Always by your Side escrita por Jules
"Quando disse que estava rezando por você, o que pensou que eu estava falando?".
Um amor para Recordar
Tentei abri meus olhos sentindo a claridade incomodar minha visão. Podia ouvir o som de aparelhos ligados em meu corpo como o famoso “pi-pi-pi” do monitor cardíaco e o som da maquina de oxigênio enfiando ar por minha narina abaixo. Sabia bem como funcionava – estava com uma sonda Nasogástrica (do nariz até o estômago) para drenar o excesso de liquido e sangue acumulado.
Quando finalmente abri meus olhos vi Alec sentado em um sofá assistindo TV.
— Alec – o chamei. Minha voz saiu baixa e rouca devido à sonda.
Em um piscar de olhos ele estava ao meu lado segurando minha mão.
— Como você está? – ele estava eufórico.
— Melhor – tentei forçar um sorriso.
Estava em uma cama de hospital daquelas que tem grade e tudo. O quarto era branco tinha uma TV e o sofá onde Alec estava sentado. Puxei o lençol e vi que estava com uma jejunostomia (outra sonda para alimentação) no lado esquerdo do meu corpo. Alec beijou o topo da minha cabeça.
— Achei que iria te perder. Mais você forte – ele sorriu tímido. Fitei seus olhos e vi estavam na cor preta.
— Por que seus olhos estão pretos? – ao terminar comecei a tossir.
—Respira fundo – ele me levantou e em seguida colocou sentada.
— Não respondeu – insisti.
— Sede. Faz cinco dias que não me alimento – me senti culpada.
— Por que não se alimentou? – passei a mão em seu rosto e ele fechou seus olhos. Ele era perfeito e como eu queria tê-lo apenas para mim.
— Precisava ficar ao seu lado – sua voz estava tranquila.
Foi quando a porta foi aberta e uma mulher e um homem entraram no quarto. O homem era alto e seus cabelos negros com alguns fios brancos e tinha um bigode grosso, já mulher era baixa e tinha os cabelos castanhos quase mel e bem magra.
— Quem são vocês? – Alec se virou os fitando.
— Somos os pais da Rebecca – o homem falou.
Senti aquele choque de realidade e aquela vontade imensa de chorar, meus pais de verdade estavam aqui e não podia acreditar. Senti meu corpo começar a tremer e minhas mãos ficarem geladas e por incrível que pareça eu estava feliz – pela primeira vez.
— Você é o que dela? – a mulher com voz fina perguntou.
— Ami... - ele me interrompeu.
— Namorado – respondeu. Meus olhos arregalaram-se e podia jurar que iriam sair de orbita. E agora meu coração estava muito acelerado.
— Pode nos deixar sozinhos por um momento? – o homem pediu coçando seu bigode.
— Claro – Alec se virou dando-me um beijo em meus lábios e sussurrando um “Eu te amo”.
Nesse instante percebi que o monitor marcava 100 batimentos por minutos e respiração estava em 98. Tentei me acalmar só que nessas circunstâncias eram um pouco improváveis, meus pais e Alec dizendo que me amava. Não era todo dia que isso podia acontecer.
— Oi – a mulher sorriu com os olhos cheios de lagrimas.
— Olá – disse tímida.
— Filha – disse o homem com uma voz de choro.
— Eu sofri tanto quando me contaram que você tinha morrido – a mulher deitou sua cabeça sobre minha barriga e começou a chorar. Fiquei sem reação e comecei a acariciar seus cabelos finos e lisos.
— Está tudo bem – disse meio chorosa.
— Como é seu nome? – perguntei.
— Rene – ela sorriu chorando.
— Charlie – ele também respondeu.
— Eu sofri todos os dias querendo viver nesse momento... Mãe eu senti tanto a sua falta – Rene levantou-se e me abraçou as lagrimas escorriam por nosso rosto.
— Venha aqui pai – o chamei.
Quando ele se aproximou de nos eu o puxei para um abraço em família.
— É verdade que aquele rapaz é seu namorado? – ele ergueu sua sobrancelha.
