Always by your Side escrita por Jules


Capítulo 6
Em frente




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"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez".

William Shakespeare

 

 

 

— Eu não vou deixar você ficar aqui – ela sorriu triste – Pegue todas as suas coisas preparei um carro pelo fundo do castelo.

— Alec vai comigo. Ele vai me proteger mãe – a abracei sentindo meus olhos encherem-se de lagrimas.

— Tome – entrou um cartão. - Essa conta é minha use quando quiser – peguei o cartão.

— Pode deixar mãe... Eu te amo – sussurrei.

Mesmo não sendo sua filha de sangue eu a amava como se fosse minha mãe de verdade. Ela era minha melhor amiga sempre cuidou de mim quando eu mais precisava e ela não precisava fazer isso. Eu sendo apenas um bebe abandonado para morrer cuidou de mim e me viu crescer realmente me amou sem ter nenhuma responsabilidade comigo.

— Também te amo filha – se ela pudesse chorar estaria chorando.

— Vou me cuidar – sorri.

— Me ligue quando der, tem meu numero salvo no seu celular e ligue de um restrito – alertou-me.

— Está quase na hora mãe – senti aquele famoso aperto na hora de dizer Adeus.

— Eu sei – ela respirou fundo. – Tome cuidado! Vou tentar distraíra-los.

Minha mãe colocou a mochila em minhas costas, me abraçou com carinho e beijou minha testa. Respirei fundo e abracei minha mãe com afeto.

— Se cuida – pediu.

Ela saiu do quarto indo em direção ao corredor e viu que o mesmo estava vazio e então me chamou. Caminhei calmamente na sua frente pelo corredor extenso. Desci algumas escadas que iam em direção ao salão principal e parecia que estava aconteceu uma coisa lá dentro. A porta estava entre aberta e Alec ainda estava lá como iriamos fugir? Eu estava na porta que ficava escondida a direita do trono de Aro. Encolhi-me e rastejei silenciosamente olhando o que estava acontecendo. Felix estava lutando com um vampiro alto e de cabelos cor bronze, vi os dois se pegando e Felix quando teve uma oportunidade grudou no pescoço do outro vampiro e o jogou contra as escadas de mármore branco – que se partiram ao entrar em contato com sua pele.

Em seguida Felix o colocou de joelhos na frente Aro – ele iria mata-lo? Procurei por Alec ele estava segurando uma garota de cabelos castanhos e compridos, ela usava uma calça jeans escura, sua blusa era verde musgo de abotoar. Demetri segurava outra garota de cabelos negros, curtos e espetados.

— POR FAVOR... POR FAVOR... Me mate... Ele não. – gritou a de cabelos castanhos enquanto Alec a segurava.

— Que extraordinário! Você renunciaria sua vida por alguém como nós? Um vampiro... Um monstro... Sem alma? – Aro se aproximou dela.

— Se afaste dela! – o homem preso nos braços de Felix rosnou.

— Não sabe nada sobre a alma dele – sua voz era parecida com a minha.

—Ah... Que coisa mais triste. Se ao menos você tivesse intenção de te dar a ela a imortalidade – Aro se aproximou da moça de cabelos castanhos. E foi para mata-la e pude ouvir o rosnado sair de sua garganta.

— Espera! Bella vai ser uma de nós. Eu vi – a voz da menor era fina – Eu mesma vou transforma-la.

— Fascinante! Ver o que você viu sem ter acontecido. – Se afastou da outra.

— Seus dons, farão de você uma intrigante imortal... Isabella – sussurrou.

Quando Aro saiu da frente dessa tal de Bella finalmente pude ver seu rosto. E eu não conseguia acreditar no que estava vendo, cocei meus olhos e pisquei algumas vezes. Ela era idêntica a mim! Seu rosto, seus olhos, sua aparecia nem tanto até por que eu era doente e ela era saudável. Tirando isso éramos idênticas... Até como se fossemos... Irmãs gêmeas. A de cabelo curto deu a mão para Aro. Sai de trás da porta e corri pelo corredor frio e escuro. Assim que cheguei a uma porta que já estava aberta senti que alguém estava vindo atrás de mim e fechei a porta. Corri alguns metros de distancia da porta de metal indo até um mato que tinha ao lado do murro, senti uma mão fria sendo colocando em cima do meu ombro e quando fui gritar uma mão tampou meus lábios.

Era Alec com seu óculos de sol no rosto. Ele estava com uma jaqueta de coro, uma camisa gola “v”, uma calça jeans. Ele pegou em minha mão para poder atravessar a rua que alguns carros passavam. Era quase impossível descrever a beleza do lado de fora – eram poucas as vezes que consegui sair para ver o lado de fora.

— Aonde vamos? – sua mão não soltava a minha.

— Para longe. Antes que alguém possa nos ver – respondeu. Ele me pegou no colo e correu o mais rápido que pode. Em questão de segundos estávamos no centro de Volterra que era cheia de pessoas para a minha surpresa. Foi quando um carro pequeno e amarelo em parou em nossa frente. Eram as pessoas que estavam no castelo até alguns minutos atrás, segurei a mão Alec com mais força e puxei a toca da minha blusa tampando o meu rosto.

