, como ela podia pensar em pintar?

_Bem, eu acho ridículo, desculpe me meter mas seu cabelo é ótimo, minha irmã mataria para ter um cabelo loiro igual ao seu – disse uma voz desconhecida atrás de mim – E olha que ela só tem dez anos.

Olhei para trás para ver quem era o intrometido e tive vontade de me fundir com a parede mais próxima quando vi o garoto desconhecido que eu acidentalmente fiquei encarando antes do banquete na noite anterior.

_Na verdade eu estava mais pensando em pintar uma mexa ou coisa do tipo, mas obrigada pela falta de apoio, Antony – Laurie disse também se virando para olha-lo.

_Desculpe, sou sincero – respondeu ele dando de ombros.

Me sentindo meio perdida fiquei quieta até que Laurie se lembrou que eu não fazia ideia de quem era aquele cara.

_Ah, eu esqueci – Laurie exclamou dando um pulinho no lugar – Eve, lembra que eu disse que um cara tinha me ajudado hoje de manhã a achar a sala certa? Então, é ele, Antony Tribbiani – apresentou – e Antony, essa é a amiga que eu te falei ontem à noite, Evolet Potter.

_A famosa Srta. Potter – Antony brincou e fez uma reverência – A seu dispor minha cara donzela.

Donzela? É... Eu não iria comentar sobre isso, não mesmo.

Agora de perto observei Antony de uma melhor forma e reparei em alguns detalhes que antes, de longe, eu não tinha conseguido ver.

Seu rosto era em um formato quadrado, as sobrancelhas eram grossas e definitivamente seus olhos eram azuis, não azuis do tipo Draco – que na verdade eram mais cinzas do que azuis – mas um azul, azul, e o cabelo era arrumado em um estilo “ator de novela” meio bagunçado e arrumado ao mesmo tempo.

_Famoso é meu irmão – tentei brincar – Eu sou apenas conhecida.

_Ok - Laurie comentou – Vou arrumar alguns exemplares antigos do Profeta Diário que a Rita Skeeter escreveu e depois conversamos Evolet.

Senti meu rosto queimar de constrangimento e raiva ao lembrar certas coisas que aquela falsa repórter já tinha escrito sobre mim, mas evitei comentar alguma coisa.

_Olha, eu não quero ser chato – Antony começou a dizer parecendo meio sem graça – Você chegou aqui ontem – apontou para Laurie – Eu acabei de conhecer você – apontou para mim – Mas é proibido que pessoas de outras casa entrem nos dormitórios das outras e normalmente eu teria que lhes dar uma advertência mas eu só vou dar um aviso, ok? Não façam isso de novo.

_Desculpe, você é monitor? – perguntei com a sobrancelha arqueada procurando seu broche na capa.

_Infelizmente, odeio isso só que minha mãe me obrigou a aceitar – disse tirando o broche de um bolso interno da veste, nos mostrando e depois o guardando de volta.

_Finja que não nos viu – Laurie disse e deu de ombros.

Antony dobrou um pouco a cabeça como um cachorrinho e nos olhou por alguns segundo e depois sorriu.

_É, não é má ideia, mas só dessa vez.

Laurie comentou que estávamos indo para a aula de Poções e Antony disse que estava apenas indo pegar seu livro e também iria para lá.

Laurie resolveu espera-lo – porém do lado de fora já que não era bom brincar com a bondade dos outros – e depois, quando ele voltou, fomos direto a antiga sala de Snape que agora era de Slughorn.

Enquanto Laurie e Antony conversavam e eu fazia o possível para prestar atenção mesmo sem animo para falar nada e impedir minha mente de voar para assuntos que eu não queria lidar agora.

Pensarei mais tarde, disse a mim mesma.

Quando chegamos às masmorras Slughorn já havia aberto a sala e os outros alunos já tinham entrado.

Outra vez não pude deixar de reparar na mudança que um professor novo fazia com uma sala antiga. A sala de poções agora tinha as janelas, que eu nunca nem tinha visto, escancaradas pedindo para que o sol entrasse, as bancadas colocadas em forma de meia-lua de frente para três caldeirões e a um metro atrás deles estava a mesa do professor.

Como as bancadas eram divididas para quatro pessoas nos sentamos em uma ao lado da que estavam Harry, Rony, Hermione e um outro garoto que eu sabia que conhecia mas que não conseguia lembrar o nome.

Olhei para frente e vi Draco me olhando sentado na mesa a minha frente junto de outros três sonserinos, desviei o olhar e peguei meu livro de Poções de dentro da bolsa.

_Ele ainda está olhando – Laurie sussurrou ao meu lado.

_Ótimo, então pare de encarar – sussurrei de volta meio brava com sua inconveniência.