— Sim – sorri sem jeito.
— Ele é um gato – mamãe sorriu limpando seu rosto.
— É sim – concordei corada.
— Quanto tempo estão juntos? – meu pai era um máximo, tinha acabado de meu conhecer e já estava implicando com meu "namorado".
— Alguns anos – não menti sobre isso.
— Nossa – papai resmungou.
— Pai você é uma comédia – comentei.
— É tão bom te ter aqui – papai beijou minha bochecha.
— Como tudo isso aconteceu? – perguntei meio triste.
— Não sabemos explicar! O médico disse que você não tinha aguento e até trouxe seu corpo para nós – Rene chorava ao escutar Charlie contando o que tinha acontecido.
— Mais agora está tudo bem – Rene tentou mudar de assunto.
— E você onde esteve? – Charlie questionou.
— Fui parar em um orfanato e fui adotada por um casal. Eles cuidaram de mim até alguns dias atrás quando eles sofreram um acidente de carro e morreram. Conheci Bella quando estava viajando para cá atrás do Doutor Cullen que é muito famoso onde eu morava. – claro que menti sobre tudo, não poderia contar para eles sobre minha família de vampiros e que eles cuidavam de mim como uma filha.
— Doutor Cullen é o pai do namorado da Bella – Charlie afirmou.
— Sim, então a conheci e conversamos um pouco sobre nos duas. – comecei a sentir minha garganta seca.
— Por favor, pode pegar água para mim pai? – pedi fitando Charlie.
Charlie saiu do quarto para buscar água para mim. E Rene aproveitou a oportunidade para puxar um assunto que eu já sabia qual era.
— Já que seu pai saiu vamos aproveitar... Você e o Alec já fizeram algo? – aquele sorriso malicioso surgiu em seus lábios.
— Não. Ainda sou virgem – sorri tímida.
— Nadinha? – insistiu.
— Nada mãe – sorri. - O que aconteceu?
— Doutor Carlisle disse que você caiu e bateu a cabeça. E que seu estômago estava cheio de líquidos e teve de drenar... Só que você está bem – explicou.
— Estou bem – sorri fraco.
— Não fique assim filha – me abraçou.
— Já acostumei mãe.
Charlie bateu na porta e encontrou com o copo de água na sua mão.
— O doutor disse que você já esta de alta. – Charlie disse entregando o copo de água.
Alec entrou no quarto pedindo “Licença”.
— Filho você gosta da minha filha? – Charlie perguntou deixando-me corada.
— Não senhor... - sorriu. - Eu a amo – Alec piscou.
— Ah... Ama – Charlie foi irônico.
Após algum tempo a enfermeira entrou no quarto e retirou as duas sondas, Alec pegou todas as minhas coisas e colocou dentro de uma mochila. Minha mãe me ajudou a colocar minha roupa normal. Uma jeans e uma blusa de manga longa. Coloquei minha toca de panda e escondi o pouco cabelo que tinha. Tentei caminhar só que ainda estava fraca então Alec pegou-me em seu colo e tirou de dentro do hospital e levou-me até dentro de um carro preto.
— De quem é esse carro? – perguntei.
— Comprei ontem – Alec sorriu.
— Nossa – soltei boba.
— Senhor e senhora aonde vão? – Alec perguntou de dentro do carro.
— Charlie ira me levar até a casa dele e queremos que a Becca fique por lá – Rene explicou entrando no carro da policia. Escutei Charlie resmungando alguma coisa e depois Rene gargalhando alto. Provavelmente algo sobre Alec e eu.
— Seu pai pareceu não gostar de mim – Alec sorria.
— Pois é – sorri envergonhada.
Queria poder tocar no assunto do beijo, só que me faltou coragem e talvez ele estivesse apenas falando isso da boca para fora. Charlie saiu na frente com sua viatura – Então ele era um policial isso é legal. Foram uns vinte minutos de silêncio dentro do carro, a chuva fina caia do lado de fora e as árvores eram donas do lugar todo. Uma paisagem bonita encostei minha cabeça no vidro gelado e respirei tranquila, vi Alec fitar o retrovisor e desviar o olhar.