— Entrem – a pequena abriu a porta.

— Alec – sussurrei.

— Vamos Becca.

Alec adentrou primeiro sentando-se ao lado da tal Bella, entrei ficando ao seu lado e com a touca tampando a metade do meu rosto. O silêncio dominava dentro daquele carro e isso estava me deixando cada vez mais nervosa fitei a mão de Alec e a segurei. Estávamos em uma estrada que só tinha plantações em volta.

— Onde estamos indo? – sussurrei.

— Ao aeroporto – a de cabelo curto respondeu.

— Quem são vocês? E por que estão nos ajudando? – a fitei.

— Me chamo Alice, este é Edward e ela é Isabella – apresentou.

— Só Bella – corrigiu. Eu não conseguia olhar para ela.

— Por que está fugindo? – Alice perguntou.

— Como você sabe? – não conseguia entender como ela sabia.

— Por que eu vi – explicou.

— Como? – fiquei confusa.

— Alice pode ver o futuro e o rumo das pessoas, se a pessoa muda de rumo à visão muda – explicou Edward.

— Alguns vampiros têm dons. Seu pai pode ler todos os pensamentos com o toque, Alec tirar os sentidos e Edward ler mentes.

— Você tem um dom? E nunca me contou – me senti “traída”.

— Você nunca perguntou – sorriu de lado.

— E quem você é? – Bella tentou ver meu rosto.

— Me chamo Rebecca ou só Becca. Sou uma humana que tem Leucemia e estou sendo forçada a se casar com um vampiro-hibrido de lobisomem que nem conheço. Por isso estou fugindo do castelo – sorri fitando a estrada.

— Você é uma humana que mora junto com os Volturi – Bella tentava ver meu rosto de qualquer forma – Por que ainda não morreu?

Estava sentindo uma raiva de Isabella, por que eles me abandonaram e ficaram com ela? Era injusto isso. Só por que eu sou doente e seria um problema para a sua família perfeita e as lagrimas já estavam escorrendo pelo meu rosto.

— Por que não mostra o seu rosto? – Bella perguntou.

— Por que eu não quero – comecei a sentir aquela sensação ruim e meu estomago começar a doer – Para o carro, por favor – pedi.

— Por quê? – Edward olhou para trás.

— Ela vai vomitar – Alec gritou.

Alice parou o carro e Alec abriu a porta. Não consegui nem sair do carro e o jato de sangue vivo lavou a rua, foram dois jatos de sangue puro e vivo. Alec puxou minha toca e segurou meu cabelo. Eu sentia aquela dor insuportável e o gosto de sangue em meus lábios.

— Você está bem? – Alec levantou de volta no banco, sentia aquela tontura e uma fraqueza.

— Um pouco – respirei fundo.

— Pega o meu remédio – pedi entregando minha mochila.

— O que você tem? – Bella perguntou.

Continuei com meu rosto no alto para que ela não visse nossa semelhança.

— Eu tenho uma úlcera no estômago e quando ela inflama isso acontece – expliquei.

Tomei um gole de água tirando o gosto de sangue da boca. Alec pegou minha medicação e administrou no AVC. Ele pegou um pano e limpou a minha boca e fechou a porta do carro.

— Já podemos ir – Alec disse.

— Mais você tem Leucemia e mora com vampiros... Por que não se transformou? – Bella perguntou parecendo indignada.

— Mesmo sofrendo todos os dias, eu prefiro ter meu lado ainda humano e quero poder viver e quando não tiver mais maneira se transformar... Enquanto eu ainda tiver forças vou continuar assim do meu jeito – respirei fundo deitando minha cabeça no ombro de Alec.

— Becca por que não mostra seu rosto? – a voz de Bella já estava me irritando.

Levantei meu corpo com a pouca força que ainda tinha tirei a toca da minha cabeça e arrumei meu cabelo. A expressão dela foi de espanto, depois seus olhos se arregalaram e suas mãos foram até sua boca.

— Satisfeita? – deitei de novo no ombro do Alec.

— Meu Deus – a única coisa que Bella conseguiu dizer.

Os restos do percurso ficaram todos em silêncio. Alec levou sua mão até a minha cabeça e começou a fazer cafuné, isso me tranquilizava e já estávamos próximos do aeroporto pelo que Alec tinha me contado – após os campos vinha mais uma pequena cidade.

— Chegamos – Alice sorriu contente.

— Vocês vêm conosco? – Edward que agora estava ao lado do meu clone saudável.

Alec fitou-me com cara de poucos amigos, respirei fundo e quanto mais longe de Volterra melhor.

— Nesse instante Aro deve estar nos caçando por toda parte – Alec disse.

— Nisso tem razão. Acabei de ter uma visão e eles estão vindo para cá e o próximo voo para qualquer outro lugar sai em quarenta minutos – Alice explicou.

— E esse tempo é suficiente para Demetri rastrear vocês – Edward arqueou a sobrancelha.

— Vamos – peguei a mão de Alec.


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Notas finais do capítulo

Olá.... Espero que gostem
obg a todos que comentaram e visualizaram... Por favor pessoal continuem comentando.
Beijooos
Gus



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