_O que aconteceu? – Antony perguntou do meu outro lado – Ele não é seu namorado? Já vi vocês juntos algumas vezes nos corredores.

_Ele era – respondi vagamente.

_Ele terminou com ela ontem à noite – Laurie contou quase se jogando em cima de mim para chegar perto de Antony e impedir que os outros ouvissem.

Sentar no meio dos dois? Ótima ideia Evolet, meus parabéns, pensei amargamente.

_Quieta, Laurie. – mandei a empurrando de volta para o lugar.

_Ora muito bem, ora muito bem, ora muito bem – o professor chamou a atenção impedindo que Laurie teimasse em continuar a contar sobre a minha vida a um estranho. – Agora que estamos todos aqui podemos começar – disse parado atrás dos três caldeirões com poções que exalavam diferentes odores – Peguem seus livros, kits e balanças...

Harry ergueu a mão antes que ele terminasse de falar.

_Senhor, não tenho livro, nem balança, nem nada... Rony também não, não sabíamos que poderíamos participar das aulas, o senhor entende...

_Ah, sim, a Professora McGonagall comentou sobre esse fato, não se preocupe meu caro rapaz, não se preocupe. Use as coisas do armário enquanto não tem tempo de comprar as suas, não haverá problema, e quanto aos livros – Slughorn foi até um armário próximo a minha mesa e voltou com dois exemplares de Estudo avançados no preparo de poções juntamente com duas balanças antigas.

Pela primeira vez tinha me lembrado que não havia perguntado a Harry quais tinham sido suas notas nos N.O.Ms mas tive a certeza de que não tinham sido tão boas quanto as minhas.

_Ora, muito bem – o professor voltou a falar com o restante da sala – Preparei algumas poções que vocês deverão ser capazes de preparar com destreza ao final dos N.I.E.Ms, já devem ter ouvido falar de algumas. Alguém sabe me dizer qual é esta?

Slughorn indicou o caldeirão mais próximo da minha mesa, dentro havia um liquido incolor e se não fosse pelo cheiro das outras poções eu poderia ter certeza que essa não tinha cheiro.

Ergui minha mão o mais rápido que pude mas fazia tempo que eu não respondia nada, estava destreinada e Hermione acabou sendo mais rápida do que eu.

_Ora muito bem, acho que a senhorita foi mais rápida, me desculpe Srta. Potter – pediu Slughorn.

Abaixei a mão irritada e torci para que Hermione respondesse errado.

Nunca mais a deixo responder outra coisa, pensei me lembrando da aula de DCAT horas mais cedo.

_É Veritaserum, uma poção sem cor nem odor que força quem a bebe a dizer a verdade – respondeu a Granger.

_Muito bem, muito bem – elogiou o professor e se aproximou do caldeirão do meio – Essa outra é bem conhecida... – estiquei o pescoço para ver a poção com clareza - Quem sabe?

Dessa vez ergui a mão antes mesmo de Slughorn terminar de perguntar.

_Srta. Potter?

_Poção Polissuco, senhor. - respondi - Se preparada adequadamente e com o acréscimo de uma unha ou fio de cabelo de outra pessoa transforma quem bebe em quem ela quiser.

Vi Draco lançar um olhar interessado na poção mas não me importei e me dei um aviso mental de que eu não devia prestar atenção no que ele faz.

_Excelente! Muito explicado. – elogiou Slughorn – Agora, – desviou o olhar de mim para Hermione e depois de volta para mim e outra vez de volta para ela com expectativa – que tal essa outra?

Minha mão e a de Hermione se levantaram ao mesmo tempo. Slughorn nos olhou parecendo ligeiramente tonto com a nossa rapidez.

_Minha nossa, parece que temos uma disputa aqui! – O professor riu feliz com nosso interesse – Façamos assim, a senhorita me diz o que é – ele se virou para mim – e a senhorita me diz qual o efeito produzido – se virou para Hermione – Agora vamos outra vez, muito bem, o que é?

_É Amortentia – respondi – A poção do amor mais poderosa do mundo! – completei olhando seu brilho perolado e as ondinhas de vapor que saiam de si.

_E o que faz?

_Faz a pessoa que a toma ter uma falsa sensação de paixão, - começou a responder Hermione - não é possível que ela substitua o sentimento mas cria uma falsa obsessão fazendo com que o enfeitiçado fique preso a pessoa que imagina amar por anos amarrado pela ilusão do sentimento. E tem um cheiro característico para cada pessoa dependendo da coisa que a atrai.

_Excelente! – exclamou o professor – Posso saber o seu nome, minha cara?

_Hermione Granger, senhor. – ela respondeu.

_Hermione Granger, senhor – respondi imitando-a baixinho.

_Você não devia fazer isso, Evolet – Laurie me repreendeu – Ela é tão boa quanto você.