— Você está bem? – perguntou.
— Sim – fui seca.
— Não parece – olhou novamente.
— Pois é. –desviei o olhar.
De longe pude ver uma casa de madeira sua cor era branca e parecia abandonada no meio do nada, próxima da floresta e em lugar prefeito para se criar crianças. Alec estacionou o carro ao lado do de Charlie abri a porta com carro e sai andando com um pouco de falta de ar pela minha teimosia de sair sem ajuda dele. Senti sua mão fria segurando meu braço e me impedindo de andar virei-me para fita-lo.
— O que foi? – seus olhos negros me deixaram nervosa.
— Nada. – balancei meu braço e ele soltou.
Caminhei até a porta e entrei na casa. Era simples ao entrar você já estava em uma pequena sala com dois sofás, uma televisão de plasma e um tapete vermelho no chão. Ao lado tinha uma escada de madeira, procurei por Charlie e Rene. Perto da sala tinha uma pequena e simples cozinha.
— Rebecca – chamou Rene.
Virei-me fitando-a. Ela estava no topo da escada.
— Suba – pediu.
Olhei para os degraus e respirei fundo subi cada um com calma para não me cansar, Alec estava atrás de mim, segui Rene por um corredor pequeno tinha quatro portas e Rene parou na frente de uma que parecia estar trancada.
— Alec pode nos dar licença, por favor? – Rene pediu.
— Claro – desceu as escadas pude ouvir o barulho dela rangendo.
— Bem... Estamos aqui – bati uma mão na outra, pois estava nervosa.
Rene tirou uma chave do bolso e abriu a porta de madeira branca, ao se abrir a porta rangeu de tão antiga e Rene entrou no quarto apenas a segui. O quarto era de criança os papeis de paredes eram cor de rosa, um berço branco estava próximo da parede e dezenas de roupinhas de todos os tamanhos dentro dele. Aproximei-me pegando um macacãozinho vermelho o ergui e meus olhos começaram a derramar lagrimas. Virei-me vendo aquele monte de ursinhos, bonecas, sapatos, perfumes, shampoo, roupas e entre outras coisas. Tinha uma poltrona rosa e um guarda-roupa branco de duas portas.
— Esse seria seu quarto – Rene disse chorando.
— A mãe – abracei.
— Senti tanta sua falta minha filha. Eu sofri a cada dia que passava e não tinha como fazer essa dor passar – as lagrimas caiam em meu ombro nu. Passei a mão em seus cabelos tentando a acalmar.
— Mais eu estou aqui agora! – levantei seu rosto fitando seus olhos claros.
— Eu te amo filha – ela não queria me soltar.
Após algum tempo descemos até a cozinha onde Rene estava preparando um café da tarde, Charlie tinha pedido a Alec para desmontar o berço e montar uma cama no meu quarto. Enquanto Rene terminava na cozinha eu estava na sala mudando o canal da tv até achar algo interessante.
— Rebecca – Rene apareceu com uma bandeja em suas mãos.
— Não precisava – disse tímida. - O Doutor Cullen disse que tem de se alimentar bem – afirmou.
Ela deixou a bandeja sobre a mesinha de centro, dentro tinha torradas com geleia de morango, bolacha doce, chá mate e suco de laranja. Comi duas torradas e tomei o suco de laranja deixando o resto de lado – Ate por que eu não estava com muita fome. Encolhi-me no sofá sentindo um pouco de frio e fiquei assistindo o jogo de basquete entre Miami Heat contra o Chicago Bulls. Miami estava na frente por quarenta pontos – isso me deixava alegre.
— Becky – chamou Rene.
— Becky? – estranhei.
— Achei mais fofo que Becca – ela sorriu.
— A pode me chamar assim, se quiser.
Escutei a porta da sala ser aberta e Bella entrar junto com Edward.
— Mãe? – Bella parecia surpresa ao vê-la.
— Bella – Rene comprimentou Bella e Edward.
— Olá senhora Swan – Edward era sempre tão educado. Como ele aguentava a minha irmã? Ela parecia tão mimada.
— Oi Edward – comprimentou.
— O que faz aqui em Forks mãe? – Bella perguntou.
— O Doutor Cullen ligou para Charlie e disse que Becca tinha passado mal. Seu pai urgentemente me ligou e vim o mais rápido que pude, cheguei aqui era sete horas da noite e ela teve alta às sete e meia – Rene era tão doce.
— Está explicado – a cara de Bella era de ciúmes.
Charlie desceu as escadas e atrás dele vinha Alec, pela cara que ele fez não tinha gostado muito Edward estar aqui e Bella continuava com sua cara emburrada.
— Boa noite – Alec comprimentou Bella e Edward. Depois se sentou ao meu lado e me abraçou puxando-me até seu corpo frio e macio.
— Olá Edward – Charlie apertou a mão dele.
— Senhor Swan – Edward era de falar pouco.
— Já levei todas as suas coisas para o seu quarto – Alec sussurrou em meu ouvido.
— Obrigada.
— Mãe – chamei Rene e ela me fitou.
— Estou um pouco cansada e vou subir até meu quarto – me levantei e Alec ajudou-me a ficar em pé.
— Precisa de ajuda? – Rene perguntou.
—Não. O Alec me ajuda – sorri.
— Boa noite a todos – dei um beijo na bochecha de Charlie e Rene ao passar por eles. Alec ajudou-me a subir as escadas e ir até “nosso” quarto.
— Bella está irritada – Alec comentou.
— O que ela está dizendo? – dei um sorrisinho.
Alec pareceu se concentrar na voz de Bella.
— “Não sabia que ela tinha um quarto” essa foi a Bella falando. Então Charlie disse “Sempre teve” e voltou para Bella “E você mãe vai embora quando?” e Rene a respondeu “Não tenho ideia, vou ficar aqui com ela e cuidar dela”. Sua irmã gêmea do mal respirou fundo. – Alec segurou a risada.
— Edward sabe que ouvimos? – Entrei no quarto fechando a porta.
— Mais é logico – ele sorriu. Se deitando na minha cama.
De costas para ele tirei minha camiseta e fiquei apenas de sutiã. Senti suas mãos geladas descendo por meus braços, em seguida um beijo gelado no meu ombro e senti um arrepio cortando meu corpo inteiro. Virei-me fitando seus olhos depois seus lábios carnudos. Seus lábios chocaram-se contra os meus e terminou em um beijo perfeito e gelados. O empurrei contra a cama – Claro que ele deixou – Sentei sobre seu colo e comecei a beija-lo.
— Você é tão linda – sussurrou entre o beijo.
— Você só pode ser doido – sorri balançando minha cabeça.
— Doido por você – ele deitou-se sobre mim.
— Desde quando? – ele estava me enchendo de beijos pelo rosto e pescoço.
— Desde quando você virou mocinha e eu queria te usar – ele começou a sorrir sedutor.
— Então só queria usar meu corpo – entrei na brincadeira.
— Mais é logico... Que não. – passou a mão em meu rosto.
— Hm – mordi o lábio.
— Eu não sei explicar quando eu comecei a sentir o que sinto, só sei que quando você sorri o seu sorriso é o mais lindo e eu sou apaixonado por você Rebecca – me beijou novamente.
— Por que nunca me disse? – segurei sua mão.
— Era impossível dizer isso dentro do castelo. Aro nos afastaria e isso seria pior do que a própria morte – Alec deitou sua cabeça sobre meu peito.
— É difícil de acreditar nisso – sussurrei de olhos fechados.
— Acreditar no que? – Alec perguntou.
— Sonhei a vida toda em te ter – ele levantou-se fitando meus olhos e com uma cara de surpresa.
— Verdade? – sua voz saiu tremida.
—Sim – fiquei envergonhada.
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Este Capitulo é para vocês que comentaram.
Especialmente a vocês... E por que eu estou de muito bom humor
beijos.
Cometem que o proximo sai rapidinho