Olhei Laurie com descrença, ela não era tão boa quanto eu, eu era a melhor e continuaria sendo.

_Apunhalada pela melhor amiga, essa doeu. – Antony dramatizou.

Rolei os olhos e voltei a prestar atenção ao professor.

_Ora, muito bem, vinte pontos para cada uma – disse a mim e a Hermione - nunca vi alunas tão dispostas a responder perguntas, mas agora acho que devemos trabalhar.

_Professor, - chamou o garoto sentado ao lado de Hermione cujo nome eu ainda não lembrava – não disse o que tem naquele outro caldeirão ali – apontou para um pequeno caldeirão em cima da mesa de Slughorn.

Ainda não tinha visto a poção mas assim que coloquei os olhos no liquido dourado parecido com ouro derretido o reconheci.

_Felix Felicis – disse para mim mesma.

_Muito bem Srta. Potter – o professor elogiou a resposta do que ainda não tinha sido perguntado – Esta aqui, meus caros, é uma poçãozinha curiosa que não faz nada mais do que fazer aquele que a bebe ter sorte! – informou – Dificílima de preparar e catastrófica se errarmos. Contudo, se a prepararmos corretamente, como no caso, vocês irão descobrir que seus esforços serão recompensados... Pelo menos até o efeito passar.

Naquele momento a sala inteira estava mais interessada e não apenas eu e Hermione. Slughorn aproveitou a atenção de todos para explicar algumas coisas sobre a curiosa poção e ao terminar completou:

_...e é isso que vou oferecer de prêmio nesta aula. Um frasquinho de Felix Felicis! – tirou do bolso um pequeno frasco lacrado e recheado com o liquido dourado – o suficiente para doze horas de sorte, doze horas que lhes darão tudo o que tentar.

Doze horas de sorte.

Tudo o que tentar.

Era tempo o suficiente para que eu tentasse conversar com Draco e esclarecer tudo o que tinha acontecido.

Me animei com a ideia e o olhei, Draco olhava o frasco na mão do professor como se aquilo fosse salvar sua vida.

Tempo o suficiente para conversar com ele mas não o suficiente para que nos reconciliássemos e voltássemos a ficar juntos por muito tempo, pensei.

E eu não queria de modo algum ter um namorado preso a mim como se tivesse tomado Amortentia nem por algumas horas.

Afastei o pensamento.

Slughorn explicou que quem preparasse a melhor poção do Morto-Vivo na próxima hora ganharia o prêmio e pediu que começássemos.

Com pressa abri meu livro e comecei a preparar a poção, eu podia não usar a Felix Felicis para me acertar com Draco mas podia usa-la para qualquer outra coisa que eu achasse importante e sabia que a poção seria minha, nem Hermione conseguia se igualar a mim quando se tratava dessa matéria.

Li a receita da poção e comecei a pesar todos os ingredientes, pica-los, separa-los e fazer tudo o que era preciso.

Ao chegar à metade da poção constatei que estava no caminho certo já que o liquido em meu caldeirão estava exatamente como o livro descrevia que era preciso estar na metade do processo, lisa e com uma cor rosa próxima a cor de groselha.

Aproveitei que tudo estava indo bem para prender meu cabelo em um rabo de cavalo alto e olhar como os outros alunos estavam se saindo. Laurie era a calma em pessoa enquanto picava suas raízes de valeriana para tirar a seiva, coisa que eu já havia feito e só esperava o momento certo para acrescenta-la ao caldeirão.

Antony ainda não tinha chego à metade e até onde eu conseguia ver a poção de Hermione estava quase se igualando ao mesmo ponto que a minha. Rony, ao lado dela, parecia meio desesperado e Harry olhava para seu livro confuso.

Olhei para a mesa de frente com a minha, Draco parecia ansioso e determinado a ganhar o prêmio.

Na verdade, parecia um tanto ansioso demais, como se isso fosse realmente muito importante.

Desviei o olhar com medo que ele me pegasse encarando-o e voltei a minha poção, acrescentei a seiva da raiz de valeriana e ao mesmo tempo ela mudou de cor para lilás-clara, comecei a mexer o líquido devagar em movimentos anti-horários.

Continuei a mexer até que a poção começou a clarear cada vez mais, porém quando Slughorn avisou que o tempo tinha acabado ela ainda não estava clara como água como deveria estar ao final.

_Por favor, parem de mexer. – pediu o professor.

Não queria parar de mexer, sabia que se continuasse a poção ficaria igual ao que era descrito no livro, era apenas uma questão de tempo.

_Continuar mexendo seria trapaça, Eve – Antony disse baixinho e puxou minha mão com delicadeza para tira a colher de dentro do caldeirão.

_Nunca me chame de Eve. – ordenei brava puxando minha mão da sua.

_Desculpe – pediu sorrindo sem se importar com a minha irritação.

Slughorn começou a passar em frente das mesas começando pela nossa. Parou assim que viu meu caldeirão.

_Minha nossa, sem dúvida uma poção exemplar! – afirmou – Mais alguns minutos mexendo com toda certeza ficaria transparente, meus parabéns Srta. Potter.

_Obrigada, professor – agradeci contente.

_Ainda não posso afirmar – disse – Mas com toda a certeza essa poderia ganhar.

Sorri como se o prêmio já fosse meu e esperei o professor terminar de conferir as outras poções.

Slughorn voltou a andar, passou em frente à mesa da Sonserina e depois em frente a outra mesa onde tinham alunos da Corvinal. Durante todo o percurso cheirou e mexeu nas poções mas sem comentar coisa alguma, até chegar a mesa de Harry.

Primeiro ele cheirou a poção de Hermione e a olhou com ar de aprovação mas ao olhar o caldeirão de Harry mudou para uma expressão de incredulidade e prazer.

_Sem dúvida, o vencedor! – exclamou – Excelente Harry, com certeza vocês dois – ele disse olhando de Harry para mim – herdaram o talento de sua mãe, Lílian tinha uma ótima mão para poções. Há anos não vejo poções tão boas, quase iguais. Porém, sinto muito Evolet, a de Harry ficou melhor – disse para mim – Mas aqui está, - voltou-se para Harry – como prometido, um frasco de Felix Felicis, use-o bem.

Harry agradeceu e guardou o frasco no bolso interno das vestes.

Meu sorriso desmanchou.

Eu estava em estado de choque, Harry não era bom em poções, nunca tinha sido!

Recolhi minha coisas furiosas enquanto o professor falava mais algumas coisas para liberar a sala.

_Não fique assim, Evolet – Laurie pediu baixinho – Dá próxima você vai melhor que ele, tenho certeza.

_Ele não sabe fazer poção alguma, Laurie – respondi no mesmo tom – Nunca soube, não tem como ele ter desenvolvido os dons da mamãe na última uma hora – disse com deboche.

_Às vezes ele treinou nas férias – Antony disse também guardando suas coisas e deu de ombros.

Fuzilei-o com o olhar em um pedido silencioso de “não se meta”.

Quando o professor dispensou a sala não esperei Laurie ou o seu amiguinho intrometido, peguei minhas coisas e sai atrás de Harry.

Quando o alcancei já do lado de fora da sala o ouvi falando com Rony e Hermione e fique abismada com a cara de pau junta com irresponsabilidade do meu irmão.

_Eu não colei, apenas segui as anotações do antigo dono – explicou-se Harry aos amigos – Diziam para fazer algumas coisas diferentes do que o que falava no livro, eu só fiz.

_É Hermione, ele apenas seguiu instruções diferentes das nossas – defendeu Rony.

_Eu não acredito no que acabei de ouvir – disse me aproximando mais dos três que ainda não tinham me visto por eu estar atrás deles.

_Oi, Evolet – Harry cumprimentou e suspirou.

_Você seguiu instruções de um desconhecido? – perguntei já sabendo a resposta – Tia Petúnia nunca te falou para não aceitar doce de estranhos? Isso é praticamente a mesma coisa! – exclamei – Se nossos pais estivessem aqui tenho certeza que iriam comer o seu fígado cru, Harry!

_Não é pra tanto, Evolet – Harry respondeu olhando para os lados com medo de que alguém nos escutasse.

_Não é para tanto? – Hermione repetiu – Desculpe Harry mas eu concordo com a Evolet, você não pode ficar seguindo instruções de estranhos, deu sorte por serem instruções de verdade, o que estava escrito poderia ter feito seu caldeirão explodir.

Rony riu ao lado de Hermione mas logo parou quando nos duas o olhamos com cara de bravas.

_Simas costumava explodir as coisas – comentou.

Rolei os olhos e Hermione o ignorou.

_Não vou dizer mais nada sobre isso, Harry – disse séria – Mas evite seguir o que está escrito nesse livro, ok? Não sabe de quem ele era, não sabe se a pessoa era boa ou ruim, da próxima vez isso pode acabar te custando muita coisa.

Harry balançou a cabeça só que sem prometer que nunca mais seguiria as instruções de desconhecido.

Suspirei e me afastei, não podia controlar a vida dele, mas algo me dizia que aquilo iria dar em confusão mais cedo ou mais tarde.

Torci para mais tarde.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Antony? Hein? Hein? Hein? Tenho altos planos para ele Muhahaha (tentativa falha de risada do mal)
Erros avisem, por favor.
E comentem!
Beijos.